RESUMO
O objetivo do texto é compreender certos traços de uma conduta que ganha generalidade na época contemporânea: a indiferença. Não se trata apenas de um comportamento, mas de um modo de ser, razão pela qual é preciso relacioná-la com a construção da subjetividade e com a experiência da alteridade. Para isso utilizamos como instrumentos de elucidação O ser e o nada, de Sartre e O homem sem qualidades, de Musil, procurando indicar que, na filosofia da existência a alteridade interna, ao sujeito torna-se meio de constituição da subjetividade por via da liberdade, e no romance de Musil a ausência de unidade substancial redunda na dissolução da realidade subjetiva e na opacidade do mundo objetivo. A indiferença aparece então como uma conduta específica, embora contenha elementos da familiaridade e da estranheza(AU)
This paper intends to understand some aspects of indifference as a general behaviour we can observe in our days. More than a simple behaviour, it is a way of life, that we must connect with two process of existence: self-construction of subjectivity and experience of the other. We experiment, in order of elucidate the questions, some ideas of Sartre's Being an nothingless and Musil's novel Man without qualitíes. We believe that it is possible to show that, in the context of Existencial Philosophy, the internal relation between self and other advances the process of free self-constitution, but in Musil's context the missing character of substantial identity would carry to reality's dissolution. Indifference appears as singular behaviour, although seemingly related to strangeness and familiarity(AU)
RESUMO
O texto pretende discutir aspectos da inserção sócio-histórica e política da universidade nos vários contextos históricos que marcaram a vida dessa instituição, com o objetivo de indicar que uma das características constitutivas da instituição universitária, e da forma como se construiu a sua tradição, foi estar sempre simultaneamente dentro e fora de seu tempo. Dentro, pelo aspecto institucional, no início à sombra da Igreja, depois do Estado, e, nos dias de hoje, subordinada ao mercado. Fora, pelo teor crítico que, em intensidades diferentes, pautou a atuação universitária, o que historicamente a impediu de se constituir como mero produto de seu tempo ou reflexo da hegemonia eclesial ou estatal. A questão atual, para a universidade brasileira em particular, é se ela conseguirá, ainda que parcialmente, manter-se independente das pressões de um mercantilismo onipresente, nos indivíduos e na sociedade.
Assuntos
Liberdade , História , Universidades/históriaRESUMO
Aborda alguns aspectos importantes para o entendimento da noçäo de razäo instrumental. Focaliza na primeira parte alguns temas inscritos na fundaçäo filosófica da modernidade, visando assim fornecer subsídios para a compreensäo da história crítica da razäo feita por Adorno e Horkheimer. Também trata de pontos estratégicos para a abordagem dialética do Iluminismo, com a finalidade de esclarecer a necessidade, posta pelos autores, da consideraçäo das contradiçöes presentes no desenvolvimento da razäo iluminista, tais como progresso/regressäo e autonomia/dominaçäo
Assuntos
Conhecimento , Filosofia/história , ComportamentoRESUMO
Este texto trata de alguns aspectos que julgamos importantes para o entendimento da noção de razão instrumental. Focalizamos numa primeira parte alguns temas inscritos na fundação filosófica da modernidade, visando assim fornecer subsídios para a compreensão da história crítica da razão feita por Adorno e Horkheimer. Procuramos também tratar de pontos estratégicos para a abordagem dialética do Iluminismo, com a finalidade de esclarecer a necessidade, posta pelos autores, da consideração das contradições presentes no desenvolvimento da razão iluminista, tais como progresso/regressão e autonomia/dominação. (AU)
Assuntos
HistóriaRESUMO
Focaliza a questäo dos direitos e deveres do paciente terminal por meio dos três grandes princípios da bioética: autonomia, beneficência e justiça. A singularidade da situaçäo terminal faz aparecer de forma mais nítida a substância ética da relaçäo médico-paciente. Na situaçäo-limite vivida pelo paciente como pessoa, devem ser vistos como básicos e incontornáveis os direitos de saber a verdade, dialogar, decidir e näo sofrer inutilmente
Assuntos
Defesa do Paciente , Doente Terminal/legislação & jurisprudência , Ética Médica , Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida , Relações Médico-Paciente , Revelação da VerdadeRESUMO
Esboça as principais tendências observadas historicamente no desenvolvimento da reflexäo em Ética. O saber prático, o sentido moral, o intelectualismo, o formalismo, o intuicionismo representam algumas das direçöes em que caminhou o pensamento em busca de uma definiçäo do valor moral