RESUMO
BACKGROUND: There still are controversies concerning the vertical transmission of hepatitis C virus. AIM: To evaluate the prevalence of antibodies against hepatitis C virus in pregnant women, as well as the rate of vertical transmission of this virus. PATIENTS AND METHODS: Between August 1998 and November 1999, 1,090 consecutive pregnant women were screened for anti-hepatitis C virus; positive results were confirmed by the polymerase chain reaction assay. Patient's viral load was evaluated by the branched deoxyribonucleic acid assay. Hepatitis C virus genotype was identified by direct sequencing of the polymerase chain reaction amplification products. The same tests were performed in the children born from infected mothers at the 1st and 6th month of life. RESULTS: Of the 1,090 mothers surveyed, 29 were positive for anti-hepatitis C virus (prevalence of 2.66%). Twenty-five patients presented with hepatitis C virus RNA, with a median hepatitis C virus viral load of 3.132 +/- 5.891 MEq/mL. Twenty-two patients (six human immunodeficiency virus-coinfected) were followed and gave birth to 23 children; 18 of them had blood samples tested at the 1st month of life, and 22, at the 6th month. Vertical transmission rate was 5.56%; it affected a girl who had hepatitis C virus RNA detectable only in the 1st month sample (41.570 MEq/mL). The mother who transmitted hepatitis C virus was coinfected with human immunodeficiency virus and presented with an hepatitis C virus viral load of 3.765 MEq/mL, with 100% homology with her daughter's hepatitis C virus genotype. CONCLUSION: These results suggest that the prevalence of hepatitis C virus infection in pregnant women should not be neglected, and early diagnosis of vertical transmission and the follow up of infected children should be emphasized.
Assuntos
Anticorpos Anti-Hepatite C/sangue , Hepatite C/transmissão , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas/estatística & dados numéricos , Complicações Infecciosas na Gravidez/sangue , Adolescente , Adulto , Brasil/epidemiologia , Feminino , Seguimentos , Soropositividade para HIV/sangue , Hepatite C/sangue , Hepatite C/epidemiologia , Humanos , Recém-Nascido , Gravidez , Complicações Infecciosas na Gravidez/virologia , RNA Viral/sangue , Estatísticas não Paramétricas , Carga ViralRESUMO
RACIONAL: Considerando a imunossupressão dos pacientes com doença hepática crônica, sua resposta à vacinação é discutida na literatura. OBJETIVOS: Avaliar a resposta à vacina anti-hepatite B em pacientes com hepatite crônica pelo vírus C. MÉTODOS: Estudo prospectivo avaliando 85 pacientes com infecção pelo vírus C (46,8 ± 9,4 anos, 44,7% homens) e 46 adultos saudáveis (36,7 ± 11,1 anos, 39,1% homens). Carga viral foi determinada através do b-DNA em 74 pacientes e o genótipo foi determinado por seqüenciamento em 73 pacientes. Todos os pacientes e os adultos saudáveis receberam três doses da vacina Engerix B® IM (aos 0, 30 e 180 dias). Resposta sorológica à vacina foi dividida em três categorias: soroproteção, quando anti-HBs era >"100 mUI/mL; soroconversão, quando anti-HBs era 10-99 mUI/mL e não-reagente, quando anti-HBs era <10 mUI/mL. RESULTADOS: A resposta da vacina anti-hepatite B em 1 mês após a dose 3 foi soroproteção em 37,7%, soroconversão em 17,6% e não-reagente em 44,7% entre os pacientes, e 84,8%, 13,0% e 2,2%, respectivamente em adultos saudáveis. O número de respostas não-reagentes foi significativamente maior em pacientes com doença hepática crônica. Sessenta e cinco pacientes com hepatite crônica foram comparados a 20 cirróticos compensados em relação à resposta à vacina, mas nenhuma diferença foi observada. A resposta à vacina nos pacientes com genótipos 2 ou 3 (n = 40) foi melhor do que naqueles com genótipo 1 (n = 33). A resposta não foi relacionada com a concentração de VHC-RNA. CONCLUSÃO: O número de não-respondedores foi maior em pacientes com infecção crônica pelo vírus C, independentemente do "status" histológico e da carga viral. É sugerido que tais pacientes deveriam receber uma dose dupla de vacina, particularmente aqueles com genótipo 1.
Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Vacinas contra Hepatite B/imunologia , Hepatite C Crônica/imunologia , Doença Crônica , Genótipo , Hepacivirus/genética , Hepacivirus/imunologia , Vacinas contra Hepatite B/administração & dosagem , Hepatite B/prevenção & controle , Hepatite C Crônica/genética , Hepatite C Crônica/virologia , Estudos Prospectivos , Resultado do Tratamento , Carga ViralRESUMO
RACIONAL: Ainda existem controvérsias em relação à transmissão vertical do vírus da hepatite C (VHC). OBJETIVO: Avaliar a prevalência dos anticorpos contra o VHC (anti-VHC) em mulheres grávidas, bem como a percentagem de transmissão vertical observada. PACIENTES E MÉTODOS: Entre agosto de 1998 e novembro de 1999, 1.090 mulheres grávidas consecutivas realizaram a determinação do anti-VHC. A confirmação do teste foi feita pela reação em cadeia da polimerase. A carga viral foi determinada pelo b-DNA e o genótipo por seqüenciamento. Os mesmos testes foram realizados no 1º e 6º mês de vida, nas crianças nascidas de mães infectadas. RESULTADOS: Das 1.090 mães estudadas, 29 apresentaram positividade para o anti-VHC (prevalência de 2,66%). Em 25 pacientes foi demonstrado o RNA do VHC, sendo que a carga viral média foi de 3,132 ± 5,891 MEq/mL. Vinte e duas pacientes (6 co-infectadas com o vírus da imunodeficiência humana) foram seguidas e deram à luz a 23 crianças, das quais 18 tiveram seu sangue testado no 1º mês e 22 no 6º mês. Foi observada transmissão vertical em 5,56% dos casos. Assim, em uma criança do sexo feminino foi detectado o RNA do VHC (41,570 MEq/mL). A mãe desta criança estava co-infectada pelo vírus da imunodeficiência humana e apresentava carga viral de 3,765 MEq/mL, com 100% de homologia no genótipo viral. CONCLUSAO: Estes resultados sugerem que a prevalência da infecção pelo VHC em gestantes não deve ser negligenciada e que um diagnóstico precoce e o seguimento das crianças infectadas deve ser preconizado.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Anticorpos Anti-Hepatite C/sangue , Hepatite C/transmissão , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , Complicações Infecciosas na Gravidez/sangue , Brasil/epidemiologia , Seguimentos , Soropositividade para HIV/sangue , Hepatite C/sangue , Hepatite C/epidemiologia , Complicações Infecciosas na Gravidez/virologia , RNA Viral/sangue , Estatísticas não Paramétricas , Carga ViralRESUMO
BACKGROUND: Considering the immunosuppression of patients with chronic liver disease, their response to vaccination is discussed in literature. AIMS: To evaluate the response of hepatitis B vaccine in patients with chronic hepatitis C virus infection. METHODS: This is a prospective study in which 85 patients with chronic hepatitis C virus infection (46.8 +/- 9.4 years, 44.7% males) and 46 healthy adults (36.7 +/- 11.1 years; 39.1% males) were evaluated. Confirmation of hepatitis C virus was obtained by the technique of polymerase chain reaction. Viral load was determined by the branched DNA method in 74 patients, and genotype was determined by sequencing in 73 patients. All patients and healthy adults received three doses of Engerix B vaccine IM (at 0, 30 and 180 days). Serological responses to the vaccine were divided into three categories: seroprotection, when anti-HBs was > or =100 mUI/mL; seroconversion, when anti-HBs was 10-99 mUI/mL, and non-reagent, when anti-HBs was <10 mUI/mL. RESULTS: The response of hepatitis B vaccine as determined 1 month following dose 3 was seroprotection in 37.7%, seroconversion in 17.6% and non-reagent in 44.7% among patients and 84.8%, 13.0%, 2.2%, respectively in healthy adults. The number of non-reagent responses was significantly higher among those patients with chronic liver disease. Sixty-five patients with chronic hepatitis were compared to 20 compensated cirrhotic patients in concern to the response to vaccine, but no difference was found. The response to vaccine in patients with genotypes 2 or 3 (n = 40) was better than in those with genotype 1 (n = 33). Response was not related to serum HCV-RNA concentration. CONCLUSION: The number of non-responders was higher in patients with chronic hepatitis C virus infection, irrespective of histological status and viral load. It is suggested that such patients should receive a double dose of vaccine, particularly the ones with genotype 1.
Assuntos
Vacinas contra Hepatite B/imunologia , Hepatite C Crônica/imunologia , Adulto , Idoso , Doença Crônica , Feminino , Genótipo , Hepacivirus/genética , Hepacivirus/imunologia , Hepatite B/prevenção & controle , Vacinas contra Hepatite B/administração & dosagem , Hepatite C Crônica/genética , Hepatite C Crônica/virologia , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Estudos Prospectivos , Resultado do Tratamento , Carga ViralRESUMO
Este estudo avaliou a prevalência do anti-HCV em gestantes de um hospital geral, bem como a presença do vírus da hepatite C (VHC) no leite materno. Para tanto, foram avaliadas prospectivamente 1.090 gestantes, nas quais foi realizada a pesquisa do anti-HCV. Nas pacientes reagentes foi feita a pesquisa do RNA viral pela reação em cadeia da polimerase (PCR), sendo que nas que amamentavam foram colhidas amostras de leite para pesquisa do HCV RNA. Observou-se uma prevalência do anti-HCV em 2,66 por cento das gestantes, sendo que o HCV RNA foi positivo em 82,61 por cento das analisadas. Seis gestantes apresentavam coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana. Quando se avaliaram 12 amostras de leite materno, o HCV RNA foi negativo. Os autores concluem que a prevalência do VHC em gestantes não deve ser desconsiderada e que o aleitamento materno não é um fator relevante na transmissão do VHC.
Assuntos
Aleitamento Materno , Hepatite C , Complicações Infecciosas na Gravidez/epidemiologia , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , GravidezRESUMO
Os autores revisam os diversos aspectos concernentes a hepatite pelo virus E. Consideram que a mesma e uma forma frequente em paises em desenvolvimento, transmitindo-se principalmento pela via fecal-oral. E causada por um virus RNA poliadenilado de cadeia simples e sentido positivo, o virus da hepatite E. Clinicamente manifesta-se de forma semelhante a uma doenca aguda icterica autolimitada, emprestando, no entanto, um mau prognostico quando acomete gestantes. Seu diagnostico e sorologico atraves da deteccao de anticorpos das classes IgG e IgM por tecnicas de enzimoimunoensaios e de Western blot. Nao ha tratamento especifico e a prevencao fundamenta-se no saneamento basico