RESUMO
Purpose To verify sociodemographic factors associated with the occurrence of abortion in women of reproductive age, in areas covered by the Family Health Strategy (FHS), a program from the Brazilian Ministry of Health. Methods A cross-sectional study using household surveys of 350 women aged 15 to 49. The report of abortion was a variable indicator, and sociodemographic aspects were covariables. Prevalence ratio (PR) and respective 95% confidence intervals were used to estimate the magnitude of the associations. Results There were associations among age, civil status, race/color, and religion; an increase in the prevalence of lower levels of education, age less than 20, and student status were protective factors. Conclusion The association between sociodemographic characteristics and the report of abortion is attributed to the fact that there is a lack at the FHS in the availability of fundamental healthcare services for young women; these findings call for action to guarantee the access to information about contraceptives and guidance to decrease the risk of unplanned pregnancies and abortions.
Assuntos
Aborto Induzido/estatística & dados numéricos , Aborto Espontâneo/epidemiologia , Adolescente , Adulto , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Fatores Socioeconômicos , Adulto JovemRESUMO
Abstract Purpose To verify sociodemographic factors associated with the occurrence of abortion in women of reproductive age, in areas covered by the Family Health Strategy (FHS), a program from the Brazilian Ministry of Health. Methods A cross-sectional study using household surveys of 350 women aged 15 to 49. The report of abortion was a variable indicator, and sociodemographic aspects were covariables. Prevalence ratio (PR) and respective 95% confidence intervals were used to estimate the magnitude of the associations. Results There were associations among age, civil status, race/color, and religion; an increase in the prevalence of lower levels of education, age less than 20, and student status were protective factors. Conclusion The association between sociodemographic characteristics and the report of abortion is attributed to the fact that there is a lack at the FHS in the availability of fundamental healthcare services for young women; these findings call for action to guarantee the access to information about contraceptives and guidance to decrease the risk of unplanned pregnancies and abortions.
Resumo Objetivo Verificar fatores sociodemográficos associados à ocorrência de aborto em mulheres em idade reprodutiva, em área de cobertura de Estratégia Saúde da Família ( ESF ). Métodos Estudo de corte transversal, por inquérito domiciliar com 350 mulheres de 15 a 49 anos de idade. Relato de aborto constituiu variável indicadora e aspectos sociodemográficos covariáveis. Utilizou-se a razão de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança a 95% para estimar a magnitude das associações. Resultados Houve associação entre idade, estado civil, raça/cor e religião. Aumento da prevalência na menor escolaridade e ser menor de 20 anos e estudante constituíram fator de proteção. Conclusão A associação entre características sociodemográficas e relato de aborto remete a uma atenção à saúde na ESF sem cumprimento dos fundamentos das políticas para mulheres, e suscita ações que garantam às jovens acesso a informações, contraceptivos e a orientações que diminuam os riscos de gravidez não planejada e de abortos.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Aborto Induzido/estatística & dados numéricos , Aborto Espontâneo/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Fatores SocioeconômicosRESUMO
A mortalidade materna é um agravo que, a despeito de ser em sua maioria evitável, ainda se constitui em um graveproblema de saúde pública, que, no Brasil, atinge as classes sociais menos favorecidas. Pesquisa bibliográfica que objetivou analisar a produção científica de enfermagem sobre mortalidade materna na Revista Brasileira de Enfermagem, Revista Anna Nery e Revista Latino-Americana em Enfermagem, no período de 2000 a 2008. Utilizou-se para a busca dos artigos os descritores: saúde da mulher, enfermagem obstétrica e mortalidade materna. Do total de 2.370 artigos publicados por essas revistas no período, 158 apresentaram os descritores acima mencionados. Desses artigos, oito tratam da temática mortalidade materna. Os achados evidenciam participação de doutores e mestres na produção científica em enfermagem sobre mortalidade materna e uma articulação entre academia e universo prático. Sete artigos tratam de estudos quantitativos do tipo documental, com enfoque epidemiológico e um estudo retrata uma abordagem qualitativa, sendo o único a apresentar uma Teoria para fundamentação. As pesquisas não têm investigado a complexidade da temática que envolve questões de ordem individual e coletiva, ambas influenciadaspor problemas políticos e sociais a serem valorizados.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Enfermagem Obstétrica , Literatura de Revisão como Assunto , Mortalidade Materna , Saúde da Mulher , Serviços de Saúde MaternaRESUMO
A saúde reprodutiva é influenciada por uma interação de fatores, entre eles os de ordem social e econômica aos quais se somam os problemas oriundos da atenção oferecida à saúde das mulheres que não tem atendido adequadamente às demandas, comprometendo assim sua qualidade de vida. O Programa Saúde da Família (PSF) por apresenta-se como possibilidade de se obter respostas mais efetivas, desenvolveu-se um estudo que teve como objetivos descrever as características das mulheres cadastradas em uma unidade de PSF com ênfase em eventos reprodutivos e verificar associações entre os fatores sociodemográficos e eventos reprodutivos. Trata-se de pesquisa de corte transversal, exploratória, realizada em uma área circunscrita a uma Unidade de Saúde da Família, no Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba. Os dados foram obtidos no período de maio a julho de 2009 por meio de questionário estruturado, aplicado face a face em domicílio a 376 mulheres na faixa etária de 15 a 49 anos cadastradas no PSF. O estudo teve como variáveis: os fatores sociodemográficos, fatores relacionados às experiências reprodutivas. Foram selecionadas como variáveis indicadoras à idade da iniciação sexual, idade da primeira gravidez e relato de aborto provocado. Utilizou-se para verificar diferenças entre as proporções os testes estatísticos c2 de Pearson e Exato de Fischer ao nível de 5% de significância (a 0,05) e a Odds Ratio (OR) e respectivos intervalos de confiança a 95% para estimar a magnitude das associações. A base de dados, foi constituída utilizando o Microsoft Access versão 2002, para análise dos dados utilizouse o Software STATA versão 8.0. Verificou-se uma associação positiva entre a idade da iniciação sexual e as variáveis escolaridade e situação ocupacional. A associação foi positiva entre primeira gravidez antes dos 20 anos e religião, escolaridade e situação ocupacional. Não houve associação entre os fatores sociodemográficos e o aborto provocado, entretanto, a maior prevalência foi entre as mulheres com melhores níveis de renda e escolaridade. O estudo revelou que mulheres com iniciação sexual antes dos 20 anos têm 4,4 vezes mais chance em realizar aborto provocado, quando comparadas com aquelas que não tiveram a iniciação sexual antes dos 20 anos. Não houve associação entre o relato de aborto provocado e as mulheres com primeira gravidez antes ou após os 20 anos. Diante dos resultados cabe ao poder público promover ações intersetoriais principalmente entre saúde e educação objetivando desenvolver ações que promovam desde a adolescência orientações que diminuam os riscos de gravidez não planejada e de IST/HIV garantindo-se os direitos sexuais e reprodutivos.(AU)