RESUMO
O presente estudo configura-se como um artigo de revisão, cujo objetivo foi identificar o conhecimento dos professores de Educação Física sobre a Lei 10.639/2003 e como tratam situações de desigualdade racial a partir de sua prática pedagógica. Para tal, realizou-se uma busca no Portal de Periódicos da Capes, a partir dos descritores: desigualdade racial, discriminação racial, Educação Física, escola. Definiu-se como marco temporal os anos entre 2014 e 2019, para as publicações. A busca retornou com 64 artigos, dos quais foi feita a leitura dos títulos e resumos, destes foram selecionados quatro artigos. Como critérios de inclusão: estudos na área de Educação Física, sobre a temática desigualdade racial e discriminação racial, e estudos na educação básica. Como critérios de exclusão: estudos com professores de outros componentes curriculares; estudos que abordassem outras temáticas como gênero associadas; estudos em ambiente não-escolar. Concluiu-se que há fragilidades na formação inicial e continuada de professores de Educação Física, para que a temática seja abordada na Educação Física em situações de discriminação, mas também para que a Educação para as Relações Étnico-raciais seja adotada e incluída nos currículos escolares, além do desconhecimento dos professores sobre a Lei 10.639/03.
The present study is configured as a literature review, whose objective was to identify the knowledge of Physical Education teachers about Law 10.639/2003 and how they deal with situations of racial inequality, considering their pedagogical practice. To this aim, a search was carried out on Portal Capes based on the descriptors: racial inequality, racial discrimination, Physical Education, school. The years between 2014 and 2019 were defined as the time frame for publications. The search returned with 64 articles, from which the titles and abstracts were read, of which four articles were selected. As inclusion criteria: studies in the area of Physical Education, on the theme racial inequality and racial discrimination, and studies in basic education. As exclusion criteria: studies with teachers from other curricular components; studies that addressed other themes such as associated gender; studies in a non-school environment. It was concluded that there are weaknesses in the initial and continuing training of Physical Education teachers, so that the issue is addressed in Physical Education in situations of discrimination, but also so that Education for Ethnic-Racial Relations is adopted and included in school curricula, in addition to the teachers' lack of knowledge about Law 10.639/03.
El presente estudio se configura como un artículo de revisión, cuyo objetivo fue identificar el conocimiento de los profesores de Educación Física sobre la Ley 10.639/2003 y cómo ellos afrontan situaciones de desigualdad racial desde su práctica pedagógica. Para ello, se realizó una búsqueda en el Portal de Periódicos da Capes, a partir de los descriptores: desigualdad racial, discriminación racial, Educación Física, escuela. Se definió como marco temporal para las publicaciones los años comprendidos entre 2014 y 2019. La búsqueda arrojó 64 artículos, de los cuales se leyeron los títulos y resúmenes, de los cuales se seleccionaron cuatro artículos. Como criterios de inclusión: estudios en el área de Educación Física, sobre el tema desigualdad racial y discriminación racial, y estudios en educación básica. Como criterios de exclusión: estudios con docentes de otros componentes curriculares; estudios que abordaron otros temas como el género asociado; estudios en un ambiente no escolar. Se concluyó que existen debilidades en la formación inicial y continua de los profesores de Educación Física, para que el tema sea abordado en Educación Física en situaciones de discriminación, pero también para que la Educación para las Relaciones Étnico-Raciales sea adoptada e incluida en los currículos escolares, además del desconocimiento de los docentes sobre la Ley 10.639/03.
RESUMO
Este estudo investigou se a cor da pele das vítimas da violência policial influenciava os argumentos utilizados frente a esse tipo de violência. Participaram deste estudo 105 residentes de João Pessoa (Brasil) (idade M = 25,31; DP = 7,5). Utilizou-se um questionário com uma reportagem fictícia, na qual o suspeito de praticar um assalto havia sido gravemente agredido por um policial. Em uma condição, mencionava-se que o suspeito era branco e, em outra, que ele era negro. Os participantes foram convidados a escrever um texto justificando seus posicionamentos acerca do fato ocorrido. As respostas foram analisadas por meio do Iramuteq. Quando o suspeito era branco, a maioria dos posicionamentos (65 %) discordavam da ação policial, justificando-se que o uso da violência era ilegal ou arbitrário. Quando o suspeito era de cor negra, a maioria dos posicionamentos era de concordância com o uso da violência (51,43 %), justificando-se a mesma como medida de punição do suspeito e como procedimento necessário dada a ineficácia da justiça no combate ao crime. Concluiu-se que o posicionamento frente à violência policial consiste numa das expressões da discriminação contra negros e contribui para a manutenção de hierarquias raciais no Brasil.
Este estudio investigó si el color de piel de las víctimas de violencia policial influyó en los argumentos utilizados ante este tipo de violencia. 105 residentes de João Pessoa (Brasil) participaron del estudio (edad M = 25.31; DT = 7.5). Se utilizó un cuestionario con un informe ficticio, en el que el sospechoso de haber cometido una agresión había sido agredido gravemente por un agente de policía. En una condición, se mencionó que el sospechoso era blanco y, en otra, que era negro. Se pidió a los participantes que escribieran un texto que justificara sus opiniones sobre el evento. Las respuestas se analizaron utilizando Iramuteq. Cuando el sospechoso era blanco, la mayoría de las posiciones (65 %) estaban en desacuerdo con la acción policial, justificando que el uso de la violencia fue ilegal o arbitrario. Cuando el sospechoso era negro, la mayoría de las posiciones estaban de acuerdo con el uso de la violencia (51.43 %), justificándola como una especie de castigo al sospechoso y como un procedimiento necesario dada la ineficacia de la justicia en la lucha contra el crimen. Se concluyó que la posición frente a la violencia policial es una de las expresiones de discriminación contra los negros y contribuye al mantenimiento de las jerarquías raciales en Brasil.
This study investigated whether the skin color of the victims of police violence influenced the arguments used in the face of this type of violence. 105 residents of João Pessoa (Brazil) participated in this study (age M = 25.31; SD = 7.5). A questionnaire with a fictitious report was used, in which the suspect of committing an assault had been seriously attacked by a police officer. In one condition, it was mentioned that the suspect was white and, in another, that he was black. Participants were asked to write a text justifying their views on the event. The responses were analyzed using Iramuteq. When the suspect was white, most of the positions (65 %) disagreed with the police action, justifying that the use of violence was illegal or arbitrary. When the suspect was black, most of the positions were in agreement with the use of violence (51.43 %), justifying it as a kind of punishment of the suspect and as a necessary procedure given the ineffectiveness of Justice in fighting against the crime. It was concluded that the position in the face of police violence is one of the expressions of discrimination against blacks and contributes to the maintenance of racial hierarchies in Brazil.
RESUMO
O Cartoon Test é um instrumento que analisa a percepção de crianças e adolescentes acerca do significado de bullying por meio de cenas de interação entre pares no ambiente escolar. Este estudo qualitativo exploratório constitui a segunda etapa de validação do instrumento no Brasil, com os objetivos de verificar se os participantes compreendem as imagens e legendas dos cartoons e que palavras são utilizadas para descrever os comportamentos inadequados. Foram realizados oito grupos focais, com 52 alunos, com idades de oito e 14 anos, de duas cidades do Rio Grande do Sul. Os instrumentos utilizados foram: Questionário sociodemográfico, Folha de registro do pesquisador e Cartoon Test. Realizou-se análise de conteúdo para tratamento dos dados. Os resultados indicaram que o instrumento foi compreendido pelos participantes e o termo bullying foi o mais utilizado para descrever situações agressivas. Para as crianças, sugere-se a redução no número de cartoons, visando evitar a exaustão.(AU)
The Cartoon Test is an instrument that analyzes the perception of children and adolescents about the meaning of bullying through scenes of interaction between peers in the school environment. This qualitative exploratory study is the second phase of validation of the instrument in Brazil. The aim is to verify whether the participants understand both the images and captions of the cartoons and to record the words used to describe the inappropriate behaviors. Eight focus groups were carried out, with 52 students, aged between eight and 14 years, from two cities in Rio Grande do Sul. The instruments used were: sociodemographic questionnaire, record sheet and Cartoon Test. Content analysis was performed. The results showed that the instrument was understood by all the participants and bullying was the word most used to describe the aggressive situations. A reduction in the number of cartoons administered to children is suggested, in order to avoid exhaustion.(AU)
El Cartoon Test es un instrumento que analiza la percepción de niños y adolescentes a respeto del significado de bullying por medio de una escena de interacción entre pares en el ambiente escolar. Este estudio cualitativo exploratorio constituye la segunda etapa de validación del instrumento en Brasil, con el objetivo de verificar que los participantes comprenden las imágenes y leyendas de los cartoons y qué palabras son utilizadas para describir comportamientos inapropiados. Fueron realizados ocho grupos focales, con 52 alumnos, con edades entre ocho y 14 años, de dos ciudades de Rio Grande do Sul. Los instrumentos utilizados fueron: Cuestionario Sociodemográfico, Ficha de Registro del Investigador y Cartoon Test. Se llevo a cabo un análisis de contenido para procesar los datos. Los resultados indicaron que el instrumento fue comprendido por los participantes y el termo bullying fue lo más empleado para describir situaciones agresivas. Para los niños, se sugiere la reducción en el número de cartoons, para evitar el agotamiento.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Percepção , Agressão/psicologia , Bullying/psicologia , Comportamento Social , Projetos Piloto , Reprodutibilidade dos Testes , Pesquisa Qualitativa , Distribuição por Idade e Sexo , Racismo/psicologia , Fatores SociodemográficosRESUMO
O negro, e por consequência as populações quilombolas, em uma sociedade racista e preconceituosa, participa de um processo de (re)construção identitária que passa, necessariamente, por questões culturais, históricas, de território e de parentesco. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi conhecer a percepção de moradores de um quilombo sobre o preconceito racial vivenciado por eles. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, tendo como participantes seis residentes em posições de liderança num quilombo urbano: duas adolescentes, dois adultos e duas idosas. Foram feitas entrevistas com perguntas semiestruturadas, abordando história de vida e percepção sobre discriminação racial. Os dados foram gravados e filmados, para, posteriormente, serem transcritos. Para a análise, utilizou-se a Análise de Conteúdo Temática. Os principais resultados apontaram diferenças significativas entre a percepção de adolescentes, por um lado, e adultos e idosos, por outro. Os adultos e as idosas indicaram não se sentirem discriminados por serem negros e moradores de quilombo, ao contrário das adolescentes, que referiram sofrer bullying por esses motivos na escola e em ambientes públicos como shoppings e comércios em geral. As idosas relataram sentir-se discriminadas em função da idade, mas nunca pela sua negritude ou pelo local onde moram. Entende-se que esta percepção tão diferente entre jovens, adultos e idosos deva-se, principalmente, ao nível de escolaridade mais elevado das adolescentes e, consequentemente, à sua maior capacidade reflexiva. Esta lhes permite perceber por si mesmas aquilo que não lhes foi dito no grupo familiar e que lhes foi ocultado nos debates escolares....(AU)
Black people in a racist and discriminating society, specifically the quilombola population, undergo an identity (re)construction process which certainly includes cultural, historical, territorial and kinship issues. This study verified the perception of quilombo dwellers regarding the racial discrimination they go through. A qualitative, descriptive, exploratory research was conducted with six residents in leadership positions in an urban quilombo: two teenage girls, two adults in their fourties and two older women. They answered a semistructured interview about their life stories and their perception of racial discrimination. The data were recorded, filmed, and later transcripted. Afterwards, they were analyzed according to Thematic Content Analysis. The main results pointed out significant differences in the way teenagers perceive racial discrimination compared to adults and older adults. These claimed not having been through situations in which they were discriminated because of their color or for living in a quilombo. On the other hand, the teenagers reported having gone through bullying at school and public places, like malls and retail places in general. The older women said they felt discriminated because of their age, but never because of their color or the place where they live. It is assumed that these big differences in perception are mainly due to the higher educational level of teenagers and, consequently, to their higher reflection ability. This ability enables them to perceive for themselves facts and realities that their familiar group never mentioned and that debates at school have always hidden from them....(AU)
El negro, en consecuencia, la población quilombola, en una sociedad racista e intolerante participa en un proceso de (re)construcción identitaria que pasa, necesariamente, por cuestiones culturales, históricas, territoriales y de parentesco. El objetivo de este estudio fueconocer la percepción de los moradores de un quilombo sobre la discriminación racial vivida por ellos. Para eso, se realizó una investigación cualitativa, descriptiva y exploratoria, en la cual participaron seis residentes en posición de liderazgo en un quilombo urbano: dos adolescentes, dos adultos y dos ancianas. Se realizaron entrevistas con preguntas semiestructuradas,abordando la historia de vida y percepción sobre discriminación racial. Los datos fueron grabados y filmados, y posteriormente fueron transcritos. Para el análisis, se utilizó el análisis de contenido temático. Los principales resultados apuntaron diferencias significativas entre la percepción de adolescentes, por un lado, y de adultos y ancianos, por otro. Los adultos y las ancianas refirieron no sentirse discriminados por ser negros y moradores de quilombo, a diferencia de las adolescentes, que refirieron sufrir acoso escolar y en los entornos públicos como centros comerciales y comercio en general. Las ancianas refirieron sentirse discriminadas en función de la edad, pero nunca por su negritud o por el lugar donde viven. Se entiende que esa percepción tan diferente entre jóvenes y adultos y ancianos se debe principalmente al nivel de escolaridad más elevado de las adolescentes y, consecuentemente, a su mayor capacidad reflexiva. Esta les permite percibir por sí mismas lo que no les fue dicho en el grupo familiar y que les fue ocultado en los debates escolares....(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Idoso , Preconceito , Etnicidade , Racismo , Discriminação Social , Pesquisa Qualitativa , BullyingRESUMO
Resumen Mediante un diseño no experimental, analítico y transversal, se analizó el efecto que tiene la discriminación racial y étnica sobre la autoestima individual (AI) y colectiva (AC), según el fenotipo declarado. Para esto fueron encuestados 481 migrantes de nacionalidad colombiana (54 % mujeres y 46 % hombres), con edades entre los 18 y los 65 años, con una media de 35 años. Se aplicaron las escalas de AI de Rosenberg, de discriminación percibida de Krieger et al y la adaptación de Basabe de la escala de AC de Luthanen et al. Se observan efectos diferenciales de la discriminación étnica y/o racial sobre la AI y sobre la AC. En personas que se autoidentifican como "blancos", la percepción de discriminación racial se relaciona leve y positivamente con la AI; en quienes se perciben como "mestizos o nativos americanos", la discriminación racial tiene un efecto positivo moderado sobre la AC; en quienes se identifican como "afrodescendientes", ambas discriminaciones tienen un efecto positivo leve sobre la AI, mientras que la discriminación racial perjudicaría moderadamente la AC; y, finalmente, en quienes se identifican como "mulatos", ambas discriminaciones tendrían efectos leves o moderados positivos en los dos tipos de autoestima. Estos resultados aportan evidencia al efecto del fenotipo en la relación establecida entre la discriminación y la autoestima.
Abstract Through a non-experimental, analytical and cross-sectional design, we analyze the effect that racial and ethnic discrimination has on individual (ISE) and collective (CSE) self-esteem, according to the declared phenotype. 481 Colombian migrants (54 % women and 46 % men), aged between 18 and 65 (average of 35 years), were surveyed. Were applied the Rosenberg ISE scales, perceived discrimination of Krieger et al. and Basabe's adaptation of the CSE scale of Luthanen et al. Differential effects of ethnic and / or racial discrimination on ISE and on CSE are observed. In people who identify themselves as "white", the perception of racial discrimination is slightly and positively related to ISE. In those who are perceived as "mixed or Native American", racial discrimination has a moderate positive effect on CSE. In those who identify themselves as "Afro-descendants," both discriminations have a slight positive effect on ISE, while racial discrimination would moderately harm CSE. Finally, in those who identify themselves as "mulattos," both discriminations would have mild or moderate positive effects on both types of self-esteem. These results provide evidence to the effect of the phenotype on the relationship established between discrimination and self-esteem.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Autoimagem , Migrantes , Etnicidade , Adaptação a Desastres , Racismo , Discriminação Social , ChileRESUMO
Neste trabalho objetivou-se analisar os repertórios interpretativos utilizados pelas pessoas para se posicionarem diante de situações de preconceito racial no futebol. Participaram 295 universitários, com idade média de 21 anos, sendo 37,1% do sexo masculino e 62,9% do sexo feminino. Utilizou-se um questionário com uma história fictícia na qual um torcedor de um time de futebol xingava um jogador do time adversário com termos depreciativos relacionados à sua cor. Em seguida, perguntava-se se isso seria uma demonstração de preconceito e pedia-se para que a resposta fosse justificada. A análise lexical das justificativas mostrou que, das cinco classes encontradas, quatro apresentam a ideia de que o preconceito existe e apenas uma nega sua existência. Esses resultados são discutidos enfatizando o fato que o contexto do futebol se apresenta como um cenário propício para investigar expressões flagrantes de preconceito racial porque existe a justificativa plausível da competição.
The aim of this study was to analyze the interpretative repertoires that people use to position themselves for or against in relation to racial prejudice situations in football. 295 college students took part in this research, with a mean of 21 years old; 37.1% were male and 62.9% female. A questionnaire in which participants responded to questions about a fictitious situation in which a supporter insulted a player of the rival team because of the color of his skin was used. Immediately after respondents were asked to justify whether the situation presented could be considered as an example of racial prejudice. The lexical analysis performed showed that, out of the five classes found, four of them presented the idea that prejudice exists and only one denies its existence. These results are discussed stressing the fact that the context of football represents an excellent setting to research situations of flagrant racial prejudice since the competition acts as plausible justification.
El objetivo de este trabajo fue analizar los repertorios interpretativos utilizadas por las personas para posicionarse frente a situaciones de prejuicio racial en el fútbol. Participaron 295 estudiantes universitarios, con una edad media de 21 años, de los cuales un 37,1% eran hombres y un 62,9% eran mujeres. Se utilizó un cuestionario con una historia ficticia en la cual un aficionado de un equipo de fútbol insultaba a un jugador del equipo adversario con frases despectivas relativas al color de su piel. Posteriormente, se preguntaba sobre si dichas expresiones podrían considerarse como una demostración de prejuicio y se pedía que las respuestas fuesen explicadas. El análisis lexical de las justificaciones dadas mostró que, de las cinco clases encontradas, cuatro presentan la idea de que el prejuicio existe y apenas una niega su existencia. Estos resultados son discutidos enfatizando el hecho de que el contexto del fútbol se presenta como un escenario propicio para investigar las expresiones flagrantes de prejuicio racial porque existe la justificación plausible de la competición.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Preconceito/psicologia , Futebol/psicologia , Estudantes/psicologia , Comportamento , Racismo , BrasilRESUMO
RESUMO Parte da literatura acadêmica brasileira sobre relações raciais tende a agrupar pretos e pardos em uma só categoria. Isso se justifica em virtude da sua semelhança em diversos indicadores socioeconômicos. No entanto, investigações recentes sobre padrões identitários e percepções de discriminação não mostram a mesma convergência entre os dois grupos. O presente artigo contribui para esse debate ao discutir a discriminação percebida por pretos, pardos e brancos a partir dos dados da Pesquisa das Dimensões Sociais da Desigualdade. Nossos resultados apontam que, no Brasil, a raça não pode ser analisada independentemente da dimensão socioeconômica. Mostramos, de forma inédita, que no tocante à percepção da discriminação, pardos de baixo status socioeconômico estão próximos dos pretos de mesma condição, enquanto pardos de status elevado reportam pouca discriminação e nisso se aproximam muito dos brancos.
ABSTRACT A significant number of Brazilian academics tend to group black and brown people as a single category in studies on race relations due to their similar socioeconomic indicators. Recent research into identity profiles and perceptions of discrimination do not however suggest the same convergence between the two groups. The following article contributes to the debate on discrimination experienced by black, mixed race, and white people based on data furnished by the Social Dimensions of Inequality Survey. Our results suggest that race cannot be analyzed in Brazil without taking socioeconomic circumstances into account. Our unprecedented approach shows that in terms of perceptions of discrimination, mixed-race people of a low socioeconomic status are closely aligned with black people in the same socioeconomic circumstances, while brown people with a higher status report much less discrimination, on more of a par with white people.
RÉSUMÉ Une partie de la littérature académique brésilienne traitant des relations raciales tend à regrouper Noirs et Métis dans la même catégorie, ce que justifieraient les similitudes constatées au sein de divers indicateurs socioéconomiques. Néanmoins, des recherches récentes sur les modèles identitaires et les perceptions de la discrimination ne montrent pas les mêmes convergences entre les deux groupes. Le présent article veut contribuer à ce débat en s'intéressant aux discriminations perçues par les Noirs, les Métis et les Blancs à partir des données de la Recherche sur les dimensions sociales des inégalités. Nos résultats montrent qu'au Brésil, la race ne peut être analysée indépendamment des dimensions socioéconomiques. Nous montrerons de façon inédite qu'en ce qui concerne la perception de la discrimination, les Métis de faible statut socioéconomique rejoignent les Noirs de même condition, tandis les Métis au statut élevé ne mentionnent que peu de discriminations, s'approchant en cela des Blancs.
RESUMEN Parte de la literatura académica brasileña sobre relaciones raciales tiende a agrupar a los negros y a los pardos (en la acepción brasileña del término) en una sola categoría, como consecuencia de su semejanza en diversos indicadores socioeconómicos. Sin embargo, diversas investigaciones recientes sobre los patrones de identidad y las percepciones de la discriminación no muestran la misma convergencia entre los dos grupos. El presente artículo contribuye al desarrollo de este debate, al analizar la discriminación percibida por personas negras, pardas y blancas a partir de los datos de la Pesquisa das Dimensões Sociais da Desigualdade (Investigación sobre las Dimensiones Sociales de la Desigualdad). Nuestros resultados indican que, en Brasil, la raza no se puede analizar sin tener en cuenta la dimensión socioeconómica. Hacemos patente, por vez primera, que en lo que respecta a la percepción de la discriminación, los pardos de bajo estatus socioeconómico están vinculados a los negros de la misma condición, mientras que los pardos de estatus más elevado sufren pocos casos de discriminación y su situación es más semejante a la de los blancos.
RESUMO
Las preferencias raciales expresadas explícitamente pueden carecer de información que sea completa en su contenido, ya sea porque las personas prefieren no expresar sus actitudes per se o tal vez porque no estén al tanto de ellas. El Implicit Association Test (IAT), desarrollado por Greenwald, Banaji y Nosek, evalúa las preferencias implícitas de las personas a través de una plataforma de internet. Demuestra que cuando una persona expresa una preferencia en particular, es posible que no conciba que esa actitud tenga un componente inconsciente y que pueda modificarla. Se obtuvieron 235 sujetos que respondieron a la prueba de preferencia implícita de raza (negra y blanca), a través del portal de internet del IAT Los resultados indican que hay una preferencia explícita hacia personas blancas sobre las personas de color, y que la preferencia implícita es de mayor intensidad que la explícita, en el mismo sentido.
Racial preferences that are expressed explicitly may lack information and be lacking in character, either because people prefer not to express their attitudes wholly, or because they are not completely aware of them. The Implicit Association Test (IAT), developed by Greenwald, Banaji and Nosek, evaluates the implicit preference of people through an internet platform. It demonstrates that when a person shows a preference in particular, it is possible that said attitude has a component that may not be conscious that could be modified. Sample was comprised of 235 subjects that, through the IAT internet website, completed the race implicit preference task (black and white). Results indicate that there is an explicit preference towards white people over black people, and that implicit preference is of stronger intensity than explicit preference, in the same sense.
Assuntos
Psicologia , RacismoRESUMO
Este artigo analisa o crescente uso, por ONGs locais e transnacionais de direitos humanos, dos instrumentos jurídicos internacionais para o reconhecimento e a proteção dos direitos humanos, um fenômeno que a autora denomina de " ativismo jurídico transnacional".
This paper analyzes the increased use, by local and transnational human rights NGO, of international legal instruments for the recognition and protection of human rights, a phenomenon the author calls " transnational legal activism".
Este trabajo analiza el uso creciente que las ONGs locales y trasnacionales de derechos humanos hacen de instrumentos legales internacionales para reconocer y proteger los derechos humanos, fenómeno que la autora denomina " activismo legal transnacional" .
Assuntos
Humanos , Direitos Humanos/legislação & jurisprudência , OrganizaçõesRESUMO
Com base no referencial da teoria racial crítica, foi feita uma revisão da literatura com o objetivo de buscar informações que fundamentem uma ação profissional afirmativa contra o racismo e o sexismo, baseada em evidências científicas e culturalmente competente. Evidenciou-se que a sexualidade, a saúde reprodutiva e a violência contra a mulher negra são temas com literatura escassa, sugerindo que o racismo e o sexismo estão operantes por meio da omissão ou negligência do Estado pese a mobilização das mulheres negras. Concluiu-se que a discriminação institucional precisa ser explicitada e combatida por meio de várias ações afirmativas em relação à mulher negra que devem ser implementadas ou fortalecidas para a promoção da eqüidade em saúde.
Based on the referential of the critical racial theory, a review of the literature was made with the objective of searching for information that leads to an affirmative professional action against racism and sexism, based on scientific evidences and culturally competent. It was evidenced that the sexuality, reproductive health and violence against African Brazilian women are themes with scarce literature, suggesting that racism and sexism occur by the omission and neglicence of State to weigh on African Brazilian women's mobilization. The study concluded that institutional discrimination in health needs to be neutralized by affirmative actions regarding to African Brazilian women that must be implemented or strenghten to promote equity in health.
Con base en el referencial de la teoría racial crítica, se realizó una revisión de la literatura con el objetivo de buscar informaciones que fundamenten una acción profesional afirmativa contra el racismo y el sexismo, basada en evidencias científicas y culturalmente competentes. Se evidenció que la sexualidad, la salud reproductiva y la violencia contra la mujer negra son temas con literatura escasa, sugiriendo que el racismo y el sexismo están operantes por medio de la omisión o negligencia del Estado, pese a la mobilización de las mujeres negras. Se concluyó que la discriminación institucional precisa ser explicitada y combatida por medio de varias acciones afirmativas en relación a la mujer negra y deben ser implementadas o fortalecidas para la promoción de la equidad en salud.
Assuntos
Feminino , Humanos , População Negra , Mulheres Maltratadas/estatística & dados numéricos , Cuidados de Enfermagem , Violência , Brasil , Medicina Reprodutiva , Sexualidade , Violência/estatística & dados numéricosRESUMO
Past and present attempts to classify and characterize the human biological variability are examined, considering the race concept, ethnic identification problems, assortative mating based on ethnicity, and historical genetics. In relation to the latter, a review is made of the methods presently available for admixture quantification and of previous studies aimed at the characterization of the parental continental contributions to Latin American populations, with emphasis in global evaluations of the Costa Rican and Brazilian gene pools. Finally, the question of racism and discrimination is considered, including the relation between human rights and affirmative actions. The right to equal opportunity should be strictly respected. Biological inequality has nothing to do with the ethical principle that someone's position in a given society should be an accurate reflection of her/his individual ability.