RESUMO
O advento da infecção pelo HIV tem gerado forte impacto social e, além do aspecto clínico, questões sociais e comportamentais são permanentemente trazidas à discussão. Estas têm influência decisiva sobre a incidência de novos casos e, conseqüentemente, são fundamentais para a definição de medidas de saúde pública. O atendimento oferecido às gestantes soropositivo deve abranger questões como planejamento familiar, prevenção de doenças e mesmo espaço para conversar sobre expectativas e qualidade de vida. Os estudos com mulheres soropositivo deixam claras as carências de informações e de planejamento familiar. A partir da sensibilização e informação dos profissionais de saúde, será possível orientá-las de forma mais precisa, proporcionando melhores condições de cuidado à sua saúde, de seus filhos e parceiros, além de diminuir a incidência de transmissão vertical.
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Feminino , Gravidez , Atitude do Pessoal de Saúde , Promoção da Saúde , Soropositividade para HIV , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , Infecções por HIV/prevenção & controle , Complicações Infecciosas na Gravidez , Comportamento Sexual , Cuidado Pré-NatalRESUMO
Este artigo procurou, a partir de casuística de pacientes HIV positivo, na Maternidade do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, analisar o perfil epidemiológico, hábitos de vida e dados de peso materno e neonatal. Após consulta ao banco de dados da referida Maternidade, verificou-se que 99,9 porcento das gestantes cumpriam dupla jornada de trabalho; a incidência em adolescentes e mulheres com mais de 35 anos foi pequena (3,9 e 11,8 porcento respectivamente); 86,3 porcento vivem em condições sanitárias desejáveis. Também, 61,9 porcento das pacientes cursaram somente o primeiro grau e que os hábitos de tabagismo (33,3 porcento), etilismo (23,5 porcento) e drogas ilícitas (9,5 porcento) eram elevados. O início do pré-natal era tardio em 51 porcento e somente 17 porcento eram primigestas. Finalmente, concluiu-se que o baixo peso ao nascer foi freqüente (21,6 porcento) apesar de ser adequado o ganho de peso materno semanal em mais da metade das pacientes.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Fenômenos Fisiológicos da Nutrição/fisiologia , Recém-Nascido de Baixo Peso , Infecções por HIV/epidemiologia , Bem-Estar Materno , Complicações Infecciosas na Gravidez , Gravidez de Alto Risco , Cuidado Pré-NatalAssuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Diabetes Gestacional , Hipertensão Induzida pela GravidezAssuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Diabetes Gestacional , Hipertensão Induzida pela GravidezRESUMO
OBJETIVO: determinar se a cesariana eletiva na 38ª semana de gestaçäo para pacientes portadoras do vírus HIV, com a finalidade de reduzir a transmissäo vertical, aumenta a morbiletalidade materna. MÉTODOS: foram incluídas 58 pacientes portadoras do vírus submetidas ao protocolo ACTG 076 completo (associaçäo da zidovudina oral no pré-natal com a forma venosa no momento do parto), que foram submetidas a cesariana eletiva na 38ª semana de gravidez. O grupo controle constituiu-se de 226 grávidas näo infectadas (as quatro pacientes submetidas a cesariana eletiva após cada cesariana em paciente portadora do HIV). As variáveis analisadas nos dois grupos foram: atonia uterina, febre puerperal, infecçöes de parede abdominal, infecçöes urinárias, endometrite, perda sangüínea, tempo operatório e tempo de internaçäo. A análise estatística foi feita com o teste do c² (teste de Fisher quando havia caselas com menos de 5 casos). O risco relativo (RR) foi calculado com o programa Epi-Info 6.0. RESULTADOS: os resultados mostram que a cesariana eletiva realizada em pacientes portadoras do HIV, quando comparada com o grupo controle, näo apresentou maior incidência de atonia uterina (p=1,6), de febre puerperal (p=0,6), de infecçöes de parede abdominal (p=0,6), de infecçöes urinárias (p=0,2) e de endometrite (p=0,3). No entanto, houve maior perda sangüínea (risco relativo de 2,2), e maior tempo operatório (risco relativo de 3,3). A paciente portadora do HIV permaneceu menos tempo internada que aquela do grupo controle (risco relativo de 0,3). CONCLUSÄO: conclui-se que näo houve aumento da morbidade materna ao se optar pela cesariana como desfecho da gestaçäo da paciente portadora do vírus HIV
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Humanos , Feminino , Gravidez , Complicações Infecciosas na Gravidez/tratamento farmacológico , Infecções por HIV/transmissão , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , Gravidez de Alto Risco , Zidovudina , Fármacos Anti-HIV , Infecções por HIV/tratamento farmacológico , Mortalidade MaternaRESUMO
O tratamento da gestaçäo ectópica modificou-se profundamente no fim do século passado. A laparotomia que terminava em salpingectomia foi substituída pela laparoscopia e pela administraçäo do metotrexato, com a finalidade de preservar a fertilidade da paciente e diminuir custos de internaçäo e material. A administraçäo do metotrexato deve obedecer a um protocolo rígido na indicaçäo precisa, doses e acompanhamentos clínico e laboratorial. Os critérios de seleçäo säo: estabilidade, hemodinâmica, saco gestacional de < 4cm, atividade cardíaca fetal negativa e integridade da trompa
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Humanos , Feminino , Gravidez , Gravidez Ectópica/terapia , Laparoscopia , Diagnóstico Diferencial , MetotrexatoRESUMO
A prematuridade e o baixo peso no momento do nascimento acompanham a rotina de obstetras e neonatologistas, e sao fatores determinantes de morbidade e mortalidade neonatais. A dificuldade no seu controle esta na multicausalidade inerente ao quadro. Os processos infecciosos maternos ocupam lugar de destaque, sendo responsabilizados pelo maior contingente de casos, mas ainda nao existe consenso quanto ao impacto das diferentes infeccoes maternas na prematuridade. A literatura obstetrica e farta em citar as infeccoes genito-urinarias, mas esta revisao demonstrou nao so que a infeccao periodontal e um fator marcante para prematuridade, como que a mesma pode responder por um percentual significativo de...
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Humanos , Feminino , Gravidez , Complicações Infecciosas na Gravidez/diagnóstico , Periodontite/complicações , Fatores de Risco , Comorbidade , Gengivite/etiologia , Recém-Nascido de Baixo Peso , Recém-Nascido Prematuro , Abscesso Periodontal/etiologiaRESUMO
Objetivo: este trabalho, utilizando verapamil, um bloqueador dos canais lentos de cálcio, constituiu ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebo controlado, e objetivou procurar variação do fluxo uteroplacentário e fetoplacentário durante uso oral crônico do fármaco em gestantes com hipertensão crônica leve para moderada. Métodos: 123 pacientes divididas em dois grupos: grupo estudo (n = 61), submetidas a 240 mg/dia de verapamil, e grupo controle (n = 62), submetidas ao placebo. As pacientes randomizadas em grupos de quatro utilizaram a medicação ou placebo durante trinta dias. Um exame do fluxo das artérias uterinas e da artéria umbilical pela dopplervelocimetria foi registrado. Pelo cálculo da média e desvio padrão, foram comparados os valores dos índices de resistência (IR) e pulsatilidade (IP) e da relação sístole/diástole (A/B) das artérias em estudo após administração dos comprimidos. Resultados: o grupo verapamil apresentou os seguintes valores médios para as artérias uterinas: IR = 0,82 (0,28), IP de 1,06 (0,12) e A/B de 2,42 (0,51). O grupo placebo mostrou: IR de 0,75 (0,35), IP de 1,00 (0,18) e A/B de 2,30 (0,38). Quando analisada a artéria umbilical, os valores foram para o grupo verapamil: IR = 0,73 (0,12), IP = 1,04 (0,13) e A/B = 2,94 (0,32). No grupo placebo, IR = 0,70 (0,14), IP = 1,03 (0,07) e A/B = 3,02 (0,78). A análise estatística das diferenças das médias por meio da razão F mostrou não haver diferença entre os dois grupos avaliados. Conclusão: este trabalho referenda o uso do verapamil entre gestantes com hipertensão crônica (leve para moderada), pois não oferece prejuízos no fluxo uteroplacentário e fetoplacentário.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Hipertensão/terapia , Verapamil , Fluxometria por Laser-DopplerRESUMO
Aos autores pretendem melhorar a sensibilidade do teste de rolamento idealizado por Gant e cols. e da pressäo arterial média avaliada no 2§ trimestre. Estes dois testes, quando realizados isoladamente, têm alta especificidade, mas baixa sensibilidade. A associaçäo durante o 2§ trimestre parece melhorar sua performance. Para isto seräo utilizadas gestantes de menos de 25 anos, primigestas, sem antecedentes hipertensivos, sem intercorrências, clínico-obstétricas e que näo se utilizem de drogas que interfiram na pressäo arterial. Os dados obtidos seräo cruzados com o aparecimento ou näo da hipertensäo arterial (pré-eclampsia ou hipertensäo transitória). Para a análise da dependência dos resultados será usado o Qui-quadrado, e se significativo, calculadas a eficácia, sensibilidade, especificidade, taxa de falso-positivo e taxa de falso-negativo. Quando necessário, para a análise de diferênça entre os respectivos índices, será aplicado o teste t de Student
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Humanos , Feminino , Gravidez , Pressão Arterial , Distribuição de Qui-Quadrado , Pré-Eclâmpsia/diagnóstico , Valor Preditivo dos Testes , Diagnóstico Pré-NatalRESUMO
Os autores apresentaram uma analise critica da casuistica do Setor de Hipertensao da Disciplina de Obstetricia da Universidade do Rio de Janeiro, apos 5 anos de acompanhamento de 438 gestantes hipertensas, correspondendo a uma incidencia de 10,95 por cento de todos os partos acontecidos no servico neste periodo. Comentam a baixa taxa de mortalidade materna, e a dificuldade de fazer cair as taxas perinatais, alem de admitir que a gestante hipertensa cronica e o maior contingente do estudo. Enfatizam a importancia da historia familiar e propria da gestante sob o ponto de vista da hipertensao, e chamam a atencao para os sinais e sintomas, os exames fetais e maternos que estao mais relacionados com o agravamento de uma sindrome hipertensiva
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Humanos , Feminino , Eclampsia/diagnóstico , Hipertensão/diagnóstico , Complicações Cardiovasculares na Gravidez , Ácido Úrico/análise , Diagnóstico Diferencial , Mortalidade Infantil , Sinais e SintomasRESUMO
Os autores estudaram qual a melhor posiçao para a aferiçao da pressao arterial em gestantes. A pressao arterial média, em 156 gestantes, foi registrada em decúbito lateral esquerdo, em decúbito dorsal e sentada, após a observaçao de condiçoes emocionais e físicas desejáveis. A análise estatística mostrou que, em qualquer fase da gravidez, a média entre as aferiçoes nas diversas posiçoes nao apresentava diferença significativa entre as gestantes hipertensas. Quando analisadas as normotensas, a posiçao sentada mostrou-se significativamente mais alta que em decúbito lateral, nao representando importância clínica. A utilizaçao da posiçao sentada permite uma maior agilidade da consulta pré-natal, muito adequada para o atendimento diário de nossos Serviços de Saúde.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Pressão Arterial , Postura , Hipertensão , Segundo Trimestre da Gravidez , Terceiro Trimestre da GravidezRESUMO
O artigo comunica estudo de corte, tipo caso/controle, prospectivo, duplo-cego, placebo controlado, que analisa a açåo de um bloqueador dos canais de cálcio (verapamil) em gestantes hipertensas crônicas de características leve e moderada. Através da dopplerfluxometria realizada antes e depois da introduçåo do hipotensor (intervalo de 30 dias), será avaliada umA possível modificaçåo nos fluxos útero e fetoplacentário. O trabalho baseia-se na hipótese de que o efeito anti-hipertensivo seria acompanhado de melhor fluxo uterino e fetal, melhorando assim o prognóstico materno e perinatal. Para justificar o estudo, apresenta referencial teórico sobre a utilizaçåo da dopplerfluxometria, do verapamil e porque a abordagem em gestantes hipertensas crônicas nåo graves