RESUMO
Objetivo: Determinar a precisão dos esfigmomanômetros aneróides, utilizados no Hospital Universitário da Universidade de Brasília. Material e métodos: Foram avaliados 57 aparelhos em relação a defeitos físicos e à precisão. Em novembro de 1997, dois técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) aferiram os esfigmomanômetros aneróides portáteis de médicos, enfermeiros e alunos do Hospital Universitário da Universidade de Brasília, utilizando-se o equipamento Onneken-Calibrator, modelo OM 631.000 S (Alemanha). Resultados: O defeito mais encontrado, na avaliação de 12 equipamentos, foi a perda do batente limitador (7/12). Outros defeitos foram vazamento de ar (2/12) e visor estragado (3/12). Esses aparelhos foram reprovados na aferição. Pelos critérios do Inmetro, 35 aparelhos foram aprovados e receberam o selo de validade, e 10 aparelhos foram reprovados. Se considerarmos os critérios do National Bureau of Standards e os da Association for the Advancement of Medical Instrumentation, 15 aparelhos teriam sido reprovados, dos quais nove superestimaram a medida da pressão sanguínea arterial e seis a subestimaram. Dos 57 aparelhos, 55 (96,5 por cento) estavam em uso. Conclusão: Constatou-se que 22 (38,5 por cento) de todos os manômetros avaliados, segundo os critérios do Inmetro, apresentaram-se inadequados à pratica clínica, 12 (21 por cento) por defeitos físicos e 10 (17,5 por cento) por imprecisão. Esses números estão de acordo com os descritos na literatura. Se considerarmos os critérios mais rígidos do National Bureau Standards da Association for the Advancement of Medical Instrumentation, essa porcentagem subirá para 47 por cento.