RESUMO
RESUMO Introdução: A Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos e o Grupo de Infeção e Sépsis emitiram previamente recomendações visando à organização dos serviços de saúde e ao manejo dos doentes críticos com COVID-19. Em virtude da evolução do conhecimento, o painel de peritos voltou a se organizar para rever a atual evidência e emitir recomendações atualizadas. Métodos: Foi reunido um painel nacional de peritos que declararam não ter conflitos de interesse para o desenvolvimento das recomendações. Foram desenvolvidas perguntas operacionais conforme a metodologia PICO, e foi conduzida uma revisão sistemática rápida por meio da consulta de diferentes fontes bibliográficas. O painel determinou a direção e a força das recomendações com a utilização de duas rodadas de um método Delphi, conduzido seguindo princípios do sistema GRADE. Uma recomendação forte recebeu a redação "recomenda-se", e uma recomendação fraca foi redigida como "sugere-se". Resultados: Foram emitidas 48 recomendações e 30 sugestões abrangendo os seguintes tópicos: diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2, coinfecção e superinfecção; critérios de admissão, cura e suspensão de isolamento; organização dos serviços; Equipamentos de Proteção Individual; terapêuticas de suporte respiratório e outras e terapêuticas específicas (antivirais, imunomodeladores e anticoagulação). Conclusão: Essas recomendações, especificamente orientadas para a realidade portuguesa, mas que podem se aplicar também aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e ao Timor-Leste, visam apoiar os profissionais de saúde no manejo de doentes críticos com COVID-19. Pretende-se que sejam constantemente revistas, de modo a refletir o avanço de nossa compreensão e o da terapêutica dessa patologia.
ABSTRACT Introduction: The Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos and the Infection and Sepsis Group have previously issued health service and management recommendations for critically ill patients with COVID-19. Due to the evolution of knowledge, the panel of experts was again convened to review the current evidence and issue updated recommendations. Methods: A national panel of experts who declared that they had no conflicts of interest regarding the development of the recommendations was assembled. Operational questions were developed based on the PICO methodology, and a rapid systematic review was conducted by consulting different bibliographic sources. The panel determined the direction and strength of the recommendations using two Delphi rounds, conducted in accordance with the principles of the GRADE system. A strong recommendation received the wording "is recommended", and a weak recommendation was written as "is suggested." Results: A total of 48 recommendations and 30 suggestions were issued, covering the following topics: diagnosis of SARS-CoV-2 infection, coinfection and superinfection; criteria for admission, cure and suspension of isolation; organization of services; personal protective equipment; and respiratory support and other specific therapies (antivirals, immunomodulators and anticoagulation). Conclusion: These recommendations, specifically oriented to the Portuguese reality but that may also apply to Portuguese-speaking African countries and East Timor, aim to support health professionals in the management of critically ill patients with COVID-19. They will be continuously reviewed to reflect the progress of our understanding and the treatment of this pathology.
Assuntos
Humanos , Sepse/terapia , COVID-19 , Cuidados Críticos , SARS-CoV-2 , Unidades de Terapia IntensivaRESUMO
INTRODUCTION: Introduction: in SARS-CoV-2-infected patients nutritional requirements are increased. These patients present symptoms that make food intake and nutrient absorption difficult, therefore involving nutritional risk. On the other hand, acute respiratory complications require prolonged ICU stays, and this predisposes to increased malnutrition and loss of skeletal muscle mass and function, which can lead to poor quality of life, disability and morbidity long after discharge. For this reason, the world's leading nutrition societies and associations believe that nutritional therapy should be considered a part of the basic treatment of patients with COVID-19. Methods: we have reviewed and compared 9 expert recommendations (ER) published by nutrition societies and associations from China, Spain, Brazil, Europe, Colombia, Australia, America, and the United Kingdom, in relation to critical and non-critical hospitalized patients due to the COVID-19 pandemic. Conclusions: the 9 ERs reviewed agree on the importance of nutritional management in critical and non-critical hospitalized patients with COVID-19, as well as on the early detection of nutritional risk, the intervention, and subsequent follow-up. Even so, each published document has its own particularities and puts a special stress on some specific aspect.
INTRODUCCIÓN: Introducción: la infección por SARS-CoV-2 implica riesgo nutricional debido a la dificultad de cubrir los requerimientos nutricionales aumentados en presencia de una sintomatología que dificulta la ingesta y la absorción de nutrientes. Por otro lado, las complicaciones respiratorias agudas requieren estancias prolongadas en unidades de cuidados intensivos (UCI) y esto predispone a una mayor desnutrición y a pérdida de masa y función del músculo esquelético, que a su vez puede conducir a una mala calidad de vida, discapacidad y morbilidad mucho después del alta. Por este motivo, las principales sociedades y asociaciones de nutrición clínica del mundo consideran que la terapia nutricional debe considerarse parte del tratamiento básico de los pacientes con COVID-19. Métodos: se han revisado y comparado 9 recomendaciones de expertos (RE) publicadas por sociedades y asociaciones de nutrición clínica de China, España, Brasil, Europa, Colombia, Australia, América y Reino Unido, a raíz de la pandemia por COVID-19, en relación a los pacientes hospitalizados críticos y no críticos. Conclusiones: las 9 RE revisadas coinciden en la importancia del tratamiento nutricional en los pacientes hospitalizados críticos y no críticos con COVID-19, así como en la detección precoz del riesgo nutricional, la intervención y el seguimiento. Aun así, cada documento publicado tiene sus propias particularidades e incide especialmente en algún aspecto.