RESUMO
En este estudio se pretende identificar el perfil demográfico de los pacientes que acuden a la clínica del dolor del Hospital Militar Central que consultan por dolor crónico no maligno, a quienes se les ha valorado de manera integral y multidisciplinaria. Se revisaron los expedientes clínicos de los pacientes atendidos en la clínica de dolor del Hospital Militar Central (HMC) entre abril de 1989 y abril de 2009. Un total de 291 pacientes se tomaron de manera aleatoria simple como muestra representativa para un intervalo de confianza del 95%. Se utilizó un cuestionario que incluyó 26 descriptores que evaluaron datos demográficos, epidemiológicos, respuesta emocional y afectación en áreas de ajuste por la presencia de dolor crónico en estos pacientes. Se encontraron múltiples datos estadísticos, como relevante se halló un perfil de pacientes relacionados con las fuerzas militares en un 90% (nivel de confianza 95%, IC 86-93) entre funcionarios militares, no militares y sus beneficiarios. El 49,4% son militares (nivel de confianza 95%, IC 43-55%). Prevalece como entidad más importante el dolor lumbar crónico 41,2% (nivel de confianza 95%, IC 35-47%) y el relacionado a miembros superiores e inferiores 11,6% (nivel de confianza 95%, IC 7,8 - 15%). Los diagnósticos más comunes en salud mental dados por psicología o psiquiatría fueron el trastorno de adaptación en el 59% de los casos (nivel de confianza 95%, IC 53-64,9%) y el trastorno de depresión en un 18% (Nivel de confianza 95%, IC 14-22,8%). Se encontró un 81% de compromiso en el área laboral en pacientes menores de 65 años (nivel de confianza 95%, IC 76-86%) por causa del dolor crónico y un 86,3 % (nivel de confianza 95%, IC 80-92%) entre aquellos con edades entre los 15 y los 30 años. En conclusión, el dolor crónico como enfermedad de alto costo en la población general, es un factor importante de incapacidad o inhabilidad laboral en los pacientes que consultan a la clínica de dolor del HMC, faltan estudios para definir si la población militar es más susceptible comparada con la población no militar...
This study aims to identify the demographic profile of patients who come to the Chronic Pain Clinic of the Hospital Militar Central to consult regarding chronic nonmalignant pain, who have been evaluated in an integral and multidisciplinary way. The medical records of the patients assisted in the Chronic Pain Clinic of the Hospital Militar Central (HMC) between April 1989 and April 2009. A total of 291 patients were randomly selected as a representative sample for a trust interval of 95%. A survey questionnaire was used, which included 26 descriptors evaluating demographic and epidemiological data, and emotional response and affectation in adjustment areas due to the presence of chronic pain in these patients. Multiple statistical data were found. A relevant datum was to find a profile of patients related to the military forces by 90% (95% significance level, CI 86-93%) among military and non-military officers and their beneficiaries. 49.4% are military personnel (95% significance level, CI 43-55% ). Chronic lumbar pain stands out as the most prevalent item - 41.2% (95% significance level, CI 35-47%), and the one related to upper or lower limbs, 11.6% (95% significance level, CI 7.8-15%). Most common diagnoses in mental health provided by the psychology and psychiatry sections were adjustment disorders in 59% of the cases (95% significance level, CI 53-64.9%), and depression disorder at 18% (95% significance level, CI 14-22.8%). An 81% commitment degree was found in the work force in patients aged less than 65 (95% significance level, CI 76.65%) due to chronic pain, and 86.3% (0.5% significance level, CI 80-92%) among those from 15 to 30 years old. To conclude, chronic pain as a high-cost disorder in the general population is an important factor in labor absence leaves or inability among patients consulting at the Chronic Pain Clinic of the HMC. There is a lack of studies to define whether the military population is more susceptible in comparison with the non-military population...
Assuntos
Humanos , Clínicas de Dor/estatística & dados numéricos , Dor Lombar , Dor , Clínicas de DorRESUMO
Este artigo descreve e analisa a dinâmica da clínica de dor enquanto um "artefato complexo" do sistema terapêutico biomédico, explorando as múltiplas vozes e as relações dialógicas sobre dor e a interdisciplinaridade no cotidiano clínico de duas clínicas de dor situadas em hospitais-escola nas cidades de Salvador e São Paulo. Foi realizado estudo etnográfico orientado pela antropologia interpretativa, na qual se buscou a descrição de situações singulares e expressivas da dinâmica da clínica de dor (considerada enquanto um serviço, constituído no interior da Biomedicina, destinado ao cuidado da dor crônica). Tais situações expressam tensões e soluções construídas a partir do enfrentamento da dor crônica enquanto objeto complexo que impõe, a todos, flexibilidade. Essa experiência etnográfica focalizou quatro espaços terapêuticos: a sala de espera, o corredor, a consulta médica e as discussões de caso clínico. A descrição produzida ilumina as múltiplas vozes sobre dor e interdisciplinaridade no cotidiano da clínica. Os sentidos da circulação nos espaços terapêuticos, representado no texto a partir da metáfora "circuloterapia", orientam essa discussão em torno dos limites e possibilidades da constituição e funcionamento deste serviço.
This paper describes and analyzes the pain clinic's dynamics as a "complex product" of the biomedical therapy system, exploring the many discussions about the meaning of pain and the interdisciplinary collaboration in the therapeutic daily routines of two pain clinics, located in university hospitals in the cities Salvador and São Paulo. An ethnographic approach guided by interpretative anthropology was used to search for the description of singular and expressive situations of the pain clinic's dynamics (considered as a service, established within Biomedicine, intended for care of chronic pain). Such situations express tensions and solutions created from the confrontation of the chronic pain as a complex object that imposes flexibility to all. This ethnography focuses on four therapeutic spaces: the waiting-room, the hall, the medical consultation and the clinical case discussion. The resulting description enlightens the multiple voices on pain and interdisciplinary collaboration in the clinic's daily routines. The directions of circulation within therapeutic spaces guided this reflection around the limits and possibilities of the establishment and operation of this service.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Clínicas de Dor/ética , Clínicas de Dor , Doença Crônica/prevenção & controle , Doença Crônica/terapia , Dor/diagnóstico , Equipe de Assistência ao Paciente/ética , Equipe de Assistência ao Paciente/história , Equipe de Assistência ao Paciente/normas , Equipe de Assistência ao Paciente/organização & administração , Equipe de Assistência ao Paciente/tendências , Assistência Ambulatorial/ética , Assistência Ambulatorial/métodos , Assistência Ambulatorial/psicologia , Assistência Ambulatorial , Atenção à Saúde/ética , Atenção à Saúde/métodos , Atenção à Saúde , Terapias Complementares , Humanização da AssistênciaRESUMO
Discutem-se as lacunas no estudo da dor crônica, bem como as possíveis aberturas e as novas possibilidades no cuidado à saúde, com base no reposicionamento e na interação dos agentes envolvidos. Procura organizar uma moldura teórico-metodológica que permita examinar as soluções construídas no interior da biomedicina para incluir a dor crônica como objeto da atenção médica. Tem caráter exploratório e organiza uma leitura epistemológica sobre a constituição da dor crônica como objeto médico, pontuando mudanças e permanências no interior da biomedicina. Organiza uma proposta teórico-metodológica voltada à compreensão da produção de sentidos da dor por parte de profissionais de saúde e sofredores.
Based on reflections on the complexity of chronic pain and its impact on the main constituent elements of biomedicine, the article examines the gaps this phenomenon has revealed both in the production of knowledge and in clinical practice. It discusses new possibilities in health care based on the repositioning of agents and their interactions. This exploratory article presents an epistemological reading of the construction of chronic pain as a medical object, highlighting changes and constancies within biomedicine. It also presents a theoretical and methodological proposal focused on understanding the production of meanings of 'pain' among doctors, healthcare providers, and sufferers.