RESUMO
BACKGROUND: Several studies have been published on the effect of bone-marrow stem cells on the left ventricle when acting on post- acute myocardial infarction remodeling. However, the results have been controversial. OBJECTIVE: To carry out an echocardiographic analysis of the systolic function of patients with acute myocardial infarction after autologous mononuclear bone marrow cell transplantation (AMBMCT) as performed via the intracoronary and intravenous routes. METHODS: This is an open-label, prospective, randomized study. INCLUSION CRITERIA: patients admitted for ST-elevation acute myocardial infarction (MI) who had undergone mechanical or chemical reperfusion within 24 hours of the onset of symptoms and whose echocardiogram showed decreased segmental wall motion and fixed perfusion defect related to the culprit artery. Autologous bone marrow was aspirated from the posterior iliac crest under sedation and analgesia of the patients randomly assigned for the treatment group. After laboratory manipulation, intracoronary or intravenous injection of 100 x 106 mononuclear cells was performed. Echocardiography (Vivid 7) was used to assess ventricular function before and three and six months after cell infusion. RESULTS: A total of 30 patients were included, 14 in the arterial group (AG), 10 in the venous group (VG), and six in the control group (CG). No statistical difference was found between the groups for the echocardiographic parameters studied. CONCLUSION: Autologous mononuclear bone marrow cell transplantation did not improve the echocardiographic parameters of systolic function.
Assuntos
Transplante de Medula Óssea/efeitos adversos , Monócitos/transplante , Infarto do Miocárdio/cirurgia , Disfunção Ventricular Esquerda/fisiopatologia , Transplante de Medula Óssea/métodos , Métodos Epidemiológicos , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Sístole/fisiologia , Transplante Autólogo , Resultado do Tratamento , Ultrassonografia , Disfunção Ventricular Esquerda/diagnóstico por imagemRESUMO
FUNDAMENTO: Diversos estudos foram publicados sobre a ação de células tronco da medula óssea no ventrículo esquerdo, ao atuarem no remodelamento pós-infarto agudo do miocárdio. Os resultados, no entanto, têm se mostrado controversos. OBJETIVO: Avaliar através do ecocardiograma a função sistólica de pacientes com infarto agudo do miocárdio após o Transplante Autólogo de Células Mononucleares da Medula Óssea (TACMMO) através de duas vias injeção: intracoronariana e intravenosa. MÉTODOS: Estudo aberto, prospectivo, randomizado. Foram incluídos pacientes admitidos por infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST e submetidos à reperfusão mecânica ou química, dentro de 24 horas após o início dos sintomas, que apresentavam ao ecocardiograma redução da contratilidade segmentar e defeito fixo da perfusão relacionada à artéria culpada pelo IAM. A medula óssea autóloga foi aspirada da crista ilíaca posterior sob sedação e analgesia, nos pacientes randomizados para o grupo tratado. Após manipulação laboratorial, 100 milhões de células mononucleares foram injetadas por via intracoronariana ou intravenosa. Utilizamos o ecocardiograma (Vivid 7) para avaliar a função ventricular antes e após três e seis meses da infusão de células. RESULTADOS: Foram incluídos trinta pacientes, 14 no grupo arterial (GA), dez no grupo venoso (GV) e seis no grupo controle (GC). Não houve diferença estatística dos parâmetros ecocardiográficos estudados entre os grupos. CONCLUSÃO: O transplante autólogo de células mononucleares da medula óssea não demonstrou melhora dos parâmetros ecocardiográficos da função sistólica.
BACKGROUND: Several studies have been published on the effect of bone-marrow stem cells on the left ventricle when acting on post- acute myocardial infarction remodeling. However, the results have been controversial. OBJECTIVE: To carry out an echocardiographic analysis of the systolic function of patients with acute myocardial infarction after autologous mononuclear bone marrow cell transplantation (AMBMCT) as performed via the intracoronary and intravenous routes. METHODS: This is an open-label, prospective, randomized study. Inclusion criteria: patients admitted for ST-elevation acute myocardial infarction (MI) who had undergone mechanical or chemical reperfusion within 24 hours of the onset of symptoms and whose echocardiogram showed decreased segmental wall motion and fixed perfusion defect related to the culprit artery. Autologous bone marrow was aspirated from the posterior iliac crest under sedation and analgesia of the patients randomly assigned for the treatment group. After laboratory manipulation, intracoronary or intravenous injection of 100 x 106 mononuclear cells was performed. Echocardiography (Vivid 7) was used to assess ventricular function before and three and six months after cell infusion. RESULTS: A total of 30 patients were included, 14 in the arterial group (AG), 10 in the venous group (VG), and six in the control group (CG). No statistical difference was found between the groups for the echocardiographic parameters studied. CONCLUSION: Autologous mononuclear bone marrow cell transplantation did not improve the echocardiographic parameters of systolic function.
Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Transplante de Medula Óssea/efeitos adversos , Monócitos/transplante , Infarto do Miocárdio/cirurgia , Disfunção Ventricular Esquerda/fisiopatologia , Transplante de Medula Óssea/métodos , Métodos Epidemiológicos , Sístole/fisiologia , Transplante Autólogo , Resultado do Tratamento , Disfunção Ventricular EsquerdaRESUMO
O implante de células para o tratamento de doenças cardiovasculares encontra-se sob investigação em vários centros no mundo. Várias linhagens celulares, de células-tronco bem caracterizadas a frações contendo diferentes tipos de células, têm sido investigadas em modelos animais. Apesar dos avanços obtidos na última década, na área de ciência básica, com relação a esta nova modalidade terapêutica, diversas questões permanecem sem resposta. Pouco ainda se sabe sobre os mecanismos através dos quais a terapia celular possa gerar resultados efetivos. Adicionalmente, a melhor via para o transplante, o número total e a concentração de células, e o melhor tipo celular permanecem questões importantes, ainda sem definição. É fato de que diversas células da medula óssea exercem seus efeitos através de mecanismos parácrinos e de que existe um complexo mecanismo de interação, contato e liberação de sinais entre essas células e as outras populações celulares nos órgãos lesados. Atualmente, a maioria dos estudos em humanos se concentra em células de origem adulta e autóloga, em oposição ao uso de células de origem embrionária. Esta revisão analisa os principais ensaios clínicos que utilizaram células derivadas de medula óssea em quatro cardiopatias: doença arterial coronariana aguda e crônica, e nas cardiomiopatias chagásica e dilatada. Os resultados desses estudos demonstram que o procedimento é seguro e exequível, e potencialmente eficaz. Inquestionavelmente, mais estudos pré-clínicos e clínicos são necessários para acessar o real potencial benefício desse novo modelo terapêutico.
Cell transplantation for the treatment of cardiovascular diseases is being investigated in many centers throughout the world. Various cell lines, from well characterized stem cells to cell fractions containing different types of cells, have been investigated in animal models. Despite progress in the basic research of this new therapy obtained over the last decade, many questions remain unanswered. We still know very little about the mechanisms of action that may lead to positive results after cell therapy. Additionally, the best route for cell transplantation, the best number and concentration of cells and the best cell type for transplant remain important questions that are still undefined. It is a fact that many bone marrow cells exert their effects through paracrine mechanisms, and that a complex mechanism of interaction, contact and signal release exists between these cells and other cell populations in damaged organs. Currently the majority of human studies are focused on the use of adult and autologous cells in contrast to the use of embryonic cells. This review describes the main clinical trials that have been performed using bone marrow-derived cells in the setting of four distinct heart diseases: acute and chronic ischemic heart disease and chagasic and dilated cardiomyopathies. Results from these studies demonstrate the procedure to be safe and feasible, and potentially efficacious. Undoubtedly more pre-clinical and clinical studies are necessary to assess the real potential benefit of this new therapeutic model.