RESUMO
No inicio da decada de 80, a epidemia de HIV/AIDS atingia principalmente homossexuais masculinos. Alem disso, dados epidemiologicos demonstraram que a infeccao se alastrou rapidamente alcancando heterossexuais, maioria mulheres em idade fertil, fato que trouxe um novo componente ao contexto: a transmissao vertical, que atualmente representa a principal via de contaminacao na populacao infantil. Medidas foram adotadas pela Coordenacao Municipal de DST/AIDS e Secretaria da Saude para a transmissao vertical na cidade de Sao Paulo. Um grupo de trabalho de profissionais da saude de diferentes universidades, setor privado, estadual e municipal foi criado para fazer um diagnostico da situacao. Como resultado as medidas seguintes foram imlementadas: investimento em informacao e vigilancia epidemiologica, treinamento de profissionais do SUS, parceria com o Conselho Regional de Medicina para estimular a participacao dos servicos de saude privados, treinamento de profissionais que trabalham envolvidos no pré-natal, para enfatizar a obrigatoriedade do oferecimento do teste HIV para gestantes e finalmente desenvolvimento de um fluxograma para estimular o diagnostico de mulheres infectadas pelo HIV no pre-natal, bem como medidas profilaticas para evitar a transmissao vertical. A implantacao deste protocolo reduziu a TV de 7 porcento em 2001 para 1 porcento em 2003. Esforcos estes que podem ser adotados como politica publica para melhoria na assistencia a gestante soropositiva