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Sci. med. (Porto Alegre, Online) ; 26(1): 21384, jan-mar 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-834035

RESUMO

OBJETIVOS: Comparar as abordagens terapêuticas na paralisia de Bell (corticoterapia versus corticoterapia mais terapia antiviral, assim como tratamento fisioterápico) e investigar potenciais fatores relacionados com sua evolução clínica e prognóstico. MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos casos de paralisia de Bell atendidos no Hospital Garcia de Orta, em Almada, Portugal, entre 2009 e 2013 (cinco anos). Avaliou-se a gravidade da disfunção inicial da paralisia pela escala de House-Brackmann. A avaliação das abordagens terapêuticas e dos fatores de prognóstico foi realizada com base na taxa e tempo de recuperação, sendo a recuperação considerada total quando o grau de House-Brackmann foi I após a terapêutica. Diabetes mellitus e gravidez e/ou puerpério foram avaliados também como fatores de risco para recorrência. Foram utilizados testes não paramétricos, com nível de significância p<0,05. RESULTADOS: Registraram-se 180 casos de paralisia de Bell no período do estudo, correspondendo a uma incidência média de 36 casos/ano. A principal terapêutica utilizada foi a combinação entre corticosteroide e antiviral, em 67,2% dos casos. A taxa de recuperação total com uso dessa combinação foi de 65,5% (57 de 87 doentes) versus 72,4% (21 de 29 pacientes) com corticoterapia isolada. Relativamente ao tempo de recuperação, 72,4% (63 de 87 doentes) recuperaram em três meses com o uso da combinação versus 75,8% (22 de 29 doentes) com corticoterapia isolada. Não se verificou, portanto, associação estatisticamente significativa entre o tipo de terapêutica tanto relativamente à taxa (p=0,689) como relativamente ao tempo de recuperação (p=0,977). A presença de otalgia e/ou disgeusia foi o único fator estatisticamente relacionado com a evolução clínica, associando-se a uma menor taxa (51,2% versus 74,4%) (p=0,004) e a um maior tempo de recuperação (60,5% versus 79,2% de taxa de recuperação aos três meses) (p=0,011). Verificou-se associação estatisticamente significativa do tratamento fisioterápico com maior taxa de recuperação (p=0,049). Em 24,1% (sete de 29) dos doentes com diabetes mellitus houve recorrência da paralisia, contrastando com apenas 6,0% (nove de 51) de recorrência em doentes sem diabetes mellitus (p=0,006). CONCLUSÕES: Não houve diferença significativa na taxa de recuperação ou no tempo de recuperação da paralisia de Bell entre os casos que receberam terapêutica com corticosteroide e antiviral ou corticoterapia isolada. O tratamento fisioterápico associou-se à maior taxa de recuperação. Dos fatores de prognóstico estudados, apenas a queixa de otalgia e/ou disgeusia foi significativa, constituindo fator de mau prognóstico na paralisia de Bell. A presença de diabetes mellitus revelou-se fator de risco para recorrência da paralisia.


AIMS: To compare therapeutic approaches (corticosteroids vs. corticosteroids + antivirals, as well as physical therapy) in patients with Bell's palsy and to investigate potential factors related to its clinical course and prognosis. METHODS: Retrospective study of clinical cases of Bell's palsy treated at Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal, between 2009 and 2013 (five years). The severity of the initial dysfunction caused by the palsy was assessed using the House-Brackmann scale. Therapeutic approaches and prognostic factors were evaluated based on the rate and time of recovery, and full recovery occurred when a House-Brackmann grade I was observed after therapy. Diabetes mellitus and pregnancy and/or the postpartum period were also evaluated as risk factors for recurrence. Non-parametric tests were used and the significance level was set as p <0.05. RESULTS: One hundred and eighty cases of Bell's palsy were recorded throughout the study period, corresponding to an average incidence of 36 cases/year. The main therapeutic approach consisted of the combination of corticosteroids and antivirals in 67.2% of the cases. The full recovery rate with the combination therapy was 65.5% (57 out of 87 patients) vs. 72.4% (21 out of 29 patients) in corticosteroid therapy alone. As to recovery time, 72.4% (63 out of 87 patients) recovered in 3 months with the use of the combination therapy vs. 75.8% (22 out of 29 patients) in those treated with corticosteroids alone. Therefore, no statistical significance between the type of therapy used and recovery rate (p=0.689) or recovery time (p=0.977). Only otalgia and/or dysgeusia was/were statistically associated with the clinical course, showing a lower recovery rate (51.2% vs. 74.4%) (p=0.004) and longer recovery time (60.5% vs. 79.2% at 3 months) (p=0.011). There was a statistically significant association of physical therapy with higher recovery rate (p=0.049). Palsy recurred in 24.1% of the patients with diabetes (7 out of 29) compared with only 6.0% (9 out of 51) among non-diabetic patients (p=0.006). CONCLUSIONS: No significant difference was observed in recovery rate or recovery time among the cases treated with the combined therapy and those treated with corticosteroids alone. Physical therapy was associated with a higher recovery rate. Among the prognostic factors, only otalgia and/or dysgeusia was/were statistically significant, indicating a poor prognosis of Bell's palsy. The presence of diabetes mellitus proved to be a risk factor for recurrence.


Assuntos
Paralisia de Bell/terapia , Paralisia Facial
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