RESUMO
OBJETIVOS: Caracterizar o consumo de substâncias psicoativas e o perfil de representações e comportamentos associados entre professores do curso médico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com o uso de questionário estruturado, auto-aplicável, proposto aos 180 professores de Medicina da UFJF. RESULTADOS: Encontramos nessa amostra um percentual de uso-na-vida de tranqüilizantes mais elevado (34 por cento) e o mais baixo relato de uso de Cannabis (12 por cento) que estudos realizados com alunos da UFJF, médicos e residentes americanos. O uso-na-vida de tranqüilizantes se correlacionou, significativamente, à freqüência a igrejas, e o uso de solventes, à freqüência a bares. O autoconceito dos professores da UFJF parece não se alterar com o uso-na-vida das diferentes substâncias - exceto para a maconha, quando o uso se associa à avaliação excelente. CONCLUSÃO: Os sujeitos apresentaram um visão pessimista sobre o alcoolismo e admitem causalidade primariamente psicossocial para o abuso de psicoativos, ou seja, em sua confluência, essas concepções parecem fundamentar niilismo terapêutico.