RESUMO
Nos últimos anos os conceitos em DST têm evoluído (doenças sexualmente transmissíveis). A ideia de que as DST acometiam apenas mulheres e homens de vida promíscua não se aplica mais. Os portadores de DST, hoje em dia, são pessoas de vida cotidiana normal e não têm obrigatoriamente múltiplos parceiros sexuais. Por outro lado, os quadros clínicos clássicos e sintomáticos das DST têm sido sobrepostos por infecções assintomáticas, como a infecção clamidiana. A atualização objetiva a revisão do tema e destacar importantes aspectos diagnósticos e terapêuticos da infecção clamidiana. Os autores enfatizam a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando não apenas acabar com a infecção propriamente dita, mas também prevenir sequelas, evitar complicações e interromper a cadeia epidemiológica. Considerando a importância e os agravos da infecção clamidiana, o rastreio para C. trachomatis em populações de risco (gestantes, adolescentes, pessoas com outras DST) e precedendo cirurgias ginecológicas deveria ser implantado na rotina de todos os serviços preocupados em prevenir esta doença e, principalmente, evitar os seus agravos.