RESUMO
INTRODUCTION: Early initiation of breastfeeding (EIBF) is still little stimulated in several hospitals in Brazil. Objective: To estimate the prevalence and factors associated with Early initiation of breastfeeding (EIBF). METHODS: Cross-sectional, quantitative study with retrospective secondary data collection in hospital records of 250 full-term newborns, regardless of the type of delivery, with no history of maternal gestational risk, seen in the last six months. Data collection period in a public maternity hospital in Greater São Paulo. Data collection was performed between November 2018 and January 2019, with approval from the hospital and the FMABC Research Ethics Committee under register n. 2,924,393. RESULTS: The prevalence of EIBF was 66%. BFH is associated with anesthesia at childbirth (p<0,001), APGAR less than or equal to 8 in the 1st and 5th minutes (p<0,001), and with c-section (p<0,001), which represented 29.2% of deliveries in the sample. Respiratory distress (38.82%), hypotonia (24.70%), followed by unfavorable maternal conditions (18.82%), were shown to be impeding factors for EIBF, although 90% of newborns received Apgar 9 /10 in the 5th minute. CONCLUSION: The prevalence of early breastfeeding is lower than recommended, but compatible with the most recent national frequency proportions.
INTRODUÇÃO: O aleitamento materno na primeira hora de vida ainda é pouco estimulado em vários hospitais do Brasil. OBJETIVO: Analisar a prevalência e os fatores associados ao aleitamento materno na primeira hora de vida (AMP) entre recém-nascidos a termo. MÉTODOS: Estudo transversal, de natureza quantitativa, com coleta de dados secundários retrospectivos em prontuários hospitalares de 250 recém-nascidos a termo, independentemente do tipo de parto, com histórico de gestacional de risco habitual, atendidos nos últimos seis meses anteriores ao período de coleta de dados, em uma maternidade pública da Grande São Paulo. Os dados foram coletados entre novembro de 2018 e janeiro de 2019, por meio de roteiro estruturado, mediante aprovação do hospital e do Comitê de Ética em Pesquisa da FMABC (Parecer n.º 2.924.393). O banco de dados e o tratamento estatístico foram realizados através do programa STATA®. Para a análise, utilizou-se proporções e teste qui-quadrado, adotando-se um nível de significância de 5% e 95% o intervalo de confiança. RESULTADOS: A prevalência de AMP foi de 66%. O AMP está associado a anestesia no parto (p<0,001), APGAR menor ou igual a 8 no 1º e 5º minutos (p<0,001) e ao parto cesárea (p<0,001), cuja proporção na amostra foi de 29,2%. Desconforto respiratório (38,82%), hipotonia (24,70%), seguido de condições maternas desfavoráveis (18,82%), mostraram-se como fatores impeditivos para o AMP, embora 90% dos recém-nascidos tenham recebido Apgar 9/10 no 5º minuto. CONCLUSÃO: A prevalência do aleitamento materno precoce é inferior ao recomendado, porém compatível com as proporções de frequência nacional mais recentes.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Aleitamento Materno , Prevalência , Nascimento a Termo , Estudos Transversais , Estudos RetrospectivosRESUMO
Promoting sexual and reproductive health in the context of transmasculinity constitutes a new issue for health service organisation. This integrative review sought to understand the current evidence on pregnancy in transsexual men in the context of sexual and reproductive health care. From a search of the BVS, PubMed, Science Direct, Scopus, Capes, SciELO and PEPSIC databases, from 2010 to 2020, a sample of 11 articles was selected, treated by content analysis and grouped into four analytical categories: health services - positive experiences; cis heteronormative health services; implications of pregnancy for transsexual bodies; and repercussions of gender-affirming therapy and pregnancy. A cis heteronormative logic was found to predominate in health care, leading to negative experiences during antenatal care and childbirth among transsexual men. Their unique health needs during the pregnancy-puerperium cycle should include mental health care. It is suggested that strategies be adopted to build capacity in health professionals with a view to respectful, inclusive perinatal care for this population group, as well as further studies on the subject.
A promoção da saúde sexual e reprodutiva no contexto da transmasculinidade representa uma nova temática para a organização dos serviços de saúde. A presente revisão integrativa tem por objetivo compreender as evidências atuais sobre a gestação em homens transexuais no contexto da atenção à saúde sexual e reprodutiva. A partir da busca nas bases de dados BVS, PubMed, Science Direct, Scopus, Capes, SciELO e PEPSIC, foi selecionada uma amostra de 11 artigos publicados entre 2010 e 2020, submetidos à análise de conteúdo e agrupados em quatro categorias de análise: serviços de saúde cis heteronormativos; serviços de saúde - experiências positivas; implicações da gestação nos corpos transexuais; repercussões da terapia de afirmação de gênero e gravidez. Verificou-se predomínio da lógica cis heteronormativa na atenção à saúde, que implica experiências negativas durante o pré-natal e o parto entre os homens transexuais. Estes apresentam necessidades singulares em saúde durante o ciclo gravídico puerperal, devendo ser incluído o cuidado à saúde mental. Sugere-se adoção de estratégias de qualificação profissional com vistas aos cuidados perinatais inclusivos e respeitosos para esse grupo populacional, além de novos estudos sobre o tema.
Assuntos
Pessoas Transgênero , Humanos , Feminino , Gravidez , Pessoas Transgênero/psicologia , Masculino , Cuidado Pré-Natal , Transexualidade/psicologia , Assistência Perinatal/normas , Serviços de Saúde Reprodutiva/organização & administração , Saúde ReprodutivaRESUMO
Resumo A promoção da saúde sexual e reprodutiva no contexto da transmasculinidade representa uma nova temática para a organização dos serviços de saúde. A presente revisão integrativa tem por objetivo compreender as evidências atuais sobre a gestação em homens transexuais no contexto da atenção à saúde sexual e reprodutiva. A partir da busca nas bases de dados BVS, PubMed, Science Direct, Scopus, Capes, SciELO e PEPSIC, foi selecionada uma amostra de 11 artigos publicados entre 2010 e 2020, submetidos à análise de conteúdo e agrupados em quatro categorias de análise: serviços de saúde cis heteronormativos; serviços de saúde - experiências positivas; implicações da gestação nos corpos transexuais; repercussões da terapia de afirmação de gênero e gravidez. Verificou-se predomínio da lógica cis heteronormativa na atenção à saúde, que implica experiências negativas durante o pré-natal e o parto entre os homens transexuais. Estes apresentam necessidades singulares em saúde durante o ciclo gravídico puerperal, devendo ser incluído o cuidado à saúde mental. Sugere-se adoção de estratégias de qualificação profissional com vistas aos cuidados perinatais inclusivos e respeitosos para esse grupo populacional, além de novos estudos sobre o tema.
Abstract Promoting sexual and reproductive health in the context of transmasculinity constitutes a new issue for health service organisation. This integrative review sought to understand the current evidence on pregnancy in transsexual men in the context of sexual and reproductive health care. From a search of the BVS, PubMed, Science Direct, Scopus, Capes, SciELO and PEPSIC databases, from 2010 to 2020, a sample of 11 articles was selected, treated by content analysis and grouped into four analytical categories: health services - positive experiences; cis heteronormative health services; implications of pregnancy for transsexual bodies; and repercussions of gender-affirming therapy and pregnancy. A cis heteronormative logic was found to predominate in health care, leading to negative experiences during antenatal care and childbirth among transsexual men. Their unique health needs during the pregnancy-puerperium cycle should include mental health care. It is suggested that strategies be adopted to build capacity in health professionals with a view to respectful, inclusive perinatal care for this population group, as well as further studies on the subject.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A avaliação sistemática das experiências das mulheres durante o parto representa uma importante estratégia para viabilizar melhorias na atenção à saúde materna e neonatal. OBJETIVOS: Adaptar o Childbirth Experience Questionnaire (CEQ) para o contexto brasileiro e determinar as propriedades psicométricas da versão em português (do Brasil), denominada CEQ-2BR. MÉTODOS: Estudo transversal com 225 puérperas recrutadas através das redes sociais. Após o consentimento informado, as participantes preencheram um formulário eletrônico, que incluía a versão preliminar da CEQ-2BR. O tratamento dos dados foi realizado através dos pacotes estatísticos SPSS e AMOS 26. A confiabilidade do CEQ-2BR foi avaliada usando o coeficiente alfa de Cronbach. Para medidas paramétricas utilizou-se o Qui-quadrado de Pearson e o T de Student e, nas medidas não-paramétricas, U de Mann Whitney. A magnitude dos coeficientes de correlação foi classificada segundo os critérios de Cohen. RESULTADOS: O CEQ-2BR demonstrou boa consistência interna para "autocapacidade", "suporte profissional", "segurança percebida" e "participação", tendo sido verificado que a avaliação negativa da experiência de parto aumenta em 1,9% e 2,1%, a sintomatologia ansiosa e depressiva pós-parto, respectivamente. CONCLUSÃO: O CEQ-2BR é uma medida válida e confiável sobre experiência de parto na população brasileira, apresenta propriedades psicométricas satisfatórias, sendo recomendado inclusive para multíparas. Houve correlação entre níveis altos de ansiedade pré-natal com experiência negativa de parto. A experiência negativa de parto explica parte das sintomatologias de ansiedade e depressão pós-parto.
INTRODUCTION: The systematic evaluation of women's experiences during childbirth represents an important strategy for implementing improvements in maternal and newborn health care. OBJECTIVE: To adapt the Childbirth Experience Questionnaire (CEQ) for the Brazilian context and to determine the psychometric properties of the Portuguese version (from Brazil), called CEQ-2BR. METHODS: Cross-sectional study with 226 postpartum women recruited from social media. After informed consent, participants completed an electronic form, which included the preliminary Portuguese version of the CEQ-2BR questionnaire. Data processing was performed using statistical packages SPSS and AMOS 26. The CEQ-2BR reliability was evaluated using the Cronbach's alpha coefficient. For parametric measurements Pearson's and Student T's chi-square were used, and Mann Whitney U was used for non-parametric measurements. The magnitude of the correlation coefficients was classified according to Cohen's criteria. RESULTS: The CEQ2BR internal consistence was assured for "Own capacity", "Professional support", "Perceived safety" and "Participation". A negative assessment of the childbirth experience was found to increase postpartum anxious and depressive symptoms by 1.9% and 2.1%, respectively. CONCLUSION: The CEQ-2BR is a valid and reliable measure of childbirth experience in the Brazilian population, has satisfactory psychometric properties and can be recommended even for multiparous women. There was a significant correlation between high levels of prenatal anxiety and negative childbirth experience. The negative experience of childbirth explains part of the symptoms of postpartum anxiety and depression.
INTRODUCCIÓN: La evaluación sistemática de las experiencias de las mujeres durante el parto representa una estrategia importante para implementar mejoras en la atención de la salud materna y neonatal. OBJETIVO: Adaptar el Childbirth Experience Questionnaire (CEQ) para el contexto brasileño y determinar las propiedades psicométricas de la versión portuguesa (de Brasil), denominada CEQ-2BR. MÉTODOS: Estudio transversal con 226 puérperas captadas de redes sociales. Después del consentimiento informado, las participantes completaron un formulario electrónico, que incluía la versión preliminar en portugués del cuestionario CEQ-2BR. El procesamiento de datos se realizó mediante los paquetes estadísticos SPSS y AMOS 26. La confiabilidad del CEQ-2BR se evaluó mediante el coeficiente alfa de Cronbach. Para las mediciones paramétricas se utilizó el chi-cuadrado de Pearson y Student T, y la U de Mann Whitney para las mediciones no paramétricas. La magnitud de los coeficientes de correlación se clasificó según el criterio de Cohen. RESULTADOS: El CEQ-2BR tiene buena consistencia interna para "Auto capacidad", "Apoyo profesional", "Seguridad percibida" y "Participación. Se encontró que una evaluación negativa de la experiencia del parto aumenta los síntomas de ansiedad y depresión posparto en un 1,9 % y un 2,1 %, respectivamente. CONCLUSIÓN: El CEQ-2BR es una medida válida y confiable de la experiencia del parto en la población brasileña, tiene propiedades psicométricas satisfactorias y puede recomendarse incluso para mujeres multíparas. Hubo una correlación significativa entre los altos niveles de ansiedad prenatal y la experiencia de parto negativa. La experiencia negativa del parto explica parte de los síntomas de ansiedad y depresión posparto.
Assuntos
Período Pós-Parto , Saúde Mental , PartoRESUMO
INTRODUCTION: fear is one of the main factors associated with psychopathological disorders evidenced in the context of the COVID-19 pandemic. OBJECTIVE: translate and validate Fear of COVID-19 Scale (FCV-19S) into Portuguese Brazilian version, named Covid-19 Fear Scale (EMC-19). METHODS: cross-sectional study with 364 individuals recruited through social networks, considering as inclusion criteria: being over 18 years old and fluent in Portuguese. After participant consentment an electronic form was completed, which included the preliminary Portuguese version and EMC-19, in addition to sociodemographic variables. Data processing was performed using the SPSS 26 version. For parametric measures, Pearson's coefficient and Student's T were used, and for non-parametric measures the U of Mann Whitney. The magnitude of the correlation coefficients was classified according to Cohen's criteria and the confirmatory factor analysis using AMOS 26.0. For internal consistency, Cronbach's alpha. RESULTS: mean age of 33.11 years (±10,047), most of them female (n=332; 91,2%), with higher education (n=286; 78,6%), married (n=225, 61,8 %) and with children (n=300, 82,4%). Exploratory factorial analysis/EFA and confirmatory factor analysis/CFA made. Only one component emerged from the CFA, with an explained variance of 55,49%, resulting in a one-dimensional model with satisfactory adjustment indexes (X2/gl=2,135; RMSEA=0,061; CFI, TLI, GFI<0,095). Cronbach's alpha coefficient is 876. CONCLUSIONS: the construct validity of the one-dimensional structure of the EMC-19 was demonstrated, as well as its good internal consistency.
INTRODUÇÃO: o medo é um dos principais fatores associados aos transtornos psicopatológicos evidenciados no contexto da pandemia da COVID-19. OBJETIVO: traduzir e validar a Fear of COVID-19 Scale (FCV-19S) na versão portuguesa (do Brasil), denominada como Escala de Medo da COVID-19 (EMC-19). MÉTODO: estudo transversal com 364 indivíduos recrutados de maneira virtual através das redes sociais, considerando-se como critérios de inclusão na pesquisa: ter mais de 18 anos de idade e ser fluente em português. Após o consentimento informado, os participantes preencheram um formulário eletrônico, que incluía a versão portuguesa preliminar da EMC-19, além de variáveis sociodemográficas. O tratamento dos dados foi realizado através do pacote estatístico do SPSS versão 26. Para medidas paramétricas, utilizou-se o coeficiente de Pearson e o T de Student e nas medidas não-paramétricas U de Mann Whitney. A magnitude dos coeficientes de correlação foi classificada segundo os critérios de Cohen e a análise fatorial confirmatória por meio do AMOS 26.0. Para consistência interna, o alfa de Cronbach. RESULTADOS: os participantes tinham idade média de 33,11 anos (±10.047), a maioria do sexo feminino (n=332; 91,2%), com escolaridade superior (n=286; 78,6%), casados (n=225, 61,8%) e com filhos (n=300, 82,4%). Da análise fatorial exploratória/AFE e da análise factorial confirmatória/AFC emergiu apenas um componente, com variância explicada de 55,49%, resultando num modelo unidimensional com índices de ajustamento satisfatórios (X2/gl=2.135; RMSEA=0,061; CFI, TLI, GFI<0,095). O coeficiente alpha de Cronbach foi de de 0,876. CONCLUSÃO: foi demonstrada validade de construto da estrutura unidimensional da EMC-19, bem como sua boa consistência interna
Assuntos
Psicometria , Estudo de Validação , Medo , COVID-19RESUMO
This article investigates the association between intimate partner violence (IPV) during a current pregnancy and severe maternal morbidity severe maternal morbidity among pregnant and postpartum women cared for in public maternity centers located in São Paulo, Brazil. A total of 109 women who developed Severe maternal morbidity were selected according to criteria adopted by the World Health Organization (WHO). Another 337 women who did not experience any clinical, laboratory or management intercurrences during a current pregnancy and postpartum were selected for the control group. The participants were submitted to a retrospective investigation of IPV using an instrument adapted from the WHO Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence against Women, applied between November 2010 and June 2011. The relationship between the response variable severe maternal morbidity and the exposure variable (IPV) adjusted for the remaining independent variables was assessed through proportions, a chi-square test, a Fisher's exact test, and multiple logistic regression. A prevalence of 12.6% (CI:9.5-15.7) for psychological violence, 7.6% (CI:5.1-10.1) for physical violence and 1.6% (CI:0.4-2.8) for sexual violence were observed during a current pregnancy in both the case and control groups. Although no statistical significance was found between IPV exposure during a current pregnancy and the occurrence of Severe maternal morbidity (p>0.264), we identified factors associated with unfavorable socio-demographic and reproductive conditions in both the women exposed to IPV and those who developed Severe maternal morbidity. Systematic monitoring of Severe maternal morbidity and routine screening of IPV among pregnant women are important measures to reduce maternal morbidity and mortality and to qualify reproductive health care.
Este artigo investigou a associação entre violência por parceiro íntimo (IPV) durante a gravidez atual e morbidade materna grave entre gestantes e puérperas atendidas em maternidades públicas na Grande São Paulo, Brasil. Um total de 109 mulheres que desenvolveram Morbidade materna grave foi selecionado de acordo com os critérios adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outras 337 mulheres que não apresentaram nenhuma intercorrência clínica, laboratorial ou de manejo durante a gestação atual e puerpério, foram selecionadas para o grupo controle. As participantes foram submetidas à investigação retrospectiva de IPV utilizando-se um instrumento adaptado do WHO Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence against Women, aplicado entre Novembro 2010 e Junho 2011. A relação entre a variável resposta (Morbidade materna grave) e a variável exposição (IPV) ajustadas para as demais variáveis independentes, foram avaliadas através de proporções, teste chi-quadrado, teste exato de Fischer e regressão logística múltipla. A prevalência de 12.6% (IC:9,5-15,7) para violência psicológica, 7.6% (IC:5,1-10,1) para violência física e 1.6% (IC:0,4-2,8) para violência sexual foi observada durante a gravidez atual em ambos os grupos de casos e controles. Embora não tenha sido identificada significância estatística entre exposição a IPV durante a gravidez atual e ocorrência de Morbidade materna grave (p>0,264), foram verificados fatores associados com condições sociodemográficas e reprodutivas desfavoráveis entre as mulheres expostas a IPV e entre aquelas que desenvolveram Morbidade materna grave. O monitoramento sistemático da Morbidade materna grave e o rastreamento rotineiro para IPV entre gestantes são importantes medidas para reduzir a morbimortalidade materna e para qualificar os serviços de atenção à saúde reprodutiva.
RESUMO
A violência por parceiro íntimo (VPI) representa uma violação de direitos humanos e um problema de saúde pública que predominantemente afeta mulheres na idade reprodutiva. Esta revisão integrativa analisou a prevalência e fatores associados à VPI durante o período da gestação, a partir de 45 produções científicas das bases das Ciências da Saúde em Geral, durante os anos de 2007 e 2012. A prevalência de VPI na gestação atual variou entre 3% e 43%, de acordo com o tipo de violência investigada e métodos de estudo. A VPI está associada a efeitos adversos à saúde materna, tais como estresse, ansiedade e depressão, tabagismo, abuso de álcool, gravidez indesejada, aborto, descolamento prematuro de placenta, pré-eclampsia, início tardio do pré-natal, entre outros. Conclui-se que se faz importante a investigação de VPI no pré-natal e considera-se que enfermeiros ocupam posição privilegiada para rastrear VPI na gestação e incluir as mulheres maltratadas em serviços de apoio social e comunitário...
Intimate partner violence (IPV) represents a violation of human rights and a public health problem that increasingly affects women of reproductive age. This integrative review analyzed the prevalence and factors associated with IPV during the gestational period, including 45 scientific productions from the databases of Health Sciences in General, spanning the years 2007 to 2012. The prevalence of IPV in pregnancy varied between 3% and 43%, according to the studied type of violence and study methods. IPV is associated with adverse effects to the mother's health, such as stress, anxiety and depression, tobacco use, alcohol abuse, undesired pregnancy, abortion, abruptio placentae, preeclampsia and a late start to prenatal care, among others. The authors conclude that it is important to study IPV in the prenatal period and consider that nurses occupy a privileged position to monitor IPV during pregnancy and should include mistreated women in social and community support services...
La violencia por compañero íntimo (VPI) representa una violación de derechos humanos, es un problema de salud pública que afecta particularmente a mujeres en edad reproductiva. Esta revisión integrativa analizó la prevalencia y factores asociados a la VPI durante el período gestacional, partiendo de 45 producciones científicas de las bases de Ciencias de Salud General, durante 2007 y 2012. La prevalencia de VPI gestacional actual varió entre 3% y 43%, según el tipo de violencia investigada y métodos de estudio. Está asociada a efectos adversos a la salud materna como estrés, ansiedad y depresión, tabaquismo, alcoholismo, embarazo indeseado, aborto, desprendimiento prematuro de la placenta, preeclampsia, inicio tardío del prenatal, entre otros. Se concluye en la importancia de la investigación de VPI en el prenatal y se considera que los enfermeros ostentan un lugar privilegiado para detectar VPI gestacional e incluir a las mujeres maltratadas en servicios de apoyo social comunitario...
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Mulheres Maltratadas/psicologia , Violência contra a MulherRESUMO
Violência por parceiro íntimo (VPI) e morbidade materna grave constituem-se em importantes agravos à saúde sexual e reprodutiva feminina e representam formas de expressão das desigualdades de gênero. De acordo com os critérios clínicos, laboratoriais e de mando relativos à morbidade materna grave, adotados pela Organizado Mundial de Saúde (OMS) para a definição de condições potencialmente ameaçadoras da vida materna (CPAV), este estudo teve por objetivo analisar a associação entre VPI na gravidez atual e ocorrência de CPAV entre mulheres atendidas em maternidades públicas da Grande São Paulo. Gestantes e puérperas que constituíram a população de estudo (N-446) foram divididas em dois grupos distintos: 1) que desenvolveram CPAV durante o cicio gravídico puerperal atual, definidas como casos (n= 108); e 2) que não apresentaram qualquer tipo de intercorrência clínica, laboratorial ou de manejo no mesmo ciclo, definidas como controles (n-337). Respeitando-se os preceitos da ética em pesquisa com seres humanos, os casos e os consoles foram selecionados por meio de visitas ditarias aos locais de estudo entre Novembro de 2010 e junho de 2011; próximo da alta hospitalar, entrevistas estruturadas foram conduzidas para investigação retrospectiva de VPI durante a gravidez atual, por meio de questionário adaptado do Estudo Multipaíses da OMS sobre Saúde da Mulher e Violência Doméstica. A relação entre a variável resposta (CPAV), a variável de exposição (VPI) e demais variáveis independentes, foi avaliada por meã de proporções, testes qui-quadrado ou exato de Fisher e pelo modelo de regressão logística múltiplo. Identificou se prevalência de "near miss" materno de 5,62/1.000NV, ou seja, 0,56% e, Razão de Resultados Severos de 6,37/1.000NV. Considerando-se a tipificação da violência, observou-se prevalência de 12,7% de violência psicológica; 7,6% de violência física e 1,6% deviolência sexual durante a gestação atual entre casos e contes. A despeito da ausência de significância estatística entre a exposição à VPI na gestação atual, relatada por 13% da amostra, e a ocorrência do despacho CPAV, verificou que tanto as gestantes expostas à VPI quanto as mulheres que desenvolveram CPAV, apresentam fatores associados às condições sociodemográficas e reprodutivas desfavoráveis. Concluiu-se sobre a importância do monitoramento de casos CPAV que, assim como o rastreamento rotineiro da VPI entre gestantes, deve ser incluído no processo de trabalho dos enfermeiros. Isto é importante para promover a qualificação da atenção à saúde materna.
Intimate partner violence (IPV) and severe maternal morbidity represents importants women's sexual and reproductive health issues, as well as an expression means of gender inequalities. According to clinical, laboratory-based and management-based criteria concerning severe acute maternal morbidity adopted by World Health Organization (WHO) to define potentially life-threatening maternal condition, this study aims to analyze the association between IPV in current pregnancy and potentially life-threatening condition among women cared in Great Sao Paulo public hospitals. Pregnant and postpartum women who constituted the study population (N=446) were categorized into two distinct groups: 1) who developed potentially lifethreatening condition during current pregnancy, childbirth or postpartum, called cases (n= 109); and 2) women who did not attended to any clinical, or laboratorybased and management-based criteria, called controls (n=337). According to the ethical standards of human research, cases and controls were selected through daily visits at study settings during November 2010 and June 2011; near discharge from hospital, the structured interviews were conducted to investigate the prospective relationship among IPV during current pregnancy through a questionnaire adapted from Who Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence Against Women. The relationship between response variable (potentially life-threatening maternal condition), the exposition variable (IPV) and the others independents variables was assessed by proportions, chi square test or Fisher's exact test and multiple regression logistic. The maternal near miss prevalence identified was 5,62/1.000 live births, or 0,56%. The Severe Maternal Outcome Ratio was 6,37/1.000 live births. Considering the violence s types, the study have found 12,7% of psychological, 7,6% of physical and 1,6% of sexual injuries during current pregnancy among cases and controls.Despite the absence of statistical significance between VPI exposition in current pregnancy, which was related by 13% of the total sample, and the potentially life-threatening maternal outcome, it was verified that both pregnant women exposed to IPV as those who developed potentially life-threatening conditions, showed factors associated with sociodemographic and reproductive unfavorable conditions. In conclusion, it is recommended potentially life-threatening condition continued audit, as well as the IPV routine screening among pregnant women should be included in the nurse's working process. It's important to improve the quality of maternal care health system.
Assuntos
Humanos , Complicações na Gravidez , Mortalidade Materna , Violência DomésticaRESUMO
Introdução - A violência sexual causa severas consequências para a saúde da mulher e demanda serviços públicos para o atendimento às mulheres vitimadas. Material e Métodos - Estudo quantitativo e retrospectivo acerca da caracterização do perfil sociodemográfico e da assistência ofertada a mulheres vitimas de violência atendidas em um centro de referencia na Grande São Paulo. A coleta de dados baseou-se em pesquisa de prontuários, através de formulário estruturado.Os resultados foram apresentados através de percentuais simples dispostos em tabelas e gráficos. Resultados - Dentre as 59 mulheres atendidas entre 2005 e 2006, 27,1% eram adolescentes,47,5% eram brancas, 81,3% foram vítimas de agressores únicos e desconhecidos em 67,8% dos casos. Metade das ocorrências se deu em via pública, durante a noite ou madrugada, sendo que 64% das vítimas procuraram atendimento antes de completar 24 horas da agressão. Destas, 81% receberam contracepção de emergência e para 91,5% delas foi feita a profilaxia de DST's. Destaca-se que 90% das mulheres iniciaram profilaxia para HIV, mas apenas 40,7% completaram tratamento. Quase 80% dos casos não concluíram o controle sorológico e acompanhamento ambulatorial. Conclusões - Observou-se que o serviço de referência apresenta falhas no seguimento ambulatorial, comprometendo a prevenção de agravos à saúde, bem como a reinserção das vítimas ao seu cotidiano de vida. Entende-se que a inserção do enfermeiro na equipe de referência deverá contribuir significativamente na qualificação da assistência às vítimas de violência sexual.
Introduction - The sexual violence cause several consequences for women's health and demand public services attending to women victims. Material e Methods - Quantitative and retrospective study about the social and demographic's characterization and health care procedure analysis at a referral center to women who were victim of sexual violence in São Paulo. Data collection was based on research of medical records using structured form. The results were presented through simple percentages in tables and graphs. Results - From the total of 59 attended women 47,5% were white women, 81,3% victims of one men aggressor; and 67,8% by unknownmen. Half of these occurrences happened in public way during the night or daybreak. Even so, 64% of the victims sought assistance before the complete 24 hours from the aggression. From these, 81% received contraception of emergency and 91,5% from them, it was made a prophylaxis of DST. The emphasis is 90%, to the women that began prophylaxis of HIV, but only 40,7% completed treatment. Almost 80% of cases didn't finish the serology control and ambulatory attendance. Conclusions - It was observed that the reference's service presents cracks in the ambulatories following compromising the prevention of damages to the health, as well the reinsertion of the victims in her daily life. We understand that the nurses' insertion in the references team should contribute significantly in the qualification in assistance, for the victims of sexual violence.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Estupro/estatística & dados numéricos , Estupro/psicologia , Mulheres Maltratadas/estatística & dados numéricos , Mulheres Maltratadas/psicologia , Serviços de Saúde da Mulher/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde da Mulher , Delitos SexuaisRESUMO
OBJETIVO: Estimar a prevalência de violência contra mulheres (física, psicológica e sexual), por parceiro íntimo ou outro agressor, entre usuárias de serviços públicos de saúde e contrastá-la com a percepção de ter sofrido violência e com o registro das ocorrências nos serviços estudados. MÉTODOS: Estudo realizado em 19 serviços de saúde, selecionados por conveniência e agrupados em nove sítios de pesquisa na Grande São Paulo, entre 2001-2002. Questionários sobre violência sofrida alguma vez na vida, no último ano e agressor foram aplicados à amostra de 3.193 usuárias de 15 a 49 anos. Foram examinados 3.051 prontuários dessas mulheres para verificação do registro dos casos de violência. Realizaram-se análises comparativas pelos testes Anova, com comparações múltiplas e qui-quadrado, seguido de sua partição. RESULTADOS: As prevalências observadas foram: qualquer violência 76 por cento (IC 95 por cento: 74,2;77,8); psicológica 68,9 por cento (IC 95 por cento: 66,4;71,4); física 49,6 por cento (IC 95 por cento: 47,7;51,4); física e/ou sexual 54,8 por cento (IC 95 por cento: 53,1;56,6) e sexual 26 por cento (IC 95 por cento: 24,4;28,0). A violência física e/ou sexual por parceiro íntimo na vida foi de 45,3 por cento (IC 95 por cento: 43,5;47,1) e por outros que não o parceiro foi de 25,7 por cento (IC 95 por cento: 25,0;26,5). Apenas 39,1 por cento das que relataram qualquer episódio consideraram ter vivido violência na vida, observando-se registro em 3,8 por cento dos prontuários. As prevalências diferiram entre os sítios de pesquisa, bem como a percepção e registro das violências. CONCLUSÕES: A esperada alta magnitude do evento e sua invisibilidade foram confirmadas pelas baixas taxas de registro em prontuário. Constatou-se ser baixa a percepção das situações vividas como violência. Sugerem-se estudos ulteriores que avaliem a heterogeneidade das usuárias dos serviços.
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of (physical, psychological, and sexual) violence against women by an intimate partner and non-partner perpetrators among users of public health services and to compare these women's perception of having ever experienced violence with reports of violence in their medical records in the different services studied. METHODS: The study was conducted in 19 health services, selected as a convenience sample and grouped into nine research sites, in metropolitan area of São Paulo from 2001 to 2002. Questionnaires on having ever experienced violence in their lifetime and in the last 12 months and perpetrators were applied to a sample of 3,193 users aged 15 to 49. A total of 3,051 medical records were reviewed to verify the notification of violence. Comparative analyses were performed by Anova with multiple comparisons and Chi-square test followed by its partition. RESULTS: The following prevalences were found: any type of violence 76 percent (95 percent CI: 74.2;77.8); psychological 68.9 percent (95 percent CI: 66.4;71.4); physical 49.6 percent (95 percent CI: 47.7;51.4); physical and/or sexual 54.8 percent (95 percent CI: 53.1;56.6), and sexual 26 percent (95 percent CI: 24.4;28.0). The prevalence of physical and/or sexual violence by an intimate partner in their lifetime was 45.3 percent (95 percent CI: 43.5;47.1), and by non-partners was 25.7 percent (95 percent CI: 25.0;26.5). Only 39.1 percent of women reporting any episode of violence perceived they had ever experienced violence in their lifetime and 3.8 percent of them had any reports of violence in their medical records. The prevalences were significantly different between sites as well as the proportion of perception and reports of violence in medical records. CONCLUSIONS: The expected high magnitude of the event and its invisibility was confirmed by low rate of reports in the medical records. Few perceived abuses as violence. Further studies are recommended...
Assuntos
Maus-Tratos Conjugais , Mulheres Maltratadas , Notificação de Abuso , Inquéritos e Questionários , Serviços de Saúde da Mulher , Sub-Registro , ViolênciaRESUMO
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of (physical, psychological, and sexual) violence against women by an intimate partner and non-partner perpetrators among users of public health services and to compare these women's perception of having ever experienced violence with reports of violence in their medical records in the different services studied. METHODS: The study was conducted in 19 health services, selected as a convenience sample and grouped into nine research sites, in metropolitan area of São Paulo from 2001 to 2002. Questionnaires on having ever experienced violence in their lifetime and in the last 12 months and perpetrators were applied to a sample of 3,193 users aged 15 to 49. A total of 3,051 medical records were reviewed to verify the notification of violence. Comparative analyses were performed by Anova with multiple comparisons and Chi-square test followed by its partition. RESULTS: The following prevalences were found: any type of violence 76% (95% CI: 74.2; 77.8); psychological 68.9% (95% CI: 66.4; 71.4); physical 49.6% (95% CI: 47.7; 51.4); physical and/or sexual 54.8% (95% CI: 53.1; 56.6), and sexual 26% (95% CI: 24.4; 28.0). The prevalence of physical and/or sexual violence by an intimate partner in their lifetime was 45.3% (95% CI: 43.5; 47.1), and by non-partners was 25.7% (95% CI: 25.0; 26.5). Only 39.1% of women reporting any episode of violence perceived they had ever experienced violence in their lifetime and 3.8% of them had any reports of violence in their medical records. The prevalences were significantly different between sites as well as the proportion of perception and reports of violence in medical records. CONCLUSIONS: The expected high magnitude of the event and its invisibility was confirmed by low rate of reports in the medical records. Few perceived abuses as violence. Further studies are recommended taking into account the diversity of service users.
Assuntos
Mulheres Maltratadas/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Maus-Tratos Conjugais/estatística & dados numéricos , Adolescente , Adulto , Análise de Variância , Mulheres Maltratadas/psicologia , Brasil/epidemiologia , Distribuição de Qui-Quadrado , Escolaridade , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Prevalência , Características de Residência , Maus-Tratos Conjugais/psicologia , Desemprego , Saúde da MulherRESUMO
Objetivos. Caracterizar a freqüência, época de ocorrência e gravidade da violência física ou sexual perpetrada pelos parceiros íntimos de mulheres com idade reprodutiva, que se utilizam dos serviços de atenção primária à saúde em Santo André (SP); analisar as diferenças existentes entre os grupos de mulheres que relataram e que negaram violência física ou sexual, segundo características sociodemográficas, sexuais/reprodutivas e de parceria da população em estudo. Métodos. Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal, através de amostragem consecutiva. Foram aplicadas entrevistas estruturadas com base no instrumento para investigação de violência por parceiro íntimo, padronizado pela Organização Mundial da Saúde, a uma amostra de 328 usuárias provenientes de três serviços de atenção primária à saúde. O tratamento estatístico foi feito através do Programa STATA 6. Diferenças entre os grupos foram testadas por Qui Quadrado e/ou Teste Exato de Fisher. Resultados. Identificou-se prevalência de 40,2 por cento (IC95 por cento = 34,9-45,6 por cento) de violência física ou sexual, perpetrada pelo parceiro íntimo. A violência física na vida foi relatada em 35 por cento dos casos; em se tratando de violência sexual a proporção chegou a 18 por cento. Dentre as entrevistadas, 8,8 por cento (IC95 por cento = 6,0-12,5) informaram episódio de violência física ou sexual perpetrada pelo parceiro íntimo nos últimos 12 meses. Os atos de violência física perpetrados tendem a ser severos para 23 por cento(IC95 por cento = 18,4-27,8) das mulheres e repetidos em 58 por cento (IC95 por cento = 48,7-67,4) dos casos relatados. Destaca-se que as mulheres em situação de violência têm idade mediana de 34,8 anos (p<0,0005) e baixa escolaridade (Mediana de 5,5 anos; p<0,0005); cerca de 60 por cento (IC95 por cento = 50,2-67,6) são donas de casa ou estão desempregadas e 54 por cento (IC95 por cento = 44,9-62,5) delas pertencem à classe D. Aproximadamente 50 por cento (p<0,0001) delas relatou história de aborto. Conclusões: estimativas de prevalência de violência por parceiros íntimos encontradas, sugerem alta magnitude do fenômeno entre usuárias de serviços de atenção primária. Espera-se que o estudo contribua para a implementação de políticas públicas de saúde de proteção e atenção às cidadãs em situação de violência