RESUMO
Introduction: The mortality rate in low rectal cancer is related to pelvic and distant recurrence. For stage I tumors, local excision has being used increasingly, but recent studies show the need for caution with the use of this technique, as they do not consider the possibility of a positive node in stage I rectal tumors. Therefore, preoperative radiotherapy should be considered for early tumors, as an attempt to prevent recurrence. Objetive: Show the effectiveness of neoadjuvant radiotherapy in stage I cancer of the lower rectum of a cohort population. Material and method: A cohort study in a prospective database was made with a total of 538 patients, of which were considered 75 patients with stage I lower rectal cancer. Preoperative radiotherapy was performed and patients were followed up for a minimum period of five years. Results: Stage I/TI group had 27 patients. All of them presented complete response to the treatment and did not need to be operated. During the follow up time of five years, this group showed no recurrence rate. The stage I/TII group had 48 patients. During the follow up, 8 patients had to be operated due to suspicious lesion or scar. They were submitted to full total local excision. After evaluating the pathological specimen, none of them proved to be adenocarcinoma. Conclusion: Preoperative radiation, not only reduced the local recurrence and mortality rate in lower rectal cancer, but also reduced the need for surgery in patients with stage I cancer.
Introdução: O percentual de mortalidade em pacientes com câncer de reto baixo está relacionado a recorrências pélvica e remota. No caso de tumores no estágio I, a excisão local vem sendo utilizada cada vez mais; contudo, estudos recentemente publicados demonstraram a necessidade de se ter cautela com o uso dessa técnica, por não se levar em consideração a possibilidade de um nodo positivo em tumores de reto no estágio I. Portanto, a radioterapia pré-operatória é uma opção viável para os tumores em fase inicial, como uma tentativa de evitar recorrência. Objetivo: Demonstrar a eficácia da radioterapia neoadjuvante em casos de câncer de reto baixo no estágio I em uma coorte da população. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo de coorte em um banco de dados prospectivo, com envolvimento, no total, de 538 pacientes, dos quais 75 foram considerados como tendo câncer de reto baixo no estágio I. No pré-operatório, os pacientes foram tratados com radioterapia e seguidos durante um período mínimo de 5 anos. Resultados: O Grupo no estágio I/TI consistia em 27 pacientes. Todos obtiveram resposta completa ao tratamento e não houve necessidade de reoperação. Durante o período de 5 anos de seguimento, não houve recorrências nesse grupo. O grupo no estágio I/TII consistia em 48 pacientes. Durante o seguimento, 8 pacientes tiveram que ser operados, devido à suspeita de lesão, ou cicatriz. Para esses casos, optou-se por excisão local total completa. Após a avaliação dos espécimes patológicos, nenhum deles teve diagnóstico de adenocarcinoma. Conclusão: O uso da radiação pré-operatória não só diminuiu a recorrência local e o percentual de mortalidade em casos de câncer de reto baixo, mas também diminuiu a necessidade de cirurgia em pacientes com câncer no estágio I.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Neoplasias Retais/radioterapia , Terapia Neoadjuvante , Resultado do Tratamento , Recidiva Local de Neoplasia , Estadiamento de NeoplasiasRESUMO
PURPOSE: To investigate the effects of preoperative fractioned irradiation using an electron beam on the healing process of colocolonic anastomoses in rats that underwent early and late surgical intervention. METHODS: Thirty Wistar rats, distributed as follows: group A (surgery only), group B (fractionated irradiation for 30 days (if), surgery seven days after the end of it), group C (if for 30 days, and surgery after 30 days of termination). On the seventh postoperative day the anastomotic segment analysis was taken, using tension tests, histology and collagen deposition evaluation by computerized analysis. RESULTS: Regarding the tension resistance of the anastomosis, there were no statistical differences (p=0.42). However, a significant increase in cells number in the inflammatory infiltrate in the group with a longer interval between surgery and pre op radiation (p<0.05). The collagen concentration had no significant variance. CONCLUSION: The irradiation in divided doses increased local inflammatory cellularity when the surgery was performed later. This result did not affect the increase of complications, nor on the local concentration of collagen, achieving similar clinical outcomes.
Assuntos
Colo/cirurgia , Cuidados Pré-Operatórios , Cicatrização/efeitos da radiação , Anastomose Cirúrgica , Animais , Colágeno/análise , Fracionamento da Dose de Radiação , Distribuição Aleatória , Ratos , Ratos Wistar , Reprodutibilidade dos Testes , Fatores de Tempo , Resultado do TratamentoRESUMO
PURPOSE: To investigate the effects of preoperative fractioned irradiation using an electron beam on the healing process of colocolonic anastomoses in rats that underwent early and late surgical intervention. METHODS: Thirty Wistar rats, distributed as follows: group A (surgery only), group B (fractionated irradiation for 30 days (if), surgery seven days after the end of it), group C (if for 30 days, and surgery after 30 days of termination). On the seventh postoperative day the anastomotic segment analysis was taken, using tension tests, histology and collagen deposition evaluation by computerized analysis. RESULTS: Regarding the tension resistance of the anastomosis, there were no statistical differences (p=0.42). However, a significant increase in cells number in the inflammatory infiltrate in the group with a longer interval between surgery and pre op radiation (p<0.05). The collagen concentration had no significant variance. CONCLUSION: The irradiation in divided doses increased local inflammatory cellularity when the surgery was performed later. This result did not affect the increase of complications, nor on the local concentration of collagen, achieving similar clinical outcomes.
Assuntos
Animais , Ratos , Colo/cirurgia , Cuidados Pré-Operatórios , Cicatrização/efeitos da radiação , Anastomose Cirúrgica , Colágeno/análise , Fracionamento da Dose de Radiação , Distribuição Aleatória , Ratos Wistar , Reprodutibilidade dos Testes , Fatores de Tempo , Resultado do TratamentoRESUMO
PURPOSE: To investigate the effects of preoperative fractioned irradiation using an electron beam on the healing process of colocolonic anastomoses in rats that underwent early and late surgical intervention. METHODS: Thirty Wistar rats, distributed as follows: group A (surgery only), group B (fractionated irradiation for 30 days (if), surgery seven days after the end of it), group C (if for 30 days, and surgery after 30 days of termination). On the seventh postoperative day the anastomotic segment analysis was taken, using tension tests, histology and collagen deposition evaluation by computerized analysis. RESULTS: Regarding the tension resistance of the anastomosis, there were no statistical differences (p=0.42). However, a significant increase in cells number in the inflammatory infiltrate in the group with a longer interval between surgery and pre op radiation (p<0.05). The collagen concentration had no significant variance. CONCLUSION: The irradiation in divided doses increased local inflammatory cellularity when the surgery was performed later. This result did not affect the increase of complications, nor on the local concentration of collagen, achieving similar clinical outcomes.(AU)
Assuntos
Animais , Ratos , Anastomose Cirúrgica , Colo/anatomia & histologia , Ratos/classificação , CicatrizaçãoAssuntos
Humanos , Tolerância Imunológica , Imunocompetência , Procedimentos Cirúrgicos Minimamente Invasivos , Neoplasias do Colo/cirurgia , Neoplasias do Colo/imunologia , Cirurgia Colorretal/métodos , Fatores de Crescimento do Endotélio Vascular/fisiologia , Laparoscopia/métodos , Laparotomia/efeitos adversos , Laparotomia/métodos , Complicações Pós-Operatórias , Período Pós-OperatórioRESUMO
Apesar da vasta experiência adquirida nos últimos 50 anos com o tratamento cirúrgico do megacolo adquirido, a introdução da cirurgia laparoscópica voltou a trazer controvérsia para alguns pontos anteriormente considerados como esclarecidos. Uma das regras básicas para a introdução da videolaparoscopia no tratamento das enfermidades colorretais tem sido o de manter-se a técnica original utilizada em cirurgias pela via convencional, desde que os resultados observados na mesma conduzam à cura dos sintomas ou da enfermidade causal. Em especial, no referente ao tratamento cirúrgico do megacolo adquirido, a proposta de um tratamento cirúrgico deve ter em mente que diferentemente do que ocorre com a cirurgia para tratamento de outras enfermidades, benignas ou malignas, neste caso não se almeja o tratamento causal da enfermidade, mas essencialmente a cura da manifestação de um de seus sintomas. É, pois, realmente importante que se considere um tratamento que não venha a resultar em bons resultados por apenas um pequeno espaço de tempo, mas que possibilite ao paciente livrar-se definitivamente de um sintoma, visto que é possível que em curto espaço de tempo ele venha a necessitar tratar outra manifestação sintomatológica (cardíaca ou esofágica) da enfermidade causal. Baseados na experiência adquirida nos últimos 41 anos (912 pacientes) com a técnica de Duhamel, em que o ponto importante é a realização de uma ampla anastomose da parede anterior do cólon abaixado à parede posterior (mucosa) do reto, ao mesmo tempo em que se anastomosa a parede posterior do cólon abaixado ao canal anal, são analisados os resultados obtidos com esta mesma técnica realizada por laparoscopia. Esta mesma incisão no canal anal serve para a retirada do segmento cólico ressecado, sem necessidade de laparotomia auxiliar. Os resultados observados em 56 pacientes quanto à cura da obstipação são similares aos registrados na cirurgia convencional, porém com um menor índice de morbidade, seja intra ou pós-operatória.
Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Doença de Hirschsprung/cirurgia , Laparoscopia , Constipação IntestinalRESUMO
Nas anastomoses colorretais baixas ou colo-anais a incidência de complicações anastomóticas (deiscência ou fístula) ainda é relativamente elevada (3,5por cento a 16por cento), apesar de ileostomia ou colostomia derivativas e das vantagens apresentadas pelo emprego das suturas mecânicas. Isto ocorre principalmente nas cirurgias realizadas em pacientes portadores de câncer do segmento pélvico do reto, nos quais a anastomose tem que ser realizada a poucos centímetros da margem anal e onde o maior óbice é a dificuldade de acesso ao canal anal, seja por via abdominal, sacral ou perineal. Especialmente em pacientes obesos, com pélvis estreitas, canal anal alongado, ou em pacientes já anteriormente operados, nos quais foi deixado um coto retal remanescente extremamente curto, a execução de uma anastomose colorretal a 2 ou 3 centímetros da margem anal é extremamente difícil de ser executada. Dentre as mais variadas técnicas descritas de abaixamento cólico, a cirurgia descrita por Mandache apresenta duas grandes vantagens: proporciona manter a integridade anatômica do canal anal, realizando a anastomose retardada colorretal, com índice absoluto de deiscência. Esta técnica é particularmente interessante para a reconstrução intestinal pós-cirurgia de Hartman, com reto particularmente curto, fixo, aderido tanto posteriormente quanto anteriormente. A modificação apresentada se refere a sua utilização nestes pacientes e a maneira de ser ressecado o segmento cólico exteriorizado.
Assuntos
Humanos , Anastomose Cirúrgica , Neoplasias RetaisRESUMO
Baseados no conceito de que a doença hemorroidaria é consequência de alterações que ocorrem na porção cefálica do canal anal (enfraquecimento dos meios que sustentam a mucosa e os coxins vasculares submucosos), é descrito um método alternativo de ligadura elástica. As diferenças fundamentais para o tratamento convencional consistem em se realizar a ligadura na parte alta do canal anal (3 a 4cm acima da linha pectonea) e apreensão de volume maior de mucosa (Macroligadura). A análise dos resultados obtidos em 115 pacientes portadores de hemorróidas internas classificadas como de graus III e IV revelou um índice de recidiva dos sintomas de 7 por cento (prolapso e hemorragia) que, no entanto, puderam ser tratados por nova Macroligadura. A incidência de complicações (dor intensa em 7,8por cento, hemorragia copiosa em 0,8por cento e tromboflebite e hematoma perianal em 4,3 por cento dos enfermos) é similar as verificadas com os diversos tratamentos cirúrgicos descritos.
Assuntos
Humanos , Hemorragia , Hemorroidas , Mucosa Intestinal , LigaduraRESUMO
A ressecçäo do esôfago sem toracotomia vem sendo utilizada com maior freqüência, nos últimos anos, para as afecçöes benignas, sobretudo no megaesôfago avançado. Essa via de acesso, embora apresente a vantagem de evitar o comprometimento da dinâmica pulmonar, näo é isenta de complicaçöes. Dentre essas, destaca-se a abertura da pleura, com o conseqüente hemopneumotórax, além da potencial agressäo a outros órgäos no nível do mediastino, com morbidade pós-operatória muitas vezes expressiva. Por sua vez, no megaesôfago avançado, a esofagite de estase predispöe à instalaçäo de carcinoma. Com base nessas consideraçöes, foi proposta, previamente em animais e em cadáver humano, a retirada da mucosa e submucosa do esôfago, mediante sua invaginaçäo completa, sem toracotomia. Os resultados, bastante satisfatórios na cirurgia experimental, estimularam a continuaçäo nessa linha de pesquisa, iniciando-se a experiência na área clínica. Assim, o presente trabalho teve por objetivo demonstrar, através de uma análise pormenorizada, a técnica da retirada da mucosa do esôfago pelo descolamento submucoso da sua túnica muscular, conservando-a por inteiro, no nível do mediastino. Esse procedimento foi realizado pela via cervicoabdominal em 60 pacientes portadores do megaesôfago grau III ou IV. Efetuou-se a reconstruçäo do trânsito gastrintestinal, transpondo o estômago pelo mediastino posterior, por dentro da túnica muscular ou pela via retrosternal. Este estudo permitiu as seguintes conclusöes: 1) a ressecçäo da mucosa pelo plano submucoso, mediante a invaginaçäo, mostrou ser de execuçäo simples e viável em 98,4 por cento dos casos; 2) houve pouca perda de sangue, no intra ou no pós-operatório imediato, cuja origem fosse do leito da túnica muscular esofágica remanescente no nível mediastinal; 3) houve baixa incidência de complicaçöes pleuropulmonares (5,0 por cento); 4) a continuidade do trato gastrintestinal pôde ser restabelecida mediante transposiçäo do estômago, através do tubo muscular esofágico remanescente, na maioria dos pacientes com megaesôfago grau IV.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Acalasia Esofágica/cirurgia , EsofagectomiaRESUMO
Com o desenvolvimento da tecnologia,a cirurgia vídeo-laparoscópica ganhou notoriedade no meio cirúrgico, porém ainda permanecem óbices, tais como a anastomose do reto médio.O objetivo deste estudo foi comparar dois tipos de fechamento de coto retal por vídeo-laparoscopia, fechamento com pontos simples realizado manualmente versus fechamento com grampeador linear mecânico, na anastomose colo-retal.Para isso,foram submetidos vinte suínos, em estudo randomizado(9 com fechamento manual e 11 com fechamento mecânico do coto retal), retocolectomia e reconstrução do transito mecanicamente. As suturas foram avaliadas aos sete dias do pós-operatório, com atenção ao estudo macro e microscópico das anastomoses e das complicações a elas atribuíveis.A análise deste estudo permitiu concluir que existe similaridade entre as duas técnicas empregadas para o fechamento do coto retal por vídeo-laparoscopia em suínos.
Assuntos
Animais , Anastomose Cirúrgica/métodos , Colo , Laparoscopia , Suínos , Colecistectomia LaparoscópicaRESUMO
Desde 1908, pouco mais de cem pacientes com leiomissarcoma de reto foram relatados pela literatura. Geralmente o diagnóstico é tardio, porque os sintomas freqüentemente só aparecem quando o tumor está localmente avançado, o que resulta em alta taxa de recidiva local, mesmo com a ressecção abdominoperineal do reto. Também pode apresentar metástases hepáticas ou pulmonares e o tratamento adjuvante com radioterapia ou quimioterapia apresenta pouca eficácia. Neste trabalho, além da revisão da literatura é relatado caso clínico de um paciente de 46 anos, masculino, branco, com queixa de dor e sangramento anal às evacuações, acompanhado de tenesmo, inapetência e emagrecimento de 8 kg em 6 meses. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral e descorado ++. Ao exame proctológico identificava-se lesão estenosante endurecida, com superfície irregular, fixa, aderida a planos profundos, dolorosa, à 4 cm da margem anal. A biópsia revelou ser leiomiossarcoma de baixo grau de malignidade. No estadiamento pré-operatório a tomografia computadorizada identificou grande tumoração (810 cm3) deslocando estruturas pélvicas lateralmente, sem plano de clivagem. O paciente foi encaminhado para radioterapia onde recebeu 50 Gy em 20 sessões, sem melhora. Foi internado com obstrução intestinal, necessitando colostomia derivativa. Há 6 meses está realizando quimioterapia. Atualmente apresenta-se em regular estado geral, em acompanhamento ambulatorial.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Leiomiossarcoma , Radioterapia , Neoplasias Retais , Colostomia , Estadiamento de NeoplasiasRESUMO
Rabdomissarcoma raramente acomete o sistema digestório e a região pararretal. Os autores relatam o caso clínico de um paciente de 40 anos, com história de fezes em fita há um ano, acompanhadas de tenesmo e episódios esporádicos de enterorragia. Ao exame físico apresentava-se em bom estado geral, corado e hidratado. Ao exame proctológico evidenciava-se abaulamento na região perianal direita onde palpava-se tumoração endurecida. Ao toque retal, até 8cm da margem anal, a tumoração ocupava aproximadamente 30por cento da luz, fixa, com mucosa aparentemente lisa, sem sangue na luva. Submetido à biopsia incisional da lesão, por via perianal, o exame anatomopatológico revelou sarcoma pouco diferenciado grau III, com estudo imunohistoquímico revelando rabdomiossarcoma embrionário. Exames de imagem (ultra-som e tomografia computadorizada) diagnosticaram lesão expansiva sólida e heterogênea, com pequena área de liquefação, medindo 7,5x7x7cm, envolvendo esfíncter anal externo. Colonoscopia e exames de estadiamento não mostraram nenhuma outra anormalidade. O paciente foi submetido à amputação abdominoperineal de reto com esvaziamento ganglionar e colostomia terminal. Em razão da infiltração tumoral às estruturas adjacentes, houve lesões em uretra prostática, região póstero-lateral direita da bexiga com desinserção do ureter, sendo as primeiras suturadas e o ureter reimplantado. Apresentou boa evolução, sem complicações pós-operatórias. Foi encaminhado para radio e quimioterapia, mas não realizou o tratamento complementar. Atualmente encontra-se no quarto mês de pós-operatório, apresentando-se em boas condições clínicas.
Assuntos
Humanos , Masculino , Rabdomiossarcoma , NeoplasiasRESUMO
Este trabalho multicêntrico reúne a experiência de 14 equipes brasileiras em cirurgia laparoscópica colorretal. No período de 1992 a 2001, foram operados 1843 pacientes, sendo 896 homens e (48,6 por cento) e 947 mulheres (51,4 por cento) cuja idade variou de 1 a 94 anos (média de 56,4 anos). Doenças beniginas foram diagnosticadas em 1109 pacientes (60,2 por cento). A maioria das afecções (60,5 por cento) localizava-se no cólon esquerdo e sigmóide, 21,3 por cento no reto e canal anal e 9,5 por cento no cólon direito. Houve 73 (4,0 por cento) complicações intra-operatórias (variaçäo de 2,0 por cento a 6,2 por cento), a maioria delas (54-73,9 por cento) registradas nos primeiros 50 casos operados por equipe. Foram relatadas 199 (10,66 por cento) conversões para laparotomia (0 a 23,5 por cento), que também foram mais freqüentes nos primeiros 50 casos operados (n=119-59,8 por cento). Complicações pós-operatórias foram registradas em 367 (19,9 por cento) (8,0 a 29,6 por cento). Ocorreram 29 óbitos (1,6 por cento). Foram operados 734 (39,8 por cento) pacientes portados de tumores malignos, tendo sido informados os tipos histológicos de 685 tumores, assim distribuídos: 652(95,2 por cento) adenocarcinoma 23 (3,4 por cento) carcinomas espinocelulares e outros tipos histológicos em 10 (1,5 por cento) pacientes
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Colectomia , Doenças Retais/cirurgia , Laparoscopia , Adenocarcinoma , Idoso de 80 Anos ou mais , Carcinoma , Colectomia , Neoplasias Colorretais , Seguimentos , Complicações Intraoperatórias , Laparoscopia , Estudos Multicêntricos como Assunto , Recidiva , Estudos RetrospectivosRESUMO
O retardo da cicatrização de feridas em pacientes diabéticos eleva os custos hospitalares e a morbidade dos procedimentos operatórios. O objetivo deste trabalho é avaliar a influência da suplementação dietética de óxido de zinco e cromo (ZC) na reparação tecidual de feridas cutâneas. Foram estudados 69 ratos Wistar, pesando entre 200-270 gramas, separados em cinco grupos (G). Na primeira semana do experimento induziu-se diabetes com streptozotocin em 53 animais (GIII, GIV, GV). A partir do 8º dia os ratos normais (GI, GII) e os diabéticos receberam, além de ração e água: GI, nenhum tratamento (NT); GII, ZC adicionados à água; GIII, NT; GIV, insulina; GV, ZC e insulina. No 15º dia foi retirado fragmento elíptico de pele e subcutâneo do dorso dos animais. Nos 15º, 22º, 29º e 36º dias, as feridas operatórias foram fotografadas. Essas fotografias foram transferidas para computador, onde foram calculadas as suas áreas. Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística. No 22º dia da avaliação, não houve diferença significante (NS) na redução das áreas das feridas operatórias entre os grupos. Nas datas seguintes, os ratos diabéticos não tratados (GIII) também não apresentaram diferença significante na redução das áreas das feridas operatórias (RA) em relação aos normais (GI). Mas os tratados com zinco e cromo e com insulina (GII, GIV e GV) apresentaram RA significativamente maior do que os do GIII. O GV apresentou maior RA do que o GIV, porém NS. Conclui-se que o tratamento de ratos diabéticos com insulina e a suplementação dietética de ZC favorecem a cicatrização de feridas cutâneas.
The delay in tissue repair of cutaneous wounds in diabetic patients increase hospital costs and morbidity in surgical procedures. The purpose of this study is to assess the influence of zinc oxide and chromium as diet supplements (ZC) in tissue repair of cutaneous wounds. This study was carried out in 69 Wistar rats with weight ranging from 200 to 270 grams divided in 5 (five) groups (G). Diabetes was induced in 53 animals with streptozotocin in the first week of the study (GIII, GIV, and GV). After the 8th day, normal (GI, GII) and diabetic rats (GIII, GIV, GV) received diet supplements together with food and water: GI, no treatment (NT); GII, ZC added to the water; GIII, NT; GIV, insulin; GV, ZC and insulin. On the 15th day an elliptical fragment was taken from the skin and from the dorsum of the animals. The operative wounds were then photographed on days 15, 22, 29 and 36. These pictures were sent to a computer and wound areas were calculated. The scores obtained were then subjected to statistical analysis. On the 22nd day of assessment there was no significant difference (NS) in the reduction of the operative wound site among the groups (RA). In the following dates the diabetic rats that did not receive the treatment (GII) also did not have any significant difference in RA in comparison to normal rats (GI). On the other hand, those rats treated with zinc, chromium and insulin (GII, GIV. and GV) had a higher RA level than those of the GIII did. The GV had a higher level of RA than GIV, but it was not significant. (NS). The conclusion was that the treatment of diabetic rats with insulin and diet supplement with ZC improved the healing of cutaneous wounds.
RESUMO
Com o objetivo de padronizar normas técnicas para obtenção de modelo animal com tumor de Walker 256 e de estabelecer o número de células tumorais necessárias para que esse tumor tenha grande porcentagem de pega e longevidade, possibilitando o desenvolvimento de pesquisas em várias áreas da saúde, foi realizado trabalho em duas etapas. Na primeira foram utilizados 120 ratos para treinamento e definição da técnica. Na segunda etapa foram utilizados 84 ratos, sendo estes separados em 7 grupos (G) de 12 animais cada. O tumor, na forma ascítica, foi inoculado no tecido celular subcutâneo do dorso dos ratos com os seguintes números de células: GI, 1 x 10(7); GII, 5 x 10(6); GIII, 2,5 x 10(6); GIV, 1 x 10(6); GV, 5 x 10(5); GVI, 3 x 10(5) e GVII, 2 x 10(5). Foram avaliadas a porcentagem de pega e a longevidade nos grupos. Os animais dos GI, GII, GIII e GIV obtiveram 100 por cento de desenvolvimento tumoral, porém baixa longevidade. Os dos GV e GVI obtiveram desenvolvimento tumoral em frequência maior que 90 por cento e longevidade satisfatória. Os do GVII não apresentaram desenvolvimento tumoral. Concluiu-se que todos os procedimentos devem ser exaustivamente treinados e que o número de células tumorais viáveis para inoculação, em tecido celular subcutâneo de ratos, deve estar na faixa entre 5 x 10(5) e 3 x 10(5).
Assuntos
Animais , Masculino , Ratos , Carcinoma 256 de Walker , Modelos Animais de Doenças , Dorso , Longevidade , Inoculação de Neoplasia , Cavidade Peritoneal , Ratos WistarRESUMO
A ressecção do esôfago sem toracotomia vem sendo utilizada com maior frequência, nos últimos anos, para as afecções benignas, sobretudo no megaesôfago avançado. A vantagem dessa via de acesso é a de evitar o comprometimento da dinâmica pulmonar, mas, entretanto, podendo haver abertura da pleura, com o consequente hemopneumotórax, além da potencial agressão a outros órgãos mediastinais com morbidade pós-operatória muitas vezes expressiva. Por sua vez, no megaesôfago avançado, a esofagite de estase predispõe à instalação de carcinoma. Com base nessas considerações, foi proposta, previamente em animais e cadáver humano, a retirada da mucosa-submucosa do esôfago, mediante sua invaginação completa, sem toracotomia. Os resultados satisfatórios estimularam a continuação nessa linha de pesquisa, iniciando-se a experiência na área clínica. Assim, o presente trabalho teve por objetivo demonstrar o resultado do pós-operatório imediato, a técnica de retirada da mucosa do esôfago pelo descolamento submucoso, conservando a túnica muscular intacta no mediastino. O procedimento foi realizado pela via cervicoabdominal em 60 pacientes portadores de megaesôfago graus III ou IV. Efetuou-se a reconstrução do trânsito grastrintestinal transpondo o estômago pelo mediastino posterior, por dentro da túnica muscular esofágica ou pela via retroesternal. O estudo permitiu concluir: 1) a ressecção da mucosa pelo plano submucoso, mediante a invaginação, mostrou ser de execução simples e viável em 98,4 por cento dos casos; 2) ausência de sangramento, no intra ou no pós-operatório imediato, cuja origem fosse do leito da túnica muscular esofágica remanescente ao nível mediastinal; 3) baixa incidência de complicações pleuropulmonares - 5,0 por cento
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Acalasia Esofágica/cirurgia , Esofagectomia , Cuidados Pós-Operatórios , Complicações Pós-OperatóriasRESUMO
Com o objetivo de avaliar a influência de bloqueadores H2 no processo de cicatrização de lesões gástricas suturadas foram estudadas vinte cobaias machos. Após anestesia geral, laparotomia, gastrotomia de 0,5cm de extensão na parede anterior do corpo gástrico e gastrorrafia, os animais foram separados em dois grupos (GI e GII) com dez cobaias cada. As do GI receberam injeções de 0,1ml de água destilada e as do GII 0,75mg de ranitidina, por via intramuscular, de 12/12 horas, iniciadas imediatamente após a operação e mantidas até as datas de sacrifício, realizado em número igual de cobaias, no segundo e no décimo dias de pós-operatório (PO). As peças operatórias ressecadas foram avaliadas detalhadamente. Á macroscopia observou-se deiscência de sutura gástrica em um animal do GI no décimo dia de PO. A fase mucosa de todas as peças apresentava enantema na linha de sutura no segundo dia de PO, porém, no décimo dia de PO o aspecto era normal, com pequena cicatriz branca no local. Á microscopia, no segundo dia de PO, observou-se processo inflamatório agudo grave em ambos os grupos. No décimo dia de PO evidenciou-se inflamação moderada no GI e leve no GII. Á morfometria não houve diferença significante entre os grupos, em relação ao número de células inflamatórias, mas a densidade volumétrica de fibroblastos e de fibras colágenas foi significativamente maior no GII no décimo dia de PO. Concluiu-se que o tratamento de cobaias com bloqueadores H2 não provocou retardo da cicatrização de feridas gástricas suturadas
Assuntos
Cobaias , Cicatrização , Antagonistas dos Receptores Histamínicos H1/farmacologia , Estômago/lesõesRESUMO
Foram estudados e analisados de forma prospectiva os resultados obtidos em 24 pacientes portadores de câncer do reto baixo (tumores situados entre a linha pectínea e os 4cm acima da mesma) operados por via laparoscópica. Somente foram avaliados pacientes portadores de adenocarcinoma, independentemente da idade, do sexo ou da raça do paciente. A observação macroscópica e anatômica dos espécimens extirpados por via laparoscópica permitiu concluir que é possível realizar-se uma excisão total do mesorreto (excisão total perirretal) com as mesmas definições descritas por Heald: a excisão total perirretal foi obtida em 91,3 por cento dos pacientes operados por via laparoscópica. Em paciente algum registrou-se a ruptura da massa tumoral ou contaminação celular pélvica intra-operatória. A extensão de ressecção linfonodal foi similar à obtida por via laparotômica, com uma média de 12 linfonodos dissecados por espécimen, com um grau de positividade no tecido perirretal de 33,3 por cento dos pacientes, proporção esta que chega a 72,7 por cento se analisados os pacientes portadores de tumores Dukes C e a 100 por cento para os tumores com baixo grau de diferenciação celular. A proporção de positividade (número de linfonodos com metástases em ralação ao número de linfonodos extirpados) variou de um mínimo de 11,11 por cento a um máximo de 75 por cento. A radioterapia pré-operatória não foi óbice para a execução da cirurgia por via laparoscópica: em paciente algum ocorreu qualquer tipo de complicação peroperatória em decorrência da irradiação prévia. Da mesma forma, a irradiação não foi causa de conversão de um método cirúrgico para outro. O índice de recidiva local observado após amputação abdômino-perineal do reto por via laparoscópica com excisão total perirretal em pacientes previamente irradiados foi de 4,2 por cento. Não foram registradas, até o momento, metástases ao nível da introdução dos trocartes