RESUMO
Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência das calcificações na artéria carótida CACs em imagens digitais panorâmicas (PD) e de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) dos mesmos pacientes. A CAC é uma doença vascular que acomete os pacientes acima dos 50 anos, coincidindo com uma grande maioria de pacientes que procura reabilitação por implantes. Assim sendo, é importante que o implantodontista esteja atento à interpretação da CAC, uma vez que detectada requer encaminhamento do paciente a um cardiologista para confirmação do diagnóstico. Material e métodos: foram avaliadas 100 imagens (200 lados) de panorâmicas digitais (idade média de 48 anos) e a imagem TCFC dos mesmos pacientes. O re-exame das imagens panorâmicas foi realizado com o objetivo de identificar os CACs falso-positivos e falso-negativos em relação à TCFC. Resultados: considerando 200 lados analisadas, 3,5% (n=7/200) foram interpretadas como CACs em radiografias panorâmicas, e 2,5% (n=5/200) em imagens de TCFC. Dos sete casos CACs positivos em radiografias panorâmicas, três foram falso-positivos quando comparados à correspondente TCFC. Quanto aos cinco casos CACs positivos em TCFC, um era falso-negativo, comparado à imagem panorâmica respectiva. Conclusão: calcificações artéria carótida CACs podem ser vistas nas imagens panorâmicas e/ou TCFC, no entanto, a panorâmica tendeu a mostrar casos falso-positivos da CAC. A CAC surge como um achado incidental nos exames de panorâmica e de TCFC, mas ainda assim o dentista tem como obrigação encaminhar o paciente para um cardiologista para a confirmação do diagnóstico, uma vez detectada a sua suposta presença.