RESUMO
Foram estudadas 535 colposcopias, com o objetivo de estabelecer as probabilidades das pacientes referenciadas para o ambulatório de patologia cervical do Instituto Fernandes Figueira (IFF), de apresentarem carcinoma cérvico-uterino, doença préinvasora de alto grau (CIN III e CIN II) e doença pré-invasora de baixo grau (CIN I e HPV) antes e depois da realizaçÝo do exame colposcópico. As colposcopias foram classificadas em : suspeitas colposcopicamente de carcinoma invasor, alteraçSes maiores, alteraçSes menores e achados colposcópicos normais (IFCPC, 1990) e correlacionadas com diagnóstico histológico obtido por biópsia dirigida, conizaçÝo do colo uterino e ressecçÝo com alça eletrocirúrgica. O método de análise foi a razÝo de probabilidades (LR), comparado às probabilidades pré e pós-teste para as imagens colposcópicas estudadas. Foram também estudadas: sensibilidade, especificidade e valores preditivos para cada uma delas. Os exames colposcópicos foram considerados na sua totalidade e posteriormente divididos em satisfatórios e insatisfatórios. As imagens colposcópicas suspeitas de carcinoma invasor, quando os exames foram considerados na sua totalidade, mostraram LR de 135, probabilidade pré-teste de 7 por cento e probabilidade pós-teste de 90 por cento. As imagens colposcópicas de alteraçSes maiores na totalidade dos exames mostraram LR de 11.2, probabilidade pré-teste 25 por cento e probabilidade pós-teste de 79 por cento. Para os achados colposcópicos de alteraçSes menores foram encontrados: na totalidade dos exames LR de 1.3, probabilidade pré-teste de 81 por cento e a pós-teste de 85 por cento. Concluímos portanto que: a colposcopia gerou grande variaçÝo da probabilidade pré-teste (7,0 por cento) para a pós-teste (90 por cento) nas pacientes com imagens colposcópcas suspeitas de carcinoma invasor...