Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Veias Renais/anormalidades , Achados Incidentais , Síndrome de May-Thurner/complicações , Síndrome de May-Thurner/diagnóstico por imagem , Trombose/complicações , Espectroscopia de Ressonância Magnética/métodos , Flebografia/métodos , Tomografia Computadorizada por Raios X/métodosRESUMO
Resumo Fundamento A aterosclerose, em alguns casos, é uma condição assintomática, sendo necessário conhecer o grau de comprometimento arterial provocado pelas placas e sua associação com os fatores de risco. O exame de autópsia permite a compreensão dos processos básicos de doenças, assim como a avaliação e fornecimento de dados sobre a característica macroscópica do acometimento aterosclerótico. Objetivo Avaliar macroscopicamente e padronizar o acometimento aterosclerótico das artérias aorta, carótidas e ilíacas e comparar com a idade, o sexo e a causa de morte. Métodos Foram coletados 53 artérias aorta, 53 artérias carótida direita, 53 artérias carótida esquerda, 53 artérias ilíaca direita e 53 artérias ilíaca esquerda. Para essa avaliação, foi considerada a extensão de estrias lipídicas, de placas ateromatosas, de fibrose e de calcificação, as quais serviram de referência para pontuar a intensidade do acometimento aterosclerótico. Foram observados vários graus da aterosclerose e valores acurados para a classificação discreta, moderada e acentuada. Para a análise estatística, os dados foram analisados utilizando-se o software GraphPad Prism ® 7.0. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas quando "p" foi menor que 5% (p<0,05). Resultados As artérias carótidas apresentaram maior acometimento aterosclerótico em comparação às outras artérias avaliadas (K=15,73, p=0,0004). A ocorrência da aterosclerose se mostrou progressiva e significativa com o decorrer da idade (carótidas: t=6,321; p<0,0001; aortas: U=83,5; p<0,0001; ilíacas: U=306; p<0,0001) e na causa de morte cardiovascular (carótidas: t=5,047; p<0,0001; aortas: U=98,5; p=0,0068; ilíacas: U=467,5; p=0,0012). Conclusão A avaliação macroscópica da aterosclerose trata-se de uma forma inovadora e de baixo custo de avaliação através da visualização direta das placas ateroscleróticas, possibilitando uma associação com fatores de risco como idade avançada e doenças cardiovasculares, fornecendo dados importantes para a prática clínica.
Abstract Background Atherosclerosis, in some cases, is an asymptomatic condition, and it is important to know the degree of arterial impairment caused by plaques and its association with risk factors. Autopsy examination provides understanding of basic disease processes and assessment to data about macroscopic characteristic of atherosclerotic involvement. Objective To macroscopically assess and standardize atherosclerotic involvement of aorta, carotid and iliac arteries and compare with age, gender and causes of death. Methods We collected 53 aortic arteries, 53 right carotid arteries, 53 left carotid arteries, 53 right iliac arteries and 53 left iliac arteries. For this assessment, the extension of fatty streaks, atheromatous plaques, fibrosis and calcification were considered, being the reference to score the degree of atherosclerotic involvement. Many degrees of atherosclerosis and accurate values were observed for mild, moderate and severe classification. For statistical analysis, data were analyzed using the software GraphPad Prism® 7.0. Differences were considered statistically significant if p-value was less than 5% (p <0.05). Results Carotid arteries had greater atherosclerotic involvement compared to the other arteries (K = 15.73, p = 0.0004). Atherosclerosis was progressive and significant with increasing age (carotid arteries: t = 6.321; p <0.0001; aorta: U = 83.5; p <0.0001; iliac: U = 306; p <0.0001) and as cause of cardiovascular death (carotids: t = 5.047; p <0.0001; aorta: U = 98.5; p = 0.0068; iliac: U = 467.5; p = 0.0012). Conclusion Macroscopic assessment of atherosclerosis is an innovative and low-cost way of direct visualization of atherosclerotic plaques, enabling an association with risk factors such as increasing age and cardiovascular diseases, providing important data for clinical practice.
Assuntos
Humanos , Aterosclerose , Placa Aterosclerótica , Aorta , Autopsia , Artérias Carótidas , Fatores de RiscoRESUMO
ABSTRACT Objective. To evaluate the seroprevalence of COVID-19 infection in pauci-symptomatic and asymptomatic people, the associated epidemiological factors, and IgG antibody kinetic over a 5-month period to get a better knowledge of the disease transmissibility and the rate of susceptible persons that might be infected. Methods. Seroprevalence was evaluated by a cross-sectional study based on the general population of Santa Fe, Argentina (non-probabilistic sample) carried out between July and November 2020. A subgroup of 20 seropositive individuals was followed-up to analyze IgG persistence. For the IgG anti-SARS-CoV-2 antibodies detection, the COVID-AR IgG® ELISA kit was used. Results. 3 000 individuals were included conforming asymptomatic and pauci-symptomatic groups (n=1 500 each). From the total sample, only 8.83% (n=265) presented reactivity for IgG anti-SARS-CoV-2. A significant association was observed between positive anti-SARS-CoV-2 IgG and a history of contact with a confirmed case; the transmission rate within households was approximately 30%. In the pauci-symptomatic group, among the seropositive ones, anosmia and fever presented an OR of 16.8 (95% CI 9.5-29.8) and 2.7 (95% CI 1.6-4.6), respectively (p <0.001). In asymptomatic patients, IgG levels were lower compared to pauci-symptomatic patients, tending to decline after 4 months since the symptoms onset. Conclusion. We observed a low seroprevalence, suggestive of a large population susceptible to the infection. Anosmia and fever were independent significant predictors for seropositivity. Asymptomatic patients showed lower levels of antibodies during the 5-month follow-up. IgG antibodies tended to decrease over the end of this period regardless of symptoms.
RESUMEN Objetivo. Evaluar la seroprevalencia de la infección por el virus causante de la COVID-19 en personas paucisintomáticas y asintomáticas, los factores epidemiológicos asociados y la cinética de los anticuerpos IgG durante un período de cinco meses para conocer mejor la transmisibilidad de la enfermedad y la tasa de personas susceptibles a estar infectadas. Métodos. Se evaluó la seroprevalencia mediante un estudio transversal basado en la población general de Santa Fe, Argentina (muestra no probabilística) llevado a cabo entre julio y noviembre del 2020. Se realizó un seguimiento de un subgrupo de 20 personas seropositivas para analizar la persistencia de los anticuerpos IgG. Para la detección de los anticuerpos IgG contra SARS-COV-2, se empleó el kit ELISA COVID-AR IgG®. Resultados. Hubo 3 000 participantes divididos en un grupo asintomático y un grupo paucisintomático (n=1 500 cada grupo). De la muestra total, solo 8,83% (n=265) presentó una reactividad de IgG contra el SARS-CoV-2. Se observó una asociación significativa entre anticuerpos IgG positivos contra el SARS-CoV-2 y antecedente de contacto con un caso confirmado. La tasa de transmisión en el hogar fue de 30% aproximadamente. En el grupo paucisintomático, entre las personas seropositivas, la anosmia y la fiebre presentaron un OR de 16,8 (IC 95% 9,5-29,8) y 2,7 (IC 95% 1,6-4,6), respectivamente (p <0,001). En los pacientes asintomáticos, los niveles de IgG fueron inferiores en comparación con los pacientes paucisintomáticos, con tendencia a la baja pasados cuatro meses desde la aparición de los síntomas. Conclusiones. Se observó una seroprevalencia baja, indicadora de una gran población susceptible a la infección. La anosmia y la fiebre fueron factores predictivos independientes de relevancia para la seropositividad. Los pacientes asintomáticos mostraron niveles inferiores de anticuerpos durante el seguimiento de cinco meses. Los anticuerpos IgG tendieron a disminuir hacia el final del período con independencia de los síntomas.
RESUMO Objetivo. Avaliar a soroprevalência de anticorpos contra a COVID-19 em indivíduos paucissintomáticos e assintomáticos, os fatores epidemiológicos associados e a cinética dos anticorpos da classe IgG em um período de 5 meses, visando aprimorar o conhecimento sobre a transmissibilidade da doença e a taxa de suscetíveis à infecção. Métodos. Inquérito transversal de soroprevalência realizado na população geral (amostra não probabilística) de Santa Fé, na Argentina, entre julho e novembro de 2020. Um subgrupo de 20 indivíduos soropositivos foi acompanhado para analisar a persistência de anticorpos IgG. O kit de ensaio imunoenzimático (ELISA) COVID-AR IgG® foi usado para a detecção de anticorpos IgG contra SARS-CoV-2. Resultados. A amostra compreendeu 3 000 indivíduos, divididos entre assintomáticos e paucissintomáticos (n = 1.500 por grupo). Deste total, somente 8,83% (n = 265) apresentaram reatividade, com a detecção de anticorpos IgG contra SARS-CoV-2. Observou-se uma associação significativa entre a presença de anticorpos IgG contra SARS-CoV-2 e histórico de contato com caso confirmado. A taxa de transmissão intradomiciliar foi de aproximadamente 30%. No grupo paucissintomático, entre os soropositivos, o odds ratio (OR) para anosmia foi de 16,8 (IC 95% 9,5-29,8), e para febre, 2,7 (IC 95% 1,6-4,6) (p <0,001). Os indivíduos assintomáticos apresentaram níveis de IgG mais baixos que os paucissintomáticos, com uma tendência de declínio após 4 meses do início dos sintomas. Conclusões. Observou-se uma soroprevalência baixa de anticorpos contra a COVID-19 na população estudada, o que indica um grande número de pessoas suscetíveis à infecção. Anosmia e febre foram preditores importantes independentes de soropositividade. Os assintomáticos apresentaram níveis mais baixos de anticorpos aos 5 meses de acompanhamento. Houve uma tendência de redução dos anticorpos IgG ao final deste período, independentemente da presença de sintomas.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Portador Sadio/epidemiologia , COVID-19/diagnóstico , COVID-19/epidemiologia , Argentina/epidemiologia , Imunoglobulina G/sangue , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática , Estudos Soroepidemiológicos , Estudos Transversais , Teste Sorológico para COVID-19 , Anosmia/virologiaRESUMO
Introducción: la enfermedad coronaria es una de las principales causas de morbimortalidad a nivel mundial; se sabe que la diabetes mellitus tipo 2 (DM2) es un factor de riesgo importante para esta patología y que puede producir una forma asintomática o con manifestaciones atípicas. Objetivos: exponer los principales datos epidemiológicos, pronósticos y determinantes de la enfermedad coronaria asintomática en DM2 y discutir las formas de tamización y su utilidad en diabéticos asintomáticos. Materiales y métodos: se realizó una búsqueda en PubMed, LILACS y SciELO usando las palabras clave "Diabetes Mellitus, type 2", "Coronary disease", "Coronary Artery Disease", "Coronary Vessels", "Atherosclerosis", "Arteriosclerosis", "Asymptomatic Diseases", "Asymptomatic", "Silent" y "Myocardcial infarction", ajustando la búsqueda según las necesidades de cada base de datos. Se incluyeron artículos que cumplieran los criterios de inclusión y no los de exclusión, a consideración de los autores, así como algunas referencias adicionales. Resultados: se revisó el título y resumen de 504 artículos encontrados en las bases de datos, tras lo cual se escogieron 81 para su lectura total. De ellos, 56 fueron incluidos, así como 48 publicaciones adicionales conocidas por los autores o referenciados en las artículos leídos, lo que dio un total de 104 artículos incluidos en la revisión final. Conclusiones: los pacientes con DM2 presentan altas prevalencias de enfermedad coronaria asintomática que aumentan en presencia de otros factores de riesgo cardiovascular o de mayor duración o progresión de la DM2. Si bien existen varios métodos anatómicos o funcionales para su detección, la tamización de esta población no ha mostrado beneficio alguno, por lo que no puede recomendarse de rutina en asintomáticos
Coronary artery disease (CAD) is one of the leading causes of morbidity and mortality worldwide. It is well known that type 2 diabetes mellitus (DM2) is an important risk factor for CAD, and that it can produce an asymptomatic form of the disease or one with atypical manifestations. The association between DM2 and coronary atherogenesis is such that CAD has been reported in up to 91% of asymptomatic diabetic patients, a higher prevalence than that of non-diabetic controls. In this narrative review we summarize the main epidemiologic, prognostic and determinant factors of asymptomatic CAD in DM2. We also discuss the screening methods available and the usefulness of routine screening for asymptomatic diabetics.
A doença coronária é uma das principais causas mundiais de morbi-mortalidade e a diabetes mellitus tipo 2 é um fator de risco importante, pode desenvolver-se de forma assintomática ou apresentando manifestações pouco comuns. Até 91% dos pacientes diabéticos apresentam doença coronária, um dado bem maior do que no caso dos pacientes no diabéticos. No presente artigo apresentam-se OS principados dados epidemiológicos, diagnósticos, pronósticos e determinantes da doença coronária em pacientes com diabetes tipo 2. Do mesmo jeito discute-se métodos diagnósticas
Assuntos
Humanos , Doença das Coronárias , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Doenças AssintomáticasRESUMO
La listeriosis es una enfermedad transmitida principalmente por alimentos contaminados con Listeria monocytogenes. Se presenta con mayor frecuencia en neonatos, mayores de 65 años, mujeres gestantes y pacientes inmunosuprimidos. La infección por L. monocytogenes durante la gestación se asocia a una importante morbimortalidad materno-fetal.Se reporta el caso de una mujer gestante de 29 años de edad con lupus eritematoso sistémico, a quien se le diagnosticó bacteriemia por L. monocytogenes. Durante la hospitalización, el cuadro clínico se complicó con hipertransaminasemia y, ante la presencia de trombocitopenia, se estableció el diagnóstico presuntivo de síndrome HELLP. El alto riesgo de morbimortalidad llevó a una finalización precoz de la gestación.La importancia de este trabajo clínico radica en presentar la dificultad en el diagnóstico y manejo en una paciente gestante de gran complejidad con una infección relativamente frecuente que puede pasar desapercibida.
Listeriosis is a disease mainly transmitted by food contaminated with bacteria called Listeria monocytogenes. It occurs more often in newborns, elder population, pregnant women and immunosuppressed patients. L. monocytogenes infection during pregnancy is associated to significant maternal mortality and morbidity. The case of a 29-year-old pregnant woman with history of Systemic Lupus Erythematosus is review. The said woman was diagnosed with bacteremia related to L. monocytogenes. During hospitalization, the patient experienced complications with hipertransaminasemia, which led to the presumptive diagnosis of HELLP in presence of thrombocytopenia. Given the high risk of mortality and morbidity, the pregnancy was terminated. The importance of the present clinical work lays in showing the difficulties embedded in diagnosing and handling a high-complexity pregnant patient presenting a frequent infection that would otherwise go undetected.
A listeriosis é uma doença transmitida principalmente por alimentos contaminados com Listeria monocytogenes. Apresentase com maior frequência em neonatos, maiores de 65 anos, mulheres gestantes e pacientes imunossuprimidos. Durante a gestação esta infeção associa-se a uma importante morbimortalidade materno-fetal. Foi reportado o caso de uma mulher gestante de 29 anos com antecedente de lúpus eritematoso sistémico, diagnosticada com bacteriemia por L. monocytogenes, na hospitalização teve complicações com hipertransaminasemia, foi estabelecido um diagnostico presuntivo de síndrome HELLP em presença de trombocitopenia. O alto risco de morbimortalidade levou a uma finalização precoce da gestação. A importância deste trabalho clínico radica em apresentar a dificuldade de diagnóstico e tratamento em pacientes gestantes de alta complexidade com infeção relativamente frequente, que pode passar desapercebida
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Complicações Infecciosas na Gravidez , Síndrome HELLP , Listeria monocytogenes , Lúpus Eritematoso SistêmicoRESUMO
Introduction: Assessment of serum uric acid is frequently done in Primary Health Care, although not scientifically recommended. The subsequent therapeutic approach is often a clinical challenge, particularly in the case of asymptomatic hyperuricemia (AH). The aim of this study was to review the evidence on AH treatment. Methods: A research was conducted on Medline and evidence-based medical sites for articles published between April 2012 and April 2016 in English, Spanish or Portuguese using the keywords "hyperuricemia" and "asymptomatic conditions". Results: Five articles met the inclusion criteria: one meta-analysis (MA), three systematic reviews (SR) and one original study (OS). MA and OS recommend treatment of AH, for the prevention of renal dysfunction and for the prevention of cardiovascular events (CV), respectively. Two SR do not recommend treatment of AH and one says that pharmacological treatment should be considered after an individual assessment of risk/benefit ratio, particularly in the prevention of gout in subjects with serum uric acid above 9 mg/dL. Conclusion: Very limited scientific data are available on the pharmacologic treatment of AH, with limitations and controversial results. The clinical significance of AH and its causal relationship with occurrence of acute attacks of gout, renal dysfunction and cardiovascular disease are still uncertain. There is no scientific evidence to support the pharmacological treatment of HA in asymptomatic patients (SOR B). Further studies, that are methodologically robust and oriented to the patient are needed.
Introducción: La evaluación de los niveles de ácido úrico es una práctica frecuente en los Cuidados de Salud Primarios, pero no hay evidencia científica. El enfoque terapéutico posterior es frecuentemente un desafío clínico, particularmente en el caso de la hiperuricemia asintomática (HA). Objetivo: Revisar la evidencia sobre la relevancia del tratamiento de la HA. Métodos: Búsqueda de normas de orientación clínica, revisiones sistemáticas (RS), meta-análisis (MA) y estudios originales (EO) en la MEDLINE y otros lugares de Medicina Basada en la Evidencia, publicados desde abril/2012 hasta abril/2016, en inglés, español y portugués. Términos MeSH: "hyperuricemia" e "asymptomatic conditions". Resultados: Cinco estudios cumplían los criterios de inclusión: una MA, tres RS y un EO. La MA y el EO recomiendan el tratamiento de la HA, para la prevención de la disfunción renal y de problemas cardiovasculares (CV), respectivamente. Dos RS no recomiendan el tratamiento de la HA y una recomienda una decisión individualizada para valores de uricemia superiores a 9mg/dL, particularmente para la prevención de la gota. Conclusiones: La evidencia científica disponible es escasa, con limitaciones, y controversia, en lo que se refiere a la institución del tratamiento farmacológico. La importancia clínica de la HA y su relación causal con la ocurrencia de ataques agudos de gota, disfunción renal y las enfermedades cardiovasculares siguen siendo inciertas. No hay evidencia científica que justifique el tratamiento farmacológico de la HA en pacientes asintomáticos (SOR B). Son necesarios más estudios, metodológicamente robustos y orientados al paciente.
Introdução: A avaliação dos níveis séricos de ácido úrico é realizada com frequência nos Cuidados de Saúde Primários, porém sem evidência científica que a justifique. A abordagem terapêutica subsequente constitui frequentemente um desafio clínico, particularmente no caso da hiperuricemia assintomática (HA). O objetivo desta revisão foi rever a evidência sobre a pertinência do tratamento da HA. Métodos: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), revisões sistemáticas (RS), meta-análises (MA) e estudos originais (EO) no Medline e outros sítios de Medicina Baseada na Evidência, publicados desde abril de 2012 até abril de 2016, em inglês, espanhol e português. Termos MeSH: "hyperuricemia" e "asymptomatic conditions". Resultados: Cinco estudos cumpriam os critérios de inclusão: uma MA, três RS e um EO. A MA e o EO recomendam o tratamento da HA, para a prevenção da disfunção renal e para prevenção de eventos cardiovasculares (CV), respetivamente. Duas RS não recomendam o tratamento da HA e uma recomenda uma decisão individualizada para valores de uricemia acima de 9mg/dL, particularmente para a prevenção da gota. Conclusões: A evidência científica disponível é escassa, com limitações, e controversa no que diz respeito à instituição de tratamento farmacológico. O significado clínico da HA e sua relação causal com ocorrência de crises agudas de gota, disfunção renal e doença cardiovascular ainda são incertos. Não existe evidência científica que justifique o tratamento farmacológico da HA em doentes assintomáticos (SOR B). São, por isso, necessários mais estudos, metodologicamente robustos e orientados para o paciente.