RESUMO
Apresenta estudo sobre o Programa de Cartas que tem contribuído para a melhoria da qualidade das informações de mortalidade no Município de São Paulo, promovendo maior especificação das causas de morte e diminuindo a proporção de causas mal definidas ou imprecisas
Assuntos
Humanos , Mortalidade , Registros de MortalidadeRESUMO
Apresenta estudo sobre o Programa de Cartas que tem contribuído para a melhoria da qualidade das informações de mortalidade no Município de São Paulo, promovendo maior especificação das causas de morte e diminuindo a proporção de causas mal definidas ou imprecisas
Assuntos
Humanos , Mortalidade , Registros de MortalidadeRESUMO
As informações de mortalidade são importantes instrumentos para monitorar a violência, pois permitem a avaliação de perfis e tendências, e do impacto das intervenções voltadas para sua redução. Assim, foi avaliada a qualidade do preenchimento e codifição das declarações de óbito por acidentes não especificados e eventos com intenção indeterminada na cidade de São Paulo, no ano de 1996. Métodos - Foram selecionadas, para investigação junto ao Instituto Médico Legal (IML), as declarações de óbitos referentes ao ano de 1996, codificadas como eventos com intenção indeterminada (CID-10: Y10-Y34) e acidentes não especificados (CID-10: X59). Após consulta aos boletins de ocorrência da política, que acompanham os corpos enviados ao IML, às conclusões dos laudos de necrópsia e às fichas de encaminhamento, as declarações de óbitos foram analisadas e a causa básica da morte recodificada. Resultados - Foi possível definir o tipo de acidente em 53,2 por cento dos casos, destacando-se os atropelamentos (15,1 por cento), outros acidentes de trânsito (17,5 por cento) e as quedas (14,5 por cento). Os homicídios e suicídios representaram 9,8 por cento, sendo que em 20,9 por cento não havia informações que permitissem considerá-los acidentais. Em relação aos eventos com intenção indeterminada, observou-se que para dois terços dos óbitos não houve esclarecimento. Nos demais, a causa básica da morte mudou para quedas (10,6 por cento), homicídios (7,5 por cento) e atropelamento (6,7 por cento). Conclusão - A qualidade das informações de mortalidade por causas externas no Município de São Paulo não se mostrou satisfatória; o IML não utiliza todas as informações disponíveis no momento do preenchimento da declaração de óbito. A orientação para codificar como acidentes as declarações de óbito sem o preenchimento do tipo de causa externa não se mostrou adequada, pois 66,0 por cento dos óbitos foram inferidos incorretamente como acidentais. A melhoria de qualidade das informações de mortalidade por causas externas pode contribuir para o monitoramento da violência, como base à tomada de decisões para sua redução.