RESUMO
Objetivo: analisar a influência da distribuição dos implantes nas microdeformações da mandíbula, no carregamento da infraestrutura da prótese total parafusada. Material e métodos: foram utilizados seis modelos de mandíbulas confeccionados em poliuretano, distribuídos em três grupos com dois modelos cada, nos quais foram instalados cinco implantes (protocolo de Brånemark) utilizando três configurações distintas. Grupo I: os implantes foram instalados com espaçamentos equidistantes de 9 mm entre eles. Grupo II: implantes intermediários foram instalados a 8 mm do implante mais distal. Grupo III: implantes intermediários foram instalados a 8 mm do implante mais anterior. Extensômetros (strain gauges) foram fixados nas áreas adjacentes aos implantes, para determinar as microdeformações ocorridas após o carregamento, e seis barras de Ni-Cr, que foram parafusadas nos implantes, foram confeccionadas. Uma força de 200 N foi aplicada em três pontos da barra: parte anterior, cantiléver direito e cantiléver esquerdo. As microdeformações apresentadas sob a forma de gráficos foram tabuladas e levadas a teste estatístico. Resultados: as maiores microdeformações ocorreram quando foram carregadas as extremidades (direita ou esquerda) da barra, e que não houve diferença significativa de microdeformações entre as três configurações estudadas. Conclusão: a distribuição de carga numa prótese total fixa parafusada sobre implantes ainda é complexa e deveria ser estudada em modelos clínicos correspondentes.
Objective: to analyze the influence of implant distribution on mandibular microdeformation upon loading of an infrastructure fabricated for a complete fixed, screw-retained, implant-supported dental prosthesis. Material and methods: six polyurethane mandibular models were made and distributed into three groups (n=2). Each model received five dental implants. Three distinct configurations were used; Group I: all implants were positioned 9 mm apart each other; Group II: the most central implants were placed 8 mm from the most distal implant. Group III: the most central implants were placed 8 mm from the most anterior implant. Strain gauges were affixed at implant adjacent areas to determine the microstrain values after loading. Six cast and laser-welded Ni-Cr infrastructures were fabricated and fastened to the dental implants with a 10 Ncm torque. A 200 N load was applied at three predetermined points: anterior portion, and at the right and left cantilevers. The Kruskal-Wallis test was used to compare microstrain values among groups. Results: 1) Forces applied at the cantilever induced microstrain around all dental implants, 2) The greatest deformations were observed at the right and left extremities and 3) With forces in the anterior portion, great deformation values were observed at the bone adjacent to the most posterior implants. However, no differences were seen for microstrain values among groups. Conclusions: load distribution for complete fixed, screw-retained, implantsupported prosthesis is still a complex factor and must be investigated in correspondent clinical models.