RESUMO
Introdução: O atendimento fonoaudiológico em grupo teve início na década de 80 e seu interesse foi ampliado a partir da entrada da Fonoaudiologia na saúde pública. Prática privilegiada por permitir o acompanhamento de um número maior de pessoas em menor tempo, o atendimento em grupo merece ser mais bem conhecido e discutido. Objetivo: Caracterizar o atendimento fonoaudiológico em grupo com crianças. Método: Revisão Integrativa da literatura, visando responder a três questões: Qual a justificativa para a indicação do atendimento em grupo? Quais critérios definem a formação dos grupos? Qual modelo teórico oferece sustentação ao atendimento em grupo? A busca foi realizada no portal de periódico CAPES (Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) e BDTD (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações). Resultados:Foram encontrados 437 trabalhos sobre o tema e, após eliminação daqueles que não correspondiam aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionadas 11 publicações. Para a indicação do atendimento em grupo, os autores utilizam o critério de similaridade de diagnóstico médico, idade, queixa e avaliação fonoaudiológica. Não há um critério objetivo de qual deva ser a condição da criança para que ela integre o atendimento em grupo, e sua inserção pode depender da avaliação do profissional responsável e de sua afinidade com o assunto. A maioria dos trabalhos analisados adota a vertente sociointeracionista para apoiar e defender a eficácia do atendimento em grupo. Conclusão: No período estudado, houve um decréscimo do interesse por estudos sobre o atendimento em grupo e mais estudos são necessários para que os critérios de indicação e formação dos grupos sejam formalizados, discutidos e compartilhados, e que sua articulação obrigatória ao modelo teórico utilizado seja esclarecida.
Introduction: Group speech-language pathology treatment began in the 1980s and generated greater demand after the introduction of SpeechLanguage Pathology in public health. As a privileged approach for allowing the follow-up of a greater number of people in less time, group care should be better known and discussed. Objective: To characterize group speech-language pathology treatment with children. Method: Integrative literature review, aiming to answer three questions: What is the rationale for recommending group care? What criteria define the formation of groups? And which theoretical model supports group care? The search was carried out on the CAPES Portal (Portal of Journals of the Coordination of Improvement of Higher Education Personnel), VHL (Virtual Health Library) and BDTD (Digital Library of Theses and Dissertations). Results: 437 studies were found on the subject and, after eliminating those that did not meet the inclusion and exclusion criteria, 11 publications were selected. The authors use the criterion of similarity of medical diagnosis, age, complaint and speech-language pathology assessment for the recommendation of group care. No objective reference was found on which condition of the child would be part of the group care and, therefore, the child's participation could depend on the evaluation of the professional and their knowledge of the topic. Most of the studies analyzed adopt the social-interactionist approach to support and defend the effectiveness of group care. Conclusion: In the period studied, there was a decrease in the number of studies on group care and more studies are necessary for the criteria for the recommendation and formation of the groups to be formalized, discussed and shared. In addition, its mandatory articulation to the theoretical model used must be clarified.
Introducción La terapia del habla grupal comenzó en la década de 1980 y su interés se amplió a partir de la entrada de la terapia del habla en la salud pública. Práctica privilegiada porque permite el seguimiento de un mayor número de personas en un menor tiempo, la atención grupal merece ser mejor conocida y discutida. Objetivo: Caracterizar la logopedia en grupos con niños. Método: Revisión integradora de la literatura, con el objetivo de responder a tres preguntas: Cuál es la justificación de la indicación de la atención grupal? Qué criterios definen la formación de grupos? Qué modelo teórico apoya la atención grupal? La búsqueda se realizó en el portal de la revista capes (Portal de la Revista de la Coordinación para el Perfeccionamiento del Personal de Educación Superior), BVS (Biblioteca Virtual en Salud) y BDTD (Biblioteca Digital de Tesis y Disertaciones. Resultados: Se encontraron 437 estudios sobre el tema y, tras la eliminación de aquellos que no cumplían com los criterios de inclusión y exclusión, se seleccionaron 11 publicaciones. Para la indicación de la atención grupal, los autores utilizan el criterio de similitud del diagnóstico médico, la edad, la queja y la evaluación de la patología del habla y el lenguaje. No existe un criterio objetivo de cuál debe ser la condición del niño para que el niño integre la atención grupal, y su inserción puede depender de la evaluación del profesional responsable y su afinidad con el sujeto. La mayoría de los estudios analizados adoptan el aspecto socio-interaccionista para apoyar y defender la efectividad de la atención grupal. Conclusión: En el período estudiado, hubo una disminución en el interés por los estudios sobre la atención grupal y son necesarios más estudios para que los criterios de indicación y formación de los grupos sean formalizados, discutidos y compartidos, y que se aclare su articulación obligatoria al modelo teórico utilizado.