RESUMO
ABSTRACT Objective To propose a predictive model for the length of stay risk among children admitted to a pediatric intensive care unit based on demographic and clinical characteristics upon admission. Methods This was a retrospective cohort study conducted at a private and general hospital located in the municipality of Sao Paulo, Brazil. We used internal validation procedures and obtained an area under ROC curve for the to build of the predictive model. Results The mean hospital stay was 2 days. Predictive model resulted in a score that enabled the segmentation of hospital stay from 1 to 2 days, 3 to 4 days, and more than 4 days. The accuracy model from 3 to 4 days was 0.71 and model greater than 4 days was 0.69. The accuracy found for 3 to 4 days (65%) and greater than 4 days (66%) of hospital stay showed a chance of correctness, which was considering modest. Conclusion: Our results showed that low accuracy found in the predictive model did not enable the model to be exclusively adopted for decision-making or discharge planning. Predictive models of length of stay risk that consider variables of patients obtained only upon admission are limit, because they do not consider other characteristics present during hospitalization such as possible complications and adverse events, features that could impact negatively the accuracy of the proposed model.
RESUMO Objetivo Propor um modelo de predição de risco de permanência das crianças na unidade de terapia intensiva pediátrica, considerando-se as características demográficas e clínicas na admissão. Métodos Coorte retrospectiva realizada a partir da análise de 1.815 admissões na terapia intensiva pediátrica, em um hospital privado e geral, do município de São Paulo (SP). Foram utilizados procedimentos de validação interna e obtenção da área sob a curva ROC na construção do modelo preditor. Resultados A mediana do tempo de permanência foi de 2 dias. O modelo preditor produziu um escore que permitiu a segmentação do tempo de permanência de 1 a 2 dias, de 3 a 4 dias e maior que 4 dias. A acurácia do modelo de 3 a 4 dias foi de 0,71 e do modelo maior que 4 dias de 0,69. As acurácias encontradas para 3 a 4 dias e maior que 4 dias de permanência mostraram possibilidade de acerto, considerada modesta, de 65% e 66%, respectivamente. Conclusão A partir dos resultados encontrados, é possível verificar que a baixa acurácia encontrada no modelo preditor não permite que ele seja exclusivamente adotado para a tomada de decisão ou planejamento para a alta. Modelos de predição de risco do tempo de permanência que consideram variáveis do paciente obtidas somente durante a admissão têm limitações intrínsecas, já que não consideram outras características presentes durante a internação, como possíveis complicações e eventos adversos, e podem impactar negativamente na acurácia do modelo proposto.