RESUMO
OBJECTIVE: To assess HIV testing rate and determine risk factors for not have been tested during pregnancy. METHODS: A cross-sectional study was carried out in Porto Alegre, Southern Brazil, from December 2000 to February 2001. Socioeconomic, maternal and healthcare variables were obtained by means of a standardized questionnaire. Crude and adjusted odds ratios and their 95% confidence intervals were obtained in logistic regression models. RESULTS: A total of 1,642 mothers were interviewed. Of them, 94.3% reported being offered HIV testing before or during pregnancy or during labor; 89 mothers (5.4%) were not tested or did not know if they were tested. Attending fewer than six prenatal visits, being single and younger than 18 years old were relevant barriers preventing HIV testing. There was found a relationship between maternal schooling and the category of prenatal care provider. Having low 22.20 (12.43-39.67) or high 3.38 (1.86-7.68). schooling and being cared in the private sector strongly reduced the likelihood of being HIV tested. CONCLUSIONS: The Brazilian Health Ministry's recommendation for universal counseling and HIV testing has been successfully implemented in the public sector. In order to improve HIV testing coverage, new strategies need to target women cared in the private sector especially those of low schooling.
Assuntos
Sorodiagnóstico da AIDS/estatística & dados numéricos , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Complicações Infecciosas na Gravidez/diagnóstico , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Adolescente , Adulto , Brasil , Métodos Epidemiológicos , Feminino , Infecções por HIV/diagnóstico , Humanos , Gravidez , Fatores SocioeconômicosRESUMO
OBJETIVO: Avaliar o padrão de realização do teste para a detecção do HIV e os fatores de risco para a sua não realização durante a gestação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado em Porto Alegre, de dezembro de 2000 a fevereiro de 2001. Foram obtidas de puérperas variáveis biológicas, demográficas e sociais por meio de questionário padronizado. Foi elaborado modelo de regressão logística para determinar os fatores risco para não ser testada para a detecção do HIV. RESULTADOS: Foram entrevistadas 1.642 mães. Destas, 94,3 por cento informaram testadas para o HIV. Oitenta e nove (5,4 por cento) não foram testadas para HIV ou não sabiam se haviam feito o teste. Realizar menos do que seis consultas pré-natais, ausência de companheiro e idade inferior a 18 anos foram fatores de risco para não realização do teste. Houve interação entre escolaridade materna e categoria do atendimento pré-natal. Baixa escolaridade 22,20 (12,43-39,67) e alta escolaridade 3,38 (1,86-7,68) com acompanhamento pré-natal no setor privado foram condições preponderantes para não realização do teste de detecção do HIV. CONCLUSÕES: A testagem universal para a detecção do HIV durante o pré-natal no setor público foi implementada com sucesso pelo Ministério da Saúde. Contudo, novas intervenções e estratégias necessitam ser direcionadas objetivando ampliar o acesso ao diagnóstico da infecção por HIV no setor privado.
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Feminino , Gravidez , Humanos , Anticorpos Anti-HIV , Cuidado Pré-Natal , Gravidez , Infecções por HIV/diagnósticoRESUMO
OBJECTIVE: Voluntary HIV counseling and testing are provided to all Brazilian pregnant women with the purpose of reducing mother-to-child HIV transmission. The purpose of the study was to assess characteristics of HIV testing and identify factors associated with HIV counseling and testing. METHODS: A cross-sectional study was carried out comprising 1,658 mothers living in Porto Alegre, Brazil. Biological, reproductive and social variables were obtained from mothers by means of a standardized questionnaire. Being counseling about HIV testing was the dependent variable. Confidence intervals, chi-square test and hierarchical logistic model were used to determine the association between counseling and maternal variables. RESULTS: Of 1,658 mothers interviewed, 1,603 or 96.7% (95% CI: 95.7-97.5) underwent HIV testing, and 51 or 3.1% (95% CI: 2.3-4.0) were not tested. Four (0.2%) refused to undergo testing after counseling. Of 51 women not tested in this study, 30 had undergone the testing previously. Of 1,603 women tested, 630 or 39.3% (95% CI: 36.9-41.7) received counseling, 947 or 59.2% (95% CI: 56.6-61.5) did not, and 26 (1.6%) did not inform. Low income, lack of prenatal care, late beginning of prenatal care, use of rapid testing, and receiving prenatal in the public sector were variables independently associated with a lower probability of getting counseling about HIV testing. CONCLUSIONS: The study findings confirmed the high rate of prenatal HIV testing in Porto Alegre. However, women coming from less privileged social groups were less likely to receive information and benefit from counseling.
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Aconselhamento , Infecções por HIV/diagnóstico , Complicações Infecciosas na Gravidez/diagnóstico , Cuidado Pré-Natal , Adolescente , Adulto , Brasil , Estudos Transversais , Feminino , Infecções por HIV/transmissão , Humanos , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas/prevenção & controle , Gravidez , Complicações Infecciosas na Gravidez/virologia , Diagnóstico Pré-Natal , Programas VoluntáriosRESUMO
OBJECTIVE: Voluntary HIV counseling and testing are provided to all Brazilian pregnant women with the purpose of reducing mother-to-child HIV transmission. The purpose of the study was to assess characteristics of HIV testing and identify factors associated with HIV counseling and testing. METHODS: A cross-sectional study was carried out comprising 1,658 mothers living in Porto Alegre, Brazil. Biological, reproductive and social variables were obtained from mothers by means of a standardized questionnaire. Being counseling about HIV testing was the dependent variable. Confidence intervals, chi-square test and hierarchical logistic model were used to determine the association between counseling and maternal variables. RESULTS: Of 1,658 mothers interviewed, 1,603 or 96.7 percent (95 percent CI: 95.7-97.5) underwent HIV testing, and 51 or 3.1 percent (95 percent CI: 2.3-4.0) were not tested. Four (0.2 percent) refused to undergo testing after counseling. Of 51 women not tested in this study, 30 had undergone the testing previously. Of 1,603 women tested, 630 or 39.3 percent (95 percent CI: 36.9-41.7) received counseling, 947 or 59.2 percent (95 percent CI: 56.6-61.5) did not, and 26 (1.6 percent) did not inform. Low income, lack of prenatal care, late beginning of prenatal care, use of rapid testing, and receiving prenatal in the public sector were variables independently associated with a lower probability of getting counseling about HIV testing. CONCLUSIONS: The study findings confirmed the high rate of prenatal HIV testing in Porto Alegre. However, women coming from less privileged social groups were less likely to receive information and benefit from counseling.
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Recém-Nascido Prematuro , Taxa de Fecundidade , Cuidado Pré-Natal , Gravidez na Adolescência , Recém-Nascido de Baixo Peso , Fumar , Mortalidade Infantil , Fatores de Risco , Comportamento do Adolescente , Parto , Fatores Socioeconômicos , Qualidade da Assistência à Saúde , Serviços de Saúde MaternaRESUMO
OBJETIVO: Informações de bancos de dados municipais podem ser usadas para o planejamento de investigações que visem reduzir as desigualdades no cuidado à saúde. O objetivo do estudo foi determinar a distribuição da mortalidade infantil, segundo uma classificação geoeconômica urbana, usando dados coletados rotineiramente em nível municipal. MÉTODOS: Todos os nascidos vivos (42.381 crianças) e todos os óbitos de menores de um ano de idade (731 casos), ocorridos no período entre 1994 e 1998 em Ribeirão Preto, SP, foram considerados para este estudo. Quatro diferentes áreas geoeconômicas foram definidas de acordo com a renda do chefe de família em cada zona administrativa urbana. RESULTADOS: As taxas de mortalidade infantil e de seus componentes neonatal e pós-neonatal, entre 1994 e 1998, apresentaram queda em Ribeirão Preto (c2 para tendência, p<0,05). Essas taxas relacionaram-se inversamente à distribuição de baixos salários (menor do que cinco salários-mínimos por chefe de família) nas diversas regiões urbanas (c2 para tendência, p<0,05). A área mais pobre da cidade apresentou contínuo acréscimo de excesso de mortalidade infantil nesse período. CONCLUSÕES: Os resultados demonstram que as áreas pobres da cidade de Ribeirão Preto apresentam taxas de mortalidade infantil mais elevadas quando comparadas com áreas mais privilegiadas. O nível de desigualdade social urbana, representado pela distribuição do salário do chefe de família, apontou piora contínua da saúde das crianças residentes na área pobre da cidade em detrimento às outras áreas. O monitoramento das desigualdades em saúde, por meio de dados de sistemas municipais de informação, pode ser progressivamente útil, dada a contínua descentralização do erenciamento da saúde para o nível municipal no Brasil
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Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Criança , Masculino , Feminino , Mortalidade Infantil , Mortalidade Infantil , Renda , Áreas de Pobreza , Características de Residência , Fatores Socioeconômicos , Sistemas de InformaçãoRESUMO
The aim of this study was to compare plasma concentrations of vitamin A in 710 women after delivery, with a simplified Food Frequency Questionnaire (FFQ). Vitamin A was determined in plasma, by HPLC. The FFQ included 55 foods, and was based on the typical diet of the low socioeconomic families in the Southeast of Brazil. For calculation purposes, first were identified all potential sources of retinol and carotenoids; the portion sizes being assigned to each food item on the basis of a previous study in the same area. Daily, weekly and monthly frequencies of consumption of foods with high, moderate and low concentrations of vitamin A were grouped according to the IVACG recommendations (1) in usual pattern of food consumption (UPF) scores. Pregnant women were allocated by these scores in 3 different categories (high, moderate and low) according to their risk of developing vitamin A deficiency. The categories of risk were based on the safe level of vitamin A intake of 800 RE/day (5600 RE/week) (7) and the basal requirement of 370 RE/day for pregnant women (8). 1.3 of the women had plasma concentrations of vitamin A < or = 0.70 mumol/l, 10.2 between 0.71-1.05 mumol/l and 88.5 > 1.05 mumol/l. According to the score categories, 49.5 of the women were at low risk for vitamin A deficiency, and 50.5 were at moderate risk. There was a weak statistically significant correlation between the plasma concentrations of vitamin A and the score categories (r = 0.11; p = 0.005). Our results indicate that the FFQ does not provide a very precise information on vitamin A status, probably because of the day to day variation in vitamin A intake, and the insensitivity of plasma concentrations to consumption of vitamin A. However, by using a simple score based on the FFQ, we were able to predict that the majority of the mothers were not at high risk for vitamin A deficiency.
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Humanos , Feminino , Comportamento Alimentar , Estado Nutricional , Inquéritos e Questionários , Vitamina A , Biomarcadores/sangue , Gravidez , Fatores de Risco , Fatores SocioeconômicosRESUMO
Objetivos: Comparar os níveis de vitamina A nos sangues materno e do cordäo umbilical de 356 mäes que geraram bebês com retardo de crescimento intra-uterino (RCIU) e 356 mäes que geraram bebês adequados para a idade gestacional (AIG), identificar a possível associaçäo entre os níveis de vitamina A e o RCIU e a correlaçäo entre os níveis de vitamina A nos sangues materno e do cordäo. Materiais e Métodos: As mäes incluídas no estudo foram recrutadas de 4 hospitais de Campinas, SP, onde em média 1350 bebês nascem ao mês. Os recém-nascidos foram classificados como tendo RCIU de acordo com a classificaçäo de Lubchenco e a gestacional foi avaliada pelo método de Capurro. A concentraçäo plasmática de vitamina A foi determinada pelo método de "high performance liquid chromatography" (HPLC)...