RESUMO
Introdução: Botulismo é uma toxinfecção que ocorre pela ingestão de uma toxina produzida pelo Clostridium botulinum, sendo caracterizada principalmente pela paralisia fl ácida da musculatura esquelética. A doença é observada principalmente em ruminantes, equinos e aves, e sua ocorrência no cão é considerada rara, sendo que os casos naturais nessa espécie têm sido atribuídos à ingestão de carne deteriorada ou crua. Os sinais clínicos incluem paralisia progressiva e ascendente do neurônio motor inferior, fraqueza, perda tônus muscular e reflexos espinhais, podendo ocorrer diminuição dos refl exos de deglutição, salivação excessiva, constipação intestinal e megaesôfago. A morte pode resultar da paralisia respiratória, quando envolve musculatura intercostal e diafragmática. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar um caso de botulismo em cão, evidenciando a correlação de megaesôfago como sinal secundário à toxinfecção.Caso: Um cão SRD, de quatro anos, com 4 kg, foi encaminhado a uma clínica em Pelotas-RS, devido aos sinais de fraqueza muscular - não deambulava, apresentava anorexia e dispneia. Na anamnese, o foi relatado que o cão havia fugido, sendo encontrado caído no chão, consciente e movimentando a cauda. No exame clínico, observou-se frequência cardíaca de 110 bpm, frequência respiratória de 11mrm com dispneia, verificando-se quadriplegia, paresia e paralisia flácida e midr
RESUMO
Introdução: A capecitabina é um antimetabólito usado no tratamento do câncer em humanos. Sendo um pró-fármaco, é convertido em fluoruracila (5-FU) dentro do tumor, minimizando a exposição dos tecidos sadios ao 5-FU sistêmico. No organismo, o 5-FU ocupa o lugar da pirimidina e interfere com as enzimas envolvidas na síntese de DNA, inibindo o crescimento das células tumorais. A medicação possui reações adversas, podendo provocar infarto do miocárdio, diarréia, anemia, neutropenia, trombocitopenia e hiperbilirrubinemia. O objetivo do trabalho foi relatar um caso de intoxicação por capecitabina em um canino, sabendo-se que este tipo de intoxicação deve sempre ser considerado como emergencial.Caso: Um cão Yorkshire, de 9 anos de idade, foi encaminhado para atendimento veterinário a uma clínica, devido a ingestão acidental de capecitabina (500mg). Segundo o proprietário, o paciente começou a apresentar prostração e abulia repentina. Ao exame clínico do paciente, verificou-se bradipneia, taquicardia, mucosas cianóticas, TPC maior que 2 segundos, hipotermia (36,3C), extremidades frias e nível de consciência caracterizado como estupor. Estabilizou-se o paciente com fluido e oxigenioterapia; administrando-se antiarrítmico e fármacos vasoativos, além de fornecer aquecimento prévio. Após, coletou-se sangue, observando-se anemia arregenerativa grave, com hematócrito diminuído (11%), neutro
RESUMO
Introdução: A capecitabina é um antimetabólito usado no tratamento do câncer em humanos. Sendo um pró-fármaco, é convertido em fluoruracila (5-FU) dentro do tumor, minimizando a exposição dos tecidos sadios ao 5-FU sistêmico. No organismo, o 5-FU ocupa o lugar da pirimidina e interfere com as enzimas envolvidas na síntese de DNA, inibindo o crescimento das células tumorais. A medicação possui reações adversas, podendo provocar infarto do miocárdio, diarréia, anemia, neutropenia, trombocitopenia e hiperbilirrubinemia. O objetivo do trabalho foi relatar um caso de intoxicação por capecitabina em um canino, sabendo-se que este tipo de intoxicação deve sempre ser considerado como emergencial.Caso: Um cão Yorkshire, de 9 anos de idade, foi encaminhado para atendimento veterinário a uma clínica, devido a ingestão acidental de capecitabina (500mg). Segundo o proprietário, o paciente começou a apresentar prostração e abulia repentina. Ao exame clínico do paciente, verificou-se bradipneia, taquicardia, mucosas cianóticas, TPC maior que 2 segundos, hipotermia (36,3C), extremidades frias e nível de consciência caracterizado como estupor. Estabilizou-se o paciente com fluido e oxigenioterapia; administrando-se antiarrítmico e fármacos vasoativos, além de fornecer aquecimento prévio. Após, coletou-se sangue, observando-se anemia arregenerativa grave, com hematócrito diminuído (11%), neutro
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Introdução: Botulismo é uma toxinfecção que ocorre pela ingestão de uma toxina produzida pelo Clostridium botulinum, sendo caracterizada principalmente pela paralisia fl ácida da musculatura esquelética. A doença é observada principalmente em ruminantes, equinos e aves, e sua ocorrência no cão é considerada rara, sendo que os casos naturais nessa espécie têm sido atribuídos à ingestão de carne deteriorada ou crua. Os sinais clínicos incluem paralisia progressiva e ascendente do neurônio motor inferior, fraqueza, perda tônus muscular e reflexos espinhais, podendo ocorrer diminuição dos refl exos de deglutição, salivação excessiva, constipação intestinal e megaesôfago. A morte pode resultar da paralisia respiratória, quando envolve musculatura intercostal e diafragmática. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar um caso de botulismo em cão, evidenciando a correlação de megaesôfago como sinal secundário à toxinfecção.Caso: Um cão SRD, de quatro anos, com 4 kg, foi encaminhado a uma clínica em Pelotas-RS, devido aos sinais de fraqueza muscular - não deambulava, apresentava anorexia e dispneia. Na anamnese, o foi relatado que o cão havia fugido, sendo encontrado caído no chão, consciente e movimentando a cauda. No exame clínico, observou-se frequência cardíaca de 110 bpm, frequência respiratória de 11mrm com dispneia, verificando-se quadriplegia, paresia e paralisia flácida e midr