RESUMO
Introdução: Pacientes hospitalizados, por causas diversas, podem apresentar comprometimentos de fala e linguagem que os coloquem em situação de vulnerabilidade comunicativa, influenciando sua funcionalidade. Adota-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para análise, sob esta perspectiva. Objetivo: Analisar a linguagem e funcionalidade de pessoas em vulnerabilidade comunicativa, em cuidados intensivo e semi-intensivo no hospital, pela CIF, como base conceitual. Método: Estudodescritivo e transversal, constituído por 18 participantes. Para a coleta de dados realizou-se: (i) levantamento dos prontuários, para caracterização do perfil sociodemográfico e das condições clínicas dos participantes; (ii) aplicação do protocolo ICUCS (Intensive Care Unit Communication Screening Protocol);(iii) introdução da Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA) e (iv) diário de campo (registro dos relatos). Os resultados foram analisados pela CIF e realizada análise estatística descritiva. Resultados: A maioria dos participantes estava alerta e compreendia comandos simples, sendo que 39% apresentaram problema grave de expressão de linguagem. Quanto à atividade e participação, 50% apresentaram dificuldade grave no falar, 33%, em iniciar e em manter conversas. Quanto aos fatores ambientais, familiares e profissionais de Saúde foram apontados tanto como facilitadores quanto como barreiras para a comunicação. A CSA foi vista como facilitadora da comunicação. Conclusão: Os participantes apresentaram alteração de expressão da linguagem oral, com compreensão preservada e dificuldades de atividade e participação, com impacto nos fatores ambientais, sendo a CSA uma facilitadora da comunicação. Reafirma-se a aplicabilidade da CIF no contexto hospitalar, para pessoas em vulnerabilidade comunicativa, para cuidado ampliado e humanizado.
Introduction: Hospitalized patients, due to various causes, may present impairment of speech and language which may lead them to a situation of communicative vulnerability, influencing its functioning. The ICF - International Classification of functioning, Disability and Health is adopted to perform this analysis, under this perspective. Purpose: To analyze the language and functioning of people in communicative vulnerability, under intensive or semi-intensive care at the hospital, according to ICF, as a concept basis. Methods: Descriptive and cross-sectional study, composed by 18 participants. Data collected through: (i) hospital chart survey analysis, in order to characterize sociodemographic profile and clinical conditions of the participants; (ii) application of ICUCS - Intensive Care Unit Communication Screening Protocol; (iii) introduction of AAC - Augmentative and Alternative Communication and (iv) field journal (entries of reports). The results were analyzed by ICF and then performed descriptive statistic analyses. Results: Most participants were alert and could comprehend simple commands, from which 39% presented severe problems regarding language expression. Regarding activity and participation, 50% presented severe difficulty of speaking and 33% of starting and keeping conversations. Regarding environmental, family and health professionals factors, they have all been appointed both as facilitators and barriers to communication. AAC was seen as a communication facilitator. Conclusion: Participants presented alteration of oral language expression, preserved comprehension and difficulties in activity and participation with impact in environmental factors, being AAC a communication facilitator. Reassurance of applicability of ICF in hospital context, directed to people in communicative vulnerability, regarding ample and humanized treatment.
Los pacientes hospitalizados, por las causas diversas, pueden presentar deterioro de la funcionalidad del habla y del lenguaje que se sitúa en el discurso comunicativo, lo que influye en su funcionalidad. Se utiliza la Clasificación Internacional del Funcionamiento de la Discapacidad y de la Salud (CIF) para análisis desde esta perspectiva. Objetivo: Analizar el lenguaje y la funcionalidad de personas en vulnerabilidad comunicativa, en cuidados intensivos y semiintensivos hospitalarios, utilizando la CIF, como fundamento conceptual. Método: Estudiodescriptivo y transversal, con 18 participantes. La recogida de datos incluyó: (i) estudios de las historias clínicas, para caracterizar el perfil sociodemográfico y las condiciones clínicas de los participantes; (ii) la aplicación del protocolo ICUCS (Intensive Care Unit Communication Screening Protocol);(iii) la introducción de la Comunicación Aumentativa y Alternativa (CAA) y (iv) un diario de campo (registro de informes). Los resultados se analizaron por la CIF y se realizó un análisis estadístico descriptivo. Resultados: La mayoría de los participantes estaban alerta y entendían órdenes sencillas, el 39% presentaron graves problemas para expresarse en el lenguaje. Em cuanto, a la actividad y la participación, el 50% tenía graves dificultades para hablar, y el 33%, para iniciar y mantener conversaciones. Los factores ambientales, los miembros de la familia y los profesionales sanitarios fueron identificados tanto como facilitadores como obstáculo para la comunicación. Se consideró que el CAA facilitaba la comunicación. Conclusión: Los participantes presentaban alteración en la expresión del lenguaje oral, con entendimiento resguardado y dificultades en la actividad y la participación, con impacto en los factores ambientales, siendo la CAA facilitadora de la comunicación. Se reafirma la aplicabilidad de la CIF en el contexto hospitalario, para personas en vulnerabilidad comunicativa, para la atención ampliada y humanizada.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde , Sistemas de Comunicação no Hospital , Distúrbios da Fala , Estudos Transversais , Auxiliares de Comunicação para Pessoas com Deficiência , Cuidados Críticos , Doenças do Sistema NervosoRESUMO
Resumo: Introdução: Como um componente substancial na relação médico-paciente, a comunicação pode ser determinante na construção da hipótese diagnóstica e na adesão ao tratamento por parte do paciente, e, por isso, há a necessidade de compreender os fatores que influenciam no processo comunicativo e descrever a efetividade dele. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os impactos da comunicação inadequada na relação médico-paciente. Método: Vinte e três pacientes voluntários com a maioridade atingida preencheram questionários de informações socioeconômicas, uso da linguagem e impressões da consulta médica. O médico preencheu um questionário sobre a experiência da consulta. Resultado: Os resultados indicaram que os pacientes apresentaram alguma dificuldade em comunicar ao médico o que sentiam, e, de modo complementar, os médicos, em 20% dos casos, tiveram algum grau de dificuldade de chegar à hipótese diagnóstica a partir do relato do paciente, o que se relaciona com a linguagem pouco descritiva utilizada pela maior parte dos pacientes. Conclusão: Dada a necessidade da qualidade da comunicação entre o médico e o paciente, conhecer os fatores que impactam o processo comunicativo é o primeiro passo para a garantia de um atendimento eficaz com autonomia do paciente e maior adesão ao plano terapêutico.
Abstract: Introduction: As a substantial component of the doctor-patient relationship, communication can be crucial in the construction of a diagnostic hypothesis and patient adherence to treatment. It is therefore necessary to understand the factors that influence the communicative process and describe the effectiveness of the communication. Objective: The aim of this study is to evaluate the impacts of inadequate communication in the doctor-patient relationship. Method: Twenty-three voluntary patients of legal age completed questionnaires on socioeconomic information, language use, and impressions of the medical consultation. The doctor filled out a questionnaire regarding their experience of the consultation. Result: The results indicated that patients experienced some difficulty in communicating their feelings to the doctor, and furthermore, in 20% of cases, doctors encountered some degree of difficulty in reaching a diagnostic hypothesis based on the patient's report, which is related to the predominantly non-descriptive language used by most patients. Conclusion: Given the need for high quality communication between the doctor and the patient, understanding the factors that impact the communicative process is the first step towards ensuring effective care with patient autonomy and improved adherence to the treatment plan.
RESUMO
This study aimed to describe the beliefs and perceptions of pregnant women and healthcare providers about physical activity during pregnancy. Using a qualitative approach, 30 pregnant women and the 14 healthcare providers caring for them were interviewed in the second trimester of pregnancy. We included women who maintained, decreased, or stopped physical activity since becoming pregnant. They were divided into low (≤ 8 years) and high schooling (> 8 years). Semi-structured, in-depth interviews were conducted and guided by three key questions: (1) When does physical activity during pregnancy start to be considered a wrong behavior?; (2) What are the main barriers (biological or others) to physical activity?; and (3) Do the actions of healthcare providers and people close to pregnant women reinforce barriers? Interviews were audio recorded, transcribed, and analyzed based on recurring themes. All women changed their physical activity behavior (decreased or stopped) when they discovered their pregnancy. Fear of miscarriage, contractions, bleeding, and of causing malformations in the baby were the most reported reasons for decreasing or stopping physical activity. Participants also lacked access to consistent information and healthcare providers' support on the benefits of physical activity. Despite the current international recommendations to regular physical activity during pregnancy, uncertainty regarding its benefits remains. Interventions to promote physical activity during this period should include the training of healthcare providers so they can advise and discard ideas contrary to mother-child health benefits.
Este estudo objetivou descrever as crenças e percepções de gestantes e profissionais de saúde em relação a prática de atividade física durante a gestação. Usando uma abordagem qualitativa, 30 gestantes e 14 profissionais de saúde que atendiam essas mulheres foram entrevistados durante o segundo trimestre de gravidez. Foram incluídas mulheres que mantiveram, diminuíram ou pararam de praticar atividade física desde o início gravidez. Elas foram divididas em baixa (≤ 8 anos) e alta escolaridade (> 8 anos). Foram conduzidas entrevistas semiestruturadas e aprofundadas, orientadas por três perguntas-chave: (1) Quando a atividade física durante a gestação passa a ser considerada um comportamento errado? (2) Quais as principais barreiras (biológicas ou outras) para a prática de atividade física? (3) Estas barreiras são reforçadas pelas ações dos profissionais de saúde e das pessoas próximas à gestante? As entrevistas foram gravadas em áudio, transcritas e analisadas a partir de temas recorrentes. Todas as mulheres mudaram a prática de atividade física (diminuíram ou pararam) quando souberam da gravidez. O medo de aborto espontâneo, contrações e/ou sangramento e o medo de causar malformações no bebê foram os motivos mais relatados para diminuir ou parar a atividade física. Os participantes também não tiveram acesso a informações confiáveis e apoio dos profissionais de saúde sobre os benefícios da atividade física. Apesar das recomendações internacionais atuais para a prática regular de atividade física durante a gestação, a incerteza quanto aos seus benefícios continua sendo comum. As intervenções para promover a atividade física durante esse período devem incluir o treinamento de profissionais de saúde para que eles possam aconselhar e descartar ideias contrárias aos benefícios para a saúde materna e infantil.
El objetivo de este estudio fue describir las creencias y percepciones de mujeres embarazadas y profesionales de la salud con respecto a la práctica de actividad física durante el embarazo. Utilizando un enfoque cualitativo, se entrevistaron 30 mujeres embarazadas y 14 profesionales de salud que cuidaban a estas mujeres durante el segundo trimestre del embarazo. Se incluyeron mujeres que mantuvieron, redujeron o dejaron de practicar actividad física desde el inicio del embarazo. Ellas se dividieron en baja (≤ 8 años) y alta escolaridad (> 8 años). Se realizaron entrevistas semiestructuradas y en profundidad, guiadas por tres preguntas clave: (1) ¿Cuándo se considera que la actividad física durante el embarazo es un comportamiento incorrecto? (2) ¿Cuáles son las barreras (biológicas u otras) principales para la práctica de actividad física? (3) ¿Estas barreras se refuerzan por las acciones de los profesionales de salud y de las personas cercanas a la mujer embarazada? Las entrevistas fueron grabadas en audio, transcritas y analizadas a partir de temas recurrentes. Todas las mujeres cambiaron la práctica de actividad física (redujeron o dejaron de practicarla) cuando descubrieron el embarazo. El miedo a sufrir un aborto espontáneo, contracciones y/o sangrado y el miedo a provocar malformaciones en el bebé fueron los motivos más relatados para reducir o dejar de practicar la actividad física. Los participantes también no han tenido acceso a informaciones confiables ni apoyo de los profesionales de salud sobre los beneficios de la actividad física. A pesar de las recomendaciones internacionales actuales para la práctica regular de actividad física durante el embarazo, la incertidumbre cuanto a sus beneficios sigue siendo común. Las intervenciones para promover la actividad física durante este periodo deben incluir la capacitación de profesionales de salud para que puedan aconsejar y descartar ideas contrarias a los beneficios para la salud materna e infantil.
RESUMO
ABSTRACT Purpose: to map and synthesize scientific evidence on language functioning in children and adolescents with autism spectrum disorder Autism Spectrum Disorder. Methods: this scoping review aimed at mapping and synthesizing scientific evidence on language functioning in children and adolescents with Autism Spectrum Disorder. A research question, article selection, and compilation of results were used as research strategies. The selection criteria were studies with samples of children and adolescents, addressing Autism Spectrum Disorder, speech-language-hearing therapy, communication, language, and functioning. After independent evaluators read the titles, keywords, abstracts, and full texts, they recorded the following data for the review: year of publication, type of study, country of origin, sample size, age of participants, instruments used, language subsystems assessed, and results. Literature review: the search found 1,056 articles, of which 536 were read in full, and 16 were included. There was great variability in assessment instruments and few studies involving adolescents. Individuals with Autism Spectrum Disorder had changes in language functioning related to pragmatics, morphosyntax, semantics, and phonology. Conclusion: the preliminary evidence map indicates that children and adolescents with ASD have a variety of language changes.
RESUMO Objetivo: mapear e sintetizar evidências científicas sobre a funcionalidade da linguagem em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo. Métodos: trata-se de revisão de escopo com objetivo de mapear e sintetizar evidências científicas sobre a funcionalidade da linguagem em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo. Como estratégia de pesquisa, utilizaram-se a pergunta norteadora, a seleção de artigos e compilação dos resultados. Os critérios de seleção foram: estudos com amostras de crianças e adolescentes que abordavam Transtorno do Espectro do Autismo, Fonoaudiologia, comunicação, linguagem e funcionalidade. Após leitura dos títulos, descritores e resumos por avaliadores independentes e leitura dos artigos na íntegra, os dados registrados para a revisão foram: ano de publicação, tipo de estudo, país de origem, tamanho amostral, idade dos participantes, instrumentos utilizados, subsistemas de linguagem avaliados e resultados. Revisão da Literatura: foram levantados 1.056 artigos, 536 foram lidos na íntegra e 16 foram incluídos. Houve grande variabilidade de instrumentos de avaliação e poucos estudos envolvendo adolescentes. Indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo apresentaram alterações na funcionalidade da linguagem relacionadas a pragmática, morfossintaxe, semântica e fonologia. Conclusão: o mapa preliminar de evidências indica que crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo apresentam diversidade de alterações na linguagem.
RESUMO
RESUMO Objetivo investigar os impactos comunicativos, sociais e emocionais gerados pela adoção de medidas protetivas contra a COVID-19 e associá-los ao grau da perda auditiva e ao tempo de uso dos aparelhos de amplificação sonora individual. Métodos estudo transversal e quantitativo, com 72 indivíduos, divididos em adultos e idosos, com perda auditiva bilateral, de grau até moderadamente severo, protetizados antes da pandemia em um programa público de saúde auditiva e que mantiveram uso efetivo dos dispositivos. Os sujeitos foram convidados a participar do estudo enquanto aguardavam consulta. Os prontuários foram acessados, a fim de coletar informações sobre o perfil audiológico e adaptação/uso dos aparelhos de amplificação sonora individual. Em sala silenciosa, foi aplicado, oralmente, protocolo contendo questões objetivas e os dados foram tabulados e submetidos aos testes estatísticos Igualdade de Duas Proporções e Qui-Quadrado. Resultados nos dois grupos, um número significativo de usuários teve a comunicação impactada pelo uso de máscaras e pelo distanciamento físico, predominando, entre os adultos, a dificuldade com as tecnologias digitais (celulares/computadores), enquanto nas videochamadas, os prejuízos comunicativos foram mais experenciados pelos idosos. Os empecilhos comunicativos e sociais existiram, independentemente do perfil audiológico e do tempo de uso dos dispositivos. Quando questionados se deixaram de se comunicar e se as medidas afetaram a sua vida social, as respostas ficaram divididas entre "sim/às vezes" e "não". Quanto ao impacto emocional das medidas protetivas, constatou-se maior repercussão entre os adultos. Conclusão as medidas protetivas afetaram a comunicação dos usuários de aparelhos de amplificação sonora individual, porém, não desencorajaram as trocas comunicativas e as interações sociais de, aproximadamente, metade da amostra, sendo o impacto emocional mais evidente nos adultos. Tais dificuldades não estiveram relacionadas ao perfil audiológico e uso diário dos dispositivos.
ABSTRACT Purpose to investigate the communicative, social, and emotional impacts generated by adopting protective measures against COVID-19 and associate them with the degree of hearing loss and the time of use of hearing aids. Methods cross-sectional quantitative study, with 72 individuals, divided into adults and older adults, with bilateral hearing loss up to moderately severe degree, users of hearing aids fitted before the pandemic in a public hearing health program who had maintained effective use of the devices. The participants were invited to participate in the study while waiting for an appointment and signed the consent form. After that, medical records were accessed to collect information about audiological profiles and the fitting/use of hearing aids. Afterward, a protocol with objective questions was orally applied in a silent room. Data were tabulated and subjected to Equality of Two Proportions and Chi-Square statistical tests. Results in both groups, a significant number of users had communication impacted by the use of masks and by social distancing, with difficulty with digital technologies (cell phones/computers) predominating among adults, while older adults more commonly experienced communicative impairments during video calls. The communicative impediment existed regardless of the audiological profile and device use time. When asked if they stopped communicating and if the measures affected their social life, the sample was divided between "yes/sometimes" and "no". As for the emotional impact of protective measures, there was a greater impact among adults. Conclusion protective measures affected the communication of hearing aids users but did not discourage communicative exchanges and social interactions for approximately half of the sample, with the emotional impact being more evident in adults. Such difficulties were not related to the audiological profile and daily use of the devices.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Mudança Social , Meio Social , Comunicação , Equipamento de Proteção Individual , Tecnologia Digital , Distanciamento Físico , COVID-19/prevenção & controle , Auxiliares de Audição , Brasil/epidemiologia , Fatores de Risco , Perfil de Impacto da Doença , Pessoas com Deficiência Auditiva , Perda AuditivaRESUMO
Objetivo: Descrever, segundo a literatura, a relação entre o Transtorno do Espectro Autista e a ecolalia. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura científica na BVS, PubMed e Scielo, utilizando os descritores DECS/MESH "Transtorno do Espectro Autista AND ecolalia" e "Autism Spectrum Disorder AND Echolalia" combinados pelo operador booleano "AND". Resultados: Predominaram estudos qualitativos (35,7%) com baixo nível de evidência (92,8%). A maioria das pesquisas (78,6%) foi conduzida nos Estados Unidos da América em 2021, com participantes de 1 a 40 anos, sendo a ecolalia frequentemente observada em crianças de 2 anos (28,6%). A abordagem ao tratamento da ecolalia foi mencionada em apenas 21,4% dos estudos, destacando métodos comportamentais. Conclusão: A ecolalia, fenômeno persistente no TEA, é uma notável peculiaridade na comunicação verbal, apresentando variações imediatas, tardias e mitigadas. Suas implicações continuam a desafiar o desenvolvimento e as intervenções clínicas.(AU)
Objective: To describe, based on the literature, the relationship between Autism Spectrum Disorder and echolalia. Method: An integrative review of scientific literature was conducted using BVS, PubMed, and Scielo databases, employing the DECS/MESH descriptors "Autism Spectrum Disorder AND echolalia" and "Autism Spectrum Disorder AND Echolalia" combined with the Boolean operator "AND." Results: Qualitative studies predominated (35.7%) with low levels of evidence (92.8%). The majority of research (78.6%) was conducted in the United States in 2021, involving participants aged 1 to 40, with echolalia frequently observed in 2-year-old children (28.6%). The approach to echolalia treatment was mentioned in only 21.4% of the studies, emphasizing behavioral methods. Conclusion: Echolalia, a persistent phenomenon in Autism Spectrum Disorder, represents a notable peculiarity in verbal communication, exhibiting immediate, delayed, and mitigated variations. Its implications continue to challenge development and clinical interventions.(AU)
Objetivo: Describir, según la literatura, la relación entre el Trastorno del Espectro Autista y la ecolalia. Método: Se realizó una revisión integrativa de la literatura científica en las bases de datos BVS, PubMed y Scielo, utilizando los descriptores DECS/MESH "Trastorno del Espectro Autista AND ecolalia" y "Autism Spectrum Disorder AND Echolalia" combinados con el operador booleano "AND". Resultados: Predominaron los estudios cualitativos (35,7%) con un bajo nivel de evidencia (92,8%). La mayoría de las investigaciones (78,6%) se llevaron a cabo en Estados Unidos en 2021, con participantes de 1 a 40 años, siendo la ecolalia observada con frecuencia en niños de 2 años (28,6%). El enfoque para el tratamiento de la ecolalia se mencionó solo en el 21,4% de los estudios, destacando métodos conductuales. Conclusión: La ecolalia, un fenómeno persistente en el Trastorno del Espectro Autista, representa una notable peculiaridad en la comunicación verbal, mostrando variaciones inmediatas, tardías y mitigadas. Sus implicaciones siguen desafiando el desarrollo y las intervenciones clínicas.(AU)
Assuntos
Humanos , Comportamento Estereotipado , Barreiras de Comunicação , Crescimento e Desenvolvimento , Ecolalia , Transtorno do Espectro AutistaRESUMO
RESUMO Objetivo: identificar estudos na literatura científica sobre a comunicação dos profissionais de saúde entre pessoas com deficiência auditiva na prestação do cuidado. Método: revisão integrativa realizada em fevereiro/2021, em 14 bases de dados e busca manual, sem recorte temporal, nos idiomas português, inglês, espanhol, através dos descritores Pessoas com Deficiência Auditiva e Profissionais de Saúde e suas variações, sem delimitação de contexto. A análise dos resultados deu-se pela organização em grupos temáticos conforme sua frequência. Resultados: 16 estudos foram selecionados, destacando-se os resultados: uso da escrita e mímica como principais estratégias de comunicação; falta de qualificação dos profissionais para uma comunicação efetiva, sendo o uso de LIBRAS a forma menos utilizada; e, sentimento de insegurança, bloqueio, incapacidade que profissionais vivenciam na comunicação com pessoas com deficiência auditiva. Conclusão: é necessário investir na qualificação dos profissionais de saúde em LIBRAS tornando a comunicação mais eficaz, contribuindo para a melhoria da prática assistencial.
ABSTRACT Objective: to identify studies in the scientific literature on the communication between health professionals and hearing impaired people during care provision. Method: an integrative review carried out in February 2021 in 14 databases and with manual search, without time frame, in Portuguese, English, Spanish and through the Hearing Impaired People and Health Professionals descriptors and their variations, without context delimitation. The results were analyzed by organizing them into thematic groups according to their frequency. Results: a total of 16 studies were selected, with the following results standing out: use of writing and mimicry as main communication strategies; non-qualification of the professionals for effective communication, with the use of LIBRAS as the least used means; and feelings of insecurity, blockage and disability experienced by the professionals in communicating with hearing impaired people. Conclusion: it is necessary to invest in health professionals' qualification in LIBRAS, making communication more effective and contributing to improvements in the care practice.
RESUMEN Objetivo: identificar estudios en la literatura científica sobre la comunicación entre los profesionales de la salud y las personas con deficiencia auditiva en la prestación de cuidados. Método: revisión integradora realizada en febrero de 2021, en 14 bases de datos y búsqueda manual, sin recorte temporal, en portugués, inglés y español, a través de los descriptores Personas con discapacidad auditiva y Profesionales de la Salud y sus variantes, sin delimitación de contexto. El análisis de los resultados se realizó organizándolos en grupos temáticos en función de la frecuencia. Resultados: Se seleccionaron 16 estudios, se destacaron los resultados: uso de la escritura y la mímica como principales estrategias de comunicación; falta de cualificación de los profesionales para lograr una comunicación efectiva, el LIBRAS es la forma menos utilizada; y, sentimiento de inseguridad, bloqueo, incapacidad que experimentan los profesionales en la comunicación con personas con deficiencia auditiva. Conclusión: es necesario invertir en la capacitación de los profesionales de la salud en LIBRAS para que haya una comunicación más efectiva que contribuya a mejorar la práctica asistencial.
Assuntos
ComunicaçãoRESUMO
Introduction: Evaluations of knowledge obtained during conferences, whether in person or virtually, are rarely documented, in part because of the complexity of including an assessment, the pretesting involved, confidentiality concerns, and differences among attendees in terms of their education, language, and willingness to be evaluated. Objective: During a conference in the United States, we compared the recognition of developmental milestones using two different multimodal communication strategies (video vs. oral presentation) among three groups of childcare providers. Methods: Cross-sectional study with repeated measures. One hour before the conference completion, two groups (one virtual and one in-person) received an 8-minute multimodal presentation on child developmental milestones at 4 months (cartoon video); a control group, during the face-to-face conference, received an 8-minute multimedia presentation (oral via PowerPoint) on child developmental milestones at 4 months. The three groups responded twice to a scale to measure their recognition of developmental milestones before the lecture began and fifteen minutes before the end of the 2 ½ hours lecture. Results: Attendees, both in person and via the virtual modality, had significantly better recognition of developmental milestones at 4 months of age compared to the control group adjusted for age and education levels. Conclusion: These results suggest the advantages of a multimodal presentation using video versus an oral presentation during lectures to increase recognition of children's developmental milestones, which are complex and varied. Similarly, such a strategy may be effective regardless of the different characteristics related to the educational level or age of the set of participants attending a conference.
Introducción: las evaluaciones de los conocimientos obtenidos durante conferencias, tanto en persona como de forma virtual, rara vez se documentan, en parte debido a la complejidad de incluir una evaluación, las pruebas previas que conlleva, las preocupaciones sobre la confidencialidad y las diferencias entre los asistentes en cuanto a su nivel educativo, lenguaje y disposición a ser evaluados. Objetivo: se comparó el reconocimiento de los indicadores del desarrollo infantil durante una conferencia en los Estados Unidos utilizando dos estrategias de comunicación multimodal diferentes (presentación de vídeo vs. presentación oral) entre tres grupos de personal a cargo del cuidado de los niños. Métodos: estudio transversal con medidas repetidas. Una hora antes de finalizar la conferencia, dos grupos (uno virtual y otro presencial) recibieron una presentación multimodal de 8 minutos sobre los indicadores del desarrollo infantil a los 4 meses (en vídeo con dibujos animados); un grupo de control, durante la conferencia presencial, recibió una presentación multimedia de 8 minutos (oral mediante PowerPoint) sobre los indicadores del desarrollo infantil a los 4 meses. Resultados: los tres grupos respondieron dos veces a una escala para medir el reconocimiento de los indicadores del desarrollo infantil antes de que empezara la conferencia y quince minutos antes de que terminara la conferencia de 2½ horas. Los asistentes, tanto en persona como a través de la modalidad virtual, tuvieron un reconocimiento significativamente mayor de los indicadores del desarrollo infantil a los 4 meses de edad en comparación con el grupo de control, ajustado por edad y niveles de educación. Conclusión: estos resultados sugieren las ventajas de una presentación multimodal con vídeo en comparación con una presentación oral durante las conferencias para aumentar el reconocimiento de los indicadores del desarrollo infantil, que son complejos y variados. Asimismo, dicha estrategia puede ser eficaz independientemente de las diferentes características relacionadas con el nivel educativo o la edad del grupo de participantes que asisten a una conferencia.
ntrodução: as avaliações de conhecimentos obtidos durante conferências, tanto pessoalmente quanto de forma virtual, rara vez são documentadas, em parte, devido à complexidade de incluir uma avaliação, o pré-teste envolvido, questões de confidencialidade e diferenças entre os participantes em termos de nível educacional, linguagem e vontade de ser avaliado. Objetivo: foi comparado o reconhecimento dos indicadores de desenvolvimento infantil durante uma conferencia nos Estados Unidos usando duas estratégias de comunicação multimodal diferentes (apresentação de vídeo versus apresentação oral) em três grupos de pessoal a cargo do cuidado de crianças. Métodos: estudo transversal com medidas repetidas. Uma hora antes de finalizar a conferência, dois grupos (um virtual e outro presencial) receberam apresentação multimodal de 8 minutos sobre os indicadores de desenvolvimento infantil aos 4 meses (em vídeo com quadrinhos animados); um grupo de controle, durante a conferencia presencial, recebeu uma apresentação multimídia de 8 minutos (oral mediante PowerPoint) sobre os indicadores de desenvolvimento infantil aos 4 meses. Resultados: os três grupos responderam duas vezes a uma escala para medir o reconhecimento dos indicadores de desenvolvimento infantil antes de começar a conferencia e quinze minutos antes de terminar a conferencia de 2½ horas. Os assistentes, tanto em pessoa quanto em modalidade virtual, tiveram um reconhecimento significativamente maior dos indicadores de desenvolvimento infantil a 4 meses de idade em comparação com o grupo de controle, ajustado por idade e níveis de educação. Conclusão: estes resultados sugerem as vantagens de uma apresentação multimodal com vídeo em comparação com uma apresentação oral durante as conferencias para aumentar o reconhecimento dos indicadores de desenvolvimento infantil, que são complexos e variados. Mesmo assim, tal estratégia pode ser eficaz independentemente das diferentes caraterísticas relacionadas com o nível educativo ou a idade do grupo de participantes que assistem a uma conferencia.
Assuntos
HumanosRESUMO
RESUMO Objetivo O objetivo deste estudo foi obter a visão do fonoaudiólogo brasileiro a respeito da utilização da mentira terapêutica como estratégia de comunicação no manejo de pacientes com demência. Método Trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, transversal, de caráter descritivo. A coleta de dados foi realizada de modo online através de um questionário contendo questões de múltipla escolha e resposta aberta. Resultados Os resultados quantitativos indicaram que a maioria dos fonoaudiólogos já fizeram uso da estratégia e desejam aprender mais sobre, julgando a técnica como relativamente válida, ética e adequada. Os dados qualitativos indicaram os motivos para o uso da técnica, sendo estes: tranquilizar o paciente em situação de agitação; estimular o engajamento na terapia; evitar estresse relacionado à perda de memória; manejar dificuldade ou recusa alimentar; manejar dificuldade ou recusa ao tratamento medicamentoso; evitar que paciente evada o local; manejar situações de delírio, confusão e/ou paranoia; garantir a segurança; e quando outras estratégias não funcionam. Conclusão A maioria dos fonoaudiólogos brasileiros utilizam a mentira terapêutica em sua prática clínica e o fazem levando em consideração o benefício da pessoa com demência, embora reconheçam a falta de conhecimento e preparo acerca do assunto. Consideraram essa estratégia de comunicação relativamente ética, válida e adequada. O artigo chama atenção para a necessidade de formação e de recomendações sobre o uso da mentira terapêutica entre pessoas com demência pelos fonoaudiólogos.
ABSTRACT Purpose The objective of this research was to obtain the speech and language therapists' point of view about the use of therapeutic lying as a communication strategy in dementia care. Methods The present research was a quantitative, qualitative, and descriptive cross-sectional study. Data was collected through an online survey with multiple choices and open answer questions. Results The quantitative results indicated that the majority of the speech and language therapists have already used therapeutic lying as a communicative strategy and wish to learn more about it, considering the technique as relatively valid, ethical and adequate. The qualitative results indicated the reasons for the usage of the technique: to reassure the patient in case of agitation; to encourage engagement in therapy; to avoid stress-related to memory loss; to manage difficulty or refusal to eat; to manage difficulty or refusal for drug treatment; to prevent patients from leaving the building; to manage delirium, confusion and/or paranoia; to ensure safety; and for use when other strategies do not work. Conclusion The majority of speech and language therapists use therapeutic lying in their clinical practice, taking into consideration the best interest of the person with dementia, although professionals recognize their lack of knowledge on the subject. They have considered the communication strategy as relatively ethical, valid and adequate. The article calls attention to the necessity of education and guidelines for speech and language therapists in the use of therapeutic lying among people with dementia.
RESUMO
RESUMO Objetivo comparar a autoavaliação ao falar em público, por meio da Escala para Autoavaliação ao Falar em Público, com a percepção comunicacional e timidez autorreferidos, de estudantes universitários. Método tratou-se de um estudo observacional transversal prospectivo. Foram convidados a participar deste estudo, estudantes universitários do Brasil de diferentes áreas de conhecimento, sendo incluídos os que assentiram em participar. Os participantes receberam convite eletrônico e preencheram um formulário elaborado na plataforma Google Forms que continha questões sociodemográficas, sobre autopercepção como bom falante, sobre facilidade para se expressar, sobre timidez, e a Escala para Autoavaliação ao Falar em Público. Foram comparadas as médias da Escala de Autoavaliação ao Falar em Público com a autopercepção como bom falante, com a facilidade para se expressar e com a timidez. Resultados os participantes que se consideravam bons comunicadores, os que acreditavam ter facilidade para se expressar e os que não eram tímidos apresentaram melhor autopercepção sobre as suas habilidades de fala em público. Conclusão a autopercepção comunicacional positiva, bem como a autopercepção de menor timidez estão relacionadas a uma autoavaliação mais favorável em relação a apresentações em público.
ABSTRACT Purpose To compare self-assessment when speaking in public, using the Self-Statements During Public Speaking scale, with the communicational perception and self-reported shyness of university students. Methods This was a prospective cross-sectional observational study. University students from different areas of knowledge in Brazil were invited to participate in this study. Those who agreed to participate were included. Participants received an electronic invitation and filled out a form created on the Google Forms platform that contained sociodemographic questions, on self-perception as a good speaker, on ease of expression, on shyness, and the Self-Statements During Public Speaking scale. The means of the Self-Statements During Public Speaking scale were compared with the self-perception as a good speaker, the ease of expressing oneself, and shyness. Results Participants who considered themselves to be good communicators, those who believed they had an ease to express themselves, and those who were not shy had better self-perception of their public speaking skills. Conclusion positive communicational self-perception, as well as less shyness self-perception, are related to a more favorable self-assessment in relation to public presentations.
RESUMO
Objetivo: identificar o conhecimento e os comportamentos de risco para infecções sexualmente transmissíveis em pessoas surdas. Método: estudo transversal realizado com 110 pessoas surdas residentes no noroeste do Paraná, selecionadas com a técnica da bola de neve. Os dados foram coletados mediante instrumento estruturado e submetidos à análise estatística descritiva e inferencial (uso de regressão logística múltipla). Resultados: a maioria possuía pouca informação sobre as formas de transmissão e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (menos de 40% de acertos em relação a hepatite, a gonorreia e a sífilis, sendo que 20,9% já teve sintoma de infecção sexualmente transmissível). Nove dos 26 que tiveram relação sexual casual não usaram preservativo. Pessoas bilíngues bimodal apresentaram mais chance de conhecer formas de transmissão e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis e ter comportamentos sexuais seguros. Considerações finais: os surdos em estudo demonstraram pouco conhecimento sobre as formas de transmissão e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, o que constitui desafio para os profissionais de saúde.
Objetivo: identificar los conocimientos y las conductas de riesgo en relación con las infecciones de transmisión sexual en personas sordas. Método: estudio transversal realizado con 110 personas sordas que viven en el noroeste do Paraná, seleccionadas mediante la técnica de la bola de nieve. Los datos se recolectaron mediante un instrumento estructurado y se los sometió a análisis estadístico descriptivo e inferencial (uso de regresión logística múltiple). Resultados: la mayoría poseía escasa información sobre las formas de transmisión y prevención de las infecciones de transmisión sexual (menos de 40% de respuestas correctas con respecto a hepatitis, gonorrea y sífilis, donde el 20,9% ya presentó algún síntoma de una infección de transmisión sexual). Nueve de los 26 participantes que tuvieron relaciones sexuales casuales utilizaron preservativos. Las personas bilingües bimodales presentaron mayor probabilidad de conocer formas de transmisión y prevención de las infecciones de transmisión sexual y de realizar conductas sexuales seguras. Consideraciones finales: las personas sordas incluidas en el estudio demostraron tener escasos conocimientos sobre las formas de transmisión y prevención de infecciones de transmisión sexual, lo que representa un desafío para los profesionales de la salud.
Objective: To identify the knowledge and risk behaviors for sexually transmitted infections among deaf people. Method: A cross-sectional study conducted with 110 deaf individuals living in northeastern Paraná, selected by means of the snowball technique. The data were collected by means of a structured instrument and submitted to descriptive and inferential analysis (use of multiple logistic regression). Results: Most of the participants had limited information on the transmission and prevention means for sexually transmitted infections (less than 40% of correct answers in relation to hepatitis, gonorrhea and syphilis; and 20.9% have already had symptoms of some sexually transmitted infection). Nine of the 26 subjects that had casual sexual relationships did not use condoms. Bimodal bilingual people presented more chances of knowing transmission and prevention means for sexually transmitted infections and of indulging in safe sex behaviors. Final considerations: the deaf people under study showed limited knowledge about the transmission and prevention means for sexually transmitted infections, which represents a challenge for health professionals.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Barreiras de Comunicação , Pessoas com Deficiência Auditiva , Acesso à Informação , Estudos TransversaisRESUMO
RESUMO Objetivo Analisar o impacto do diagnóstico da deficiência auditiva nas relações familiares de escolares usuários de dispositivos eletrônicos de amplificação sonora. Métodos A amostra foi composta por 26 pais de escolares com deficiência auditiva, usuários de dispositivos eletrônicos de amplificação sonora, com idades entre 4 e 14 anos, atendidos em um Programa de Saúde Auditiva público. Os pais responderam a um questionário objetivo, elaborado pelas autoras, sem validação prévia, com sete perguntas sobre a temática. Realizou-se análise estatística inferencial sempre que possível. Resultados A maioria dos pais não relatou ter apresentado dificuldades pessoais e/ou desgaste nas relações familiares com seus filhos deficientes auditivos. Não foi encontrada associação entre grau da deficiência auditiva e dificuldade de comunicação em ambos os grupos familiares. Também não se observou associação entre modalidade linguística e dificuldade de comunicação nos dois grupos, apesar de as respostas do grupo familiar mais amplo não terem sido tão unânimes como as do grupo familiar principal. Conclusão Os pais não relataram impacto significativo entre as relações familiares e a comunicação com seus filhos com deficiência auditiva, usuários de dispositivos eletrônicos de amplificação sonora, independentemente do grau da deficiência auditiva e da modalidade linguística. No grupo familiar mais amplo, também não houve associação importante entre grau da deficiência auditiva ou a modalidade linguística utilizada e dificuldade de comunicação entre a criança e a família, mesmo com respostas mais heterogêneas do que no grupo familiar principal.
ABSTRACT Purpose To analyze the impact of the diagnosis of hearing loss on the family relationships of schoolchildren who use hearing aids. Methods The sample consisted of 26 parents from schools with hearing aid hearing aid users aged between 4 and 14 years, assisted in a public Hearing Health Program. Parents responded to an objective, prepared by the authors without prior validation, with seven questions on the subject. Inferential statistical analysis was performed whenever possible. Results Most parents do not report having had personal difficulties and/or strain in family relationships with their hearing-impaired child. No association was found between the degree of hearing loss and the communication difficulties between both family groups. There was also no association between language modality and communication difficulty between the two groups, although in the broader family group the responses were not as unanimous as in the main family group. Conclusion Parents did not report a significant impact on family relationships and communication with their children with hearing loss who use hearing aids, regardless of the degree of hearing impairment and language modality. Among the broader family group, there was also no significant association between the degree of hearing impairment or the language modality used and communication difficulties between the child and the family, even with more heterogeneous responses than in the main family group.
Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Barreiras de Comunicação , Relações Familiares , Auxiliares de Audição , Perda Auditiva , Inquéritos e Questionários , Perfil de Impacto da DoençaRESUMO
ABSTRACT Purpose To characterize changes in the functioning aspects, in the perception of children and adolescents with speech and language disorders under speech-language follow-up, using the ICF. Methods Descriptive, analytical and longitudinal research, with a qualitative and quantitative approach, whose sample consisted of 60 children and adolescents: 30 with speech and language disorders and 30 with typical speech and language development. Data collection was carried out in two moments: beginning of the research and six months later. A semi-structured questionnaire was administered to the participants, and a medical records analysis was performed. From these data, functioning was classified using he ICF categories. The Wilcoxon test and thematic content analysis were used to compare the interviews. Results The use of ICF allowed characterizing changes resulting from speech-language follow-up. Participants with speech and language disorders presented a decrease in the magnitude of the qualifiers in the categories: articulation and fluency, social relationships, daily activities, engagement in play, people's attitude barriers, and how to handle stress. Conclusion The findings show changes in components of Body Functions, Activities and Participation, and the influence of Environmental Factors after speech-language follow-up, in the perception of the studied group, which brings relevant subsidies for a greater understanding of functioning and therapeutic intervention. The use of the ICF enabled the longitudinal analysis in a biopsychosocial approach, contemplating, in addition to biological aspects, the social impact of speech and language disorders in the lives of these children and adolescents.
RESUMO Objetivo Caracterizar mudanças nos aspectos de funcionalidade, segundo a percepção de crianças e adolescentes com alterações de fala e linguagem em acompanhamento fonoaudiológico, utilizando a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Método Pesquisa de delineamento descritivo-analítico, longitudinal e de abordagem qualitativa-quantitativa, cuja amostra se constituiu de 60 crianças e adolescentes: 30 com alteração de fala e linguagem e 30 com desenvolvimento típico de fala. Coleta foi realizada em dois momentos: início da pesquisa e seis meses depois. Foi realizada entrevista com questionário semiestruturado com os participantes, e análise de prontuário. A partir desses dados, a funcionalidade foi caracterizada com as categorias da CIF. Para comparação entre as entrevistas utilizou-se o Teste Wilcoxon e análise de conteúdo temática. Resultados O uso da CIF possibilitou caracterizar mudanças ocorridas com o acompanhamento fonoaudiológico. Os participantes com alterações de fala e linguagem apresentaram diminuição na magnitude dos qualificadores nas categorias de funções de articulação e fluência, relacionamentos sociais, atividades do cotidiano, envolvimento no brincar, atitudes barreiras das pessoas, modo de lidar com o estresse. Conclusão Os achados mostram mudanças nos componentes de Funções do Corpo, Atividades e Participação e a influência dos Fatores Ambientais após o acompanhamento fonoaudiológico na percepção do grupo estudado, o que traz subsídios relevantes quanto à funcionalidade para maior compreensão e intervenção terapêutica. A utilização da CIF possibilitou estudo e análise longitudinal em uma abordagem biopsicossocial, contemplando além dos aspectos biológicos, o impacto social das alterações de fala e linguagem na vida dessas crianças e adolescentes.
RESUMO
Introdução: O conhecimento das percepções de familiares acerca da participação e comunicação de seus filhos com PC (Paralisia Cerebral) não oralizados contribui com processos educacionais e terapêuticos centrados na pessoa e na família. Objetivo: Conhecer aspectos da participação e comunicação de crianças e adolescentes com PC não oralizados, bem como fatores que favorecem ou dificultam o uso da CSA (Comunicação Suplementar e/ou Alternativa) no ambiente familiar e na escola. Método: Estudo descritivo e transversal de abordagem qualitativa, com amostra de cinco mães de alunos com PC não oralizados. Resultados: As mães relatam barreiras à participação de seus filhos e reconhecem a importância da comunicação nas interações e nas atividades familiares. Mencionam, também, não terem alcançado uso funcional da CSA, em casa, mas expressam satisfação com o nível de comunicação que têm com seus filhos. Por outro lado, abordam dificuldades de comunicação quando não identificam os desejos de seus filhos ou quando eles estão com outros interlocutores. Conclusão: Os achados evidenciam participação reduzida das crianças e do adolescente do estudo, e pouco, ou nenhum uso da CSA. Diante das dificuldades relatadas pelas participantes, os achados reforçam a necessidade de equipar os familiares, no sentido de promoverem a participação e a comunicação de seus filhos. Reforça-se a importância de profissionais de CSA e professores de educação especial trabalhar em parceria com os familiares, a fim de expandir as maneiras como interagem e se comunicam com seus filhos, e vice-versa, visando uma maior participação dos mesmos.
Introduction: Knowing family members' perceptions about the participation and communication of their children with non-speaking CP (Cerebral Palsy), contributes to educational and therapeutic processes centered on the person and family. Aim: Become acquainted with participation and communication aspects of children and adolescents with non-speaking CP, as well as factors that favor or hinder AAC (Augmentative Alternative Communication) use in the family environment and school. Method: Descriptive and cross-sectional study with a qualitative approach, with a sample of five mothers of students with non-speaking CP. Results: Mothers report barriers to their children's participation and recognize the importance of communication in family interactions and activities. They mention not having achieved functional use of AAC at home, but express satisfaction with the level of communication they have with their children. On the other hand, they address communication difficulties when they are unable to identify their children's wishes or when their children are with other interlocutors. Conclusion: The findings show reduced participation of the children and the adolescent in the study, as well as little or no AAC use. In view of the difficulties reported by the participants, the findings reinforce the need to equip family members, in order to promote these children's communication and participation. The importance of AAC professionals and special education teachers working in partnerships with families is reinforced. These professionals can help expand the ways in which mothers interact and communicate with their children, and vice versa, aiming at greater participation among them.
Introducción: Conocer las percepciones de los familiares sobre la participación y comunicación de sus hijos con PC (Parálisis Cerebral) no hablantes, contribuye a procesos educativos y terapéuticos centrados en la persona y la familia. Objetivo: Conocer aspectos de la participación y comunicación de niños y adolescentes con PC no hablantes, así como factores que favorecen o dificultan el uso de la CAA (Comunicación Aumentativa y Alternativa) en el ámbito familiar y en la escuela. Método: Estudio descriptivo y transversal con enfoque cualitativo, con una muestra de cinco madres de alumnos con PC no hablantes. Resultados: Las madres relatan barreras para la participación de sus hijos y reconocen la importancia de la comunicación en las interacciones y en las actividades familiares. Mencionan no haber logrado uso funcional de la CAA en casa, pero expresan satisfacción por el nivel de comunicación que tienen con sus hijos. Por otro lado, abordan las dificultades de comunicación cuando no identifican los deseos de sus hijos o cuando ellos están con otros interlocutores. Conclusión: Los hallazgos muestran una participación reducida de los niños y adolescente en el estudio y poco o ningún uso de CAA. Los hallazgos refuerzan la necesidad de equipar a las familias para promover la participación y comunicación de sus hijos. Se refuerza la importancia de que profesionales de CAA y maestros de educación especial trabajen en colaboración con las familias para ampliar las formas en que interactúan y se comunican con sus hijos, y viceversa, buscando una mayor participación de estos.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Percepção , Mães , Comunicação não Verbal , Paralisia Cerebral , Estudos Transversais , Auxiliares de Comunicação para Pessoas com Deficiência , Barreiras de Comunicação , Pesquisa Qualitativa , Habilidades SociaisRESUMO
Abstract Objective: The purpose of our study was to evaluate the transmission of information from radiologists to physicians, focusing on the level of certainty and the use of imaging descriptors from the tumor-node-metastasis (TNM) staging system. Materials and Methods Radiologists (n = 56) and referring physicians (n = 50) participated in this questionnaire-based, single-center study, conducted between March 20, 2020, and January 21, 2021. Participants were presented with terms commonly used by the radiologists at the institution and were asked to order them hierarchically in terms of the level of certainty they communicate regarding a diagnosis, using a scale ranging from 1 (most contrary to) to 10 (most favoring). They then assessed TNM system descriptors and their interpretation. Student's t-tests and the kappa statistic were used in order to compare the rankings of the terms of certainty. Items related to T and N staging were analyzed by Fisher's exact test. The confdence level was set to 97% (p < 0.03). Results: Although overall agreement among the radiologists and referring physicians on term ranking was poor (kappa = 0.10-0.35), the mean and median values for the two groups were similar. Most of the radiologists and referring physicians (67% and 86%, respectively) approved of the proposal to establish a standard lexicon. Such a lexicon, based on the participant responses, was developed and graphically represented. Regarding the TNM system descriptors, there were significant differences between the two groups in the reporting of lymph node numbers, of features indicating capsular rupture, and of vessel wall irregularities, as well as in the preference for clear descriptions of vascular involvement. Conclusion: Our findings indicate that ineffective communication and differences in report interpretation between radiologists and referring physicians are still prevalent in the fields of radiology and oncology. Efforts to gain a better understanding of those impediments might improve the objectivity of reporting and the quality of care.
Resumo Objetivo: O propósito do nosso estudo foi analisar a transmissão das informações de radiologistas para médicos assistentes, com foco no nível de certeza e uso de descritores de imagem do sistema de estadiamento tumor-nódulo-metástase (TNM). Materiais e Métodos: Radiologistas (n = 56) e médicos assistentes (n = 50) participaram neste estudo unicêntrico, baseado em questionários respondidos entre 20 de março de 2020 e 21 de janeiro de 2021. Os participantes ordenaram hierarquicamente termos comumente usados por radiologistas da instituição para descrever o nível de certeza utilizando uma escala que variou de 1 (mais contrário) a 10 (mais favorável). Em seguida, foram avaliados os descritores relacionados ao sistema TNM e sua interpretação. O teste t de Student e o coeficiente de correlação kappa foram empregados para comparar a classificação dos termos. Os itens relacionados aos estadiamentos T e N foram analisados pelo teste exato de Fisher. O nível de confança foi fixado em 97% (p < 0,03). Resultados: A concordância geral entre radiologistas e médicos assistentes na classificação hierárquica dos termos foi baixa (kappa = 0,10-0,35), porém, os valores médios e medianos dos dois grupos foram semelhantes. A maioria dos médicos (86%) e radiologistas (67%) foi receptiva à introdução de um léxico padronizado. Uma proposta de léxico foi elaborada com base nas respostas dos participantes e representada graficamente. Em relação aos descritores do sistema TNM, diferenças estatisticamente significativas foram observadas nos seguintes itens: forma de relatar o número de linfonodos; menção a características indicativas de ruptura capsular nodal; menção de irregularidades nas paredes vasculares; e preferência por descrições sucintas para comprometimento de estruturas vasculares. Conclusão: Falhas de comunicação e diferenças na interpretação de laudos entre radiologistas e médicos assistentes ainda são prevalentes em radiologia e oncologia. Esforços para melhor compreendê-los podem melhorar a objetividade do laudo radiológico e a qualidade do atendimento médico.
RESUMO
Resumo A surdez é compreendida a partir de dois discursos - o clínico-terapêutico e o socioantropológico. O artigo objetiva realizar uma análise genealógica da surdez, ou seja, das práticas de saber e poder, na política de saúde brasileira. É uma pesquisa qualitativa, documental, que se baseia em pressupostos teóricos de Michel Foucault. Foram selecionados 13 documentos normativos e 10 informativos, assim como realizadas oito entrevistas semiestruturadas, com amostra não probabilística, utilizando-se a técnica bola de neve. A análise mostrou que as políticas de saúde voltadas às pessoas com deficiência auditiva são efeito das relações de poder e saber existentes no campo da surdez, no qual o discurso médico-patológico, que concebe a surdez como uma deficiência a ser corrigida, é tido como o discurso verdadeiro. O discurso socioantropológico, que reconhece o surdo pelo olhar da diferença e pelo uso da língua de sinais, é um discurso sujeitado, que não tem encontrado espaços na política de saúde. Foram colocados em evidência os contrassensos entre as conquistas ligadas ao acesso às tecnologias e as proposições do setor saúde, cuja política direciona suas ações exclusivamente para o alcance de uma norma ouvinte, desconsiderando a multiplicidade dos sujeitos surdos.
Abstract Deafness can be understood from the clinical-therapeutic and the socio-anthropological perspectives. The study aims to perform a genealogical analysis of deafness; that is, an analysis of the practices of knowledge and power in Brazilian health policy. This is a qualitative, documentary study based on the theoretical assumptions of Foucault. Researchers selected 23 documents and conducted eight semi-structured interviews, which were also considered documents, with a non-probabilistic sample using the snowball technique. The genealogical analysis showed that health policies aimed at people with hearing impairment result from the power and knowledge relationships in the field of deafness, in which the medical-pathological discourse is seen as the real perspective, understanding deafness as a disability to be corrected. The socio-anthropological approach, which recognizes the deaf through the perspective of difference and the use of sign language, is a subject discourse that has not found space in health policy. The study highlighted the contradictions between the achievements related to the access to technologies and the propositions of the health sector, whose policy directs its actions exclusively to reach a listening standard, disregarding the multiplicity of deaf individuals.
RESUMO
Resumo: Introdução: A comunicação é indispensável à prática médica, entretanto, constantemente, é realizada de forma inadequada, principalmente no âmbito da comunicação de más notícias. A má notícia é aquela que causa alteração negativa na vida do paciente, provocando uma mudança desagradável e modificando sua perspectiva de futuro. Na medicina ocidental, pelo predomínio da visão curativista, más notícias são compreendidas como insucesso ou incapacidade das competências profissionais, causando afastamento dos médicos e insatisfação dos pacientes. Diante dessas circunstâncias, surgiram os protocolos de comunicação SPIKES, P-A-C-I-E-N-T-E e CLASS. Objetivo: Este estudo teve como objetivos avaliar a dinâmica da comunicação de más notícias, quanto ao uso de protocolos específicos e às principais dificuldades vivenciadas, e identificar a influência da comunicação na relação médico-paciente. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com metodologia qualitativa, em que se utilizou um roteiro de entrevista semiestruturado elaborado pelos autores. Realizaram-se 12 entrevistas com médicos dos setores de oncologia e de cuidados paliativos do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), que foram gravadas e transcritas para posterior análise. Os dados foram categorizados segundo a proposta de Minayo. Resultado: A abordagem de más notícias foi muito semelhante entre os profissionais, independentemente do uso de protocolos de comunicação, sendo o SPIKES o mais conhecido dentre eles. O estudo revelou que as principais dificuldades enfrentadas na comunicação de más notícias dizem respeito ao ambiente e tempo da consulta, à alta demanda de pacientes, ao vínculo médico-paciente-família e à sensação médica de não corresponder às expectativas ou se frustrar pela situação vivenciada. Identificou-se também uma clara influência da comunicação na relação médico-paciente. Constatou-se ainda a necessidade de atualização da grade curricular das escolas médicas, incluindo a formação teórico-prática em comunicação de más notícias. Conclusão: O emprego de protocolos de comunicação de más notícias não se apresenta como condição indispensável para comunicação efetiva, contudo, possibilita maior assertividade e clareza na condução da conversa. Assim, sugere-se a implementação de estratégias de comunicação no contexto da saúde, de modo a possibilitar melhorias tanto para os profissionais quanto para os pacientes.
Abstract: Introduction: Communication is essential to medical practice; however, it is constantly performed inadequately, mainly in the context of communicating bad news. The bad news is that it causes a negative change in the patient's life, resulting in an unpleasant change and modifying his future perspective. In Western medicine, due to the predominance of the curative model, bad news is understood as failure or incapacity of professional competences, causing physicians to distance themselves and causing patient dissatisfaction. Given these circumstances, the SPIKES, P-A-C-I-E-N-T-E, and Class communication protocols emerged. Objective: To evaluate the dynamics of bad news, with respect to the use of specific protocols and the main difficulties experienced, as well as to identify the influence of communication on the doctor-patient relationship. Method: This is a descriptive study with a qualitative methodology, using a semi-structured interview script prepared by the authors. Twelve interviews were carried out with physicians from the Oncology and Palliative Care sectors of the Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), which were recorded and transcribed for further analysis. The data was categorized according to Minayo's proposal. Results: The approach to bad news was very similar among professionals, regardless of the use of communication protocols, with SPIKES being the best known among them. The study revealed that the main difficulties faced by physicians when communicating bad news are related to the environment and time of consultation, high patient demand, doctor-patient-family bond and the medical feeling of not meeting expectations or being frustrated by the experienced situation. A clear influence of communication on the doctor-patient relationship was also identified. The need to update the curriculum of medical schools, including theoretical-practical training in communicating bad news, was also verified. Conclusion: The use of bad news communication protocols is not presented as an essential condition for effective communication; however, it allows greater assertiveness and clarity during the conversation. Therefore, the implementation of communication strategies in the health context is suggested, allowing improvements for both professionals and patients.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To analyze the prevalence and factors associated with non-communicable chronic diseases in deaf people. Methods: Cross-sectional study with 110 deaf people in Maringá-Paraná, selected using the snowball sampling technique. Data were collected from February to August 2019, using a structured instrument; and, in the analysis, multiple logistic regression was used. Results: The self-reported prevalence of chronic diseases was 43.6%, the most frequent being: arterial hypertension (12.7%), depression (6.4%), diabetes mellitus (5.4%), respiratory disease (5.4%) and hypothyroidism (4.5%). Using health services for routine consultations was significantly associated with being bimodal bilingual. The only risk behavior significantly associated with chronic disease was excessive consumption of sweet foods. Conclusion: The prevalence of chronic diseases in this population may be higher than that found, as there is a possibility of underdiagnosis due to the low demand for routine consultations and the difficulty of communication with health professionals.
RESUMEN Objetivo: Analizar prevalencia y factores relacionados a las enfermedades crónicas no transmisibles en personas sordas. Métodos: Estudio transversal con 110 personas sordas, en Maringá-Paraná, seleccionadas con la técnica snowball sampling. Recolectados datos de febrero a agosto de 2019, mediante aplicación de instrumento estructurado; y, en el análisis, utilizado regresión logística múltiple. Resultados: La prevalencia autorreferida de enfermedades crónicas fue de 43,6%, siendo las más frecuentes: hipertensión arterial (12,7%), depresión (6,4%), diabetes mellitus (5,4%), enfermedad respiratoria (5,4%) e hipotiroidismo (4,5%). Utilizar los servicios de salud para consulta rutinaria presentó relación significante con ser bilingüe bimodal. La única conducta de riesgo relacionado significativamente con enfermedades crónicas fue consumo excesivo de alimentos dulces. Conclusión: La prevalencia de enfermedades crónicas en esa población puede ser mayor que lo encontrado, pues hay la posibilidad del sobrediagnóstico resultante de la escasa búsqueda por consultas rutinaria y de la dificultad de comunicación con los profesionales de salud.
RESUMO Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores associados às doenças crônicas não transmissíveis em pessoas surdas. Métodos: Estudo transversal com 110 pessoas surdas, em Maringá-Paraná, selecionadas com a técnica snowball sampling. Coletaram-se dados de fevereiro a agosto de 2019, mediante aplicação de instrumento estruturado; e, na análise, utilizou-se regressão logística múltipla. Resultados: A prevalência autorreferida de doenças crônicas foi de 43,6%, sendo as mais frequentes: hipertensão arterial (12,7%), depressão (6,4%), diabetes mellitus (5,4%), doença respiratória (5,4%) e hipotireoidismo (4,5%). Utilizar os serviços de saúde para consulta de rotina apresentou associação significante com ser bilíngue bimodal. O único comportamento de risco associado significantemente com doenças crônicas foi consumo excessivo de alimentos doces Conclusão: A prevalência de doenças crônicas nessa população pode ser maior do que o encontrado, pois há a possibilidade do subdiagnóstico decorrente da pouca procura por consultas de rotina e da dificuldade de comunicação com os profissionais de saúde.
RESUMO
ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the scientific evidence regarding barriers to the access of people with disabilities to health services. METHODS A scoping review was carried out from the main question: "What are the main barriers that people with disabilities face in accessing health services?" The articles were surveyed in July 2019 in six scientific literature databases. Of the 1,155 documents identified in the searches, after selection by title and abstract, 170 publications were read in full and, thus, 96 articles were included and categorized according to the theoretical framework. RESULTS The main barriers indicated by the users of the service were: communication failure between professionals and patient/caregiver; financial limitations; attitudinal/behavioral issues; scarce service provision; organizational and transport barriers. The main barriers presented by service providers were: lack of training to professionals; failure of the health system; physical barriers; lack of resources/technology; and language barriers. CONCLUSIONS It was evident that people with disabilities face several barriers when trying to access the health services they need and that users and health professionals have distinct and complementary views on difficulties.
RESUMO OBJETIVO Analisar as evidências científicas relativas às barreiras para o acesso de pessoas com deficiência aos serviços de saúde. MÉTODOS Realizou-se uma revisão de escopo estabelecendo-se a perguntanorteadora: "Quais são as principais barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam no acesso a serviços de saúde?" O levantamento dos artigos foi realizado em julho de 2019, em seis bases de dados de literatura científica. Dos 1.155 documentos identificados nas buscas, após seleção por título e resumo, foram lidas na íntegra 170 publicações e, após leitura, 96 artigos foram incluídos e categorizados conforme referencial teórico. RESULTADOS As principais barreiras indicadas pelos usuários do serviço foram: comunicação falha entre profissionais e paciente/cuidador; limitações financeiras; questões atitudinais/comportamentais; oferta de serviços escassa; barreiras organizacionais e de transporte. As principais barreiras apresentadas pelos prestadores de serviços foram: falta de treinamento/capacitação aos profissionais; falha do sistema de saúde; barreiras físicas; falta de recursos/tecnologia e barreiras de idioma. CONCLUSÕES Ficou evidente que as pessoas com deficiência enfrentam diversas barreiras ao tentarem acesso aos serviços de saúde de que necessitam e que usuários e profissionais de saúde têm visões distintas e complementares sobre as dificuldades.
Assuntos
Relações Médico-Paciente , Pessoas com Deficiência , Serviços de Saúde para Pessoas com Deficiência , Barreiras ao Acesso aos Cuidados de SaúdeRESUMO
Abstract Introduction: Adenotonsillectomy is an invasive surgical procedure, which may encourage the search for information by the lay population through online search engines. The quality of this information, however, requires an evaluation due to the wide diversity of the available content. Objective: To evaluate the quality, in terms of ethical principles, readability and comprehensiveness, of the most accessed websites concerning guidance to parents/guardians related to their children's recommended adenotonsillectomy. Methods: The websites mentioned on the first 10 pages obtained after the search using "removal", "tonsils" and "adenoids" as keywords, after applying the inclusion and exclusion criteria, were selected. All were assessed using the Flesch Readability Index and Health on the Net Code tools, in addition to an evaluation of the content by two independent evaluators. The data were described, and the inter-rater agreement was calculated by the Kappa coefficient. Results: 34 websites were found, of the 100 assessed ones, which met the inclusion and exclusion criteria using the Google and Yahoo! Tools. Sixteen (47%) pages were considered reasonably difficult/difficult to read according to the Flesch Readability Index. Most of them met less than half of the analyzed ethical requirements according to the Health on the Net Code, and the overall comprehensiveness average was considered insufficient. Conclusion: A deficit of overall quality (comprehensiveness, readability, and ethical principles) was demonstrated for the websites available to parents or guardians about the adenotonsillectomy procedure in children.
Resumo Introdução: A adenotonsilectomia é um procedimento que, por ser invasivo, pode incentivar a busca de informações pela população leiga por meio de ferramentas de busca online. A qualidade dessas informações, no entanto, requer uma avaliação devido à grande diversidade do conteúdo disponível. Objetivo: Avaliar a qualidade dos websites de maior acesso voltados à orientação de pais/responsáveis de crianças às quais a adenotonsilectomia é indicada, em termos de princípios éticos, legibilidade e abrangência. Método: Os websites contidos nas primeiras 10 páginas obtidas pela busca das palavras-chave "retirada", "amígdalas" e "adenoides" foram selecionados sob critérios de inclusão e de exclusão e avaliados com as ferramentas Teste de Facilidade de Leitura Flesch e Health on the Net Code (HON Code). Também foi feita avaliação de conteúdo por dois avaliadores independentes. Os dados foram descritos, a concordância interavaliador foi calculada pelo coeficiente Kappa. Resultados: Foram encontrados 34 websites, dos 100 analisados, que se adequavam aos critérios de inclusão e exclusão com as ferramentas Google e Yahoo! Pelo Índice de Facilidade de Leitura Flesch 16 (47%) páginas foram consideradas de leitura razoavelmente difícil/difícil. A maioria atendeu a menos da metade dos quesitos éticos analisados e a média de abrangência geral foi considerada como insuficiente. Conclusão: Demonstrou-se uma realidade deficitária em termos de qualidade geral (abrangência, legibilidade e princípios éticos) associada aos websites disponíveis para pais ou cuidadores sobre o procedimento da cirurgia das tonsilas em crianças.