RESUMO
INTRODUÇÃO: As taquicardias supraventriculares mantidas por via acessória (taquicardia por reentrada atrioventricular) na grande maioria dos casos geram ondas p retrogradas negativas na parede inferior. Entretanto raros casos de localização anterosseptal (2,5% do total de pacientes com Wolff Parkinson White - WPW) podem ter ondas p positivas na parede inferior, se confundindo com taquicardia atrial associada à BAV de primeiro grau. Objetivo: Descrever o padrão de ECG de uma criança com WPW com via de localização anterosseptal que durante a crise de taquicardia apresentava ondas P positivas na parede inferior. APRESENTAÇÃO DO CASO: Adolescente, feminina de 11 anos foi admitida no PS com taquicardia estável hemodinamicamente. O ECG da admissão evidenciava FC 300 bpm com ondas P retrogradas sobre o segmento ST PR>RP'com projeção positiva na parede inferior. A administração de adenosina interrompeu a taquicardia. O ECG basal demonstrou a presença de pré- excitação ventricular com via acessória anterosseptal direita justificando o comportamento da onda P durante a taquicardia. A paciente se encontra sem crises em uso de propafenona e atenolol em discussão quanto à realização de ablação por radiofrequência pelos riscos de lesão do sistema de condução. DISCUSSÃO: As via parahissianas em posição anterosseptal correspondem a aproximadamente 2,5% dos casos de WPW. Muitas vezes a visualização de ondas P positivas em derivações inferiores podem levar ao diagnóstico errôneo de taquicardia atrial associada a BAV de primeiro grau. A positividade geralmente deve-se a ascenção dos vetores ao teto do atrio e posterior despolarização da parede interior. Quando após a reversão a pre-excitação é demonstrada o diagnóstico eletrocardiográfiico é facilitado. Em casos de via acessória oculta manobras eletrofisiológicas (encarrilhamento, pace parahissiano, apice base ou adenosina) podem ser necessárias. CONCLUSÃO: 1) Via acessória anterosseptal direita (parahissiana) e pode gerar ondas P positivas na parede inferior durante a taquicardia; 2) Nos casos de vias parahissianas os riscos para BAVT devem sempre ser considerados. (AU)
Assuntos
Humanos , Síndrome de Wolff-Parkinson-White , Taquicardia SupraventricularRESUMO
INTRODUÇÃO: As taquicardias supraventriculares mantidas por via acessória (taquicardia por reentrada atrioventricular) na grande maioria dos casos geram ondas p retrogradas negativas na parede inferior. Entretanto raros casos de localização anterosseptal (2,5% do total de pacientes com Wolff Parkinson White - WPW) podem ter ondas p positivas na parede inferior, se confundindo com taquicardia atrial associada à BAV de primeiro grau. OBJETIVO: Descrever o padrão de ECG de uma criança com WPW com via de localização anterosseptal que durante a crise de taquicardia apresentava ondas P positivas na parede inferior. DESCRIÇÃO DO CASO: Adolescente, feminina de 11 anos foi admitida no PS com taquicardia estável hemodinamicamente. O ECG da admissão evidenciava FC 300 bpm com ondas P retrogradas sobre o segmento ST PR>RP' com projeção positiva na parede inferior. A administração de adenosina interrompeu a taquicardia. O ECG basal demonstrou a presença de pré- excitação ventricular com via acessória anterosseptal direita justificando o comportamento da onda P durante a taquicardia. A paciente se encontra sem crises em uso de propafenona e atenolol em discussão quanto à realização de ablação por radiofrequência pelos riscos de lesão do sistema de condução. CONCLUSÃO: 1) Via acessória anterosseptal direita (parahissiana) e pode gerar ondas P positivas na parede inferior durante a taquicardia; 2) Nos casos de vias parahissianas os riscos para BAVT devem sempre ser considerados. (AU)
Assuntos
Criança , Síndrome de Wolff-Parkinson-White , Taquicardia Supraventricular , EletrocardiografiaRESUMO
O transplante cardíaco pediátrico é um assunto de grande relevância no mundo diante do impacto na sobrevida das crianças acometidas por cardiopatia. Representa tratamento crucial para inúmeros pacientes jovens, com opções cirúrgicas limitadas quando em estágio terminal de insuficiência cardíaca. O presente trabalhos se propõe a realizar uma análise história e técnica do transplante cardíaco e as perspectivas desse tratamento, principalmente no Brasil, a partir de uma revisão da literatura atual acerca do tema. Os dados levantados evidenciaram que o transplante cardíaco pediátrico apresenta peculiaridades em relação ao da população adulta, as quais dificultam a execução da técnica em muitos países, acarretando em um número reduzido desse tipo de transplante anualmente...