RESUMO
OBJECTIVE: To report the institution experience with the surgical treatment of adults with congenital heart disease due to the increasing number of these patients and the need for a better discussion of the subject. METHODS: Retrospective analysis describing demographic data, risk factors and results. RESULTS: 191 patients between 16 and 74 years old were operated on. Primary correction was done in 171 cases, 93 (55%) for atrial septal defect repair. Among 20 (12%) reoperations, pulmonary valve replacement was done in six cases. The mean intensive care and hospital stay were 2.7 and 8.5 days respectively, significantly greater for the reoperated cases (P=0.001). The mean bypass and clamping times were 68.6 and 44.7 minutes respectively, greater for the reoperated cases (P<0.0001 and P=0.0003 respectively). Hospital mortality was 4.2% and male sex, functional class III-IV and older age at operation were predictive risk factors. Significant complications were more frequent in the reoperated cases (P<0.003), mainly atrial flutter and fibrillation. Among 183 patients discharged, 149 (82%) are being followed and atrial flutter and fibrillation are common. The mean functional class value improved significantly after operation (1.66 to 1.11; P<0.0001). The estimated survival was 96.2% in six years. CONCLUSION: Heart surgery in adults with congenital heart disease can be accomplished with low mortality and functional class improvement. Immediate and late complications are frequent. Multicenter studies are important to better characterize this patient population in the country.
Assuntos
Cardiopatias Congênitas/cirurgia , Adolescente , Adulto , Fatores Etários , Idoso , Brasil , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/métodos , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/mortalidade , Métodos Epidemiológicos , Feminino , Cardiopatias Congênitas/mortalidade , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Período Perioperatório , Complicações Pós-Operatórias , Reoperação/estatística & dados numéricos , Fatores de Risco , Fatores Sexuais , Centros de Atenção Terciária , Fatores de Tempo , Resultado do Tratamento , Adulto JovemRESUMO
OBJECTIVE: To report the institution experience with the surgical treatment of adults with congenital heart disease due to the increasing number of these patients and the need for a better discussion of the subject. METHODS: Retrospective analysis describing demographic data, risk factors and results. RESULTS: 191 patients between 16 and 74 years old were operated on. Primary correction was done in 171 cases, 93 (55%) for atrial septal defect repair. Among 20 (12%) reoperations, pulmonary valve replacement was done in six cases. The mean intensive care and hospital stay were 2.7 and 8.5 days respectively, significantly greater for the reoperated cases (P=0.001). The mean bypass and clamping times were 68.6 and 44.7 minutes respectively, greater for the reoperated cases (P<0.0001 and P=0.0003 respectively). Hospital mortality was 4.2% and male sex, functional class III-IV and older age at operation were predictive risk factors. Significant complications were more frequent in the reoperated cases (P<0.003), mainly atrial flutter and fibrillation. Among 183 patients discharged, 149 (82%) are being followed and atrial flutter and fibrillation are common. The mean functional class value improved significantly after operation (1.66 to 1.11; P<0.0001). The estimated survival was 96.2% in six years. CONCLUSION: Heart surgery in adults with congenital heart disease can be accomplished with low mortality and functional class improvement. Immediate and late complications are frequent. Multicenter studies are important to better characterize this patient population in the country.
OBJETIVO: Relatar a experiência da instituição com o tratamento cirúrgico de adultos com cardiopatia congênita devido ao crescente aumento no número desses pacientes e consequentes necessidades de maior discussão do tema. MÉTODOS: Análise retrospectiva dos pacientes operados, com análise de dados demográficos, fatores de risco e resultados. RESULTADOS: Cento e noventa e um pacientes, com idade entre 16 e 74 anos, foram operados. Cirurgia primária foi realizada em 171 pacientes, 93 (55%) com comunicação interatrial. Dentre 20 (12%) reoperações, substituição de valva pulmonar ocorreu em seis casos. Os tempos médios de unidade de terapia intensiva e hospitalar foram 2,7 e 8,5 dias, respectivamente, maiores nas reoperações (P=0,001). Os tempos médios de circulação extracorpórea e pinçamento aórtico foram 68,6 e 44,7 minutos, respectivamente, maiores nas reoperações (P<0,0001 e P=0,0003, respectivamente). Mortalidade hospitalar foi 4,2%, sem relação com reoperação. Sexo masculino, classe funcional III-IV e idade avançada foram fatores preditivos de risco. Complicações importantes foram mais frequentes nas reoperações (P<0,003), principalmente fibrilação e flutter atrial. Entre 183 pacientes com alta hospitalar, 149 (82%) foram seguidos e a fibrilação e flutter atrial foram bastante prevalentes. O valor médio da classe funcional mudou significativamente após a cirurgia (1,66 para 1,11; P<0,0001). A estimativa de sobrevida geral foi de 96,2% em seis anos. CONCLUSÃO: Cirurgia em adultos com cardiopatia congênita pode ser realizada com baixa mortalidade e melhora funcional na maioria dos pacientes. Complicações imediatas e tardias são frequentes. Estudos multicêntricos são importantes para melhor caracterização dessa população de indivíduos no país.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Cardiopatias Congênitas/cirurgia , Fatores Etários , Brasil , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/métodos , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/mortalidade , Métodos Epidemiológicos , Cardiopatias Congênitas/mortalidade , Período Perioperatório , Complicações Pós-Operatórias , Fatores de Risco , Reoperação/estatística & dados numéricos , Fatores Sexuais , Centros de Atenção Terciária , Fatores de Tempo , Resultado do TratamentoRESUMO
A eficácia limitada e os riscos de proarritmia decorrentes da terapia com drogas antiarrítmicas têm conduzido à exploração de procedimentos terapêuticos não-farmacológicos. A utilização de marcapassos na prevenção da fibrilação atrial em pacientes com risco para esta arritmia é um conceito relativamente novo. Estudos retrospectivos demonstram a superioridade da estimulação baseada no átrio em relação à estimulação ventricular no que diz respeito à redução da incidência de fibrilação atrial. A estimulação atrial tem se mostrado capaz de reverter as anormalidades na condução ou na refratariedade que são dependentes da bradicardia e de suprimir as extra-sístoles atriais. A estimulação atrial multisítio (bifocal e biatrial) é um conceito promissor: O mecanismo antiarrítmico não é bem conhecido, mas a resincronização e a redução do retardo da condução sítio-dependentes das extra-sístoles atriais podem ser relevantes. Tipos alternativos de estimulação atrial (septal e fascículo de Bachmann) têm também sido descritos em pacientes com fibrilação atrial paroxística resistentes às drogas antiarrítmicas. Esse artigo discute a relevância clínica da estimulação atrial uni e multi-sítio, assim como os estudos que estão em andamento para a prevenção da fibrilação atrial
Assuntos
Humanos , Estimulação Cardíaca Artificial , Fibrilação Atrial/prevenção & controle , Marca-Passo Artificial , Próteses e ImplantesRESUMO
A estimulação de dupla-câmara (DDD) exerce efeitos benéficos na maioria dos pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica com sintomas refratários ao tratamento clínico e com gradientes na via de saída do ventrículo esquerdo. Contudo, diversos estudos têm mostrado que não existe correlação entre a magnitude da redução dos gradientes e a melhora funcional dos pacientes. Além disso, o implante do marcapasso pode apresentar um efeito placebo nos parâmetros objetivos e subjetivos nesta condição. Estes fatos têm aumentado o entusiasmo em relação ao tratamento com marcapasso e realçado a necessidade de melhor conhecer seus complexos efeitos mecânicos. Os primeiros estudos observacionais e não?controlados sugeriam que a estimulação DDD reduzia de modo expressivo os gradientes da via de saída e os sintomas. Já os ensaios randomizados e controlados mais recentes têm produzido resultados distintos e menos uniformes. Esta revisão apresenta os resultados dos principais estudos. a controvérsia a respeito dos mecanismos pelos quais a estimulação promove benefícios na cardiomiopatia hipertrófica e as perspectivas clínicas para o uso da estimulação DDD