RESUMO
Num estudo aberto, näo comparativo, foram avaliados 10 doentes portadores de hipertensäo arterial primária, tratados com uma associaçäo de metipranolol e butizida, através de uma monitorizaçäo ambulatorial da pressäo arterial. Após 1 mês com placebo, os indivíduos receberam a associaçäo em estudo durante 4 semanas. Os resultados mostraram que tanto a medida casual como a medida pela monitorizaçäo ambulatorial de 24 horas, e mesmo as médias dos períodos dia e noite foram significativamente menores que no período sem drogas ou com placebo. Da mesma forma, a variabilidade os níveis tensionais diminuiu significativamente após o início do tratamento. A tolerabilidade foi muito boa, com ausência de efeitos colaterais importantes. Concluiu-se que a associaçäo em estudo é um eficaz anti-hipertensivo durante o período de 24 horas, näo alterando o ritmo fisiológico circadiano da pressäo arterial
Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Masculino , Feminino , Antagonistas Adrenérgicos beta/farmacologia , Hipertensão/tratamento farmacológico , Hidroclorotiazida/farmacologia , Monitorização Fisiológica , Pressão Arterial , Antagonistas Adrenérgicos beta/uso terapêutico , Combinação de Medicamentos , Hidroclorotiazida/uso terapêuticoRESUMO
Estudar a eficácia anti-hipertensiva da nitrendipina por 24 horas. Vinte indivíduos com hipertensäo arterial primária leve a moderada. O estudo foi do tipo duplo-cego, com 90 dias de duraçäo. Após 15 dias sem drogas, os pacientes forma divididos aleatoriamente em dois grupos: 1) uso de nitrendipina 20 mg por 30 dias; 2) uso de placebo por 30 dias. Após outros 15 dias de "wash out", os grupos foram cruzados. A pressäo arterial foi avaliada por monitorizaçäo ambulatorial de 24 horas. A pressäo arterial sistólica média das 24 horas, da fase com nitrendipina foi significativamente (p > 0,0001) menor (127,7 ñ 8 mmHg) do que a com placebo (139,2 ñ 8 mmHg) do que a com placebo (139,2 ñ 8 mm Hg); a pressäo arterial diastólica média de 24 horas foi significativamente (p < 0,0001) menor com nitrenpidina (84,6 ñ 4 mmHg) do que com placebo (90,7 ñ 5 mmHg). As demais médias de 24 horas näo diferiram significativamente entre si. A nitrendipina mostrou-se anti-hipertensivo seguro e eficaz durante as 24 horas. A droga reduz as cifras tensionais mantendo o ritmo circadiano da pressäo arterial sem produzir períodos de hipotensäo arterial
Purpose: To evaluate the efficacy of nitrendipine 20 mg OD in mild to moderate hypertensive subjects. Patients and Methods: Twenty patients followed for 90 days. The protocol was a double blind placebo control trial using 24 hours ambulatory blood pressure monitoring system for pressure and heart rate observations. After 15 days without any drug patients were randomly assigned to the study divided into two subgroups: one remained 30 days using placebo and the other nitrendipina. After a new 15 days washout period there was a cross over of the study groups and then other 30 days of follow-up. Results: The 24 hours mean systolic blood pressure decreased (p < 0.0001) with nitrendipine (127.7 ± 8 mmHg) in relation to placebo (139.2 ± 8 mmHg); the mean diastolic blood pressure decreased (p < 0.0001) with nitrendipine (84.6 ± 4 mmHg) in relation to placebo (90.7 ± 5 mmHg). There were no signifcant changes on heart rate and body weight. Conclusion: Nitrendipine seems to be a safe and efficient antibypertensive agent for 24 hours blood pressure control. The drug can decrease blood pressure levels without signifcant changes over the circadian pattern of the 24 hours blood pressure curve and without unwanted drop of blood pressure levels.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Nitrendipino/uso terapêutico , Hipertensão/tratamento farmacológico , Pressão Sanguínea/efeitos dos fármacos , Nitrendipino/administração & dosagem , Monitorização Fisiológica , Método Duplo-CegoRESUMO
Com o objetivo de avaliar aspectos relativos a ansiedade/depressäo em pacientes sob tratamento anti-hipertensivo, foram acompanhados 28 pacientes portadores de HAS leve-a-moderada por 20 semanas. O estudo foi simples-cego (parte médica) e duplo-cego (parte psicométrica). Durante quatro semanas, os pacientes ficavam sem medicaçäo anti-hipertensiva, sob uso de placebo, após o que, eram alocados de forma aleatória a receber maleato de analapril 10 a 30 mg ao dia ou propranolol 80 a 320 mg ao dia. Eram realizados exames complementares: bioquímica sérica (sódio, potássio, glicemia creatinina, lipídios), hemograma e exame comum de urina ao final do período placebo e ao final da semana 20. Avaliaçäo psicométrica era feita através de entrevista pessoal, aplicaçäo do inventário MMPI e STAI ao final da fase placebo e ao final do tratamento ativo. Os dados foram submetidos a análise estatística. Os agentes foram efetivos para o controle da pressäo arterial (grupo enalapril: PAS supina reduziu-se de 159 ñ 12 para 137 ñ 9 mmHg - p < 0,05; e PAD supina de 100 ñ 3 para 80 ñ 4 mmHg - p < 0,001 e grupo propranolol: PAS supina reduziu-se de 171 ñ 16 para 136 ñ 7 mmHg - p < 0,001 e PAD supina de 103 ñ 4 para 82 ñ 3 mmHg - p < 0,001). Efeitos adversos foram observados (um no grupo enalapril e quatro no grupo propranolol) tendo sido todos leves e transitórios, sem necessidade de interrupçäo do tratamento. Quanto a parte psicométrica, o grupo propranolol mostrou aumento significativo e dos escores de depressäo enquanto o grupo enalapril apresentou reduçäo importante da ansiedade avaliada através do STAI e MMPI (P = 0,07). Os autores concluem que: 1) ambos os agentes foram eficazes para o controle da pressäo arterial; 2) o propranolol näo deve ser usado em pacientes depressivos, e pode estar implicado na piora do bem-estar de alguns pacientes; 3) o efeito ansiolítico observado no grupo enalapril precisa ser melhor avaliado