RESUMO
Esta escrita tem por objetivo questionar a suposta ditadura da felicidade que vivemos atualmente. Reproduzimos e consumimos modelos de vida sem questionar aquilo que eles têm produzido em nós, colocando-nos a serviço de uma felicidade pautada como modo de recompensa. Pretende-se compreender de que modo a experiência do sofrimento e da fraqueza fazem parte de uma ética afirmativa de vida, a partir do pensamento de Nietzsche e Spinoza. Busca-se pensar para além dos discursos reclamatórios e negacionistas de sofrimento, que acabam por minimizar a potência de nossa existência. O corpo, nessa medida, encontra-se vedado e anestesiado à experiência sensível, enquanto seguimos manuais que acreditamos conter o segredo da felicidade, sem espaço para o sofrimento. Pretende-se encontrar possibilidades de desvios desses modos de pensar o corpo e a vida, com vista a tornar o cotidiano mais leve, percebendo o sofrimento e, até mesmo a morte, sob uma outra ótica, distante de qualquer julgamento moral ou representacional.(AU)
This piece of writing aims to problematize the suppose empire of happiness we live in a currently days. We reproduce and comsume living standards without questioning what they have produce, putting ourselves happiness's service as a way of reward. Itending to think about the way of suffering experience and weakness can be faced as an affirmative ethics of life, according to Nietzsche's and Spinoza's thoughts. This paper seeks to think beyond the complaining and negationists speeches about suffering wich end up minimizing the potentiality of life. In that measure, the body is enclosed and anesthetized to the sensitive experiences, while we are following manuals we believes containing de secret of a happy life, without space to experience of suffering. It also intends to find possibilities to deviate from this way of think about body and life, in order to make daily life lighter, seeing suffering and even death through new eyes, moving away from any moral or representational judgment.(AU)