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1.
Araçatuba; s.n; 2022. 42 p. tab.
Tese em Inglês | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1562753

RESUMO

A demora no diagnóstico do câncer atrasa o início do tratamento e tem impacto adverso no prognóstico do paciente. Embora o trauma infantil seja uma realidade comum na vida dos indivíduos, a ciência de sua ocorrência e consequências ainda são negligenciados em portadores de doenças crônicas. Estudos de nossa equipe e outros têm mostrado evidências das consequências do trauma infantil sobre aspectos emocionais, comportamentais e clinicopatológicos em pacientes com câncer. No entanto, até o momento, não há estudos que avaliaram a associação do trauma na infância com o atraso para o diagnóstico do câncer. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar, pela primeira vez, a relação entre a ocorrência de trauma infantil e o tempo de demora para o diagnóstico da doença em um grupo de pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP). Neste estudo transversal, 111 pacientes com câncer de cabeça e pescoço foram avaliados quanto aos fatores preditores para o tempo prolongado do paciente procurar atendimento e de sua trajetória no sistema de saúde até o diagnóstico da doença. O ponto de corte para avaliação do atraso para o diagnóstico foi de 3 meses, considerando até 3 meses como menor atraso e mais de 3 meses como maior atraso. Dados demográficos, clinicopatológicos e comportamentais foram extraídos dos prontuários dos pacientes. O Questionário sobre Trauma na Infância (QUESI) foi utilizado para avaliar a ocorrência de trauma infantil. Análises de regressão múltipla foram usadas para avaliar a associação das variáveis demográficas, comportamentais e clinicopatológicas, bem como da ocorrência de trauma na Infância com tempo de demora para o diagnóstico de câncer. Os resultados mostraram que o tempo médio de demora para os pacientes com CCP procurarem atendimento após perceber o primeiro sinal da doença foi de 129,50 dias, e o tempo médio de atraso entre o paciente procurar o primeiro serviço de saúde após perceber o tumor e receber o diagnóstico definitivo de câncer foi 196,43 dias. A ocorrência de abuso físico na infância foi uma variável independente para maior demora do paciente em procurar o primeiro atendimento após ter percebido o primeiro sintoma de câncer (OR = 3,22, IC = 1,020-10,183, p = 0,046). Pacientes que tinham o tumor localizado na laringe (OR = 13,5, IC = 2,645-69,355, p = 0,002) e tinham histórico de abuso emocional na infância (OR = 6,7, IC = 1,974-23,293, p = 0,002) eram mais propensos a terem um tempo maior que 3 meses entre a primeira consulta em um serviço de saúde e o recebimento do diagnóstico de câncer. Pacientes do sexo feminino (OR = 5,6, IC = 1,658-18,934, p = 0,006) e com o tumor localizado na laringe (OR = 11,2, IC = 2,204-56,987, p = 0,004), tiveram um maior atraso entre perceber o primeiro sintoma e ter o diagnóstico da doença. Em conjunto a fatores clinicopatológicos, o histórico de experiências traumáticas na infância pode ser preditivo para um maior atraso do paciente com câncer procurar os serviços de saúde e receber o diagnóstico. Os resultados do presente estudo devem estimular que a redução do trauma no período infantil seja considerada no desenvolvimento de estratégias para a prevenção secundária do câncer(AU)


Delay in the diagnosis of cancer retard the initiation of treatment and has an adverse impact on the patient's prognosis. Although childhood trauma is a common reality in the lives of individuals, the science of its occurrence and consequences are still neglected in patients with chronic diseases. Studies by our team and others have shown evidence of the consequences of childhood trauma on emotional, behavioral and clinicopathological aspects in cancer patients. However, to date, there are no studies that have evaluated the association of childhood trauma with delay in cancer diagnosis. The objective of the present research was to evaluate, for the first time, the relationship between the occurrence of childhood trauma and the delay time for the diagnosis of the disease in a group of patients with head and neck cancer (HNC). In this cross-sectional study, 111 patients with head and neck cancer were evaluated regarding predicting factors for the patient's prolonged time to seek care and their trajectory in the health system until the diagnosis of the disease. The cut-off point for evaluating the delay for diagnosis was 3 months, considering up to 3 months as the shortest delay and more than 3 months as the longest delay. Demographic, clinicopathological and behavioral data were extracted from the patients' records. The Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) was used to assess the occurrence of childhood trauma. Multiple regression analyzes were used to assess the association of demographic, behavioral, and clinicopathological variables, as well as the occurrence of childhood trauma with time delay for the diagnosis of cancer. The results showed that the average delay for HNC patients to seek care after noticing the first sign of the disease was 129.50 days, and the average delay time between the patient seeking the first healthcare professional after noticing the tumor and receiving the definitive diagnosis of cancer was 196.43 days. The childhood physical abuse occurrence was an independent variable for the patient's longer delay in seeking first care after having noticed the first symptom of cancer (OR = 3.22, CI = 1.020-10.183, p = 0.046). Patients who had the tumor located in the larynx (OR = 13.5, CI = 2.645- 69.355, p = 0.002) and had a history of childhood emotional abuse (OR = 6.7, CI = 1.974-23.293, p = 0.002) were more likely to have a time greater than 3 months between the first consultation at a health service and receiving the diagnosis of cancer. Female patients (OR = 5.6, CI = 1.658-18.934, p = 0.006) and with the tumor located in the larynx (OR = 11.2, CI = 2.204-56.987, p = 0.004), had a longer delay between noticing the first symptom and being diagnosed with the disease. In conjunction with clinicopathological factors, the history of traumatic experiences in childhood may be predictive of a longer delay in the cancer patient seeking health services and receiving the diagnosis. The results of the present study should encourage the reduction of childhood trauma to be considered in the development of strategies for secondary cancer prevention(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Pólipos , Neoplasias Laríngeas , Trauma Psicológico , Adultos Sobreviventes de Eventos Adversos na Infância , Neoplasias de Cabeça e Pescoço , Serviços Básicos de Saúde , Sobreviventes Adultos de Maus-Tratos Infantis , Experiências Adversas da Infância , Neoplasias/diagnóstico , Neoplasias/prevenção & controle
2.
Araçatuba; s.n; 2017. 59 p. tab.
Tese em Inglês, Português | BBO - Odontologia | ID: biblio-911464

RESUMO

Introdução: Eventos traumáticos na infância têm sido associados à ocorrência de ansiedade e depressão na fase adulta. Esta relação tem sido investigada em pacientes com câncer de mama, mas pouco explorada em pacientes com outros tipos de câncer. Objetivo: Avaliar a ocorrência de eventos traumáticos na infância e sua associação com as características clinicopatológicas e desordens emocionais em pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP). Método: Foram incluídos no estudo 110 pacientes com diagnóstico de carcinoma espinocelular (CEC) de cabeça e pescoço antes de iniciar o tratamento oncológico. Dados clinicopatológicos e biocomportamentais foram coletados dos prontuários clínicos dos pacientes. Os níveis de ansiedade e depressão foram avaliados por meio do Inventário de Ansiedade de Beck (IAB) e o Inventário de Depressão de Beck (IDB), respectivamente. Questionário sobre Trauma na Infância (CTQ) foi utilizado para avaliar a ocorrência de eventos traumáticos na infância. Resultados: A maioria dos pacientes eram homens (88,2%) com tumores localizados na boca (65.6%), laringe (19%) e orofaringe (15.4%). Cento e cinco pacientes (95.5%) relataram pelo menos um tipo de experiência traumática na infância. A negligência emocional foi o subtipo de trauma mais reportado (43.8%) e análise multivariada revelou que ela foi uma variável independente para estadiamento clínico avançado (ß=2.15, p=0.048) e maior consumo de álcool (ß=2.32, p=0.031). Pacientes com CCP que tiveram maior ocorrência de trauma na infância apresentaram quase 12 vezes mais chance de apresentar níveis elevados de depressão durante o período pré-tratamento (ß=11.89; p=0.0002). A ocorrência de negligência física na infância foi preditiva para aumento dos níveis de ansiedade (ß=4.17; p=0.029). Conclusão: Eventos traumáticos na infância são preditivos para o estadiamento clínico avançado, consumo de álcool e sintomas psicológicos em pacientes com câncer de cabeça e pescoço e devem ser consideradas nas estratégias de intervenção clínica e psicológica durante o tratamento oncológico(AU)


Introduction: Childhood Traumatic events have been associated with anxiety and depression occurrence in adulthood. This relationship has been investigated in breast cancer patients, however it is little explored in patients with other types of cancer. Objective: To evaluate the childhood trauma occurrence in head and neck cancer (HNC) patients, as well as its association with clinicopathological variables, and anxiety and depression levels. Method: The study included 110 head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) patients before starting cancer treatment. Clinicopathological and biobehavioral data were collected from patient's medical records. Anxiety and depression levels were assessed by Beck Anxiety Inventory (BAI) and Beck Depression Inventory (BDI), respectively. Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) was used to evaluate the childhood traumatic events occurrence. Results: The most of the HNSCC patients was men (88.2%), with tumors located in oral cavity (65.6%), larynx (19%) and oropharynx (15.4%). One hundred and five patients (95.5%) had experienced at least one type of childhood trauma. Emotional neglect was the most reported childhood trauma (43.8%) and multiple regression revealed that it was an independent variable for advanced clinical staging (ß=2.15, p=0.048), and higher alcohol consumption (ß=2.32, p=0.031). HNSCC patients who had a higher occurrence of traumatic events in childhood had almost 12 times more chances of having increased depression levels during the pre-treatment period (ß=11.89; p=0.0002). Childhood physical neglect occurrence was a predictive factor for increased anxiety levels (ß = 4.17, p = 0.029). Conclusion: Childhood traumatic events are predictive for advanced clinical staging, alcohol consumption, and emotional disorders in HNSCC patients, and should be considered in clinical and psychological intervention strategies during cancer treatment(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Neoplasias de Cabeça e Pescoço , Trauma Psicológico , Adultos Sobreviventes de Eventos Adversos na Infância , Carcinoma de Células Escamosas , Neoplasias Faciais
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