RESUMO
Até os anos 30, os problemas de abastecimento estavam associados à questão da oferta de alimentos para a população. Desse período até o final dos anos 80, a fome passou a ser encarada como um problema de intermediação e as políticas se voltaram para a regulação de preços e controle da oferta. A partir dos anos 90, os problemas de abastecimento passaram a ser combatidos, supostamente, através da desregulamentação do mercado na esperança de que o crescimento econômico pudesse proporcionar renda, emancipando as famílias pobres e alcançando a cidadania.
RESUMO
Relata que há grande divergência, na literatura, sobre as famílias a serem beneficiadas por programas de política agrária no Brasil. Percebe que há uma convergência de que três grupos de famílias são prioritários: os de trabalhadores assalariados sem-terra, os de trabalhadores com acesso precário à terra, tais como os parceiros, arrendatários e posseiros, e os de proprietários-minifundistas que ocupam áreas abaixo do mínimo necessário para garantir a sobrevivência da família. Procura estimar o número potencial para cada um desses subgrupos de família, tendo o cuidado de identificar as diferenças conceituais entre as duas fontes e suas implicações. Relata que os resultados mostram que o público potencial beneficiário de ações fundiárias no Brasil varia em um intervalo entre 3,1 milhões e 6,4 milhões de famílias, o que depende da fonte e dos critérios utilizados. Observa que a maioria dessas famílias reside na região Nordeste, seguida pelas regiões Sudeste e Sul.