RESUMO
O risco de infecção no laboratório de prótese dentária é parcialmente conhecido e, apesar de todas as colaborações científicas, ainda é possível encontrar falhas no fluxo de recebimento e manuseio dos trabalhos protéticos. O objetivo do estudo foi verificar se os TPDs, no município de São Paulo, estão aplicando as normas de biossegurança quanto ao uso de EPI, desinfecção e esterilização de materiais, situação vacinal e percepção de risco de aquisição ocupacional de doenças infecciosas. O estudo foi prospectivo, quantitativo e observacional, realizado em seis laboratórios de prótese dentária localizados no Município de São Paulo, sendo cinco privados e um público. Os dados foram obtidos através de entrevista individual e observação da rotina de trabalho dos técnicos de prótese dentária. A casuística foi composta de 60 profissionais. O nível de aderência ao uso de EPI (máscara, óculos, luvas, avental) variou de acordo com a atividade desenvolvida, sendo o avental de tecido o EPI mais utilizado. Os técnicos de prótese dental apresentaram baixas taxas referidas de vacinação. Dezenove (30% do total) TPDs completaram as três doses do esquema de imunização, mas sem controle sorológico pós-vacinal. A realização de exames médicos periódicos não contribuiu para maior adesão à vacina contra hepatite B. O grupo que referiu ocorrência de mais acidentes ocupacionais não faz exames médicos. Quem apresentou maior percepção ao risco de contaminação e relatou mais acidentes ocupacionais completou o esquema de vacinação contra hepatite B. Cinqüenta e dois (86,6%) TPDs referiram que viram moldagens com sangue e restos alimentares. Mesmo assim, a percepção do risco de aquisição de doenças é baixa, ....
Assuntos
Técnicos em Prótese Dentária , Desinfecção , Infecções , Saúde Ocupacional , Riscos Ocupacionais , Fatores de Risco , Condições de TrabalhoRESUMO
O risco de infecção no laboratório de prótese dentária é parcialmente conhecido e, apesar de todas as colaborações científicas, ainda é possível encontrar falhas no fluxo de recebimento e manuseio dos trabalhos protéticos. O objetivo do estudo foi verificar se os TPDs, no município de São Paulo, estão aplicando as normas de biossegurança quanto ao uso de EPI, desinfecção e esterilização de materiais, situação vacinal e percepção de risco de aquisição ocupacional de doenças infecciosas. O estudo foi prospectivo, quantitativo e observacional, realizado em seis laboratórios de prótese dentária localizados no Município de São Paulo, sendo cinco privados e um público. Os dados foram obtidos através de entrevista individual e observação da rotina de trabalho dos técnicos de prótese dentária. A casuística foi composta de 60 profissionais. O nível de aderência ao uso de EPI (máscara, óculos, luvas, avental) variou de acordo com a atividade desenvolvida, sendo o avental de tecido o EPI mais utilizado. Os técnicos de prótese dental apresentaram baixas taxas referidas de vacinação. Dezenove (30% do total) TPDs completaram as três doses do esquema de imunização, mas sem controle sorológico pós-vacinal. A realização de exames médicos periódicos não contribuiu para maior adesão à vacina contra hepatite B. O grupo que referiu ocorrência de mais acidentes ocupacionais não faz exames médicos. Quem apresentou maior percepção ao risco de contaminação e relatou mais acidentes ocupacionais completou o esquema de vacinação contra hepatite B. Cinqüenta e dois (86,6%) TPDs referiram que viram moldagens com sangue e restos alimentares. Mesmo assim, a percepção do risco de aquisição de doenças é baixa, trinta e cinco (58,3%) TPDs. As medidas adotadas para limpeza e desinfecção dependem do tipo de material do trabalho de prótese, tipo de instrumental e equipamento. O fluxo de limpeza e desinfecção dos trabalhos de prótese, moldagens, instrumentos e equipamentos foi variável, estando es...