RESUMO
RESUMO Objetivo: Comparar o desenvolvimento neurocomportamental de bebês pré-termo com idade pós-concepcional entre 32 e 36 semanas e 6 dias, de acordo com a adequação do peso para a idade gestacional ao nascer. Métodos: Realizou-se um estudo transversal de comparação entre dois grupos independentes. Os 55 bebês prematuros que compuseram a amostra estavam internados em uma unidade de cuidados intermediários neonatais e foram avaliados por meio de Neurobehavioral Assessment of the Preterm Infant (NAPI) com idade pós-concepcional entre 32 e 36 semanas e 6 dias e comparados de acordo com a adequação do peso para a idade gestacional. Além da comparação entre os grupos, bebês nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG) e os adequados para a idade gestacional (AIG) também foram comparados, considerando o tipo de crescimento intrauterino. Os seguintes instrumentos foram utilizados: NAPI, roteiro de anamnese, Critério de Classificação Econômica Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), e prontuário médico. Resultados: Na população de estudo, a idade gestacional média foi de 32,0 semanas, enquanto a idade pós-conceptual e cronológica à avaliação foi de 34,8 semanas e 19,5 dias, respectivamente, sendo 55% dos bebês do sexo feminino. Não houve nenhuma diferença nos domínios do NAPI entre os grupos PIG e AIG, nem nos subgrupos de bebês PIG classificados segundo o crescimento em simétrico ou assimétrico. Conclusões: Não houve diferença entre os bebês PIG e AIG em relação ao desenvolvimento neurocomportamental avaliado antes de chegar ao termo.
ABSTRACT Objective: To compare the neurobehavioral development of preterm infants with postconceptional age between 32 and 36 weeks and 6 days, according to the adequacy of the weight for the gestational age at birth. Methods: A cross-sectional study was performed comparing two independent groups. The 55 preterm infants who were included in the sample were hospitalized in a neonatal intermediate care unit and were evaluated using the Neurobehavioral Assessment of the Preterm Infant (NAPI) at the postconceptional age between 32 and 36 weeks and 6 days and compared according to the adequacy of the weight for the gestational age. In addition to the comparison between the groups, infants who were born small for gestational age (SGA) and those ones adequate for gestational age (AGA) were also compared, considering the type of intrauterine growth. The following instruments were used: NAPI, anamnesis script, Brazilian Economic Classification Criteria, and medical records. Results: Infants were born with mean gestational age of 32.0 weeks, with the postconceptional age and postnatal age of 34.8 weeks and 19.5 days, respectively. The sample consisted of 55% of female infants. The results did not show any differences in NAPI domains between SGA and AGA groups, neither in the subgroups of SGA babies with symmetric or asymmetric growth. Conclusions: There was no difference between SGA and AGA babies in relation to neurobehavioral development evaluated before reaching term.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Recém-Nascido Prematuro/fisiologia , Recém-Nascido Pequeno para a Idade Gestacional/fisiologia , Desenvolvimento Infantil/fisiologia , Peso ao Nascer , Estudos Transversais , Idade GestacionalRESUMO
OBJECTIVE: To compare the neurobehavioral development of preterm infants with postconceptional age between 32 and 36 weeks and 6 days, according to the adequacy of the weight for the gestational age at birth. METHODS: A cross-sectional study was performed comparing two independent groups. The 55 preterm infants who were included in the sample were hospitalized in a neonatal intermediate care unit and were evaluated using the Neurobehavioral Assessment of the Preterm Infant (NAPI) at the postconceptional age between 32 and 36 weeks and 6 days and compared according to the adequacy of the weight for the gestational age. In addition to the comparison between the groups, infants who were born small for gestational age (SGA) and those ones adequate for gestational age (AGA) were also compared, considering the type of intrauterine growth. The following instruments were used: NAPI, anamnesis script, Brazilian Economic Classification Criteria, and medical records. RESULTS: Infants were born with mean gestational age of 32.0 weeks, with the postconceptional age and postnatal age of 34.8 weeks and 19.5 days, respectively. The sample consisted of 55% of female infants. The results did not show any differences in NAPI domains between SGA and AGA groups, neither in the subgroups of SGA babies with symmetric or asymmetric growth. CONCLUSIONS: There was no difference between SGA and AGA babies in relation to neurobehavioral development evaluated before reaching term.
OBJETIVO: Comparar o desenvolvimento neurocomportamental de bebês pré-termo com idade pós-concepcional entre 32 e 36 semanas e 6 dias, de acordo com a adequação do peso para a idade gestacional ao nascer. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal de comparação entre dois grupos independentes. Os 55 bebês prematuros que compuseram a amostra estavam internados em uma unidade de cuidados intermediários neonatais e foram avaliados por meio de Neurobehavioral Assessment of the Preterm Infant (NAPI) com idade pós-concepcional entre 32 e 36 semanas e 6 dias e comparados de acordo com a adequação do peso para a idade gestacional. Além da comparação entre os grupos, bebês nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG) e os adequados para a idade gestacional (AIG) também foram comparados, considerando o tipo de crescimento intrauterino. Os seguintes instrumentos foram utilizados: NAPI, roteiro de anamnese, Critério de Classificação Econômica Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), e prontuário médico. RESULTADOS: Na população de estudo, a idade gestacional média foi de 32,0 semanas, enquanto a idade pós-conceptual e cronológica à avaliação foi de 34,8 semanas e 19,5 dias, respectivamente, sendo 55% dos bebês do sexo feminino. Não houve nenhuma diferença nos domínios do NAPI entre os grupos PIG e AIG, nem nos subgrupos de bebês PIG classificados segundo o crescimento em simétrico ou assimétrico. CONCLUSÕES: Não houve diferença entre os bebês PIG e AIG em relação ao desenvolvimento neurocomportamental avaliado antes de chegar ao termo.
Assuntos
Desenvolvimento Infantil/fisiologia , Recém-Nascido Prematuro/fisiologia , Recém-Nascido Pequeno para a Idade Gestacional/fisiologia , Peso ao Nascer , Estudos Transversais , Feminino , Idade Gestacional , Humanos , Recém-Nascido , MasculinoRESUMO
O objetivo deste estudo retrospectivo e descritivo foi identificar, em lactentes nascidos pré-termo, o período mais precoce em que foram observados sinais neurológicos motores comumente presentes em paralisia cerebral (PC) e discutir a rotina de retornos, com a finalidade de detecção e vigilância desses sinais. A amostra foi composta por 28 bebês nascidos com menos de 37 semanas e peso inferior a 2.500g, de ambos os sexos, internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, no período de junho de 2006 a dezembro de 2007, e acompanhados no Ambulatório de Neurodesenvolvimento dessa instituição. Foram coletadas informações dos prontuários referentes à idade gestacional dos bebês, ao processo diagnóstico de PC, quando houvesse, e às idades das principais aquisições posturais. Os resultados mostraram que, em 19 das 28 crianças, foi observado algum sinal de risco ou sequela até o último retorno. Desses 19 pacientes, seis tiveram diagnóstico de PC definido, três pacientes, diagnóstico a definir, cinco apresentaram sinais transitórios de lesão corticoespinhal, e cinco lactentes apresentaram somente atraso postural. Concluiu-se que a rotina de retornos para detectar e vigiar os sinais indicativos de PC nessa amostra revelou a necessidade de um protocolo de avaliação específico e da criação de uma dinâmica de acompanhamento e estimulação de todas as crianças nascidas pré-termo até a idade de marcha sem apoio, independentemente de apresentarem sinais neurológicos perinatais. (AU)
This retrospective descriptive study was developed to identify the earlier stages when neuromotor signals commomnly found in cerebral palsy (CP) were registered for preterm infants, as well as to discuss the current follow-up practice I order to detect and monitor such signals. The sample consisted of 28 babies born at less than 37 weeks and weighing less than 2500g, of both genders, admitted to the Intensive Care Unit Neonatal Hospital of the Medical School of Ribeirão Preto, in the period from June 2006 to December 2007, and followed at Neurodevelopment Service of this institution. We collected the medical information regarding the gestational age of these babies, the diagnosis process of CP, when was the case, and the ages when major postural acquisitions occurred. In 19 out of 28 children, signs of risk or sequel were observed until the last follow-up consultation. Among these 19 patients, six were diagnosed with CP, three were to be diagnosed, five showed signs of transient corticospinal lesion, and five infants showed only postural delay. The routine follow-up to detect and monitor signals indicative of PC in this sample revealed need for a more specific assessment protocol, and for the creation of a monitoring and stimulation dynamics for all preterm infants up to the age of walking without support, regardless of presenting perinatal altered neurological signs. (AU)
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Paralisia Cerebral , Recém-Nascido Prematuro , Desenvolvimento Infantil , Diagnóstico PrecoceRESUMO
O objetivo deste estudo retrospectivo e descritivo foi identificar, em lactentes nascidos pré-termo, o período mais precoce em que foram observados sinais neurológicos motores comumente presentes em paralisia cerebral (PC) e discutir a rotina de retornos, com a finalidade de detecção e vigilância desses sinais. A amostra foi composta por 28 bebês nascidos com menos de 37 semanas e peso inferior a 2.500g, de ambos os sexos, internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, no período de junho de 2006 a dezembro de 2007, e acompanhados no Ambulatório de Neurodesenvolvimento dessa instituição. Foram coletadas informações dos prontuários referentes à idade gestacional dos bebês, ao processo diagnóstico de PC, quando houvesse, e às idades das principais aquisições posturais. Os resultados mostraram que, em 19 das 28 crianças, foi observado algum sinal de risco ou sequela até o último retorno. Desses 19 pacientes, seis tiveram diagnóstico de PC definido, três pacientes, diagnóstico a definir, cinco apresentaram sinais transitórios de lesão corticoespinhal, e cinco lactentes apresentaram somente atraso postural. Concluiu-se que a rotina de retornos para detectar e vigiar os sinais indicativos de PC nessa amostra revelou a necessidade de um protocolo de avaliação específico e da criação de uma dinâmica de acompanhamento e estimulação de todas as crianças nascidas pré-termo até a idade de marcha sem apoio, independentemente de apresentarem sinais neurológicos perinatais.
This retrospective descriptive study was developed to identify the earlier stages when neuromotor signals commomnly found in cerebral palsy (CP) were registered for preterm infants, as well as to discuss the current follow-up practice I order to detect and monitor such signals. The sample consisted of 28 babies born at less than 37 weeks and weighing less than 2500g, of both genders, admitted to the Intensive Care Unit Neonatal Hospital of the Medical School of Ribeirão Preto, in the period from June 2006 to December 2007, and followed at Neurodevelopment Service of this institution. We collected the medical information regarding the gestational age of these babies, the diagnosis process of CP, when was the case, and the ages when major postural acquisitions occurred. In 19 out of 28 children, signs of risk or sequel were observed until the last follow-up consultation. Among these 19 patients, six were diagnosed with CP, three were to be diagnosed, five showed signs of transient corticospinal lesion, and five infants showed only postural delay. The routine follow-up to detect and monitor signals indicative of PC in this sample revealed need for a more specific assessment protocol, and for the creation of a monitoring and stimulation dynamics for all preterm infants up to the age of walking without support, regardless of presenting perinatal altered neurological signs.