RESUMO
A obesidade, mais do que simples desconforto estético, delimitou-senas últimas décadas como ressonante fator de risco associado a diversas doenças , estando entre os mais graves problemas de saúde pública. Sua prevalência está em franco crescimento , inclusive nos países em desenvolvimento , conferindo-lhe a condição de pandemia. Acredita-se que a adoção do estilo de vida "conteporâneo" , baseado em maior aporte calórico alimentar e sedentarismo atuando sobre carga de genes suscetíveis, seja o determinante principal do crescimento da obesidade no mundo. Esse fenômeno de transição comportamental e epidemiológica implica o incremento exponencial das taxas de mortalidade e morbidade decorrentes de doenças relacionadas à obesidade , particularmente as cardiovasculares e as cerebrovasculares. O excesso de peso e a obesidade abdominal provocam alterações orgânicas diversas e significativas, como resistência à ação da insulina , hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito e dislipidemia, além de serem fatores de risco independente associados a doenças cardiovasculares. Investigações recentes demonstraram que as células de gordura são mais do que simplesmente repositórios de energia, constituindo-se em estruturas endócrinas metabolicaente ativas , secretoras de substâncias que podem influenciar a carga hemodinâmica, alterar a função endotelial, elevar níveis de marcadores inflamatórios e promover estado pró-trombótico. Diante desses novos conceitos e da existência de dados epidemiológicos exepressivos, torna-se imperativa...