RESUMO
Objetivo: Avaliar a efetividade da técnica de breath-stacking como método de treinamento dos músculos ventilatórios. Métodos: Trinta e oito jovens saudáveis foram incluídos no estudo. A pressão respiratória máxima foi avaliada em cmH2O em um manovacuômetro digital. O sistema de breath-stacking (máscara facial conectada a um tubo T acoplado a uma válvula unidirecional inspiratória) foi o método utilizado para gerar a sobrecarga ao longo de 12 sessões do programa de treinamento da muscular (4 sessões/semana). Resultados: Ambas pressões inspiratórias e expiratórias máximas aumentaram significativamente após o treino dos músculos ventilatórios. O pico de pressão positiva aumentou significativamente ao final do programa. Conclusão: O breath-stacking gera sobrecarga suficiente para os músculos ventilatórios promovendo aumento consistente das pressões respiratórias máximas quando utilizado em um protocolo de treino da musculatura ventilatória. A técnica foi bem tolerada, mas permanece a necessidade de testes em situações clínicas que envolvam fraqueza muscular e outras disfunções orgânicas.
RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar uma nova abordagem fisiológica para a determinação do volume corrente em ventilação mecânica, de acordo com a capacidade inspiratória, e determinar se isso resulta em medidas mecânicas e de troca gasosa adequadas em cães saudáveis e em estado crítico. Métodos: Incluíram-se, neste estudo, 24 animais para avaliar o volume corrente expresso como porcentagem da capacidade inspiratória. Para mensuração da capacidade inspiratória, o ventilador mecânico foi regulado como segue: modo controle de pressão, com 35cmH2O de pressão de inspiração e pressão expiratória final de zero, por 5 segundos. Subsequentemente, estudaram-se dez cães em condições clínicas críticas. Resultados: Cães saudáveis ventilados com volume corrente que correspondia a 17% da capacidade inspiratória demonstraram mecânica respiratória normal e apresentaram os valores previstos de PaCO2 mais frequentemente do que os animais nos demais grupos. A pressão no sistema respiratório e a pressão transpulmonar foram significantemente mais elevadas nos cães em condição crítica, porém em todos os casos, estiveram abaixo de 15cmH2O. Conclusões: O volume corrente calculado com base na capacidade inspiratória de cada animal comprovou ser uma ferramenta útil e simples para o estabelecimento dos parâmetros do ventilador. Convém também realizar abordagem semelhante em outras espécies, inclusive no ser humano, quando se consideram as potenciais limitações da titulação do volume corrente, com base no peso corpóreo ideal calculado.
ABSTRACT Objective: To evaluate a novel physiological approach for setting the tidal volume in mechanical ventilation according to inspiratory capacity, and to determine if it results in an appropriate mechanical and gas exchange measurements in healthy and critically ill dogs. Methods: Twenty healthy animals were included in the study to assess the tidal volume expressed as a percentage of inspiratory capacity. For inspiratory capacity measurement, the mechanical ventilator was set as follows: pressure control mode with 35cmH2O of inspired pressure and zero end-expiratory pressure for 5 seconds. Subsequently, the animals were randomized into four groups and ventilated with a tidal volume corresponding to the different percentages of inspiratory capacity. Subsequently, ten critically ill dogs were studied. Results: Healthy dogs ventilated with a tidal volume of 17% of the inspiratory capacity showed normal respiratory mechanics and presented expected PaCO2 values more frequently than the other groups. The respiratory system and transpulmonary driving pressure were significantly higher among the critically ill dogs but below 15 cmH2O in all cases. Conclusions: The tidal volume based on the inspiratory capacity of each animal has proven to be a useful and simple tool when setting ventilator parameters. A similar approach should also be evaluated in other species, including human beings, if we consider the potential limitations of tidal volume titration based on the calculated ideal body weight.
Assuntos
Animais , Cães , Respiração Artificial/métodos , Troca Gasosa Pulmonar/fisiologia , Volume de Ventilação Pulmonar/fisiologia , Capacidade Inspiratória/fisiologia , Respiração Artificial/veterinária , Peso Corporal , Dióxido de Carbono/metabolismo , Distribuição Aleatória , Estado TerminalRESUMO
The aim of this study was to evaluate the concurrent validity of the optoelectronic plethysmography (OEP) to measure inspiratory capacity (IC) at rest and during submaximal exercise in healthy subjects. Twelve subjects (6 Male/6 Female; 23.8±1.34 yrs) with normal body mass index and lung function completed the study protocol. Participants were assessed at rest and during a 12-minute submaximal exercise protocol on a cycle ergometer. IC maneuvers were simultaneously recorded by OEP system and by a spirometer at rest and during exercise. The percentage of discrepancy between measurements, linear regression analysis and Bland-Altman method were used for data analysis. The study was approved by the institution ethics committee. It was considered 150 valid IC maneuvers for analysis (44 for resting and 106 for exercise). The percentage of discrepancy between the measurements were -9.6 (8.6%) at rest and -4.6 (5.5%) during exercise. Regression analysis showed good linear associations between methods at rest (r2=0.90; p=0.0002) and during exercise (r2=0.96; p=0.0008). Bland-Altman analysis using data obtained during exercise showed a bias between the two methods of 0.13L. The limits of agreement indicate that the difference between methods can vary from -0.04L to 0.57L. Additionally, data was equally distributed between the upper and lower limits, demonstrating no systematic overestimation or underestimation of the IC by any of the instruments. In conclusion, this study demonstrated that the OEP is a valid evaluation system to measure IC of healthy individuals at rest and during submaximal exercise.
O objetivo deste estudo foi avaliar a validade concorrente da pletismografia optoeletrônica (POE) para medir a capacidade inspiratória (CI) de indivíduos saudáveis no repouso e durante exercício submáximo. Doze voluntários (6 H/6 M; 23,8±1,34 anos) com índice de massa corporal e prova de função pulmonar normais completaram o protocolo do estudo. Eles foram avaliados no repouso (7 minutos) e durante 12 minutos de exercício submáximo em cicloergômetro. A CI foi mensurada simultaneamente pela POE e por um espirômetro. A porcentagem de discrepância entre as medidas, a análise de regressão linear e o método de Bland-Altman foram utilizados para análise. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição. Foram consideradas 150 manobras de CI válidas para análise (44 para o repouso e 106 para o exercício). A porcentagem de discrepância entre as medidas foi de -9,6 (8,6%) no repouso e -4,6 (5,5%) durante o exercício. A análise de regressão linear mostrou associações entre os dois métodos no repouso (r2=0,90; p=0,0002) e durante o exercício (r2=0,96; p=0,0008). A análise de Bland-Altman realizada com os dados do exercício mostrou viés entre os métodos de 0,13L. Os limites de concordância mostraram que a diferença entre os métodos pode variar de -0,04 L to 0,57 L. Adicionalmente, os dados distribuíram-se igualmente entre os limites de concordância, sem superestimação ou subestimação sistemática da CI. Em conclusão, o estudo demonstrou que a POE é um sistema válido para mensuração da CI de indivíduos saudáveis no repouso e durante o exercício submáximo.
Este estudio tiene como propósito evaluar la validez de la pletismografía optoelectrónica (OEP) para medir la capacidad inspiratoria (CI) en sujetos saludables tanto en reposo como durante ejercicio submáximo. Participaron de este estudio 12 sujetos (6 hombres y 6 mujeres; 23,8 ± 1,34 años de edad) con índice de masa corporal y función pulmonar normales. Los participantes fueron evaluados en reposo por 7 minutos y durante 12 minutos de ejercicio submáximo en bicicleta estática. Se grabaron simultáneamente por la OEP y por un espirómetro las maniobras de la CI tanto en reposo como durante el ejercicio. Se utilizaron el porcentaje de discrepancia en las mediciones, el análisis de regresión lineal y el método Bland-Altman para análisis de datos del estudio, el que fue aprobado por el comité de ética de la institución. Se consideró 150 maniobras CI para el análisis, las cuales 44 fueron para reposo y 106 para ejercicio. El porcentaje de discrepancia entre las medidas fue del -9,6 (un 8,6%) en reposo y del -4,6 (un 5,5%) durante el ejercicio. El análisis de regresión lineal mostró asociaciones para los métodos en reposo (r2=0,90; p=0,0002) y durante el ejercicio (r2 = 0,96; p = 0,0008). Los datos obtenidos durante el ejercicio utilizándose el análisis Bland-Altman mostraron un sesgo de 0.13L entre los métodos. Los límites de concordancia indicaron que la diferencia entre los métodos puede tener variación desde -0.04L hasta 0.57L. Además, se distribuyeron por igual los datos entre los límites de concordancia, los cuales no mostraron sobreestimación o subestimación sistemática de la CI. En conclusión, este estudio mostró que el OEP es un sistema de evaluación valido para medir la CI de sujetos saludables tanto en reposo como durante ejercicio submáximo.
RESUMO
OBJECTIVE: To investigate the modulatory effects that dynamic hyperinflation (DH), defined as a reduction in inspiratory capacity (IC), has on exercise tolerance after bronchodilator in patients with COPD. METHODS: An experimental, randomized study involving 30 COPD patients without severe hypoxemia. At baseline, the patients underwent clinical assessment, spirometry, and incremental cardiopulmonary exercise testing (CPET). On two subsequent visits, the patients were randomized to receive a combination of inhaled fenoterol/ipratropium or placebo. All patients then underwent spirometry and submaximal CPET at constant speed up to the limit of tolerance (Tlim). The patients who showed ΔIC(peak-rest) < 0 were considered to present with DH (DH+). RESULTS: In this sample, 21 patients (70%) had DH. The DH+ patients had higher airflow obstruction and lower Tlim than did the patients without DH (DH-). Despite equivalent improvement in FEV1 after bronchodilator, the DH- group showed higher ΔIC(bronchodilator-placebo) at rest in relation to the DH+ group (p < 0.05). However, this was not found in relation to ΔIC at peak exercise between DH+ and DH- groups (0.19 ± 0.17 L vs. 0.17 ± 0.15 L, p > 0.05). In addition, both groups showed similar improvements in Tlim after bronchodilator (median [interquartile range]: 22% [3-60%] vs. 10% [3-53%]; p > 0.05). CONCLUSIONS: Improvement in TLim was associated with an increase in IC at rest after bronchodilator in HD- patients with COPD. However, even without that improvement, COPD patients can present with greater exercise tolerance after bronchodilator provided that they develop DH during exercise. .
OBJETIVO: Investigar os efeitos moduladores da hiperinsuflação dinâmica (HD), definida pela redução da capacidade inspiratória (CI), na tolerância ao exercício após broncodilatador em pacientes com DPOC. MÉTODOS: Estudo experimental e randomizado com 30 pacientes com DPOC sem hipoxemia grave. Na visita inicial, os pacientes realizaram avaliação clínica, espirometria e teste de exercício cardiopulmonar (TECP) incremental. Em duas visitas subsequentes, os pacientes foram randomizados para receber uma combinação de fenoterol/ipratrópio ou placebo e, em seguida, realizaram espirometria e TECP com velocidade constante até o limite da tolerância (Tlim). Os pacientes com ΔCI(pico-repouso) < 0 foram considerados com HD (HD+). RESULTADOS: Nesta amostra, 21 pacientes (70%) apresentaram HD. Os pacientes HD+ apresentaram maior obstrução ao fluxo aéreo e menor Tlim do que os pacientes sem HD (HD-). Apesar de ganhos equivalentes de VEF1 após broncodilatador, o grupo HD- apresentou maior ΔCI(broncodilatador-placebo) em repouso em relação ao grupo HD+ (p < 0,05). Entretanto, isso não ocorreu com a ΔCI no pico do exercício entre os grupos HD+ e HD- (0,19 ± 0,17 L vs. 0,17 ± 0,15 L; p > 0,05). Similarmente, ambos os grupos apresentaram melhoras equivalentes do Tlim após broncodilatador (mediana [intervalo interquartílico]: 22% [3-60%] e 10% [3-53%]; p > 0,05). CONCLUSÕES: A melhora da CI em repouso após broncodilatador associou-se com ganho de tolerância ao esforço mesmo nos pacientes com DPOC que não apresentem HD. Por outro lado, pacientes sem melhora da CI em repouso ainda podem obter beneficio funcional com o broncodilatador desde que apresentem HD no exercício. .
Assuntos
Adulto , Humanos , Broncodilatadores/uso terapêutico , Teste de Esforço/métodos , Tolerância ao Exercício/efeitos dos fármacos , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/tratamento farmacológico , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/fisiopatologia , Volume Expiratório Forçado/efeitos dos fármacos , Capacidade Inspiratória/efeitos dos fármacos , Pulmão/fisiopatologia , Placebos , Espirometria , Capacidade Vital/efeitos dos fármacosRESUMO
OBJETIVO: Caracterizar a presença, extensão e padrões de hiperinsuflação dinâmica (HD) durante teste em esteira rolante em pacientes com DPOC moderada a grave. Métodos: Estudo transversal com 30 pacientes não hipoxêmicos (VEF1= 43 ± 14 por cento do previsto) submetidos a teste cardiopulmonar de exercício em esteira rolante em velocidade constante (70-80 por cento da velocidade máxima) até o limite da tolerância (Tlim). Manobras seriadas de capacidade inspiratória (CI) foram utilizadas para avaliação da HD. RESULTADOS: Dos 30 pacientes estudados, 19 (63,3 por cento) apresentaram HD (grupo HD+), que apresentaram maior comprometimento funcional em repouso do que os pacientes sem HD (grupo HD-). Nenhuma das variáveis obtidas relacionou-se com a tolerância ao exercício no grupo HD-, enquanto Tlim, CI e percepção de dispneia ao esforço foram significativamente correlacionados no grupo HD+ (p < 0,05). No grupo HD+, 7 e 12 pacientes, respectivamente, apresentaram padrão progressivo e estável de HD (ΔCI Tlim,2min = -0,28 ± 0,11 L e 0,04 ± 0,10 L; p < 0,01). Pacientes com padrão progressivo de HD apresentaram maior relação percepção de dispneia/Tlim e menor tolerância ao exercício do que aqueles com padrão estável (354 ± 118 s e 465 ± 178 s, respectivamente; p < 0,05). CONCLUSÕES: A HD não é um fenômeno universal durante a caminhada em pacientes com DPOC, mesmo que apresentem obstrução ao fluxo aéreo de graus moderado a acentuado. Nos pacientes que apresentaram HD, um padrão progressivo de HD teve maior repercussão na tolerância ao exercício do que um padrão estável de HD.
OBJECTIVE: To characterize the presence, extent, and patterns of dynamic hyperinflation (DH) during treadmill exercise testing in patients with moderate to severe COPD. METHODS: This was a cross-sectional study involving 30 non-hypoxemic patients (FEV1= 43 ± 14 percent of predicted) who were submitted to a cardiopulmonary exercise test on a treadmill at a constant speed (70-80 percent of maximum speed) to the tolerance limit (Tlim). Serial inspiratory capacity (IC) maneuvers were used in order to assess DH. RESULTS: Of the 30 patients studied, 19 (63.3 percent) presented with DH (DH+ group), having greater pulmonary function impairment at rest than did those without DH (DH- group). None of the variables studied correlated with exercise tolerance in the DH- group, whereas Tlim, IC, and perception of dyspnea during exercise did so correlate in the DH+ group (p < 0.05). In the DH+ group, 7 and 12 patients, respectively, presented with a progressive and a stable pattern of DH (ΔIC Tlim,2min = -0.28 ± 0.11 L vs. 0.04 ± 0.10 L; p < 0.01). Patients with a progressive pattern of DH presented with higher perception of dyspnea/Tlim rate and lower exercise tolerance than did those with a stable pattern (354 ± 118 s and 465 ± 178 s, respectively; p < 0.05). CONCLUSIONS: The presence of DH is not a universal phenomenon during walking in COPD patients, even in those with moderate to severe airflow limitation. In the patients who presented DH, a progressive pattern of DH had a greater impact on exercise tolerance than did a stable pattern of DH.
Assuntos
Adulto , Humanos , Masculino , Dispneia/fisiopatologia , Teste de Esforço/métodos , Tolerância ao Exercício/fisiologia , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/fisiopatologia , Estudos Transversais , Capacidade Inspiratória/fisiologia , Pulmão/fisiopatologia , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/classificação , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
OBJETIVO: Correlacionar a capacidade inspiratória (CI), por cento do previsto, pós-broncodilatador (pós-BD), com outras variáveis indicativas de gravidade e prognóstico, na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). MÉTODOS: Oitenta pacientes estáveis com DPOC realizaram manobras de capacidade vital forçada, capacidade vital lenta, e teste de caminhada de 6 min, antes e após salbutamol spray (400 µg). Foram divididos em quatro grupos, segundo o volume expiratório forçado no primeiro segundo pós-BD. Diversas variáveis foram testadas, por análise univariada e multivariada, com a distância caminhada pós-BD, por cento do previsto. A CI pós-BD foi correlacionada com o estadiamento Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) e o índice Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity (BODE). RESULTADOS: Por análise de regressão multivariada, a CI pós BD, por cento do previsto, (p = 0,001), o uso de oxigênio a longo prazo (p = 0,014), e o número de medicamentos usados (p = 0,044), mantiveram associação significativa com a distância caminhada, por cento do previsto. A CI < 70 por cento foi observada em 56 por cento dos pacientes em estágios GOLD 3 ou 4 comparado a 20 por cento em estágios GOLD 1 ou 2 ( p < 0,001). A CI < 70 por cento foi observada em 60 por cento dos pacientes com escore BODE 3 ou 4 vs. 33 por cento com BODE 1 ou 2 (p = 0,02). CONCLUSÃO: A CI, por cento do previsto, pós-BD é o melhor preditor funcional da distância caminhada, associando-se significativamente com o escore GOLD e o índice BODE. Por isso, propomos que a CI seja incluída na rotina de avaliação dos portadores de DPOC.
OBJECTIVE: To correlate the postbronchodilator (post-BD) inspiratory capacity (IC), percent of predicted, with other markers of severity and prognostic factors in chronic obstructive pulmonary disease (COPD). METHODS: Eighty stable patients with COPD performed forced vital capacity and slow vital capacity maneuvers, as well as the 6-min walk test, prior to and after receiving albuterol spray (400 µg). Patients were divided into four groups, based on post-BD forced expiratory volume in one second. Several variables were tested to establish correlations with the post-BD distance walked, using univariate and multivariate analysis. Post-BD IC was found to correlated with Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) staging and with the Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity (BODE) index. RESULTS: Multivariate regression analysis revealed that the distance walked, percent predicted, correlated significantly with the IC post-BD, percent predicted (p = 0.001), long-term oxygen use (p = 0.014), and number of medications used in the treatment (p = 0.044). IC < 70 percent was observed in 56 percent patients in GOLD stages 3 or 4 vs. 20 percent in GOLD 1 or 2 (p < 0.001). IC < 70 percent was observed in (60 percent) patients with BODE score 3 or 4 vs. (33 percent) BODE score 1 or 2 (p = 0.02). CONCLUSION: Post-BD IC percent predicted is the best functional predictor of distance walked and is significantly associated with GOLD staging and BODE index. Therefore, We propose that the inspiratory capacity should be added to the routine evaluation of the COPD patients.
Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Albuterol/administração & dosagem , Broncodilatadores/administração & dosagem , Tolerância ao Exercício , Capacidade Inspiratória , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/diagnóstico , Obstrução das Vias Respiratórias/fisiopatologia , Índice de Massa Corporal , Estudos Transversais , Dispneia/fisiopatologia , Teste de Esforço/efeitos dos fármacos , Teste de Esforço/métodos , Tolerância ao Exercício/efeitos dos fármacos , Tolerância ao Exercício/fisiologia , Volume Expiratório Forçado/efeitos dos fármacos , Volume Expiratório Forçado/fisiologia , Capacidade Inspiratória/efeitos dos fármacos , Capacidade Inspiratória/fisiologia , Prognóstico , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/fisiopatologia , Análise de Regressão , Índice de Gravidade de Doença , Estatísticas não Paramétricas , Fatores de Tempo , Capacidade Vital/efeitos dos fármacos , Capacidade Vital/fisiologia , Caminhada/fisiologiaRESUMO
Introdução: a resposta aos broncodilatadores (BD) aferida do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) já está universalmente estabelecida, porém as variações dos volumes pulmonares como critérios de responsividade aos BD precisam ser melhor avaliadas. Métodos: os pacientes foram divididos em dois grupos: Distúrbio Ventilatório Obstrutivo (DVO) e Normais (N), pela espirometria e classificados segundo o Consenso Brasileiro de Espirometria de 1996. Posteriormente foram subdivididos em responsivos ao BD (RBD) e não responsivos (NRBD). Todos realizaram medidas dos volumes pulmonares: Volume Residual (VR), Capacidade Residual Funcional (CRF), Capacidade Inspiratória (CI) através da pletismografia. Resultados: foram estudados 429 pacientes, 172 normais e 275 com distúrbio ventilatório obstrutivo. Os pacientes normais apresentaram uma variação média na CRF de 120ml, no VR de 115ml e na CI de 50ml com BD (p<0,05). Os pacientes com DVO apresentaram variação média na CRF de 263ml, no VR de 271ml e na CI de 185ml (p<0,05). Entre os pacientes DVO com RBD pela espirometria encontrou-se variação média na CRF de 387ml, no VR de 287ml e na CI de 295ml (p<0,001). Entre os pacientes DVO NRBD pela espirometria, a CRF variou 180ml, o VR 140ml e a CI 111ml (p<0,004). Conclusões: pacientes DVO RBD pelo VEF1, tiveram variações médias da CRF, do VR e da CI superiores ao limite superior do intervalo de confiança de 95% (IC 95%) da variação dos volumes dos pacientes normais. Entretanto, nos pacientes com DVO NRBD pelo VEF1 apenas a variação média da CI ultrapassou o limite superior do IC95% dos pacientes normais (100ml), indicando que apesar de não haver resposta ao BD pelo VEF1 (critério de fluxo), houve resposta ao BD pela CI (critério de volume).
Introduction: the response to brochodilators (BD) measured on the forced expiratory volume on the 1 second (FEV1) is already universally established, but the variations of pulmonary volumes as responsiveness criteria to BD need to be better assessed. Methods: patients were divided in two groups (obstructive ventilatory disturb OVD and normal) on the spirometry and were classified according to the 1996's Brazilian Guidelines. These groups were subdivided in responsive to the BD (RBD) and non responsive (NRBD). All patients were submitted to pulmonary volumes measurements (residual volume-RV, functional residual volume-FRC, and inspiratory capacity IC) on the plethysmography. Results: we studied 429 patients, 172 normal and 257 with obstructive disorder. The normal patients presented a medium variation of 120ml on the FRC, 115ml on the RV, and 50ml on the IC with the BD (p<0,05). The obstructive patients presented a medium variation of 263ml on the FRC, 271ml on the RV, and 185ml on the IC (p<0,05). Among the patients with OVD-RBD by the spirometry was found a medium variation of 180ml on the FRC, 140ml on the RV, and 111ml on th IC (p<0,004). Conclusion: patients with obstructive ventilatory disorder RBD on the FEV1 had superior variations of the FRC, RV and IC compared to the volumes of normal patients. However in patients with OVD NRBD on the FEV1 only the IC exceeded the superior limit of normal patients (100ml), indicating that even though there was no response to the BD on the FEV1 (flow criteria), there was response to the BD on the IC (volume criteria)