RESUMO
O artigo descreve o caso de um tumor carcinóide de nasofaringe confirmado por análise imuno-histoquímica. A topografia atingida é incomum nesta doença, que tem predileção por sítios gastrointestinais (apêndice íleo-cecal, íleo e reto), e em menor proporção por sítios do trato aerodigestivo, sendo mais comuns os brônquios e a laringe. Paciente de 55 anos apresentou-se com obstrução nasal, cefaléia e dor retro-orbitária, com exames complementares que evidenciavam volumosa massa em nasofaringe com extensão para cavidade nasal e base de crânio; sem doença em outra topografia. Foi realizada biópsia, via fossa nasal, cujo laudo histopatológico evidenciou tumor carcinóide de nasofaringe bem diferenciado, extremamente celular e monótomo à HE; ao AE1/AE3 apresentou reatividade para ceratina com formação de DOT paranuclear e cromogramina; S100 e citoqueratina negativos.Devido à irressecabilidade do tumor, foi indicada radioterapia paliativa com 70Gy em 35 frações. O resultado clínico foi satisfatório porém sem involução tumoral significativa. A radioterapia pode ser utilizada exclusivamente em tratamento paliativo, porém seus resultados no controle de doença local são ruins.