RESUMO
BACKGROUND: According to the World Health Organization, one in every 10 people has a disability, and more than two-thirds of them do not receive any type of oral dental care. The Brazilian Constitution of 1988 guarantees all civilians including disabled people the right to healthcare, shaping the guidelines of the Brazilian National Health Care System (Sistema Único de Saúde--SUS). However, there is limited information about the true accessibility of dental services. This study evaluated the accessibility of public dental services to persons with disabilities in Fortaleza, Ceará, which has the third highest disability rate in Brazil. METHODS: A cross-sectional quantitative study using structured questionnaires was administered to dentists (n = 89) and people with disabilities (n = 204) to evaluate the geographical, architectural, and organizational accessibility of health facilities, the communication between professionals and patients with disabilities, the demand for dental services, and factors influencing the use of dental services by people with motor, visual, and hearing impairments. RESULTS: 43.1% of people with disabilities do not recognize their service as a priority of Basic Health Units (BHU), 52.5% do not usually seek dental care, and of those who do (n = 97), 76.3% find it difficult to receive care and 84.5% only seek care on an emergency basis. Forty-five percent are unaware of the services offered in the BHU. Of the dentists, 56.2% reported difficulty in communicating with deaf patients, and 97.8% desired interpreters stationed in the BHU. People with disabilities gave better accessibility ratings than dentists (p = 0.001). 37.3% of the patients and 43.8% of dentists reported inadequate physical access infrastructure (including doors, hallways, waiting rooms, and offices). Dentists (60%) reported unsafe environments and transportation difficulties as geographical barriers, while most people with disabilities did not report noticing these barriers. CONCLUSIONS: While access to dental services has increased in Fortaleza, the lack of accessibility of health units and their surroundings does not promote the treatment of people with disabilities. Cultural, organizational, architectural, geographical, and communication barriers constrain the demand for and use of oral dental care services by this social segment.
Assuntos
Assistência Odontológica para a Pessoa com Deficiência/estatística & dados numéricos , Acessibilidade aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Acessibilidade Arquitetônica/estatística & dados numéricos , Brasil , Criança , Pré-Escolar , Barreiras de Comunicação , Estudos Transversais , Cultura , Arquitetura de Instituições de Saúde/estatística & dados numéricos , Feminino , Administração de Instituições de Saúde/estatística & dados numéricos , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde/estatística & dados numéricos , Pessoas com Deficiência Auditiva/estatística & dados numéricos , Relações Profissional-Paciente , Pessoas com Deficiência Visual/estatística & dados numéricos , Adulto JovemRESUMO
Conhecer, sob a ótica dos cirurgiões-dentistas, o acesso dos pacientes especiais à saúde bucal no Sistema Único de Saúde. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, realizado em 2011 por meio da aplicação de entrevistas baseadas em questionários semiestruturados, realizadas com cirurgiões-dentistas nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBASF) de uma capital do nordeste brasileiro. As variáveis englobaram dados sociodemográficos, condições de trabalho e as relacionadas ao acesso e atendimento do paciente portador de necessidade especial. Os achados foram analisados com estatística adequada pelo SPSS 15. Resultados: Entrevistaram-se 44 cirurgiões-dentistas, dos quais 36 (81,8%) atendiam pacientes especiais, 29 (65,9%) realizavam exame clínico e orientação de higiene bucal, e 5 (11,3%) realizavam exame clínico e encaminhavam para especialistas. Nove (20,5%) tiveram disciplina direcionada para esse tipo de usuário. O acesso, o acolhimento e a assistência odontológica oferecidos foram aprovados por 31 cirurgiões-dentistas (70%). Conclusão: Sob a ótica dos cirurgiões-dentista investigados, os pacientes especiais da rede pública estão tendo acesso à atenção em saúde bucal, entretanto, a resolutividade parece estar prejudicada, sendo necessário encaminhá-los a outros serviços...
To examine, from the dentists? perspective, the access of special needs patients (SNP) to oral health care in the Unified Health System. Methods: Cross-sectional and quantitative study, performed in 2011 by means of interviews based on semi-structured questionnaires, carried out with dental surgeons at family primary healthcare units of a capital city in Brazil?s northeast region. Study variables included sociodemographic factors, work conditions and data related to the access and utilization of dental care services by SNP. Data was analysed with proper statistics in SPSS 15. Results: Interviews were performed with 44 dentists, 36 (81.8%) of which regularly assisted SNP; 29 (65.9%) conducted only oral examination and oral hygiene instructions; and 5 (11.3%) conducted oral examination and referred the patients to specialties centers. Nine (20.5%) of them reported having attended a discipline, focused on that type of patient. The accessibility, caring and dental assistance offered to SNP were approved by 70% of the dentists. Conclusions: From the dentists? perspective, special needs patients in the public network have access to oral health care; resolutivity, however, seems to be undermined, being necessary to refer those to other services...
Conocer el acceso de los pacientes especiales a la salud bucal del Sistema Único de Salud desde la óptica de los cirujanosdentista. Métodos: Estudio transversal, cuantitativo realizado en 2011 a través de la aplicación de entrevistas basadas em cuestionarios semiestruturados realizadas en cirujanos-dentista de las Unidades Básicas de la Salud de la Familia (UBASF) de una capital del nordeste brasileño. Las variables incluyeron datos socio demográficos, condiciones de trabajo y los relacionados al acceso y atención del paciente portador de necesidad especial. Los hallazgos fueron analizados con estadística adecuada por el SPSS 15. Resultados: Fueron entrevistados 44 cirujanosdentista de los cuales 36 (81,8%) asistían a pacientes especiales, 29 (65,9%) realizaban la prueba clínica y orientación de higiene bucal y 5 (11,3%) realizaban la prueba clínica y os encaminaban a los especialistas. Nueve (20,5%) tuvieron asignatura direccionada para ese tipo de usuario. El acceso, la recepción y la asistencia odontológica ofrecidos fueron aprobados por 31 cirujanosdentista (70%). Conclusión: Desde la óptica de los cirujanosdentista investigados, los pacientes especiales de la red pública tienen acceso a la asistencia en salud bucal, sin embargo, parece ser que la resolutividad parece estar perjudicada siendo necesario dirigirlos a otros servicios...
Assuntos
Pessoas com Deficiência , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Saúde Bucal , Sistema Único de SaúdeRESUMO
No último século, numerosos avanços em pesquisas e tecnologias biomédicas na área odontológica foram responsáveis por melhorias na saúde e no bem-estar das populações(1). Entretanto, apesar das grandes realizações no âmbito da saúde bucal, muitos problemas ainda permanecem, como a cárie dental, a mais comum das doenças bucais. A prevalência da cárie dentária apresentou uma tendência de declínio nas três últimas décadas do século XX e no início do século XXI, especialmente nos países desenvolvidos, contudo, ainda é considerada uma importante questão de saúde pública mundial, afetando de 60% a 90% das crianças em idade escolar, além da vasta maioria dos adultos(2-4)No levantamento epidemiológico SB Brasil 2010(5), foram observadas melhoras na condição bucal dos brasileiros, porém, ainda é alta a prevalência de cárie. Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, por exemplo, a média de dentes afetados foi de 4,25 mais que o dobro do número médio encontrado aos 12 anos. Entre os idosos de 65a 74 anos, o número de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO) praticamente não se alterou, ficando em 27,5 em 2010, enquanto, em 2003, a média era de 27,8.Em termos internacionais, de acordo com o Ministério da Saúde brasileiro(5),um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004 indicou que, nos dados de 188 países, o valor médio do CPO aos 12 anos foi de 1,6, sendonas Américas a média de 2,8, enquanto na Europa ficou em 1,6. Na América do Sul,somente a Venezuela apresentou média de CPO aos 12 anos semelhante à brasileira(2,1)...