RESUMO
A busca por protocolos de micropropagação de pinhão manso tem resultado em relatos sobre dificuldades na germinação in vitro de sementes recém colhidas. Nesse sentido, levantou-se a hipótese da dormência estar relacionada com a presença do endosperma. Objetivando investigar a influência do endosperma no desenvolvimento in vitro de embriões zigóticos de pinhão manso, extratos puros e filtrados de endosperma de sementes recém colhidas e armazenadas por 50 e 100 dias foram adicionados ao meio MS, no qual foram colocados embriões zigóticos isolados ou contendo endosperma. Foi possível observar que a presença do endosperma junto ao embrião exerce uma inibição à retomada do desenvolvimento do embrião. Ademais, a adição de extratos do endosperma no meio de cultivo reduziu sobremaneira o desenvolvimento dos embriões, evidenciando que além de provável inibição física, o endosperma pode contribuir com inibidores químicos no processo de germinação. Essas observações estão baseadas no perfeito desenvolvimento dos embriões, quando estes foram adicionados isolados ao meio MS, desprovido do extrato.(AU)
Researches on physic nut micropropagation have resulted in reports about difficulties in the process of in vitro germination of fresh seeds, and we hypothesized that this dormancy is related to endosperm presence. Aiming to investigate the influence of the endosperm presence on in vitro development of zygotic embryos of physic nut, pure and filtered extracts of the endosperm of newly harvested and stored seeds for up to 100 days were added to MS medium, in which zygotic embryos were added alone or attached to the endosperm. It was observed that the endosperm presence attached to the embryo seems to establish dormancy to the restart of the embryo development. Moreover, addition of endosperm extracts into the MS medium greatly reduced the embryos development, supporting the idea that in addition to probable inhibition physics, the endosperm may contribute to chemical inhibitors in the germination process. All these idea were supported by perfect embryo development when it was added to MS medium without endosperm structure or extract.(AU)
Assuntos
Endosperma , Técnicas In Vitro , Germinação , Sementes/fisiologia , Dormência de Plantas , Jatropha/crescimento & desenvolvimentoRESUMO
A busca por protocolos de micropropagação de pinhão manso tem resultado em relatos sobre dificuldades na germinação in vitro de sementes recém colhidas. Nesse sentido, levantou-se a hipótese da dormência estar relacionada com a presença do endosperma. Objetivando investigar a influência do endosperma no desenvolvimento in vitro de embriões zigóticos de pinhão manso, extratos puros e filtrados de endosperma de sementes recém colhidas e armazenadas por 50 e 100 dias foram adicionados ao meio MS, no qual foram colocados embriões zigóticos isolados ou contendo endosperma. Foi possível observar que a presença do endosperma junto ao embrião exerce uma inibição à retomada do desenvolvimento do embrião. Ademais, a adição de extratos do endosperma no meio de cultivo reduziu sobremaneira o desenvolvimento dos embriões, evidenciando que além de provável inibição física, o endosperma pode contribuir com inibidores químicos no processo de germinação. Essas observações estão baseadas no perfeito desenvolvimento dos embriões, quando estes foram adicionados isolados ao meio MS, desprovido do extrato.
Researches on physic nut micropropagation have resulted in reports about difficulties in the process of in vitro germination of fresh seeds, and we hypothesized that this dormancy is related to endosperm presence. Aiming to investigate the influence of the endosperm presence on in vitro development of zygotic embryos of physic nut, pure and filtered extracts of the endosperm of newly harvested and stored seeds for up to 100 days were added to MS medium, in which zygotic embryos were added alone or attached to the endosperm. It was observed that the endosperm presence attached to the embryo seems to establish dormancy to the restart of the embryo development. Moreover, addition of endosperm extracts into the MS medium greatly reduced the embryos development, supporting the idea that in addition to probable inhibition physics, the endosperm may contribute to chemical inhibitors in the germination process. All these idea were supported by perfect embryo development when it was added to MS medium without endosperm structure or extract.
RESUMO
Aspasia variegata occurs naturally in the savanna of the Mato Grosso do Sul State, Brazil and it has been widely collected for its beautiful flowers. Additionally, its habitat has been greatly reduced and little or no investigation of its spread has been performed. Aiming to establish a protocol to obtain seedlings of the orchid A. variegata, different compositions of culture medium were tested to identify which one provided better in vitro growth and development and to assess the influence of these media in seedling acclimatisation. Thus, seeds obtained from mature capsules were inoculated in Knudson culture medium for 120 days until the protocorm stage. They were transferred to different culture media formulations, including MS and Knudson with half or full formulation, and 3.0 and 6.0g L-1 activated charcoal were added to them or not. After 180 days of protocorm inoculation, seedlings were evaluated for length of roots and shoots, number of roots and leaves, and chlorophyll contents. After that, seedlings were transferred to trays containing a mixture of Plantmax® and coconut fibre (1:1) for acclimatisation. Best results for the in vitro growth of A. variegata were obtained with the use of MS medium supplemented with 6.0g L-1 activated charcoal. Higher levels of chlorophyll were obtained, however, in treatments containing MS salts without activated charcoal presence, and lower levels in media containing Knudson salts with the presence of activated charcoal. The seedlings originated by higher chlorophyll levels during in vitro cultivation presented the highest survival rates and better development in the acclimatisation phase.
A orquídea Aspasia variegata ocorre naturalmente no Cerrado Sul-Matogrossense, e tem sido bastante coletada de seu habitat, devido à beleza de suas flores. Adicionalmente, sua área de ocorrência tem sido bastante reduzida e pouco ou nenhum estudo visando a sua multiplicação tem sido realizado. Objetivando estabelecer protocolo para obtenção de mudas de A. variegata, diferentes composições de meio de cultivo foram testadas para observar aquela que propicia melhores condições para crescimento e desenvolvimento dos protocormos in vitro e ainda a influência desses meios na fase de aclimatização das mudas. Para tal, foram utilizadas cápsulas maduras para obtenção das sementes, as quais foram inoculadas em meio de cultivo básico Knudson por 120 dias até o desenvolvimento de protocormos. Estes foram então transferidos para diferentes formulações dos meios de cultivo MS e Knudson, variando a concentração de sais e de carvão ativado (0; 3,0 e 6,0g L-1). Após 180 dias da inoculação dos protocormos, foram realizadas avaliações referentes ao comprimento da maior raiz e da parte aérea, número de raízes e folhas, e quantificados os teores de clorofila. Em seguida, as mudas foram transferidas para bandejas contendo uma mistura de Plantmax® e Fibra de Coco (1:1) para aclimatização. Melhores resultados para o crescimento in vitro de A. variegata foram obtidos com a utilização do meio de cultura MS, acrescido de 6,0g L-1 de carvão ativado. No entanto, os maiores níveis de clorofila foram obtidos nos tratamentos contendo sais MS desprovidos de carvão ativado, e os menores nos meios contendo sais Knudson providos com carvão ativado. As plantas oriundas dos tratamentos com maiores teores de clorofila total durante a fase in vitro obtiveram as maiores taxas de sobrevivência e melhor desenvolvimento na fase de aclimatização.
RESUMO
O conhecimento da estrutura floral e da biologia reprodutiva numa cultura é básico para que o melhorista desenvolva técnicas de castração e polinização adequadas. Objetivando obter dados de biologia reprodutiva de pinhão manso, inflorescências emasculadas, foram observadas sem isolamento (controle positivo) e isoladas com tecido "nylon" tipo voal para posterior realização dos tratamentos de geitonogamia e xenogamia após a antese. Os tratamentos consistiram de controle positivo (flores não isoladas), e a partir das flores isoladas foram obtidos os demais tratamentos: controle negativo (sem polinização); xenogamia (receberam pólen de outra planta); geitonogamia 1 (receberam pólen da mesma inflorescência); geitonogamia 2 (receberam pólen de outra inflorescência da mesma planta). Os resultados indicam que a espécie não apresenta problemas de autoincompatibilidade, sendo os índices de fecundação bastante elevados e indiferentes estatisticamente em todos os tratamentos, com valores acima de 80 por cento, exceto para o controle negativo em que as inflorescências foram isoladas e não polinizadas, resultando em ausência de fecundação e de frutos. Esse último resultado mostra a importância da visitação de insetos para a obtenção de sucesso no processo reprodutivo da espécie. As flores masculinas, doadoras de pólen, abrem no período da manhã, assim como as femininas. Sendo assim, embora haja visitação de insetos durante todo o dia, o processo de polinização ocorre no período matutino, em razão da quase total ausência de pólen no período vespertino.
The knowledge of the floral structure and reproductive biology are basic to a more successful for the development of techniques of castration and pollination in plant species. Aiming to obtain data about reproductive biology of physyc nut, free and enclosed inflorescences were observed without isolation (positive control) and isolation with nylon for posterior treatment of geitonogamy and xenogamy. So, treatments were positive control (free or unbagged inflorescences), and all other treatments obtained from isolated immature inflorescences enclosed within of fine nylon bags: negative control (without pollination), xenogamy (receiving pollen from another plant); geitonogamy 1 (received pollen from the same inflorescence), geitonogamy 2 (received pollen from another inflorescence of the same plant). The results indicate that the species does not present problems of self-incompatibility resulting in high fertilization and statistically indifferent in all treatments, presenting values above 80 percent, except for negative control in which the inflorescences were isolated and not pollinated resulting in lack of fertilization and fruit development. These results show the importance insects for success in the reproductive process of this species. The male flowers, pollen donors, opened in the morning, just like the female ones. Thus, although there is visitation of insects during all the day, the process of pollination occurs in the morning, and almost total absence of pollen was observed after noon.