RESUMO
OBJECTIVES: Our goal was to compare the hydrogen potential (pH) and residual gastric volume (RGV) of patients undergoing colonoscopy after 3 and 6 hours of colon preparation with mannitol. METHODS: We described a prospective randomized trial with a 50:50 allocation rate of two distinct times of colonoscopy after colon preparation with 10% mannitol. We included outpatients aged over 18 years, with no history of gastric surgeries and an American Society of Anesthesiologists (ASA)-rated anesthetic risk below III. Colonoscopy was performed after upper digestive endoscopy at two different times: 3 versus 6-hour after mannitol ingestion. During upper gastrointestinal endoscopy, we measured RGV and evaluated pH with a digital pH meter. Clinical trials.gov: 71123317.9.3001.0065. RESULTS: We randomized a total of 100 participants to the 3 and 6-hour groups, with the patients in the 6-hour group being younger and presenting a higher body mass index (BMI). The intervention did not result in any statistically significant differences between the two groups, neither for the RGV (p=0.98) or the pH (p=0.732). However, the subgroup of patients with diabetes mellitus showed statistically significant higher RGV values in the 3-hour group. CONCLUSION: There was no difference between RGV and pH values at 3 versus 6-hour after bowel preparation with mannitol, except for RGV in diabetic patients at 3 hours. As prolonged fasting protocols may result in adverse events such as dehydration and electrolyte imbalance, we can infer that colonic preparation with mannitol in shorter fasting periods, such as 3 hours, can be adopted safely and routinely.
Assuntos
Colonoscopia , Manitol , Adulto , Colo/cirurgia , Humanos , Concentração de Íons de Hidrogênio , Manitol/efeitos adversos , Pessoa de Meia-Idade , Estudos ProspectivosRESUMO
OBJECTIVES: Our goal was to compare the hydrogen potential (pH) and residual gastric volume (RGV) of patients undergoing colonoscopy after 3 and 6 hours of colon preparation with mannitol. METHODS: We described a prospective randomized trial with a 50:50 allocation rate of two distinct times of colonoscopy after colon preparation with 10% mannitol. We included outpatients aged over 18 years, with no history of gastric surgeries and an American Society of Anesthesiologists (ASA)-rated anesthetic risk below III. Colonoscopy was performed after upper digestive endoscopy at two different times: 3 versus 6-hour after mannitol ingestion. During upper gastrointestinal endoscopy, we measured RGV and evaluated pH with a digital pH meter. Clinical trials.gov: 71123317.9.3001.0065 RESULTS: We randomized a total of 100 participants to the 3 and 6-hour groups, with the patients in the 6-hour group being younger and presenting a higher body mass index (BMI). The intervention did not result in any statistically significant differences between the two groups, neither for the RGV (p=0.98) or the pH (p=0.732). However, the subgroup of patients with diabetes mellitus showed statistically significant higher RGV values in the 3-hour group. CONCLUSION There was no difference between RGV and pH values at 3 versus 6-hour after bowel preparation with mannitol, except for RGV in diabetic patients at 3 hours. As prolonged fasting protocols may result in adverse events such as dehydration and electrolyte imbalance, we can infer that colonic preparation with mannitol in shorter fasting periods, such as 3 hours, can be adopted safely and routinely.
Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Colonoscopia , Manitol/efeitos adversos , Estudos Prospectivos , Colo/cirurgia , Concentração de Íons de HidrogênioRESUMO
The placement of percutaneous endoscopic gastrojejunostomy (PEG-J) provides diet delivery beyond the angle of Treitz, and it is associated with decrease of complications related to gastroparesis, such as aspiration pneumonia. There are many different techniques to perform a PEG-J described in the literature, with variable degrees of technical success. In this article, we suggest modifications to the technique of PEG-J placement in order to reduce time of procedure and minimize the risk of technical failure.
A realização da gastro-jejunostomia endoscópica percutânea (PEG-J) proporciona nutrição além do ângulo de Treitz, e está associada à diminuição das complicações relacionadas à gastroparesia, como a pneumonia por aspiração. Existem diversas técnicas para realização da PEG-J descritas na literatura, com graus variáveis de sucesso técnico. Neste artigo propomos modificações na técnica de realização da PEG-J, a fim de reduzir o tempo do procedimento e minimizar o risco de insucesso.
Assuntos
Endoscopia Gastrointestinal , Derivação Gástrica/métodos , HumanosRESUMO
RESUMO A realização da gastro-jejunostomia endoscópica percutânea (PEG-J) proporciona nutrição além do ângulo de Treitz, e está associada à diminuição das complicações relacionadas à gastroparesia, como a pneumonia por aspiração. Existem diversas técnicas para realização da PEG-J descritas na literatura, com graus variáveis de sucesso técnico. Neste artigo propomos modificações na técnica de realização da PEG-J, a fim de reduzir o tempo do procedimento e minimizar o risco de insucesso.
ABSTRACT The placement of percutaneous endoscopic gastrojejunostomy (PEG-J) provides diet delivery beyond the angle of Treitz, and it is associated with decrease of complications related to gastroparesis, such as aspiration pneumonia. There are many different techniques to perform a PEG-J described in the literature, with variable degrees of technical success. In this article, we suggest modifications to the technique of PEG-J placement in order to reduce time of procedure and minimize the risk of technical failure.
Assuntos
Humanos , Derivação Gástrica/métodos , Endoscopia GastrointestinalRESUMO
Introdução: pólipos serrilhados representam um grupo heterogêneo de pólipos que são lesões precursoras para carcinomas colorretais serrilhados. Estes desenvolvem através da via serrilhada, caracterizada por metilação do DNA e mutação do gene BRAF. A classificação histológica dos pólipos serrilhados tem evoluído ao longo das duas últimas décadas para distinguir três subtipos: pólipo hiperplásico (PH), adenoma serrilhado séssil (ASS) e adenoma serrilhado tradicional (AST). Objetivos: avaliar a epidemiologia dos adenomas serrilhados em pacientes submetidos à colonoscopia no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em uma casuística, nos anos de 2013 e 2014. Métodos: foram avaliados 5720 pacientes submetidos à colonoscopia por diversas indicações, sendo que 139 deles tinham adenomas serrilhados. Resultados: a idade média dos pacientes que apresentaram adenomas serrilhados foi de 63 anos, sendo mais comum no sexo feminino. O segmento intestinal mais acometido foi o cólon direito e o tamanho médio dos adenomas foi de 0,2 cm, sendo mais comuns as lesões sésseis. Conclusão: os adenomas serrilhados possuem uma aparência endoscópica distinta dos adenomas convencionais, sendo muitas vezes sutil. Colonoscopia eficaz requer identificação precisa destas lesões e manejo adequado, já que possuem risco de evolução para câncer colorretal.
Introduction: serrated polyps represent a heterogeneous group of polyps that are precursor lesions to colorectal serrated carcinomas. These developed through the serrated means, characterized in DNA methylation and BRAF gene. The histological classification of serrated polyps have evolved over the past two decades to distinguish three subtypes: hyperplastic polyps (HP), sessile serrated adenoma (SSA) and traditional serrated adenoma (TSA). Aims: to evaluate the epidemiology of serrated adenomas in patients undergoing colonoscopy at the Hospital Alemão Oswaldo Cruz, by one single examinator, in the years 2013 and 2014. Methods: we evaluated 5720 patients undergoing colonoscopy for different indications, with 139 of them had serrated adenomas. Results: the mean age of patients with serrated adenomas was 63 years and is more common in females. The most affected intestinal segment was the right colon and the average size of adenomas was 0.2 cm, more common sessile lesions. Conclusion: the serrated adenomas have a distinctive endoscopic appearance of conventional adenomas, often subtle. Effective colonoscopy requires accurate identification of these lesions and appropriate management, as they have risk for developing colorectal cancer.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Neoplasias Colorretais , Colonoscopia , Pólipos , Adenocarcinoma , EpidemiologiaRESUMO
A neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN) é um tumor cístico do pâncreas. Os primeiros relatos de IPMN datam do início da década de 80. Sua incidência ainda é desconhecida, porém a prevalência dessas neoplasias em um estudo realizado com a população de Minessota nos Estados Unidos, mostrou 2.04 casos para 100.000 hab4. A etiologia permanece obscura, mas a evidência crescente sugere o envolvimento de várias vias responsáveis pelo aparecimento da neoplasia, incluindo uma associação com síndromes hereditárias. IPMN ocorre mais comumente nos homens, com idade média ao diagnóstico entre 64 e 67 anos. No momento do diagnóstico, podem ainda ser benignos, com ou sem displasia ou francamente malignos, se apresentando já como um carcinoma invasivo. Em geral, os pequenos IPMNs localizados nos ramos secundários são benignos, particularmente em doentes assintomáticos, nesses casos podem ser submetidos a tratamentos conservadores. Em contraste, os tumores do ducto principal devem ser ressecados e cuidadosamente examinados à procura de um componente invasivo. Na ausência de invasão, a sobrevida é excelente, 94-100%. Para os doentes com carcinoma invasivo IPMN-associado, o prognóstico é melhor do que aqueles com um adenocarcinoma ductal isolado, com uma sobrevivência de 5 anos de 40% a 60% em algumas séries. No entanto, nenhuma vantagem de sobrevivência pôde ser demonstrada em relação aos tipos histológicos (tubular convencional versus mucinosos). Diversas variantes histomorfológicas são reconhecidas, embora o significado clínico desses subtipos não está bem definido.
Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso de 80 Anos ou mais , Neoplasias Intraductais PancreáticasRESUMO
Conceitualmente, hemorragia digestiva alta (EDA) é definida como qualquer sangramento de localização proximal ao ângulo de Treitz na prática originária do esôfago, estômago e duodeno. Apesar dos avanços, tanto na área diagnóstica quanto terapêutica, a hemorragia digestiva continua sendo uma importante causa de morbimortalidade, com alta incidência e de grande impacto econômico. Mesmo com novas técnicas endoscópicas, a mortalidade permanece elevada com o passar dos anos. No presente artigo, relatamos o caso de uma paciente de 80 anos de idade que deu entrada em nosso serviço, referindo 2 episódios de hematêmeses nas 12 horas que antecederam à admissão hospitalar. Após estabilização hemodinâmica, foi submetida à EDA que revelou grande pólipo gástrico, sem sinais de sangramento ativo. Optou-se por terapia mecânica hemostática combinada (endoloop e hemoclips), com sucesso. Porém houve ressangramento da lesão, com instabilidade hemodinâmica, e a segunda tentativa de hemostasia mecânica foi associada à correção do INR com plasma, já que a paciente fazia uso crônico de warfarin devido à fibrilação atrial crônica. Paciente evoluiu bem, tendo alta após 3 dias da segunda abordagem endoscópica. Estudos recentes evidenciam que a terapia combinada é mais efetiva do que a monoterapia no controle das hemorragias digestivas altas. No presente caso, optamos por dois métodos mecânicos, com êxito somente após a segunda abordagem. Neste caso, a coagulopatia foi o principal fator predisponente na ocorrência do ressagramento. Portanto sempre se deve atentar para sua correção em casos em que se acredite que a alteração possa influenciar negativamente no prognóstico.
Conceptually, upper gastrointestinal bleeding is defined as any bleeding located proximal to the angle of Treitz, originating from the esophagus, stomach and duodenum. Despite advances in the diagnostic and therapeutic methods, gastrointestinal bleeding remains a important cause of morbidity and mortality, with high incidence and economic impact. Even with new endoscopic techniques, mortality remains high over the years. In this article, we report a case of a 80-year-old woman who was admitted in our hospital, referring 2 episodes of hematemeses, 12 hrs before the admission. After hemodynamic stabilization, we submit de patient to a EGD that revealed a large gastric polyp with no signs of active bleeding. We chose a combined therapy, mechanical and haemostatic (end loop and hem clips), successfully. But after this, there was rebreeding, hemodynamic instability, and a second attempt was tried. In the second approach we associated mechanical therapy to correction of INR with plasma, since the patient had chronic use of warfare due to chronic atria fibrillation. Patient recovered well and was discharged three days after the second endoscopic approach. Recent studies show that combined therapy is more effective than monoterapia in controlling high digestive bleeding. In this case we chose two mechanical methods, successfully only after the second approach. In this case the coagulopathy was the main predisposing factor in the rebleeding occurrence. Therefore we must always be attentive to its correction in cases where we believe that it can negatively influence the prognosis.
Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso de 80 Anos ou mais , Hemorragia Gastrointestinal , Pólipos , Hematemese , Endoscopia GastrointestinalRESUMO
Desde a década de 30, mais especificamente em 1937, Astraldi introduziu a via retal como padrão-ouro para realização de biópsias prostáticas. Desde então, esse procedimento tem se mostrado seguro e com baixas taxas de complicações graves. Em vários estudos publicados recentemente, a hematospermia se mostrou a complicação mais frequente, seguida pela hematúria e em terceiro lugar pelo sangramento retal. Relatamos, neste artigo, o caso de um paciente submetido a biópsias prostáticas por via retal, que evoluiu com sangramento grave, logo após a punção, com repercussão hemodinâmica, necessitando de intervenção endoscópica para bloqueio da hemorragia.