RESUMO
Eurihaline fish support waters with different salt concentration. However, numerous studies have shown that salinity can affect fish development. Thus, the effect of salinity change from 20 to 5 and 35 on survival, weight, length, gill chloride cell ultrastructure and gill Na+, K+ ATPase activity was evaluated in Centropomus parallelus following short-term (6, 24 and 96 hours) and long-term exposure (30 and 60 days). Salinity did not affect C. parallelus survival, final weight and length. The quantity of chloride cells increased visibly at salinities of 5 and 35, with the cells exhibiting the typical features of uptake and secretory cells, respectively. Na+, K+ ATPase activity in the gill of the C. parallelus was significantly greater at a salinity of 5 than at a salinity of 20 or 35 after 96 hours, but not after 30 or 60 days. These results indicate that salinity change from high to low salt water induces gill chloride cell and Na+, K+ ATPase activity adaptations after short-term exposure. However, after long-term exposure at salinity 5, gill Na+, K+ ATPase activity is no more necessary at high levels. The increase in salinity to 35 does not induce significant change in gills. Juveniles of C. parallelus may thus be capable of acclimating to salinities of 5 to 35 for 60 days without significant effects on development.
Peixes eurihalinos suportam águas com diferentes concentrações de sal. Contudo, muitos estudos têm mostrado que a salinidade pode afetar o desenvolvimento do peixe. Portanto, o efeito da mudança de salinidade de 20 para 5 e 35 na taxa de sobrevivência, peso, comprimento, morfologia das células de cloreto branquiais e atividade da Na+, K+ ATPase foram avaliadas no Centropomus parallelus após curto (6, 24 e 96 horas) e longo tempo de exposição (30 e 60 dias). A salinidade não afetou a sobrevivência, o peso e comprimento final do robalo-peva. A quantidade de células de cloreto aumentou visivelmente nas salinidades 5 e 35, exibindo morfologias típicas de células que absorvem e secretam sal, respectivamente. A atividade da Na+, K+ ATPase nas brânquias do C. parallelus foi significativamente maior na salinidade 5 do que nas salinidades 20 ou 35 após 96 horas, mas não após 30 e 60 dias. Esses resultados indicam que a mudança de alta para baixa salinidade provoca adaptações nas células de cloreto e na atividade da Na+, K+ ATPase branquial em curto prazo. Contudo, após longa exposição na salinidade 5, a alta atividade da Na+, K+ ATPase branquial não é mais necessária. O aumento de salinidade para 35 não induz mudanças significativas nas brânquias. Portanto, juvenis de C. parallelus possuem a capacidade de aclimatação nas salinidades de 5 a 35 semefeitos significativos no desenvolvimento após 60 dias.