RESUMO
Purpose: To record the prevalence of dental caries in 3-13 year-old children and test the association of presence of caries with some social and behavioral factors. Methods: Cross-sectional design. Data were collected from the Cariology Clinics database of the Federal University of Paraíba, in João Pessoa, Brazil, for the period between 2005 and 2008. A total of 410 dental charts were selected, and the children were divided into 3 age groups (G1: 3-5 year-old, n=111; G2: 6-9 year-old, n=165; and G3: 10-13 year-old, n=134). Data were collected from the dental records on clinical examination to compute dmf-t and DMF-T indexes, oral hygiene habits, diet, and socioeconomic factors. Chi-square tests and Fisher's exact tests at the 5% level of significance were used for statistical analysis. Results: Dental caries prevalence was: G1(dmf-t: 2.38±3.27; DMF-T: 0.02±1.49); G2(dmf-t: 2.97±3.12; DMF-T: 0.72±1.26); G3(dmf-t: 0.89±1.73; DMF-T: 2.65±3.00). About 32.7% of the children were caries-free. For the oral health habits most subjects reported toothbrushing three or more times daily (44.8%), without assistance (61.9%), and no use of dental floss (73.1%). The majority of children (97%) reported consumption of sugar between meals. Family income and education were associated with dental caries. Conclusion: The results suggest a high prevalence of caries disease in the sample and specific association with some socioeconomic and behavioral risk factors.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi registrar a prevalência de cárie em crianças de 3 a 13 anos e testar sua associação com alguns fatores sociais e comportamentais. Metodologia: Estudo transversal. Os dados foram coletados do banco de dados da Clínica de Cariologia da Universidade Federal da Paraíba, no período entre 2005 e 2008. Um total de 410 prontuários foram selecionados e as crianças foram distribuídas em 3 grupos conforme faixa etária (G1: 3-5 anos, n=111; G2: 6-9 anos, n=165; e G3: 10-13 anos, n=134). Os dados foram obtidos de exame clínico para cálculo dos índices CEO-d e CPO-D, e entrevista de hábitos de higiene bucal, dieta e fatores sócio-econômicos. A análise estatística utilizou testes de Qui-quadrado e de Fisher ao nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de cárie dentária foi de: G1(ceo-d: 2,38±3,27 e CPO-D: 0,02±1,49); G2(ceo-d: 2,97±3,12 e CPO-D: 0,72±1,26); G3(ceo-d: 0,89±1,73 e CPO-D: 2,65±3,00). Aproximadamente 32,7% das crianças apresentavam-se livres de cárie. Em relação aos hábitos de higiene bucal, a maioria relatou escovar seus dentes três ou mais vezes (44,8%), sem ajuda dos pais (61,9%), e 73,1% não usavam fio dental. O consumo de alimentos com açúcar entre as refeições foi relatado por 97% das crianças. Renda familiar e escolaridade paterna constituíram fatores de risco para a presença da doença cárie. Conclusão: Os resultados sugerem alta prevalência da doença cárie na amostra estudada e associação específica com alguns fatores sociais e comportamentais de higiene bucal.