RESUMO
Malignant mesotheliomas are rare types of cancers that affect the mesothelial surfaces, usually the pleura and peritoneum. They are associated with asbestos exposure, but due to a latency period of more than 30 years and difficult diagnosis, most cases are not detected until they reach advanced stages. Treatment options for this tumor type are very limited and survival ranges from 12 to 36 months. This review discusses the molecular physiopathology, current diagnosis, and latest therapeutic options for this disease.
Assuntos
Amianto , Mesotelioma Maligno , Mesotelioma , Neoplasias Pleurais , Amianto/toxicidade , Humanos , Mesotelioma/terapia , Pleura , Neoplasias Pleurais/diagnóstico , Neoplasias Pleurais/terapiaRESUMO
Introdução: O mesotelioma maligno é uma doença rara e agressiva que tem origem no mesotélio e está comumente associada à exposição ao amianto. As opções terapêuticas são limitadas devido ao estágio avançado no qual a maioria dos pacientes é diagnosticado e à má resposta aos tratamentos sistêmicos existentes. Espera-se que a incidência deste tumor aumente na próxima década. Estudos adicionais são necessários para melhor compreensão de sua patogênese e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Material e métodos: Foi realizado levantamento retrospectivo dos dados de pacientes diagnosticados com mesotelioma maligno pleural e peritoneal, tratados no A.C.Camargo Cancer Center desde de 1998 até dezembro de 2018. Os dados demográficos, clínicos e de tratamento foram coletados a partir das informações contidas em prontuário, codificadas e registradas em ficha de coleta específica. Sobrevida global foi calculada pelo método de Kaplan-Meier e comparada entre os subgrupos de interesse pelo teste de log-rank. Para a análise do infiltrado inflamatório foram selecionadas 25 amostras de mesotelioma pleural e 25 de mesotelioma. A avaliação da composição do infiltrado inflamatório foi realizada numa amostra independente de 47 casos incluídos num TMA disponível no acervo do A.C.Camargo Cancer Center, com anticorpos contra CD3, CD8, CD4, CD68, CD163, FOXP3 e CD20. A intensidade do infiltrado e o número de células do infiltrado foram comparados pelo teste Mann-Whitney. Resultados: Identificamos 146 casos de mesotelioma. O mesotelioma pleural foi mais frequente em pacientes do sexo masculino e em pacientes com história prévia de exposição ao amianto. Os pacientes com mesotelioma pleural também apresentaram pior performance status ao diagnóstico e receberam radioterapia mais frequentemente. Já os pacientes com mesotelioma peritoneal apresentavam-se mais frequentemente no estádio IV. O infiltrado inflamatório foi mais intenso no compartimento pleural (estromal) dos mesoteliomas pleurais e observou-se um maior número de células com marcação para CD68 também neste subgrupo. Os pacientes com mesotelioma pleural apresentaram pior sobrevida global. A performance clínica esteve associada à sobrevida global nos tumores de ambas topografias. Os pacientes portadores de mesotelioma pleural que receberam radioterapia apresentaram maior sobrevida global. Conclusão: Os mesoteliomas pleurais e peritoneais estão associados a características clínicas distintas. Observaos uma diferença na intensidade e composição do infiltrado inflamatório nos mesoteliomas pleurais, possivelmente relacionada à infiltração por macrófagos. O mesotelioma peritoneal está associado com melhor sobrevida apesar de um maior número de pacientes ser diagnosticado em estádio avançado. A performance clínica influencia significativamente a sobrevida dos pacientes com mesotelioma (AU)
Introduction: Malignant mesothelioma is a rare and aggressive disease that originates in the mesothelium and is commonly associated with exposure to asbestos. Therapeutic options are limited due to the advanced stage in which most patients are diagnosed and the poor response to existing systemic treatments. The incidence of this tumor is expected to increase in the next decade in Brazil. Additional studies are needed to better understand its pathogenesis and to develop new therapeutic strategies. Material and Methods: We retrospectively collected data from patients diagnosed with malignant pleural and peritoneal mesothelioma, treated at the A. C. Camargo Cancer Center from 1998 to 2018. Demographic, clinical and treatment data were recovered from medical records, coded and recorded in a specific form. Overall survival was calculated using the Kaplan-Meier method and compared between subgroups of interest using the log-rank test. For the analysis of the inflammatory infiltrate, 25 samples of pleural mesothelioma and 25 of mesothelioma were selected. The evaluation of the composition of the inflammatory infiltrate was performed in an independent sample of 47 cases (pleural and peritoneal), included in a TMA available in the Pathology arquive of A. C. Camargo Cancer Center, using antibodies against CD3, CD8, CD4, CD68, CD163, FOXP3 and CD20. The intensity of the infiltrate and the number of cells of the infiltrate were compared using the Mann-Whitney test. Results: We identified 146 cases of malignant mesothelioma. Pleural mesothelioma was more frequent among male patients and patients with a previous history of asbestos exposure. Patients with pleural mesothelioma had also poorer performance status at diagnosis and received radiation therapy more frequently. Patients with peritoneal mesothelioma were more frequently diagnosed in stage IV. Pleural mesotheliomas were associated with a more intesnse inflammatory infiltrate in the pleural (stromal) compartment and a larger number of CD68 positive cells. Patients with pleural mesothelioma had worse overall survival. Clinical performance was associated with overall survival in both topography, and patients with pleural mesothelioma who received radiotherapy had longer overall survival. Conclusion: Pleural and peritoneal mesotheliomas are associated with different clinical characteristics. We observed a difference in the intensity and composition of the inflammatory infiltrate in pleural mesotheliomas, possibly related to macrophage infiltration. Peritoneal mesothelioma is associated with better survival despite the fact that more patients are diagnosed at an advanced stage. Clinical performance significantly influences the survival of patients with mesothelioma.