RESUMO
Introdução: O novo conceito de saúde-doença e de cuidado integral propôs atendimentos realizados por equipes multiprofissionais de saúde, um modelo de atenção horizontal, que rompe com o antigo sistema verticalizado, centrado em um único profissional, focado no atendimento individualizado e na cura de doenças. Sob esta lógica, foram criadas e estão sendo implementadas, a Política Nacional de Humanização e a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Nesse contexto, evidencia-se a necessidade de estudos que busquem compreender a inserção e a efetivação das Práticas Integrativas de Saúde na Atenção Básica. Objetivo: Verificar como as Práticas Integrativas e Complementares estão inseridas na Atenção Básica a partir do olhar dos profissionais de saúde. Metodologia: Estudo qualitativo, onde foram realizadas entrevistas semiestruturadas e individuais com cada um dos profissionais de uma equipe de ESF e do NASF de uma UBS do Município de São Paulo. As entrevistas foram gravadas e transcritas. A análise do material seguiu os seguintes passos: foi realizada primeira leitura, para codificação, onde foram identificados temas gerais. Em seguida, os dados obtidos foram compilados em categorias temáticas. Foi realizada nova leitura para codificação focada, com o objetivo de encontrar aspectos específicos em cada tema. Resultados e Discussão: O uso das PICS é entendido para além das práticas propriamente ditas, listadas nos documentos norteadores, mas também, como atividades realizadas coletivamente e as diversas formas de apoio e cuidado. A compreensão ampla está relacionada à dinâmica de trabalho dos profissionais. Na Atenção Básica, as PICS possuem caráter assistencialista e promotor de saúde ao mesmo tempo e estão inseridas aos fluxos internos da UBS. Considerações finais: É perceptível a identificação dos benefícios dessas práticas e o desejo dos profissionais por um cuidado mais amplo vinculado à promoção da saúde e autonomia dos usuários do serviço de saúde. Todavia, a urgência de buscar soluções que o cuidado biomédico não abrange, decorre dificuldades na compreensão racional do uso dessa abordagem das equipes de saúde.
Introduction: The new health-disease and integral careful concept proposed multiprofessional health appointments, an horizontal attention model that breaks the old vertical system, centralyzed in a single professional and in cure of disease. Under this logic, were created and implemented the Humanization National Politic and the Integrative and Complementary Practice National Political. In this context, it is evident the need of studies that search the comprehension of the insertion and the effectiveness of the Integrative and Complementary Practice National Political. Objective: To verificate how the Complementary and Integrative Practice (CIP) are insert in the Primary Health Care from the look of the health professionals. Method: Qualitative research, where were performed semi structured individual interviews with ESF and NASF of an health unity of São Paulo. The interviews were recorded, transcribed and analyzed.The analysis followed the steps: It was made a first reading, to codification, to identify general topics. Then, the data were compiled in thematic categories. A new reeding was realized to focused codification, to find specific aspects in each theme. Results and Discussion: The CIP approach is understood beyond the practices themselves, as the ones listed in guiding documents, but also as collective activities and various ways to support and care. The broad comprehension is related to the professional work dynamics. At the primary health care, the CIP have a welfare character but also a health promoter side, and is inserted in internal flow of health unities. Conclusion: It is remarkable the identification of the benefits of CIP and the desire, for the professional, for ample care linked to health promotion and to autonomy of the health service patients. However, the urgency to fuind solution that the biomediccare do not hold stems from a racional comprehension difficulty of that approach by the health teams.