RESUMO
O óxido nítrico (NO) é um potente vasodilatador com papel importante no controle do tônus vascular. Estudos têm demonstrado a função do NO na preservação da capacidade funcional do endotélio, prevenindo aterosclerose, lesão vascular, hipertensão, entre outras. Por outro lado, fatores genotípicos e/ou fenotípicos podem diminuir sua biodisponibilidade, resultando em disfunção endotelial grave, e aumentar a resistência vascular periférica. Recentes estudos têm demonstrado que o exercício aumenta a biodisponibilidade do NO de forma aguda e crônica. Porém, a produção do conhecimento relacionado ao NO, mediado pelo exercício, ainda apresenta lacunas. Neste sentido, o objetivo desta revisão é tentar elucidar os mecanismos celulares envolvidos na síntese e regulação do NO e demonstrar o avanço do conhecimento cientifico relacionado à biodisponibilidade de NO mediado pelo exercício. Para tanto, para esta revisão foram utilizados livros e periódicos das bases de dados PubMed, HIGWIRE, SciELO e LILACS, utilizando as palavras-chave "nitric oxide" e "exercise" para a busca de publicações. As principais considerações do estudo foram que o exercício físico pode aumentar a biodisponibilidade de NO de forma aguda, e as adaptações crônicas do exercício em relação aos parâmetros cardiovasculares são dependentes do aumento da biodisponibilidade de NO induzida pelo exercício.
Nitric oxide (NO) is a potent vasodilator, and hence plays a major role in controlling the vascular tone. Studies have demonstrated the role of NO in preserving the functional capacity of the endothelium, preventing atherosclerosis, vascular injury, hypertension among others. Moreover, the genotype and/or phenotype may reduce the bioavailability of NO, resulting in severe endothelial dysfunction and increased peripheral vascular resistance. Recent research has shown that the exercise increases the bioavailability of NO in the acute and chronic forms. However, the knowledge production related to the NO-mediated exercise still has gaps. Thus, the purpose of this short review is to attempt to elucidate the cellular mechanisms involved with the NO synthesis and regulation, and to demonstrate the progress in the scientific knowledge related to the bioavailability of NO mediated by exercise. In order to carry out this review, books and periodicals were used from PubMed, HIGWIRE, SciELO and LILACS databases, using "nitric oxide" and "exercise" as keywords in the search engine. The main considerations in the study were that the exercise increases the acute bioavailability of NO, and the chronic adaptations of exercise in relation to the cardiovascular parameters are dependent on the increased bioavailability of NO induced by the exercise.
RESUMO
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi verificar a relação da circunferência do pescoço com a força muscular relativa e os fatores de risco cardiovascular em mulheres sedentárias. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 60 mulheres pré-menopausadas (33,9±9,1 anos; 67,4±13,6kg; 1,57±0,06cm e 27,2±5,3kg/m²). Com base no valor da circunferência do pescoço, a amostra foi dividida em dois grupos: Grupo Circunferência <35cm (n=27) e Grupo Circunferência >35cm (n=33), para efeito de comparação da força muscular relativa e dos fatores de risco cardiovascular. A correlação entre as variáveis foi testada por meio da correlação de Pearson e de Spearman; o nível de significância foi estabelecido em p<0,05. RESULTADOS: Os resultados demonstram que as mulheres com circunferência do pescoço >35cm apresentaram maiores valores de massa corporal, circunferência da cintura, índice de adiposidade corporal, índice de massa corporal, pressão arterial sistólica, glicemia, hemoglobina glicada e volume de gordura visceral, quando comparadas ao grupo com circunferência do pescoço <35cm. Adicionalmente, o grupo com maior circunferência do pescoço apresentou menores valores de força relativa. CONCLUSÃO: A circunferência do pescoço parece ser um importante fator de predição de risco cardiovascular e perda de força relativa em mulheres sedentárias de meia idade.
OBJECTIVE: To verify the relation of neck circumference and relative muscle strength and cardiovascular risk factors in sedentary women. METHODS: A cross-sectional study with 60 premenopausal women (33.9±9.1 years; 67.4±13.6kg; 1.57±0.6cm and 27.2±5.3kg/m²). Based on the neck circumference, the sample was divided into two groups: Group Circumference <35cm (n=27) and Group Circumference >35cm (n=33) to compare relative muscle strength and cardiovascular risk factors. The correlation between variables was tested by Pearson and Spearman correlations, with a significance level established at p<0.05. RESULTS: The findings revealed that women with neck circumference >35cm presented higher values of body mass, waist circumference, body adiposity index, body mass index, systolic blood pressure, blood glucose, glycated hemoglobin and volume of visceral fat when compared with the group with neck circumference <35cm. Additionally, the group with larger neck circumference presented lower values of relative strength. CONCLUSION: Neck circumference seems to be an important predictive factor of cardiovascular risk and of relative strength loss in middle-aged sedentary women.
Assuntos
Antropometria , Doenças Cardiovasculares , Estilo de Vida , Força Muscular , Aptidão Física , Pescoço/anatomia & histologia , Fatores de RiscoRESUMO
O objetivo deste trabalho foi investigar as alterações sobre parâmetros antropométricos e bioquímicos após a suplementação crônica de farelo de aveia em corredores de rua na faixa etária de 18 a 52 anos. Os corredores foram divididos em dois grupos: grupo placebo (GP) e grupo experimental (GE) - respectivamente n = 7 e n = 12. Durante oito semanas o GP recebeu 20g de talco e o GE 30g de farelo de aveia. Foram avaliados a massa corporal, o percentual de gordura, a circunferência abdominal (CA), o índice de massa corporal (IMC), os leucócitos, os linfócitos e as imunoglobulinas A, G e A salivar. O grupo GE teve diminuída a massa corporal (IMC) e a CA, o que não ocorreu no GP após oito semanas. Nesse grupo também houve redução nas imunoglobulinas A e G no GE e redução na imunoglobulina G, se comparado com o GP. A suplementação de farelo de aveia demonstrou resultado positivo sobre os parâmetros antropométricos, mas com pequenas modificações bioquímicas.
The aim of this study was to investigate the alterations on anthropometric and biochemical parameters before and after chronic supplementation with oat bran in outdoor runners aged between 18 and 52 years. The runners were divided into two groups: placebo group (GP) and experimental group (GE), n = 7 and n = 12, respectively. The analyzed variables were: body mass, body fat percentage, abdominal circumference (AC), body mass index (BMI), leukocytes, lymphocytes as well as immunoglobulin A, G and A salivary. During 8 weeks GP received 20g of talc and GE 30g of oat brain. The oat bran group reduced body mass, BMI and AC, which was not observed for GP after 8 weeks. There was a decrease in immunoglobulins A and G for GE, and a decrease in immunoglobulin G if compared to GP. Oat brain supplementation induced positive results on anthropometric parameters, with minor alterations on the biochemical variables.
RESUMO
OBJECTIVE: To verify the relation of neck circumference and relative muscle strength and cardiovascular risk factors in sedentary women. METHODS: A cross-sectional study with 60 premenopausal women (33.9±9.1 years; 67.4±13.6kg; 1.57±0.6cm and 27.2±5.3kg/m²). Based on the neck circumference, the sample was divided into two groups: Group Circumference <35cm (n=27) and Group Circumference >35cm (n=33) to compare relative muscle strength and cardiovascular risk factors. The correlation between variables was tested by Pearson and Spearman correlations, with a significance level established at p<0.05. RESULTS: The findings revealed that women with neck circumference >35cm presented higher values of body mass, waist circumference, body adiposity index, body mass index, systolic blood pressure, blood glucose, glycated hemoglobin and volume of visceral fat when compared with the group with neck circumference <35cm. Additionally, the group with larger neck circumference presented lower values of relative strength. CONCLUSION: Neck circumference seems to be an important predictive factor of cardiovascular risk and of relative strength loss in middle-aged sedentary women.
Assuntos
Constituição Corporal/fisiologia , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Força Muscular/fisiologia , Pescoço/anatomia & histologia , Comportamento Sedentário , Adulto , Glicemia/análise , Pressão Sanguínea/fisiologia , Doenças Cardiovasculares/sangue , Doenças Cardiovasculares/fisiopatologia , Estudos Transversais , Feminino , Hemoglobinas Glicadas/análise , Humanos , Insulina/sangue , Gordura Intra-Abdominal/fisiopatologia , Fatores de RiscoRESUMO
O objetivo desta revisão é discutir criticamente os conceitos de estresse e homeostase (homeos = igual; stasis = constância) e expor suas limitações em função de recentes evidências que demonstram que a suposta estabilidade interna dos organismos vivos é apenas aparente, inclusive sendo independente de fatores ambientais. Essa instabilidade interna é freqüentemente constatada por pesquisadores dos ritmos circadianos (secreções hormonais), séries temporais (freqüência cardíaca) e comportamento (fome e saciedade), que argumentam a favor da substituição da teoria da homeostase pela noção de alostase (allo = diferente; stasis = constância). Na verdade, o propósito da regulação e controle segundo os mesmos não é a constância. Duas conseqüências para a Educação Física e Esporte com a aceitação da alostase como paradigma fisiológico são: 1. O conceito de estresse de Selye deve sofrer nova definição e interpretação, interferindo claramente nanoção de carga ou sobrecarga de trabalho e, 2. A hipótese do governo central de Noakes na explicação da fadiga decorrente do exercício físico intenso perde o sentido, como será discutido neste trabalho. Além disso, é muito difícil explicar através da estabilidade pela constância como o desempenho é alterado pelo treinamento físico e porque temos predisposição para esse tipo de atividade reconhecidamente anti-homeostática. Pretendemos neste trabalho mostrar, portanto, a possibilidade de que com a noção de estabilidade pela mudança da alostase essas contradições perdem o sentido...
The objective of this review article is to discuss the concepts of stress and homeostasis (homeos = equal; stasis= stable) and to expose their limitations on the basis of recent evidence demonstrating that the supposed internal stability of living organisms is merely apparent, and is even independent of environmental factors. This internal instability is oftenobserved by researchers investigating circadian rhythms (hormone secretion), temporal series (heart rate) and behavior (hunger and satiety), who argue in favor of substituting the theory of homeostasis by the concept of allostasis (allo =different; stasis = stable). Indeed, these researchers suggest that the objective of regulation and control is not stability. Thereare two consequences for Physical Education and Sport if allostasis is accepted as a physiological paradigm: 1. Selyeãs concept of stress requires a new defi nition and interpretation, with a clear impact on the concept of load and overload; 2. Noakesã central governor hypothesis to explain the fatigue resulting from intense physical exercise loses its relevance, as will be discussed in this paper. Furthermore, it is very diffi cult for the model of stability by staying the same to explain why performance is improved by physical training or why we have a predisposition for this type of recognizedly anti-homeostaticactivity. We intend to demonstrate the possibility that the allostatic concept of stability through change can explain these contradictions...
Assuntos
Humanos , Transtornos de Adaptação , Fadiga , Homeostase , Educação Física e Treinamento , Estresse FisiológicoRESUMO
A creatina é largamente utilizada como auxilio ergogênico, com algumas evidências quanto ao seu efeito positivo na massa magra, força/potência e resistência muscular. Entretanto, esses estudos não conseguiram identificar potenciais mecanismos bioquímicos que pudessem explicar seu efeito na fadiga ou turnover de proteína muscular, existindo a possibilidade de que alguns indivíduos não sejam responsivos a esse suplemento. Outro possível efeito da creatina, que vem sendo recentemente investigado, é a sua ação antioxidante. Mesmo com poucos trabalhos disponíveis, duas possibilidades existem para explicar esse efeito: 1) Ação indireta como tampão energético, devido ao aumento na concentração tecidual de fosfocreatina, que favoreceria a menor produção de metabólitos do ciclo de degradação de purinas (ciclo de Lowenstein), resultando em queda na formação de hipoxantina, xantina e ácido úrico, assim como em espécies reativas de oxigênio (superóxido, peróxido de hidrogênio e radical hidroxil); 2) Por ação direta, apesar de essa propriedade ser inferior à dos antioxidantes já bem conhecidos, como a glutationa reduzida. Mesmo assim, poderia atuar conjuntamente com estes. O objetivo desta comunicação é relatar dados disponíveis sobre esses dois itens.
Creatine is largely used as an ergogenic aid with some evidence regarding its positive effect on lean body mass, strength/power and muscle endurance. However, most studies were not capable of identifying biochemical mechanisms that could explain its effect on fatigue or muscle protein turnover. There is also the possibility that some individuals are non-responsive to this supplement. Another possible effect of creatine that has been recently investigated is its antioxidant action, but few studies explored this subject. Nonetheless, it can be emphasized that the antioxidant effect of creatine works in the organism in the following way: 1) Indirect action as an energy buffer, due to the increase in muscle phosphocreatine concentrations which would favor a reduced production of metabolites of the purine nucleotide cycle (cycle of Lowenstein) and, as a consequence, a drop in the production of hypoxanthine, xanthine, uric acid, and reactive oxygen species; 2) Direct action (a less powerful action when compared with known antioxidants, such as reduced glutathione). Yet, it could still work in association with them. The objective of this work is to review the available data on the two abovementioned mechanisms.
Assuntos
Humanos , Creatina/efeitos adversos , Estresse Oxidativo , Exercício Físico/fisiologiaRESUMO
OBJETIVO: Verificar as alterações promovidas pela suplementação de creatina nas variáveis antropométricas e da resultante de força máxima dinâmica (RFMD) em universitários submetidos a oito semanas de treinamento de força. METODOLOGIA: Participaram deste estudo, 18 universitários do sexo masculino, com idade entre 19 e 25 anos. Antes do treinamento foram determinadas a estatura (cm), a massa corporal (kg) e testes de ação muscular voluntária máxima dinâmica (1AMVMD), os sujeitos foram assinalados a um dos dois grupos, A (creatina) e B (placebo), foi adotado o protocolo duplo-cego. Após oito semanas de treinamento de força, repetiu-se a bateria de testes do pré-treinamento. RESULTADOS: Após oito semanas, verificou-se que tanto no grupo A como no B houve alterações estatisticamente significantes (ES) na RFMD em todos os exercícios (p = 0,007 a 0,008). A análise da melhora percentual e do delta da RFMD, nos exercícios de agachamento, desenvolvimento e supino fechado, mostrou que o grupo A teve alterações positivas ES superiores ao grupo B (p = 0,008 a 0,038). A massa magra aumentou ES somente no grupo A (p = 0,038). Contudo, o percentual de gordura corporal não mostrou alterações em nenhum dos grupos. A relação entre a melhora percentual (MP) das circunferências (C) do braço e antebraço e a MP na RFMD do exercício de desenvolvimento foi ES (r = 0,481 e 0,546, respectivamente), bem como entre a MP na C da coxa e na MP da RFMD do exercício de agachamento (r = 0,619). CONCLUSÃO: Independente do suplemento ingerido o treinamento de força foi capaz de induzir ajustes positivos na RFMD; contudo, a suplementação de creatina mostrou-se mais eficiente que o placebo, induzindo a maior aumento percentual e de delta na força.
OBJECTIVE: To verify the alterations promoted by creatine supplementation in the anthropometric variables and the resultant of dynamic maximum strength (RDMS) in college students submitted to 8 wk of strength training. METHODOLOGY: The sample consisted of 18 male college students, aged between 19 to 25 years. Height (cm), body mass (kg) and tests of maximum voluntary muscular action (1MVMA) weight in the squat were determined prior to the training. The subjects were divided in two groups: A (creatine) or B (placebo).The double-blind protocol was adopted. After 8 weeks of strength training, the tests battery from the pre-training was repeated. RESULTS: After 8 wk of training, it was verified that both groups had statistically significant (SS) alterations in the RDMS in all the exercises (p = 0.007 / 0.008). The analysis of the percentile improvement (PI) and the RDMS delta in the squat exercises, military press and close-grip-extensions, showed that group A had positive SS alterations higher than group B (p = 0.008 / 0.038). Lean body mass only SS increased in group A (p = 0.038). However, the percentage of body fat did not show alterations in none of the groups. The relationship between the PI of the arm and forearm circumferences (C) and the PI in the RDMS of the development exercise was SS (r = 0.481 and 0.546, respectively), as well as between the PI in the thigh C and the PI of the RDMS of the squat exercise (r = 0.619). CONCLUSION: Regardless the substance ingested, strength training was able to increase in RDMS; however, creatine supplementation was shown to be more efficient that the placebo, showing higher percentual and delta improvement in strength.
RESUMO
Médicos, fisiologistas, bioquímicos, psicólogos e até profissionais envolvidos com exercício físico estão recentemente aumentando seus interesses pela dinâmica não-linear, uma teoria científica desenvolvida principalmente por matemáticos, que é genericamente conhecida por Teoria da Complexidade. Embora poucos trabalhos em Educação Física e Esporte utilizem esse paradigma para solucionar seus problemas, nota-se um crescente interesse por esse mesmo enfoque, principalmente em relação aos efeitos do exercício físico sobre mudanças na variabilidade e complexidade de séries temporais fisiológicas. Geralmente, tais mudanças se revelam na forma de queda em seu comportamento temporal, denotando diminuição na complexidade do organismo ou de componentes envolvidos especificamente na sua regulação. De acordo com a Teoria da Complexidade, por enfatizar interações não-lineares existentes em sistemas biológicos, verifica-se que não é importante apenas a elevação (supercompensação) de componentes do organismo com a prática de exercícios físicos, mas também aqueles que atrofiam (descompensação) paralelamente, porque podem contribuir para a ocorrência de perda de sincronia na funcionalidade desses sistemas. Assim, em oposição à ênfase que se dá no treinamento físico à repetição monótona de atividade física intensa e voltada para efeitos específicos positivos, que invariavelmente leva à simplificação do organismo, recomenda-se maior variação qualitativa e quantitativa nos exercícios praticados. O objetivo é preservar sua complexidade natural ou impedir que ocorra diminuição rápida com o envelhecimento. A presente revisão tem por objetivo, além de descrever a possível perda de complexidade com o treinamento físico, discutir alguns conceitos da Teoria da Complexidade de modo introdutório, com particular ênfase em tópicos envolvendo saúde e desempenho físico.
Physicians, physiologists, biochemists, psychologists and even professionals involved with physical exercise have been recently increasing their interests for the non-linear dynamics, a scientific theory developed mainly by mathematicians, which is generically known as the Complexity Theory. Although few investigations on Physical Education and Sports make use of this paradigm to solve their problems, a growing interest for this very approach has been noticed, mainly concerning the effects of physical exercise on changes in the variability and complexity of physiological temporal series. Usually, such changes appear as the decrease in its temporal behavior, denoting in decrease in the body complexity or in the components specifically involved in its regulation. According to the Complexity Theory, since non-linear interactions existing in biological systems are emphasized, it is observed that not only the increase (overcompensation) of the body components with the practice of physical exercises but also those which cause atrophy (decompensation) in parallel, once they can compromise the functionality of these systems. Thus, contrary to the emphasis that is given in the physical training to the monotonous repetition of intense physical activity and with emphasis on positive specific effects, that invariably promote the simplification of the body, larger qualitative and quantitative variation is recommended in the exercise practice. The objective is to preserve its natural complexity or neutralize its rapid decrease with aging. The present review has the objective, besides describing the possible complexity loss with physical training, to discuss some concepts of the Complexity Theory in an introductory way, with particular emphasis on issues involving health and physical training.
RESUMO
Estudos têm demonstrado que o exercício físico intenso provoca estresse oxidativo em animais e humanos, estando possivelmente relacionado, por exemplo, com fadiga e lesões teciduais. Por outro lado, poucos estudos relatam a sua ocorrência em atletas sob treinamento intenso, principalmente devido a problemas metodológicos. O presente estudo teve como objetivo, portanto, estudar em atletas a possível ocorrência de lesões oxidativas em lipídeos em decorrência do exercício físico ou do treinamento através da quantificação da quimioluminescência urinária e malondialdeído (MDA) plasmático. Os exercícios utilizados foram: a) corrida na esteira rolante (25-30min), com a quantificação de ambos os parâmetros e da capacidade antioxidante plasmática total; b) corrida de 20km realizada por maratonistas; c) treinamento intervalado intenso realizado por corredores de 400m rasos; d) jogo de futebol com 50min de duração; e e) treinamento de força/musculação com e sem suplementação com creatina. Nos quatro últimos itens, somente a quimioluminescência urinária foi avaliada. As condições em que se notou elevação significativa na quimioluminescência urinária após a realização do exercício são: a) corrida de 20km; b) jogo de futebol; e c) treinamento de força/musculação sem suplementação com creatina. A corrida na esteira promoveu aumento na concentração plasmática de MDA durante e após a sua realização; a capacidade antioxidante plasmática total modificou-se de forma inversamente proporcional ao aumento no MDA. Os exercícios praticados pelos atletas neste trabalho provocaram estresse oxidativo de maneira diferente, estando possivelmente relacionado com a duração e a intensidade dos mesmos, e não somente com a intensidade. Neste trabalho também se constatou que o consumo de creatina associado ao treinamento de força/musculação pode atuar como antioxidante.
RESUMO
Adaptação é um conceito biológico chave na teoria do treinamento esportivo. O mesmo tem por paradigma a teoria fisiológica da mudança de Selye porque se refere a mudanças fenotípicas. Contudo, sua utilização no Esporte contrasta com a Biologia e Antropologia Biológica que se refere a mudanças genotípicas. Em função disso, sugeriuse mais recentemente utilizar o conceito ajustamento para explicar mudanças fenotípicas resultantes da estimulação ambiental. O objetivo desta revisão é demonstrar que o conceito ajustamento é mais apropriado para o Esporte explicar as mudanças decorrentes do treinamento físico do que a adaptação, sem comprometer a sua base teórica.
Adaptation is a key biological concept in the theory of the sporting training. The paradigm of the same is the Selyes physiologic theory of changes because it refers to phenotypic changes. However, its use in the Sport contrasts with the Biology and Biological Anthropology that refers to genotypic changes. In function of that, it was suggested more recently to use the concept adjustment to explain phenotypic changes resulting from the environmental stimulation. The objective of this review is to demonstrate that the concept adjustment is more appropriate for the Sport to explain the current changes of the physical training than the adaptation, without committing its theoretical base.