RESUMO
Este é um estudo piloto realizado em duas populações no rio Negro, São Gabriel da Cachoeira/SGC, na divisa com a Colômbia e o Peru (médio rio Negro), e Barcelos/ BCL (baixo rio Negro), próximo à cidade de Manaus. De ambas as localidades vieram peixes e uma amostra aleatória de cabelos da população. Resultados: de SGC analisamos 139 peixes de 8 espécies carnívoras, com média de mercúrio/Hg de 0,620 µg/g (0,097- 3,921 µg/g), e 76 de 2 espécies não-carnívoras, com média de 0,102 µg/g (0,003-0,552 µg/g). As 157 amostras de cabelo ficaram com média de 13,025 µg/g (0,303-83,116 µg/g). De BCL analisamos 126 peixes de 8 espécies carnívoras, com média de 0,459 µg/g (0,062-1,930 µg/g), e 147 de 6 espécies não-carnívoras, com média de 0,097 µg/g (0,018-0,184 µg/g). As 242 amostras de cabelo ficaram com média de 9,671 µg/g (0,0719- 52,049 µg/g). Existe garimpagem no alto rio Negro, na Colômbia e os teores de mercúrio apresentam um gradiente que, começando em São Gabriel da Cachoeira, diminui na direção de Barcelos. O trabalho apresenta gráfico comparativo de teores de mercúrio no rio Negro e teores em área de exposição ao mercúrio da garimpagem e áreas controle. Conclui, recomendando maiores investigações na bacia do rio, sobretudo em populações humanas.
Assuntos
Ecossistema Amazônico , Peixes , MercúrioRESUMO
Consiste em avaliar os níveis de mercúrio no pescado consumido pela comunidade indígena de Sai Cinza (Reserva Munduruku) no Estado do Pará, e associá-los com os hábitos de consumo da populaçäo. Um total de oitenta espécimes de peixes foram capturados. As determinaçöes de Hg foram realizadas por absorçäo atômica. A concentraçäo média de Hg nas espécies carnívoras foi de 0,293 µg/g (DP = 0,104) enquanto nas näo carnívoras foi de 0,112 µg/g (DP= 0,036). As espécies referidas como de maior consumo entre os 330 indivíduos entrevistados foram: tucunaré, pacu, jaraqui, traíra, aracu, matrinchä e caratinga. As espécies com concentraçöes mais elevadas de Hg foram tucunaré e traíra, que estäo entre os peixes mais consumidos. A freqüência de consumo constitui-se num fator importante na avaliaçäo de risco de contaminaçäo por mercúrio em comunidades que näo têm outras alternativas de alimentaçäo.