RESUMO
BACKGROUND: Deep vein thrombosis is a common disease among people who are immobilized. Immobility is inherent to paraplegia and leads to venous stasis, which is one of the factors covered by Virchow's triad describing its development. Trauma is the primary cause of paraplegia and is currently increasing at a rate of 4% per year. OBJECTIVE: To determine the prevalence of deep vein thrombosis in paraplegic patients whose paraplegia was caused by traumas, using color Doppler ultrasonography for diagnosis. METHODS: This was a cross-sectional observational study of 30 trauma-induced paraplegia patients, selected after analysis of medical records at the neurosurgery department of a University Hospital in Curitiba, Brazil, and by a proactive survey of associations that care for the physically disabled. The prevalence of deep vein thrombosis was analyzed using 95% confidence intervals. RESULTS: Spinal cord trauma was the cause of paraplegia in 29 patients. The most common cause of trauma was gunshot wounding, reported by 17 patients. Deep vein thrombosis was diagnosed by color Doppler ultrasonography in 14 patients in the sample. The most often affected vein was the posterior tibial, in 11 patients. The left lower limb was involved three times more often than the right. Edema was observed in 25 individuals, cyanosis in 14, ulcers in 8 and localized increase in temperature in 13. CONCLUSIONS: Deep vein thrombosis was prevalent, occurring in 46.7% of the patients. .
CONTEXTO: A trombose venosa profunda é uma doença comum em indivíduos imobilizados. A imobilização, inerente aos pacientes paraplégicos, gera a estase venosa, que é um dos fatores descritos da tríade de Virchow para o seu desenvolvimento. O trauma é a principal causa de paraplegia e, atualmente, vem aumentando a uma taxa de 4% ao ano. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de trombose venosa profunda em paraplégicos, em que o trauma foi o agente causal da paraplegia, utilizando como método diagnóstico o eco Doppler colorido. MÉTODOS: Estudo observacional transversal, composto por 30 pacientes paraplégicos por trauma, selecionados segundo uma análise de prontuários do Serviço de Neurocirurgia de um Hospital Universitário de Curitiba e por busca ativa em associações de assistência aos deficientes físicos. A análise da prevalência de trombose venosa profunda foi efetuada pelo intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: O traumatismo raquimedular foi a causa da paraplegia em 29 pacientes. A causa mais frequente do trauma foi o ferimento por arma de fogo, relatado por 17 pacientes. A presença de trombose venosa profunda diagnosticada por eco Doppler colorido foi observada em 14 pacientes da amostra. Dentre estes, a veia mais acometida foi a tibial posterior, em 11 pacientes. O membro inferior esquerdo foi três vezes mais acometido que o direito. O edema foi observado em 25 indivíduos, a cianose em 14, a úlcera em oito e o aumento de temperatura local em 13. CONCLUSÃO: A trombose venosa profunda foi prevalente, ocorrendo em 46,7% dos pacientes. .
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Extremidade Inferior/fisiopatologia , Trombose Venosa/epidemiologia , Trombose Venosa/fisiopatologia , Ecocardiografia Doppler/métodos , Prontuários Médicos , Estudos Observacionais como AssuntoRESUMO
Introdução: Meningite de Mollaret consiste em uma forma de meningite asséptica, sendo considerada uma patologia rara,haja visto a revisão literária mundial apresentar aproximadamente50 casos descritos até o momento. Objetivo: Descrição de caso de meningite asséptica decorrente de lesão expansiva epidermóide. Método: Mulher submetida à ressecção retrossigmoidéiade tumor epidermóide em ângulo ponto-cerebelara direita evoluindo sem déficits no pós-operatório imediato,mas evoluindo, no pós-operatório tardio, com meningismo e deficit de nervos cranianos contralaterais à lesão primária.Exames de propedêutica liquórica evidenciaram meningites em crescimento de microorganismos. Discussão: A cascata inflamatória sistêmica desencadeada por essa patologia pode gerar um estado toxêmico, assemelhando-se clinicamente a meningite bacteriana. O estudo liquórico não evidencia agente causador, a despeito da elevação de polimorfonucleares e a redução da glicorraquia. O risco de desenvolver meningite asséptica pode ser reduzido, evitando-se contaminação do conteúdo cístico no espaço subaracnóide, removendo cuidados amentetodo tecido cístico e administrando corticoterapiano perioperatório. Conclusão: Meningite asséptica é uma patologiarara, sem consenso a respeito de seu manejo, justificando a necessidade de acúmulo de conhecimentos a partir de relatos de casos em todo o mundo.
Introduction: Mollarets aseptic meningitis represents a raredisease of unknown etiology with up to 50 cases described in literature.Aim: To report a case about a patient presenting withrecurrent aseptic meningitis followed by epidermoid tumor resection.Method: Patient submitted to a retrosigmoid approachfor epidermoid tumor resection presented later with repetitiveepisodes of meningism and cranial nerve palsies contralateralto primary lesion. Cerebrospinal fluid analysis suggested asepticmeningitis. Discussion: Systemic inflammatory cascade due tothe respective pathology may produce a toxemic condition similarto bacterial meningitis. Cerebrospinal fluid analysis demonstrateshigh white blood cells counting, low glucose level, andnegative cultures for pathological agent. Aseptic meningitisrisk may be reduced by avoiding cystic fluid contamination intothe subarachnoid space, cystic tissue completely removal, andinitiating corticotherapy during surgery. Due to the severity ofsymptoms and sequels, new studies must be developed in order toreduce recurrence during remission periods. Conclusion: Mollaretmeningitis is considered a rare pathology without treatmentconsensus, justifying the need to develop new studies and amplifyingresearch and knowledge on the pathological process andtreatment of the disease.