RESUMO
O objetivo do presente estudo foi analisar o impacto de substâncias químicas utilizadas em endodontia no processo de adesão à dentina em cavidades restauradoras com resina composta. Quarenta dentes humanos foram utilizados e, após preparo cervical, divididos aleatoriamente em quatro grupos experimentais de acordo com o irrigante utilizado no preparo químico-mecânico pela técnica coroa-ápice: G1 - água destilada, G2 - NaOCL 1%, G3 - NaOCL 5% e G4 - NaOCL 1% associado ao EDTA 17%. Cada solução permaneceu 45 minutos em contato com as paredes dentinárias. Em seguida, os canais foram secos e as paredes de esmalte isoladas com cera para fundição. Empregou-se um adesivo dentinário de dois passos após o condicionamento ácido e a restauração instituída com resina composta. Após a termociclagem, os dentes foram secos e o ápice selado com duas camadas de cianoacrilato gel seguido de aplicação de esmalte na superfície radicular. Os espécimes foram imersos em nanquim por 24 horas e posteriormente lavados em água corrente. Os procedimentos de diafanização foram instituídos e os dentes mantidos em salicilato de metila para avaliação por dois examinadores calibrados, utilizando lupa estereomicroscópica (8X) para quantificar o número de faces coronárias infiltradas. Escores correspondentes ao número de faces envolvidas foram analisados através de teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e comparações múltiplas com Student-Newman-Keuls. O Grupo Controle (G1) apresentou os piores resultados de infiltração revelando diferenças estatisticamente significativas em comparação aos grupos G2, G3 e G4 (p<0,05). Ao comparar as outras soluções irrigantes entre si, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes (p<0,05)