RESUMO
Os autores fazem um estudo sobre o tratamento da malária na gestação. Comentam aspectos epidemiológicos e fisiopatológicos da doença e efeitos teratogênicos das drogas.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Plasmodium falciparum/efeitos dos fármacos , Plasmodium malariae/efeitos dos fármacos , Plasmodium vivax/efeitos dos fármacos , Malária/tratamento farmacológico , Complicações Parasitárias na Gravidez/tratamento farmacológico , Troca Materno-Fetal , Antimaláricos/farmacologiaRESUMO
A análise epidemiológica da malária em Minas Gerais mostra a necessidade de divulgaçäo permanente da situaçäo da transmissäo da doença, de forma a contribuir para a suspeita clínica em casos febris e para o diagnóstico precoce. A divulgaçäo das informaçöes técnicas sobre a malária visa ao melhor desempenho dos serviços de saúde locais, a fim de controlar os casos detectados e diminuir as taxas de morbi-mortalidade. Considera-se ser importante a manutençäo de sistema organizado e ativo de vigilância epidemiológica de malária,mesmo em áreas endêmicas.
Assuntos
Malária/epidemiologiaRESUMO
O combate à malária no Brasil, inicialmente objetivava a erradicaçäo da doença através da Campanha de Erradicaçäo da Malária. Com o malogro desse objetivo, passou-se a adotar medidas de controle em regiöes endêmicas e áreas näo endêmicas, como Belo Horizonte. Com esta finalidade, foram criados, nesta cidade, Centros de Referência para o diagnóstico e tratamento da Malária, pela associaçäo de recursos da Fundaçäo Nacional de Saúde e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. De setembro de 1992 a setembro de 1993 foram atendidos 197 pacientes, com 76 casos positivos (38,6 por cento), todos importados, sendo a maioria de Rondônia, 26 casos (34,2 por cento). Houve atendimento de 15 pacientes procedentes da Africa e Guiana Inglesa, funcionários de empresas construtoras de Belo Horizonte. Do total de casos, 56 (73,7 por cento) foram causados por P. vivax, 15 (19,7 por cento) por P. falciparum e 5 (6,6 por cento) eram casos mistos. Para o tratamento, foram utilizados diversos esquemas terapêuticos, devido à resistência do P. falciparum e dificuldades locais de diagnóstico diferencial entre P. vivax e P. falciparum, durante fins de semana e feriados. Em 1993 foram introduzidas novas medidas de propedêutica e controle, näo disponíveis em 1992. Dentre elas, citam-se atendimento por rádio-chamadas e designaçäo de um funcionário para coleta domiciliar de lâminas para verificaçäo de cura. Verificou-se, com isto, melhora significativa da qualidade e eficácia do controle de cura da malária. Recomenda-se a manutençäo de centros de referência para orientaçäo e padronizaçäo de condutas, visando assistência adequada, tratamento correto e ganho real de experiência.
Assuntos
Humanos , Malária/prevenção & controle , Brasil , Malária/epidemiologiaRESUMO
A regiäo metropolitana de Belo Horizonte - MG - apresenta características climáticas e fisiográficas pouco favoráveis para os vetores da malária, e é considerada livre de transmissäo da doença, näo tendo havido registro de casos autóctones até 1992. Em outubro de 1993, foram detectados três pacientes com malária por Plasmodium falciparum, numa mesma família do povoado de Confins, município de Lagoa Santa, dos quais dois vieram a falecer. Näo se conseguiu identificar a origem da introduçäo do problema da área, bem próxima ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, havendo possibilidades da participaçäo primária de indivíduo infectado, procedente de área endêmica, bem como da importaçäo acidental de vetores infectados. Foram capturados anofelinos potencialmente vetores na regiäo, em pequeno número: Anopheles albitarsis (oito espécimes) e Anopheles triannulatus (dois). As lâminas de sangue de 473 pessoas do povoado e a sorologia convencional de 26 vizinhos da casa onde se detectaram os casos foram negativas. Adotou-se conduta de tratamento radical dos casos, borrifaçäo das casas com inseticida piretróide e implementaçäo de vigilância epidemiológica. Alerta-se para a necessidade de se manter sistema de vigilância, apto a intervir prontamente para o controle de focos de malária, em áreas näo-endêmicas.