RESUMO
Abstract Objective: To study the effect of antenatal corticosteroid administration on fetal hemodynamics using longitudinal analysis of Doppler waveforms in the umbilical artery (UA) and middle cerebral artery (MCA). Materials and Methods: This was a retrospective study that included 30 fetuses at risk for preterm birth. Twenty-eight pregnant women were treated with betamethasone for fetal lung maturation. Doppler examinations of the UA and MCA were performed once before and three or eight times after corticosteroid administration. We used a Bayesian hierarchical linear model. Reference ranges were constructed, and associations between variables (gestational age and pre-eclampsia) were tested. Results: The mean maternal age, gestational age at betamethasone administration, and gestational age at delivery were 32.6 ± 5.89 years, 30.2 ± 2.59 weeks, and 32.9 ± 3.42 weeks, respectively. On UA Doppler, there was a significant decrease in the pulsatility index (PI) after corticosteroid administration, with a mean of 0.1147 (credibility interval: 0.03687-0.191) in three observations and a median of 0.1437 (credibility interval: 0.02509-0.2627) in eight observations. However, there was no significant change in the Doppler MCA PI, regardless of gestational age and the presence or absence of pre-eclampsia. Conclusion: Although antenatal corticosteroid administration induced a significant decrease in the Doppler UA PI, we observed no change in the cerebral vasculature.
Resumo Objetivo: Estudar o efeito da administração antenatal de corticosteroides na hemodinâmica fetal mediante análise longitudinal do Doppler na artéria umbilical e artéria cerebral média (ACM). Materiais e Métodos: Este foi um estudo retrospectivo que incluiu 30 fetos com risco de nascimento pré-termo. Vinte e oito gestantes foram tratadas com betametasona para maturação pulmonar fetal. Os exames de Doppler da AU e da ACM foram realizados uma vez antes e depois da administração de corticosteroides, num total de três ou oito observações. Utilizamos o modelo linear hierárquico com abordagem Bayesiana. Foram construídos os intervalos de referência e testadas associações entre variáveis (idade gestacional e pré-eclâmpsia). Resultados: A média ± desvio-padrão da idade materna, idade gestacional na administração de betametasona e idade gestacional no parto foram 32,6 ± 5,89 anos, 30,2 ± 2,59 semanas e 32,9 ± 3,42 semanas, respectivamente. No Doppler da AU, verificou-se diminuição significativa do índice de pulsatilidade (IP) com a terapêutica com corticosteroides (média: 0,1147 [0,03687-0,191]; em três observações) (mediana: 0,1437 [0,02509-0,2627]; em oito observações). No entanto, não foi observada alteração significativa no IP do Doppler da ACM, independentemente da idade gestacional e do diagnóstico de pré-eclâmpsia. Conclusão: Os corticosteroides pré-natais induziram diminuição significativa no IP do Doppler da AU, mas não houve alteração na vasculatura cerebral.
RESUMO
ResumoOBJETIVOA ministração antenatal de um ciclo único de corticoterapia está recomendada a mulheres grávidas entre a 24 e a 34 semanas com risco de parto prematuro. O efeito máximo é atingido quando os corticosteroides ministrados entre 24 horas e 7 dias antes do parto. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de parto nos sete dias após corticoterapia nas principais situações obstétricas com risco de parto pré-termoMÉTODOSEstudo de coorte retrospectivo incluindo 209 grávidas internadas em risco de parto pré-termo submetidas a tratamento com corticosteroides para maturação pulmonar fetal. O estudo foi realizado entre janeiro de 2012 e março de 2014 e um hospital universitário. O desfecho principal avaliado foi o número de mulheres que tiveram parto no prazo de 7 dias após a ministração antenatal de corticosteroides. Foram definidos dois grupos de acordo com o motivo para iniciar corticosteroides: ameaça de parto pré-termo (Grupo APPT) e outras indicações para corticoterapia (Grupo RPPT). Foi efetuada uma análise de sobrevivência de Kaplan-Meier e um valor p<0,05 foi considerado estatisticamente significativoRESULTADOS46,4% (n=97) das mulheres grávidas tiveram parto nos 7 dias após a ministração de corticosteroides. Parto em 7 dias ocorreu mais frequentemente no grupo RPPT, em comparação com o grupo APPT (57,3 versus 42,4%, p=0,001). Foi detectada uma diferença estatisticamente significativa entre a curva de sobrevivência para os grupos APPT e RPPT, com um hazard ratio para parto até 7 dias 1,71 vezes maior para o grupo RPPT (IC95% 1,23-2,37; p<0,001)CONCLUSÃOPode-se concluir que a probabilidade de um evento (nascimento dentro de 7 dias após corticoterapia) é menor no grupo de grávidas internadas no contexto de ameaça de parto pré-termo do que por outras indicações. A utilização de corticosteroides em grávidas internadas por suspeita de trabalho parto pré-termo deverá ser alvo de uma rigorosa avaliação clínica.
AbstractPURPOSEThe administration of a single-course antenatal corticosteroid treatment is recommended for pregnant women between 24 and 34 weeks with risk of premature birth. The maximum effect is achieved when antenatal corticosteroids are administered between 24h and 7 days before delivery. The objective of this study was to evaluate the occurrence of birth within seven days of corticosteroid therapy in major obstetric situations with risk of preterm birthMETHODSRetrospective cohort study including 209 pregnant women hospitalized in risk of preterm delivery, submitted to corticosteroid therapy for fetal lung maturation. The study was carried out between January 2012 and March 2014 at a university hospital. Main outcome measure was the number of women who delivered within 7 da ys after antenatal corticosteroid administration. Two groups were defined according to the reason for starting corticosteroids: threatened preterm labour (Group APPT) and other indications for corticosteroid therapy (Group RPPT). A Kaplan-Meier survival analysis was performed and a p value <0.05 was considered statistically significant.RESULTS46.4% (n=97) of pregnant women gave birth in the seven days following corticosteroid administration. Delivery within 7 days occurred more frequently on group 2 in comparison to group 1 (57.3 versus42.4%; p=0.001). There is a statistically significant difference between the survival curve for groups 1 and 2, with a hazard ratio for delivery within 7 days 1.71 times higher for group 2 (95%CI 1.23-2.37; p<0.001)CONCLUSIONIt can be concluded that the probability of an event (birth within 7 days after corticosteroids) is smaller in the group of pregnant women admitted in the context of threatened preterm labor than for other indications. The use of corticosteroids in pregnant women admitted for suspected preterm labor should be subject to rigorous clinical evaluation.