RESUMO
Tem sido sugerido recentemente o papel da Chlamydia trachomatis como agente potencializador de neoplasia do trato genital feminino. No presente trabalho, foram analisados esfregaços cervicovaginais de pacientes portadoras de carcinomas uterinos tratados por irradiaçäo. Um grupo destas pacientes apresentou esfregaços com alteraçöes morfológicas sugestivas de infecçäo por Chlamydia na coloraçäo de Papanicolaou. A confirmaçäo da presença do agente foi feita pelo método da avidina-biotina-peroxidase. Encontrou-se maior prevalência de Chlamydia no grupo de pacientes com carcinomas uterinos irradiados, em relaçäo à amostragem de populaçäo sem tratamento ionizante. O aparecimento de células com alteraçöes radioterápicas, infectadas por Chlamydia, é achado novo em citologia